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ees ee es Eniioe FEE, Porto Alege, 8(2)3-20, 1987 ANALISE COMPARATIVA DE “AS LEIS DOS RENDIMENTOS SOB CONDICOES COMPETITIVAS” DE SRAFFA E DO SEU PRECURSOR ITALIANO* “anireeMeneschi** 1 - Introdugado No seu atigo cisico As kis dos rendimentos sob condgdes competitns, Piero Staffs (1926, p-535) mencionou que “..) as primeiras paginas deste artigo Contém um sumo. das concusdes” de um teaalho que ele haviaescio em ftalano como titulo de Sle relazioni pra costo quanttéprodotta (Safa, 1925) E meu propénio, neste artigo, compara a cataibuigSes elatvas deste dvs tabs Thos, 0 primeiro dos quais, até onde sei, nio foi publicado em inglés.' A tese de Sratfa de que a andlise de equlbrio parcial de pros ¢quantiades de Marshall fo Fexto waduaido polo Prof. Roberto Campos de Moraes, UFRGS. Este artigo foi publicado cm ings no Cumbrge Journal of Economics, v.10, 1986 ++ Profesor anistete da Universidade de Vanderbilt, LUA ~ Departamento de Economia ¢ Adminitagt. Desejo agratecer ao meu eolega Wiliam Q. Thweatt pela sugestio de celia esta compar ‘io entre on artigos de 1925 ¢ 1926 de Safa Plerangelo Garograni, Geoftiey C. Harcourt, John P. Henderson, Laigh L.Pasinet e Alessandro Roncaslia por seus comentivos iss & ‘neorajadoresna primeira versio dest artigo. Tanbém agradego a dois referees andvimos for aus augeses, O men maior agrdecmento val para Larry Samuelson pela sua crea Trsva, da qual eeultow uma teormulagdo substancial das minhas eonetunBcs ta na ‘unio de mato de 1983 da Sociedade de Histdna da Hconomia, quando apreents pla Drimeia ver este artigo, Devo, iaimente, agradecer & Larry Levine, cujor comentios {stthatos me ajudaram a eslaecer melhor ¥urgumentagio em viris pontos. Nzo pude Shetar todas as suget@ss feta, endo, poranto, d= minha exclusiva responsabilgode ‘opines express eat deicgneisremanescenes, .» Roncaglie, em cortespondéncie particular, informou-me que a publicagio de wma tan oo artigo de 1925, feta por 3, Fatwol por ele proprio, {Oi adi por suzesto do Proprio Sra, apaentercate porque ele experavs poder eeconsderts Os Eumenos EXPOS fos naquele tabalto posteriormente cera adequada para 0 caso de indGstrias sujeitas a custos varldvels adquie maior es- ‘atura na exposigdo clara ¢ detalhada de seu atigo de 1925, o qual também contém ‘uma critica das andlises dos rendimentos variveis de Turgot, J. S. Mill, Caires, Edgeworth Wicksteed, Pigou, Pantaleoni, Barone, J. N. Keynss e, particularmente, de Marshall, entre outros £ interessante notar que um dos maiores estudantes e divulgadores das obras de Sraffa, A. Roncaglia, sustenta a opinifo de que “(0 artigo de 1925 € hoje de maior interesse porque ele se concen: tra na critica da teoris marshalliana, assim como fornece vérias suges- Ges de grande interesse (tas como a andlise das ‘margens espdrias', ds quais Sraffa se refere no preficio de Produggo de mereadorias por meio de mercadorias(.,.)” (Roncaglia, 1978, p.19)". Roneaglia acrescenta que "(...) artigo de 1925 impressionou muito ao idoso Edgeworth, quem, ‘como co-editor, decidiu convidar Sraffaa eserever um segundo artigo na ‘mesma linha para o Economic Joumal. Apés a morte de Edgeworth, (J. M,) Keynes, também na fungdo de co-editor, fez 0 pedido a Sraffa". ‘Ao aceitar 0 convite de Keynes, Sraffa oscreveu uma cacta.ggle que se encontra ho- je nos Keynes Papers;na Marshall Library, em Cambridge. Roncaglia(1978,p.1 1-3), cita Urés passagens desta carta, nas quais Sraffa esbogou a esséncia do artigo de 1925 © antecipou os novos aspectos do artigo de 1926 concermentes ao que viria, subse- gientemente, sex conbecido por teoria da eompetigo monopolisa (ow imperfeits). Harcourt (1972, p.14-19) salienta o quanto Robinson (1933) deve no desenvolvi- mento de sua anilise na Economia da concorréaciaimperfeita? a Sraifa pela dltima parte do seu artigo de 1926. Na comparagdo entre os artigos de 1925 e de 1926, a primeira coisa que cha- ma atengfo do leiter é seu comprimento relativo: o artigo italiano possui 52 pgi- ras, enquanto que apenas as primeira sete piginas do artigo de Economic Journal * Schumpeter sustentava uma opin semelhante no qu se efere 20 meio reatvo dos dot atigos de Sraffi, “O artigo de 1925 most os primezos pasos de Safa ea matures de seu desempenho bthantemente orignal muito melhor do que o sou artigo em inglés” (Gohumpate, 1954, p 1047 Shackle (1967, p. 12), em sua clogiosa apresentayio do papel de Safa na refrmulagfo dz feoria do valor nos." .) anos de alls teoria” (1926-1939), afimouque'(,-.) 