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1 Leandro Maia Bueno

Direito Civil III [Obrigações]


Profª Maria Luiza
Email: luiza4735@gmail.com
Ementa: Teoria Geral das obrigações.
Obrigação civil e natural. Relações negociais. Do ato ilícito. Modalidades
obrigacionais. Execução. Inadimplemento. Mora do devedor. Convenções
modificativas de responsabilidade. Cláusulas de garantia, de limitação e de exclusão
da responsabilidade. Cláusula penal. Extinção das obrigações. Transmissão das
obrigações. Meios indiretos de inadimplemento. O instituto da responsabilidade.
Perdas e danos.
Data: 08/08/2018
OBRIGAÇÃO
É um vínculo jurídico transitório entre as partes (credor e devedor), que tenha
um fim econômico ou de possível conversão (perdas e danos).
Para constituir uma obrigação são necessários três elementos:
1. Subjetivo - são os sujeitos da relação, as partes (credor e devedor);
2. Objetivo – é a própria obrigação (dar, ter, fazer, não fazer);
3. Vínculo jurídico – é o meio pelo qual as partes fizeram um acordo pactual
(contrato, ato ilícito, lei ou a sentença).

Data: 09/08/2018
O direito das obrigações tem possui três princípios basilares
1. Operabilidade [tem de ser de fácil entendimento];
2. Eticidade [tem que existir ética, em especial ao que se refere aos contratos, o
princípio da eticidade está diretamente relacionado ao princípio da boa-fé];
3. Socialidade [O contrato está diretamente ligado à sua função social, assim
como o código civil].

Débito e Responsabilidade
Em regra, quem deve responde, portanto é o seu patrimônio que responde.
Entretanto, existem hipóteses em que uma pessoa deve mas seu patrimônio não irá
responder pela dívida.
Há também hipóteses em que existe a responsabilidade sem ter o débito. No caso de
um acidente de transito envolvendo uma viatura da polícia. O Estado será obrigado a
pagar e não o agente.

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Classificação das obrigações (Modalidades)


Obrigação de dar é aquela que uma das partes (sujeito passivo) compromete-se a
entregar alguma coisa a alguém. Nas obrigações de dar coisa certa, o devedor estará
obrigado a dar uma coisa individualizada, móvel ou imóvel, com características
previamente definidas. O credor não estará obrigado a receber coisa diferente, ainda
que mais valiosa. Se a coisa se perder antes da tradição, sem culpa do devedor
resolve – se a obrigação para as partes (sem culpa – caso fortuito/ força maior).
O devedor responderá ainda que por caso fortuito ou força maior:
a) Quando estiver em mora;
b) Quando houver previsão em contrato sobre essas responsabilidades. Obrigação de
restituir – nesse caso o devedor tem a obrigação de devolver a coisa que não lhe
pertence. Ex.: Locação
O que caracteriza a obrigação de dar coisa certa é o objeto ser único. A tradição ocorre
para as coisas móveis e o registo para as coisas imóveis (res perit domino).

Data:16/08/2018
Professora: Maria Luiza
OBRIGAÇÃO DE DAR
1. COISA CERTA

A coisa certa é algo individualizado, onde estará definido gênero, quantidade e


qualidade. Ao credor só importa a própria coisa, não podendo o devedor entregar-lhe
coisa diferente ainda que mais valiosa. A coisa passa a ser certa quando é separada
para o credor [esse período se chama concentração]. Ex.: Quando se compra um
telefone celular e se faz a nota fiscal em nome do credor, o objeto já está
individualizado, já foi “concentrado”.
A coisa incerta possui uma característica transitória, temporária, posto que a
partir do momento que houver a concentração, ela passará a ser “coisa certa”.
a. Perda [Total]
Com culpa [devolver o valor + perdas e danos].
Havendo perda da coisa certa devemos levar em consideração se ocorreu culpa ou
não por parte do devedor. Quando não houver culpa, a obrigação se resolverá, e
quando o devedor já tiver recebido algum valor deverá devolver ao credor. Pra os
casos em que o devedor agir com culpa, a obrigação também se resolverá, porém
neste caso, o credor terá direito a reclamar pelas perdas e danos, de maneira
proporcional ao dano que sofreu.
Sem culpa (a obrigação se resolve)
“Res perit domino” a coisa se perde com o dono.

