Introdução INFLAMAÇÃO: Lesão ou morte celular reação dos tecidos ao agente causada por micro- agressor, caracterizada pela saída organismos, traumas de líquidos e células da rede mecânicos, calor, frio, vascular para espaço intersticial radiação, agentes químicos, (MEC). neoplasias, etc Apesar de poderem existir diversos IMEDIATA E INESPECÍFICA tipos de agressores, a resposta inflamatória inicial é comum Evolução da inflamação aguda O grau de lesão tecidual, a capacidade regenerativa do tecido lesionado e as características físicas/biológicas da causa da lesão determinam os caminhos futuros que podem ocorrer ao tecido:
Reparo tecidual / cicatrização tecidual
Formação de abcessos e granulomas
Progressão para inflamação crônica
Fase de reparo/cicatrização tecidual Primeiro estágio de resolução:
O agente causal foi eliminado!
Remoção dos mediadores químicos do processo inflamatório – metabolização ou decaimento Retorno da hemodinâmica fisiológica na microcirculação e redução da permeabilidade vascular Interrupção da migração leucocitária – inativação das quimiocinas (lipotoxina A4, resolvinas, anexina A, lactoferrina, lisofosfatidilcolina) Apoptose de neutrófilos restantes Fagocitose SFM e drenagem do exsudato pelos linfáticos e linfonodos regionais Fase de reparo/cicatrização tecidual Segundo estágio de resolução:
Processo regenerativo propriamente dito, depende de alguns
fatores: Disponibilidade de células-tronco teciduais – reparo Presença de estroma funcional – reparo ou cicatrização Lâminas e membranas basais íntegras ou pouco danificadas Suprimento microvascular restaurado (angiogênese) Liberação de citocinas e fatores de crescimento que estimularão o processo de reparo/cicatrização Reparo/cicatrização ◦Envolve a reconstrução da MEC, em especial sua porção fibrosa (colágenos); o desenvolvimento de novos vasos e re- epitelização das barreiras epiteliais danificadas ◦Líquidos presentes nas feridas: mistura de plasma + substância fundamental proporcionam ambiente ideal para ocorrer a reconstrução tecidual Reparo/cicatrização ◦ Células lesionadas secretam citocinas que estimulam o processo de cicatrização: angiopoietinas, fator de crescimento de fibroblastos (FGFs), fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), fator de crescimento epidermal (EGF) e fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) ◦ ANGIOGÊNESE: formação de novos vasos ◦ FIBROSE OU FIBROPLASIA: restauração das fibras colágenas da MEC ◦ “Invasões” de botões capilares conferem um aspecto “granular” – TECIDO DE GRANULAÇÃO Reparo/cicatrização ◦ Tecido de granulação ◦ Não confundir com inflamação granulomatosa ou granuloma ◦ É a indicação clínica de cicatrização tecidual: aparência macia, rósea e granular na superfície das feridas ◦ Histologicamente caracteriza-se pela presença de novos capilares, fibroblastos, novos componentes da MEC ◦ É necessário para que possa ocorrer o processo de re-epitelização ◦ Fatores que retardam o sistema de reparo/cicatrização: contaminação, irrigação sanguínea inadequada, deficiência proteica, doenças endócrinas e metabólicas, idade do paciente, movimentação da região, entre outras. Inflamação crônica Processo inflamatório se estende por semanas a meses De forma geral, o que leva ao processo de cronificação são os seguintes fatores: não eliminação do agente causal repetidos episódios de inflamação aguda fatores de virulência espécie-específicos de determinados micro- organismos
Na resposta inflamatória crônica ocorre continua infiltração e ativação
de linfócitos, macrófagos, plasmócitos e células gigantes multinucleadas (CGM); necrose tecidual; proliferação de fibroblastos e angiogênese (sistema de reparo funcionando junto com destruição tecidual) Inflamação crônica ◦Aspectos benéficos do processo ◦ Recrutamento de células NK, linfócitos e macrófagos ◦ Desvio para resposta adaptativa ◦ Isolamento do agente por formação de capsulas fibrosas – encapsulamento do agente ◦ Formação de granulomas e abcessos – que com o tempo passam a não ser percebidos pelo sistema imune e não provocam dor e nem resistência à movimentação Inflamação crônica ◦Aspectos danosos do processo ◦ Deslocamento e substituição do tecido original pelas células mononucleares (linfócitos e macrófagos) ◦ Função do tecido fica comprometida – perda da função parenquimatosa ◦ Contínua produção e liberação de mediadores químicos do processo inflamatório (IL-1 e TNF) Inflamação crônica ◦O termo inflamação crônica implica sempre em dois processos ocorrendo simultaneamente: ◦ Fibrose ou fibroplasia/angiogênese ◦ Infiltração celular – macrógafos, linfócitos e plasmócitos continuidade de lesão tecidual (necrose) Células na resposta inflamatória crônica ◦ Linfócitos T ◦ Subpopulações: T / (gama / delta); CD4+ (Th1, Th2, Th17, TFH, Treg) ◦ Linfócitos T-NK ◦ Linfócitos B/plasmócitos ◦ Linfócitos NK ◦ Subpopulações NK1, NK2 ◦ Macrófagos ◦ Subpopulações M1, M2, CGM ◦ Células dendríticas ◦ Fibroblastos ◦ Mastócitos ◦ Endoteliais