0 now periodo abre com 0 Manifesto de Sraffa de 1926, que reclame evsdo da eora do val De acordo com Shackle (1967, p. 20), em um capitulo ineula Seafa« Estado da Yeo: ria do Valor, 1926 "...) em um dio parigrafo toda a base ea nocosidade da teoria mo- derma da cofcorréncia Imperfta foi express de um modo tio simples © econdmico que ‘wenca fol methgrado”, Em nenhum lugar, Schakle menciona o artigo de 1925 de Saff, posivelmente devido 2 sua inexisténcia em ings Tivesc ele lvado em conta ete artigo om seu espiéndio lo, 03 “anos de alta teora”poderism tr sido entendios por un ano. abrangem o tereno equivalente, Portanto a discusio das leis dos rendimentos na ‘esto italiana € muito mai detalhada do qu adiscusso analoga da versio ingess, Em segundo lugar, além da riqueza de cefeéncias os trabahos de seus pre tes (muitos dos quais so, por vezes, excesivamente realgados nas nolas--rodapé), ‘0 aligo Italiano &, em alguras pares, coasideravelmente mats t€xnico do que in 18s, sendo a andlise baeada em dois diagramas que sto omitidos no artigo de 1926, Depois de ter esbogado a sua posi bisica na Segao 1 do seu artigo de 1925, Sraffa devota a sua seqa0 mais longa (Segio 2, com 21 pigina) @ wm discuss so- bye custos crescontes,seguida por uma andlse dos cuss deeresentes na Seyfo 3 (14 piginas)e, na Segd0 4, por uma sobre cuss constantes (ets pins). artigo conelui na Seggo 5 com & eritica fundamental de Sraffa is curvas de oferta que sio taracterizadas por rendimentos vardvei ¢ que, juntamente com as curras de de- tmanda, determinam os pregos em uma estrutura de equlibrio parcial. miata in tengo, neste artigo, segue este formato geral, abordando, sucesivamente, 08 cus tos crescentes, decrescentes e constantes © resumindo a exposigZo que Staff faz dos enfoques de seus predecessors em cada caso ¢ a andlise dele proprio sobre as condigGes que provavelmente podem gerar esses custs. Finalmente, cu comparo 6 artigo de 1925 com a anilise das leis dos rendimentos contida no artig de 1926 ¢ com 0 live posterior Produgio de meteadorias por meio de mercadoras (Satta, 1960}, no qual ele consderou os mercados como competiivos, mas, a0 postularau- séncla de vaiaglo not aves de produgto de cada indstria, dispensou qualquer hi potesereferente Anatureza dos rendimentos de eeala 2 - Custos crescentes ‘Sraffa critica 0 Diciondrio de economia politica de polgrave (1894, elc.), por spor que as mesmas circunstincias possam gerar relornos crescentes ou deceescen- tes, Srafa relaciona os cendimentos decrescentes a variagGes nas proporedes em que os fatores de produglo sf0 usados em uma dada indstriae argumenta que variagGes fo tamanho de td indisteia geram cendimentos crescentes.* [Estes dltimos podem surgir de variagSes nas proporgdes de fatores somente ‘quando 0 termo “fstor constante” for interpretado em um sentido extremo, quan- do, realmente, 0 fator em questo nfo puder nem ser aumentado ¢ nem ser dimi- tmuido. Com efeito, um “fator constante”, tal como a terra, pode sempre ser deixa do porcialmente ocioso, 0 que carrer se © agricultor procurar obter 0 mais alto produto pot unidade das suas doses de capital ¢ trabalho. Sraffa cita Turgot (1844, 421; a fonte original éde 1767) como tendo sido o primeiro a formular, em forma * Dierentemente de Marshall que, or vezes,obscuceet a dsingfo entre “retornas eas” Castel dis proporgies vacves” (er Levine, 1980), Sella &perfetamenteexplsto quan- To i separagio erie as infuSncas dos efeitos da ecala os eteitos sobre u produgso pro- seniemes de aeréseimas marginas de wm nico fat. 6 bastante preci, wna tendéncia a rndimentos crescents provniente de flores va sive aplicads terra, seguda de endimentos decrescentes até o ponto.em que a produ atinge o seu miximo, Enietanto a rego inca de rendimentos erscen- tes somente seria obserada ye 0 agicullorignorasse a melhor maneia de uta torr, jf que ele podeia maximizar a produtvidade dos seus fators vais dt sano ociosa pate da ter, ara provar 0384 gonto, raf inctouuz a Figura, abaixo reprodurida, na qual eixo x mese os doses de copia e trabalho aplicadas a uma dada pore de fora, a curva OAB mede 0 produto marginal dosas doses e a curve pontilhala OPD mede © seu produto médio.