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b. Desvalorização [Perda parcial]


Quando estivermos tratando da deterioração da coisa, ou seja, perda parcial o credor
terá direito a escolher entre resolver a obrigação ou aceitar a coisa no estado em que
se encontra com o abatimento proporcional do seu valor, e ainda para os casos em
que houver culpa do devedor poderá exigir perdas e danos. Ex.: um carro que sofre
uma batida antes da tradição.
Com culpa resolver o abatimento do valor + perdas e danos
Sem culpa resolver + abatimento do valor

- Tradição - Quando estivermos tratando de bens móveis, a coisa certa será


concretizada através da tradição, que consiste no ato da entrega do bem pelo devedor
ao credor.
- Registro - Quando estivermos tratando de bens imóveis, a coisa certa será
concretizada através do registro feito em nome do credor.

- Acessórios
É algo que acompanha a coisa (o bem) principal, mas não é o bem em si, o objeto que
vincula as partes. Trata – se do princípio da gravitação jurídica, onde o acessório
segue o principal.

- Restituir

- Melhoramentos:
Os melhoramentos e acréscimos realizados antes da tradição conferem ao devedor o
direito de exigir um aumento sobre o preço da coisa, entretanto a outra parte não
estará obrigada a concordar com tal aumento, desta forma a obrigação poderá ser
resolvida (Artigo 237, 242 CC).
 Benfeitorias
As benfeitorias realizadas sendo úteis ou necessárias deverão ser indenizadas ao
possuidor de boa-fé. Já o possuidor de má-fé somente possui direito a indenização
pelas benfeitorias necessárias
a) Úteis
b) Necessários
c) Má – fé
d) Naturais (Art. 242)

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Questão:
Maria do Carmo comprou um vestido de noiva que pertenceu a Marina Rui Barbosa
de LEILOART/ SA para o seu casamento que se realizaria no dia 20/10/2011, dia
também agendado para a entrega do vestido. Em 10/10/2011, houve uma forte
tempestade na cidade e um raio incendiou o ateliê de costura onde o vestido de Maria
do Carmo estava guardado. Neste mesmo dia, vários incêndios ocorreram na cidade,
também causados por raios. Discorra sobre o caso.

Tendo em vista o acordo firmado entre as partes através de negócio jurídico realizado
através de leilão, a empresa Leliloart/SA possuía a obrigação de dar coisa certa.
Resolve-se a obrigação somente com a devolução dos valores correspondentes.
Tradição – não houve tradição – a responsabilidade é do ateliê
Responsabilidade Leiloart/ SA por conta de “res perit domino”
Culpa Não houve culpa
Obrigação de dar

Data: 22/08/2018
Professor: Maria Luiza
Obrigações de dar coisa incerta (Artigos 243 a 246,CC)
- Conceito: (gênero e quantidade)
A obrigação de dar coisa incerta consiste em uma obrigação pela qual o devedor se
obriga a entregar algo determinável ao seu credor. Neste caso não foi ajustada entre
as partes, a coisa será indicada ao menos pelo gênero e pela quantidade. A obrigação
de dar coisa incerta possui caráter transitório, haja vista que após a concentração a
obrigação passa a ser de coisa certa.
A concentração consiste na escolha/separação/pesagem/ da coisa determinável,
tornando-a determinada.
A coisa incerta é determinável mas não determinada. Não é individualizada.
Transitória.
- Escolha do devedor
Como regra, nas obrigações de coisa incerta a escolha cabe ao devedor, se outra
coisa
Não há proibição sobre a escolha ser do credor. A escolha recaindo sobre o devedor
consiste em que ele deverá utilizar a qualidade média, ou seja, o devedor não estará
obrigado a dar o que tem de melhor, mas também não poderá dar o que tem de pior.
Para os casos em que não puder ser feita a qualidade média, ele poderá dar um ou
outro.

