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Data: 09/08/2018
O direito das obrigações tem possui três princípios basilares
1. Operabilidade [tem de ser de fácil entendimento];
2. Eticidade [tem que existir ética, em especial ao que se refere aos contratos, o
princípio da eticidade está diretamente relacionado ao princípio da boa-fé];
3. Socialidade [O contrato está diretamente ligado à sua função social, assim
como o código civil].
Débito e Responsabilidade
Em regra, quem deve responde, portanto é o seu patrimônio que responde.
Entretanto, existem hipóteses em que uma pessoa deve mas seu patrimônio não irá
responder pela dívida.
Há também hipóteses em que existe a responsabilidade sem ter o débito. No caso de
um acidente de transito envolvendo uma viatura da polícia. O Estado será obrigado a
pagar e não o agente.
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2 Leandro Maia Bueno
Data:16/08/2018
Professora: Maria Luiza
OBRIGAÇÃO DE DAR
1. COISA CERTA
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3 Leandro Maia Bueno
- Acessórios
É algo que acompanha a coisa (o bem) principal, mas não é o bem em si, o objeto que
vincula as partes. Trata – se do princípio da gravitação jurídica, onde o acessório
segue o principal.
- Restituir
- Melhoramentos:
Os melhoramentos e acréscimos realizados antes da tradição conferem ao devedor o
direito de exigir um aumento sobre o preço da coisa, entretanto a outra parte não
estará obrigada a concordar com tal aumento, desta forma a obrigação poderá ser
resolvida (Artigo 237, 242 CC).
Benfeitorias
As benfeitorias realizadas sendo úteis ou necessárias deverão ser indenizadas ao
possuidor de boa-fé. Já o possuidor de má-fé somente possui direito a indenização
pelas benfeitorias necessárias
a) Úteis
b) Necessários
c) Má – fé
d) Naturais (Art. 242)
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4 Leandro Maia Bueno
Questão:
Maria do Carmo comprou um vestido de noiva que pertenceu a Marina Rui Barbosa
de LEILOART/ SA para o seu casamento que se realizaria no dia 20/10/2011, dia
também agendado para a entrega do vestido. Em 10/10/2011, houve uma forte
tempestade na cidade e um raio incendiou o ateliê de costura onde o vestido de Maria
do Carmo estava guardado. Neste mesmo dia, vários incêndios ocorreram na cidade,
também causados por raios. Discorra sobre o caso.
Tendo em vista o acordo firmado entre as partes através de negócio jurídico realizado
através de leilão, a empresa Leliloart/SA possuía a obrigação de dar coisa certa.
Resolve-se a obrigação somente com a devolução dos valores correspondentes.
Tradição – não houve tradição – a responsabilidade é do ateliê
Responsabilidade Leiloart/ SA por conta de “res perit domino”
Culpa Não houve culpa
Obrigação de dar
Data: 22/08/2018
Professor: Maria Luiza
Obrigações de dar coisa incerta (Artigos 243 a 246,CC)
- Conceito: (gênero e quantidade)
A obrigação de dar coisa incerta consiste em uma obrigação pela qual o devedor se
obriga a entregar algo determinável ao seu credor. Neste caso não foi ajustada entre
as partes, a coisa será indicada ao menos pelo gênero e pela quantidade. A obrigação
de dar coisa incerta possui caráter transitório, haja vista que após a concentração a
obrigação passa a ser de coisa certa.
A concentração consiste na escolha/separação/pesagem/ da coisa determinável,
tornando-a determinada.
A coisa incerta é determinável mas não determinada. Não é individualizada.
Transitória.
- Escolha do devedor
Como regra, nas obrigações de coisa incerta a escolha cabe ao devedor, se outra
coisa
Não há proibição sobre a escolha ser do credor. A escolha recaindo sobre o devedor
consiste em que ele deverá utilizar a qualidade média, ou seja, o devedor não estará
obrigado a dar o que tem de melhor, mas também não poderá dar o que tem de pior.
Para os casos em que não puder ser feita a qualidade média, ele poderá dar um ou
outro.
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5 Leandro Maia Bueno
- Perda ou deterioração
De acordo com o artigo 246, antes da concentração a coisa incerta não se perde, pois
o gênero é infinito e não perece. Após a concentração, a coisa incerta se torna certa,
e caso ocorra a perda ou deterioração deverá ser analisado se ocorreu culpa por parte
do devedor. Ex.: Nátilla escolheu seis sacas de café de Maria Luiza, dentre várias
disponíveis. No dia 22/08, houve o ajuste. No dia 23/08, a concentração. Contudo no
dia 24/08 ocorreu uma enchente. No dia 25/08 estava agendada a tradição.