* Dada a homogeneidade da terra — ¢, embora Sraffa ‘nfo mencion, rndimentos constants 8 exeaia~, existe um pa similar de cura desiocado pars a direta ou para aesquerda na proporgfo do tamaaho da porezo de terra disponivel ao agricultor. Se est timo deedisse emprezar a quantidade OS de fators vids el deixaria ociosa a ragdo SM/OM de sua terrae alcancarao mas alto produto médio PM(=US),e, portant, 0 mais alto produto total de seus flores {ariels.O uso 6timo do fatorfxo implica, portato, uma curva de produto médo Gada por EPD e ago por OPD. Sraffa aicma quo a regio iniil de rendimentos erescentes devs a fatores variéveis cocesponde a um produto marginal negativo de fatorfixo. Ee quaifica esta afirmagio, s¢rescentando quese uma quantidident- hitna do fator fino precisa ser usada, emo sma repo iniial de rendimentos crs cents, devido a0 fator varie, ser observada FIGURAI va 5 No 6 conhecida rao pela qual Staffa fez as curmas de profiuto médio © marginal pss rem pela orgem, 14 que isto implicaria quo « curva de produto total tives incinago nla hn ongem. Um diagama com a mesma hipSteresubicente encontzsae em Wicksteed (1910, Tivo Ii ap. 6). Agradego a0 meu colegs Fea Westeld por tr chamado a minha atengfo, para este ponio, 7 Sraffa ita aflemagdo de Marshall feita na Nota sobre a lei do rendimento de- cxescente (Marshall, 1920, p.141) de que “(...) as tendéncias de utlidade decres- conte de rendimentos decrescentes possuem suas rafzes, a primira nos atributos dha naturera humana e a segunda nas condigses técicas da indstria. Nio éestra- tho, pergunta Staffa, que dois elementos to heterogéneos quanto & natutezahu- rmana.e 8 teonologia industrial devam ter implicag6es semelhantes? Além disso, ele ‘Obverva que muita czSes diferentes slo aduaidas para a produtividade marginal de- cresconte em diferentes indistris, Nao & mais provavel que deva existir uma causa Giniea para essa produtividade decrescente? Ele acha mais plausivel © mas simples supor que essa semelhanga sea devida ao seu nic elemento comom, a sua relaga0, com a natureza humana Sraffa ctaafirmagoes de J. S. Mil, Caimes, J. N. Keynes @ Pantaleoni, egun do os quais lei dos rendimentos decrescents ¢ ernprestada das ciznias isc, sen- do, portanto, de cardter tecnoldgico e no uma lei econémiea. Ele argumenta, eon Winentemente, que se exists de fato uma ordenagio tecnicamente preseita de combinagées produtivas, no existita razdo para esperar que ela obedecesse a uma ordem de produtividade deerescente. Também € excesivamente complicado postu lar aexistencia de uma razdo tGonica diferente para a produtividae decrescente de catia indistia. Muito mais plawsve é a hipotese de que eada ieniteprodusivo, com fientemente, usa unidades adicionas de um fator de produgdo segundo uma ordem decrescente de produtividade De acordo com Sraffe, Ricardo prefer enfatizar o declinio ds progutividade ‘quando derivado da wtiizagho do teras menos férteis (hoje referda usualmente eo tno margom “extensva de cltivo) do que quando derivada da aplioaezo de doses Sucesivas de capital ¢ trabalho A mesma poreao de terca (a margem “intensia"). Enquanto a produtividade de um pedago de tera €independente do fato de um ou- tro pedago ser cultivado ou nip, a produtividade de uma dose de capital e trabalho € tauito menos independente do fato de uma dessas doses ter sido aplicada a ese roesmo pedago de terra. A certeza © a genéralidade da let dos rendimentos decres: tentesé muito maior quando dforentestipos de terra sdo consderados. Sraffa discute, a esta altura, a distingto feita por Wieksteed entre curas de produsividade “funcionais” e “dscritivat™, que correspondem asteis de rendime tos decrescentes “fisica” © “scondmica”, respectivamente (Wicksteed, 1914). De acordo com 2 primera, todas as unidades de fatores sao idéatiea, eas suas produ- tivdades marginais dependem, funcionalmente, do nimero ‘otal empregado dessx ‘unidades, De acordo com a segunda, todas as unidades de faores sao heterogéneas com produtividades diferentes e podem ser (dferentemente da primeira) ontenadss de acordo com a produtivdade, em ordem decrescente, Wicksted rejetao segundo tipo de curva de progtividade, © conceito marginal asociado a ele ea teoriarcat= diana da renda que baseianele. Ble aeita 0 primero tipo de curva como base part Constr também a eslaecedora discussZo de Roncalia sobre sss dls tpos de curves ‘Roncaaia, 1978 exp. 6).

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