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- Perda ou deterioração
De acordo com o artigo 246, antes da concentração a coisa incerta não se perde, pois
o gênero é infinito e não perece. Após a concentração, a coisa incerta se torna certa,
e caso ocorra a perda ou deterioração deverá ser analisado se ocorreu culpa por parte
do devedor. Ex.: Nátilla escolheu seis sacas de café de Maria Luiza, dentre várias
disponíveis. No dia 22/08, houve o ajuste. No dia 23/08, a concentração. Contudo no
dia 24/08 ocorreu uma enchente. No dia 25/08 estava agendada a tradição.
Antes da concentração não se pode alegar perda, pois coisa incerta é infinita

- Concentração (Artigo 245, CC)


- Qualidade média (Artigo 244, CC)

Data: 23/08/2018
Professora: Maria Luiza

1) Obrigação de fazer
A obrigação consiste em uma espécie de obrigação na qual o devedor se compromete
em realizar algo em favor do credor. A obrigação de fazer se divide em das espécies:
a. Fungível:
É aquela obrigação em que a prestação pode ser cumprida por uma terceira pessoa,
neste caso a pessoa do devedor não tem importância, pois o desejo do credor tem
relação com a finalidade, ou seja, ele quer a coisa pronta. Ex.: Uma construtora
contratada para construir uma casa.
b. Infungível:
Neste caso, para o credor que importa é que a coisa seja feita pela própria pessoa do
devedor. Ex.: Quando se contrata alguém para pintar um quadro ou para fazer um
show. É personalíssimo.
c. Perdas e danos (Culpa);

d. Inexecução
Quando ocorrer a inexecução de uma obrigação de fazer infungível ao credor apenas
restará requerer perdas e danos, pois não é possível coagir devedor a executar a
prestação. Se a recusa for para o caso de obrigação fungível, o credor poderá pedir
que uma terceira pessoa realize a obrigação. E ainda, para os casos de urgência, o
credor poderá agir sem ordem judicial, ficando o processo cabível para momento
posterior.

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Se a recusa ocorreu por razões alheias à vontade do devedor a obrigação será extinta,
sem direito a reclamar perdas e danos.

Questão:
José, conhecido fazendeiro, ajusta com Maria, a venda de 10 gados de sua fazenda.
A entrega foi agendada para 07/09/2018, dez dias após a celebração do contrato.
Ocorre que no dia 04/09/2018, a fazenda de José foi invadida e todos seus animais
roubados. Diante do caso, como ficará a obrigação?

Antes da concentração - Cabe ao devedor, dar a coisa ao credor, com base no artigo
246, a coisa antes da escolha não sofre perda, pois coisa incerta é infinita mesmo que
em caso força maior ou caso fortuito.
Depois da concentração – A coisa se torna certa, a perda sem culpa, como foi o
caso, se resolve “res perit domino”, cabendo somente a devolução de eventuais
valores pagos. Haja vista tratar – se de caso fortuito.

Data: 05/09/2018
Professor: Maria Luiza
Obrigação de não fazer (Art. 250, CC)
A obrigação de não fazer consiste em uma obrigação na qual o devedor se
compromete a se abster de fazer um determinado ato. É importante destacar que trata
– se de um ato que o devedor poderia praticar livremente se não houvesse a
obrigação. Porém, esse ato não pode exigir sacrifício em relação ao devedor. Esse
tipo de obrigação é considerada obrigação negativa.
Caso ocorra a violação da obrigação de não fazer, deveremos observar sobre o que
recai a obrigação, se o devedor tiver como desfazer a coisa terá que desfazê–la além
das perdas e danos, porém se estivermos tratando de algo que não existe
possibilidade de retornar ao estado anterior o devedor arcará com as perdas e danos.
Exemplo 1: - Se o devedor construir um muro que não poderia, terá que desfazê-lo
além de perdas e danos.
Exemplo 2: - Se o devedor quebra o dever de sigilo, não há como voltar ao estado
anterior. – perdas e danos.
O ato de iniciar o fazer de alguma coisa que não poderia ser feito já configura o
descumprimento da obrigação.
Devemos lembrar que a obrigação de não fazer é um vínculo jurídico entre as partes,
portanto se no exemplo do muro, a casa for vendida o novo proprietário não possuirá
qualquer obrigação de não fazer com a outra parte. Diferente da servidão, assunto
que será tratado em CIVIL V.