Antes da concentração não se pode alegar perda, pois coisa incerta é infinita
Data: 23/08/2018
Professora: Maria Luiza
1) Obrigação de fazer
A obrigação consiste em uma espécie de obrigação na qual o devedor se compromete
em realizar algo em favor do credor. A obrigação de fazer se divide em das espécies:
a. Fungível:
É aquela obrigação em que a prestação pode ser cumprida por uma terceira pessoa,
neste caso a pessoa do devedor não tem importância, pois o desejo do credor tem
relação com a finalidade, ou seja, ele quer a coisa pronta. Ex.: Uma construtora
contratada para construir uma casa.
b. Infungível:
Neste caso, para o credor que importa é que a coisa seja feita pela própria pessoa do
devedor. Ex.: Quando se contrata alguém para pintar um quadro ou para fazer um
show. É personalíssimo.
c. Perdas e danos (Culpa);
d. Inexecução
Quando ocorrer a inexecução de uma obrigação de fazer infungível ao credor apenas
restará requerer perdas e danos, pois não é possível coagir devedor a executar a
prestação. Se a recusa for para o caso de obrigação fungível, o credor poderá pedir
que uma terceira pessoa realize a obrigação. E ainda, para os casos de urgência, o
credor poderá agir sem ordem judicial, ficando o processo cabível para momento
posterior.
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6 Leandro Maia Bueno
Se a recusa ocorreu por razões alheias à vontade do devedor a obrigação será extinta,
sem direito a reclamar perdas e danos.
Questão:
José, conhecido fazendeiro, ajusta com Maria, a venda de 10 gados de sua fazenda.
A entrega foi agendada para 07/09/2018, dez dias após a celebração do contrato.
Ocorre que no dia 04/09/2018, a fazenda de José foi invadida e todos seus animais
roubados. Diante do caso, como ficará a obrigação?
Antes da concentração - Cabe ao devedor, dar a coisa ao credor, com base no artigo
246, a coisa antes da escolha não sofre perda, pois coisa incerta é infinita mesmo que
em caso força maior ou caso fortuito.
Depois da concentração – A coisa se torna certa, a perda sem culpa, como foi o
caso, se resolve “res perit domino”, cabendo somente a devolução de eventuais
valores pagos. Haja vista tratar – se de caso fortuito.
Data: 05/09/2018
Professor: Maria Luiza
Obrigação de não fazer (Art. 250, CC)
A obrigação de não fazer consiste em uma obrigação na qual o devedor se
compromete a se abster de fazer um determinado ato. É importante destacar que trata
– se de um ato que o devedor poderia praticar livremente se não houvesse a
obrigação. Porém, esse ato não pode exigir sacrifício em relação ao devedor. Esse
tipo de obrigação é considerada obrigação negativa.
Caso ocorra a violação da obrigação de não fazer, deveremos observar sobre o que
recai a obrigação, se o devedor tiver como desfazer a coisa terá que desfazê–la além
das perdas e danos, porém se estivermos tratando de algo que não existe
possibilidade de retornar ao estado anterior o devedor arcará com as perdas e danos.
Exemplo 1: - Se o devedor construir um muro que não poderia, terá que desfazê-lo
além de perdas e danos.
Exemplo 2: - Se o devedor quebra o dever de sigilo, não há como voltar ao estado
anterior. – perdas e danos.
O ato de iniciar o fazer de alguma coisa que não poderia ser feito já configura o
descumprimento da obrigação.
Devemos lembrar que a obrigação de não fazer é um vínculo jurídico entre as partes,
portanto se no exemplo do muro, a casa for vendida o novo proprietário não possuirá
qualquer obrigação de não fazer com a outra parte. Diferente da servidão, assunto
que será tratado em CIVIL V.
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7 Leandro Maia Bueno
A obrigação de não fazer também admite a chamada auto tutela, conforme disposto
no parágrafo único do artigo 251, CC. Será admitida auto tutela dos casos de urgência,
sem prejuízo do ressarcimento e das perdas e danos.
A obrigação de não fazer tem relação com as partes. Servidão [predial] é o direito que
se dá aos outros de usufruírem daquilo que lhe pertence. Servidão é sobre “coisa”,
obrigação de não fazer é sobre pessoas, sobre as partes.
Data: 06/09/2018
Professor: Maria Luiza
Obrigações alternativas (Art. 252 ao 256, CC) – as obrigações alternativas já
nascem com a possibilidade de escolha. Podendo o devedor ter outra opção de
adimplir, no caso de falhar a primeira opção. Na regra geral, a obrigação simples
possui apenas um objeto na obrigação alternativa possui 2 ou mais opções e apenas
uma delas precisará ser cumprida é uma forma de estimular e facilitar os negócios.
Características da obrigação alternativa
1 – Nasce com objeto composto
2 – O adimplemento de qualquer prestação gera o cumprimento da obrigação.
Perda – Para os casos em que a escolha couber ao devedor. E não se puder mais
cobrir a obrigação, pois todas as prestações se perderam, o devedor ficará obrigado
a pagar o valor da que por último se perdeu, além das perdas e danos.