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A obrigação de não fazer também admite a chamada auto tutela, conforme disposto
no parágrafo único do artigo 251, CC. Será admitida auto tutela dos casos de urgência,
sem prejuízo do ressarcimento e das perdas e danos.

A obrigação de não fazer tem relação com as partes. Servidão [predial] é o direito que
se dá aos outros de usufruírem daquilo que lhe pertence. Servidão é sobre “coisa”,
obrigação de não fazer é sobre pessoas, sobre as partes.

Obrigação de meio – consiste em uma obrigação em que o devedor se obriga a


utilizar todos os meios, técnicas e conhecimento que possui, mas não pode garantir o
resultado. Exemplo: Advogado
Obrigação de resultado – nesta obrigação o devedor também utilizará de todos os
meios ao seu alcance, entretanto ele tem o dever de alcançar o resultado ajustado
com o credor e, somente assim, ficará desobrigado. Exemplo: Engenheiro
Obrigação de garantia – É aquela em que o devedor dá ao credor uma forma de
segurança, pois caso aconteça algo relacionado ao objeto, o devedor suportará com
o prejuízo prestando-lhe alguma forma de garantia/satisfação. Exemplo: Seguro

Data: 06/09/2018
Professor: Maria Luiza
Obrigações alternativas (Art. 252 ao 256, CC) – as obrigações alternativas já
nascem com a possibilidade de escolha. Podendo o devedor ter outra opção de
adimplir, no caso de falhar a primeira opção. Na regra geral, a obrigação simples
possui apenas um objeto na obrigação alternativa possui 2 ou mais opções e apenas
uma delas precisará ser cumprida é uma forma de estimular e facilitar os negócios.
Características da obrigação alternativa
1 – Nasce com objeto composto
2 – O adimplemento de qualquer prestação gera o cumprimento da obrigação.

Perda – Para os casos em que a escolha couber ao devedor. E não se puder mais
cobrir a obrigação, pois todas as prestações se perderam, o devedor ficará obrigado
a pagar o valor da que por último se perdeu, além das perdas e danos.
Se a escolha cabia ao credor e todas as prestações se perderam com culpa do
devedor, o credor terá direito a reclamar o valor de qualquer delas, além das perdas
e danos. Se a escolha era do credor e somente uma das prestações se perdeu com
culpa do devedor, o credor poderá reclamar o valor da que se perdeu ou o
cumprimento da que sobrou, além das perdas e danos.

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Data: 12/09/2018
Professora: Maria Luiza

Obrigações divisíveis e indivisíveis


1) Divisíveis
Obrigação divisível é aquela cuja prestação pode ser cumprida parcialmente sem o
prejuízo sobre a prestação. A divisão não acarreta perdas ao seu valor. O fato da
obrigação ser divisível não significa que ela pode ser paga em várias prestações.
a.
b.
c.
2) Indivisível
Neste tipo de obrigação, a prestação só pode ser cumprida por inteiro, independente
da quantidade de credores ou devedores, pois dividir o bem traria um prejuízo.
A indivisibilidade pode ser do tipo natural que ocorre quando o próprio bem por
sua natureza é indivisível, como por exemplo um animal. Pode ser também econômica
que ocorre quando a divisão do bem diminui o seu valor. Pode ser do tipo legal que
será quando houver imposição da lei, ou pode ser ainda convencionada que resulta
do ajuste entre as partes
a.
b.
c.
d.
Espécies de indivisibilidade
- Natural
- Econômica
- Legal
- Convencionada

- Pluralidade
Havendo pluralidade de devedores na obrigação indivisível cada devedor responderá
pela dívida toda e aquele que pagar ao credor originário cobrará a cota
correspondente aos demais, é o caso previsto no § único do 259 que trata da sub-
rogação.
Se a pluralidade for de credores, o devedor deverá pagar todos os credores
em conjunto, para evitar possível engano entre eles, ou o devedor poderá ainda pagar
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a apenas um dos credores, desde que este lhe preste caução que consiste em uma
garantia dada pelo outro credor.

Data: 17/10/2018
Professor: Maria Luiza
Obrigações solidárias
Solidariedade Passiva (pluralidade de devedores)
Solidariedade ativa (pluralidade de credores)
Presunção: Não se presume/tem que ser ajustada/lei
Remissão: (Perdão da dívida)
Exoneração: Liberação da totalidade da dívida (abate a quota que corresponde a
alguém, renuncia)
Falecimento: Herdeiros paga somente quota que era correspondente do decujo. art
276 cc
Insolvência: Falência, a dívida é maior que o crédito, não tem bens para saldar a
dívida.
Exoneração da solidariedade: Liberação da dívida toda(retira a pessoa da relação)

Solidariedade Passiva(pluralidade de devedores)


A solidariedade Passiva consiste em uma obrigação com pluralidade de
devedores, na qual todos responderam por todo o débito. É uma forma de gerar mais
proteção ao credor.

Remissão é diferente de exoneração(renúncia)

A remissão e a exoneração não se confundem, pois a remissão consiste no perdão


dado a um dos devedores, e isso resulta no abatimento da sua quota de todo o débito
e na sua liberação perante o credor. Os demais devedores continuaram solidários
respondendo pela dívida abatida perante o credor.
Já na Exoneração, o credor não abre mão de qualquer quantia, ele apenas autoriza
que um ou alguns dos devedores respondam apenas pela própria quota e não mais
pelo todo. Aqueles que não receberam o benefício da exoneração continuaram
solidários, mas também terão a dívida abatida pela quota do devedor exonerado

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Data: 24/10/2018
Cessão de crédito(compra de crédito) ART. 286 CC.
O crédito tem que ser válido/legal.

-Cessionário: Compra a dívida


-Cedente: Banco
-Cedido: Devedor

Pro Solvendo: Aquele que cede o crédito e é responsável pela validade e pelo
pagamento
Pro soluto: Garante que no momento da cessão o crédito é legal.

A cessão de crédito é uma forma de transferência feita pelo credor de uma obrigação
a uma terceira pessoa, estranha ao negócio original. A cessão de crédito independe
de autorização do devedor, mais a sua notificação é necessária, até mesmo para que
não haja risco para as partes do pagamento ser efetuado de maneira incorreta. ‘’’ vA
cessão envolve o cedente, o cessionário e o cedido.

Data:31/10/2018
Assunção de dívida
A assunção de dívida consiste em uma forma de transferência de uma obrigação, é
considerada uma transferência/cessão de débito.
O devedor transfere a sua posição dentro de uma obrigação para uma 3° pessoa, mas
ao contrário da cessão de crédito, a assunção de dívida necessita do consentimento
expresso do credor.

-Requisitos:

Autorização expressa do credor(se mantem em silêncio discordou)

Validade do negócio jurídico(para assumir a dívida o neg. tem que ser valido)

Solvência do novo devedor no momento da assunção( tem que ter patrimônio


suficiente para assumir a dívida)

Se faltar um desses requisitos o débito volta para o primeiro devedor( devedor


original)

Efeitos da anulação:
Ocorre quando a substituição do devedor e a assunção vier a ser anulada por não
preencher os requisitos necessários, o débito voltará a sua forma anterior, ou seja,
restaura-se o débito com todos as garantias que existiam.

Consignação e pagamento
Consiste no pagamento realizado mediante um depósito judicial ou em uma
instituição bancária, será cabível quando houver recusa injustificada por parte do
credor ou ainda para os casos em que ocorrer dúvida sobre quem é a pessoa do
credor.