Se a escolha cabia ao credor e todas as prestações se perderam com culpa do
devedor, o credor terá direito a reclamar o valor de qualquer delas, além das perdas
e danos. Se a escolha era do credor e somente uma das prestações se perdeu com
culpa do devedor, o credor poderá reclamar o valor da que se perdeu ou o
cumprimento da que sobrou, além das perdas e danos.
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8 Leandro Maia Bueno
Data: 12/09/2018
Professora: Maria Luiza
- Pluralidade
Havendo pluralidade de devedores na obrigação indivisível cada devedor responderá
pela dívida toda e aquele que pagar ao credor originário cobrará a cota
correspondente aos demais, é o caso previsto no § único do 259 que trata da sub-
rogação.
Se a pluralidade for de credores, o devedor deverá pagar todos os credores
em conjunto, para evitar possível engano entre eles, ou o devedor poderá ainda pagar
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a apenas um dos credores, desde que este lhe preste caução que consiste em uma
garantia dada pelo outro credor.
Data: 17/10/2018
Professor: Maria Luiza
Obrigações solidárias
Solidariedade Passiva (pluralidade de devedores)
Solidariedade ativa (pluralidade de credores)
Presunção: Não se presume/tem que ser ajustada/lei
Remissão: (Perdão da dívida)
Exoneração: Liberação da totalidade da dívida (abate a quota que corresponde a
alguém, renuncia)
Falecimento: Herdeiros paga somente quota que era correspondente do decujo. art
276 cc
Insolvência: Falência, a dívida é maior que o crédito, não tem bens para saldar a
dívida.
Exoneração da solidariedade: Liberação da dívida toda(retira a pessoa da relação)
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10 Leandro Maia Bueno
Data: 24/10/2018
Cessão de crédito(compra de crédito) ART. 286 CC.
O crédito tem que ser válido/legal.
Pro Solvendo: Aquele que cede o crédito e é responsável pela validade e pelo
pagamento
Pro soluto: Garante que no momento da cessão o crédito é legal.
A cessão de crédito é uma forma de transferência feita pelo credor de uma obrigação
a uma terceira pessoa, estranha ao negócio original. A cessão de crédito independe
de autorização do devedor, mais a sua notificação é necessária, até mesmo para que
não haja risco para as partes do pagamento ser efetuado de maneira incorreta. ‘’’ vA
cessão envolve o cedente, o cessionário e o cedido.
Data:31/10/2018
Assunção de dívida
A assunção de dívida consiste em uma forma de transferência de uma obrigação, é
considerada uma transferência/cessão de débito.
O devedor transfere a sua posição dentro de uma obrigação para uma 3° pessoa, mas
ao contrário da cessão de crédito, a assunção de dívida necessita do consentimento
expresso do credor.
-Requisitos:
Validade do negócio jurídico(para assumir a dívida o neg. tem que ser valido)
Efeitos da anulação:
Ocorre quando a substituição do devedor e a assunção vier a ser anulada por não
preencher os requisitos necessários, o débito voltará a sua forma anterior, ou seja,
restaura-se o débito com todos as garantias que existiam.
Consignação e pagamento
Consiste no pagamento realizado mediante um depósito judicial ou em uma
instituição bancária, será cabível quando houver recusa injustificada por parte do
credor ou ainda para os casos em que ocorrer dúvida sobre quem é a pessoa do
credor.
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11 Leandro Maia Bueno
Data: 01/11/2018
Professor: Maria Luiza
Novação
A novação consiste em uma substituição de uma obrigação com a extinção da
obrigação originária. É necessário que exista uma obrigação anterior e que a mesma
seja válida, pois a novação não pode validar obrigações. É necessário também que
ocorram alterações significativas entre as obrigações, não basta por exemplo apenas
uma antecipação de vencimento ou de modificação dos juros.
São requisitos da novação:
1. Uma obrigação anterior e válida;
2. A criação de uma nova obrigação;
3. O ânimo de novar (ânimus novandi)
São espécies de novação:
1. Objetiva ou real (coisa)
2. Subjetiva (pessoa)
3. Mista
Na novação objetiva existe uma substituição da obrigação, porém as partes
são mantidas. Na novação subjetiva existe uma substituição em relação às partes.
Na novação mista ocorre substituição tanto quanto a coisa como quanto a pessoa.
São efeitos da novação:
- Extinção (da obrigação originária);
- Criação (da nova obrigação);
Dação em pagamento
A dação em pagamento consiste no ajuste das partes, com a aceitação do
credor em receber coisa diversa da coisa devida. Como regra, o credor não está
obrigado a receber coisa diferente, porém se o mesmo concordar ocorrerá a extinção
da obrigação e a liberação do devedor através da dação em pagamento.
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12 Leandro Maia Bueno
Data: 08/11/2018
Professora: Maria Luisa
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