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Realizada a consignação o devedor poderá levantar o depósito através de


requerimento ao juiz, desde que o credor ainda não tenha feito a impugnação.
Caso ocorra a improcedência da consignação o próprio devedor arcará com todos os
custos do depósito e da ação, caso seja procedente o devedor não poderá mais
realizar o levantamento do depósito, salvo o consentimento de todas as partes
envolvidas na obrigação.
Art 335 cc.

Data: 01/11/2018
Professor: Maria Luiza

Novação
A novação consiste em uma substituição de uma obrigação com a extinção da
obrigação originária. É necessário que exista uma obrigação anterior e que a mesma
seja válida, pois a novação não pode validar obrigações. É necessário também que
ocorram alterações significativas entre as obrigações, não basta por exemplo apenas
uma antecipação de vencimento ou de modificação dos juros.
São requisitos da novação:
1. Uma obrigação anterior e válida;
2. A criação de uma nova obrigação;
3. O ânimo de novar (ânimus novandi)
São espécies de novação:
1. Objetiva ou real (coisa)
2. Subjetiva (pessoa)
3. Mista
Na novação objetiva existe uma substituição da obrigação, porém as partes
são mantidas. Na novação subjetiva existe uma substituição em relação às partes.
Na novação mista ocorre substituição tanto quanto a coisa como quanto a pessoa.
São efeitos da novação:
- Extinção (da obrigação originária);
- Criação (da nova obrigação);
Dação em pagamento
A dação em pagamento consiste no ajuste das partes, com a aceitação do
credor em receber coisa diversa da coisa devida. Como regra, o credor não está
obrigado a receber coisa diferente, porém se o mesmo concordar ocorrerá a extinção
da obrigação e a liberação do devedor através da dação em pagamento.

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São requisitos da dação:


1. Obrigação vencida;
2. Animus solvendi;
3. A substituição;
4. A concordância do credor (tácita ou expressa).

Data: 08/11/2018
Professora: Maria Luisa

Quem deve pagar (304, CC)?


Como regra geral, quem realiza o pagamento é o próprio devedor, porém o
código civil admite o pagamento através de terceira pessoa como meio para quitar a
obrigação; quando um terceiro não interessado, ou seja, aquele que não possui
interesse jurídico na dívida, ocorrerá uma espécie de DOAÇÃO, se a dívida for paga
em nome do próprio devedor.
Para os casos em que o terceiro não interessado realizar um pagamento em
seu próprio nome haverá o direito de reembolso. Caso ocorra esse pagamento antes
da data do vencimento da obrigação só poderá cobrar o reembolso na data do
vencimento.
Para os terceiros interessados haverá o direito a sub-rogação.
A quem se deve pagar?
Como regra geral ao próprio credor, porém, podem ocorrer casos em que o credor
seja incapaz, nesse caso, o pagamento deverá ser feito aos seus pais ou ao curador.
Credor putativo – é aquele que possui aparência de credor, meios de quitação, mas
não era o real credor. Nesses casos o devedor não poderá ser cobrado novamente
(Artigo 312, CC).
Do 313 ao 326.
Lugar do pagamento – O pagamento, como regra, será feito no domicílio do devedor.
1. Não há, contudo, impedimentos em se ajustar outro local para o pagamento.
2. Se for prestação sobre bens imóveis, o pagamento será feito no local do imóvel.
3. Se estivermos tratando de prestações periódicas, e o pagamento for feito em
outro local ao do ajuste diversas vezes, haverá uma presunção quanto à
renúncia pelo credor do local ajustado.
Tempo do Pagamento – O credor poderá cobrar a dívida antes do vencimento nos
seguintes casos:
1º Ocorrer a falência do devedor ou ainda o concurso de credores em relação
ao devedor;

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2º Se os bens do devedor, dados em garantia forem penhorados por outro


credor;
3º Se as garantias dadas pelo devedor forem cessadas e o devedor se negue
a reforça-las

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