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COMPETÊNCIA EM PROCESSO PENAL

-- Fernando Capez

 Jurisdição.

O que é?

Vêm do latim “júris” e “dicio”, ou seja, dizer o direito. É a atividade por meio do qual, o Estado
dotado de soberania soluciona litígios, Poe fim os conflitos de interesse, aplicando ao caso
concreto a vontade do direito.

Características da jurisdição:

- Substitutividade: o Estado faz substituir a vontade das partes pela vontade do direito. E assim
resolver o conflito.

- Imperatividade: o Estado vem, resolve e determina que assim seja solucionado o litígio.

- Definitividade: Põe um ponto final naquela questão, naquele conflito.

Princípios da Jurisdição:

- Princípio do juiz natural: só pode exercer a jurisdição órgãos jurisdicionais, com atribuição,
com competência previamente determinadas em regras já conhecidas. Pressupõe, portanto, a
impessoalidade. É a proibição de juízes e tribunais de exceção, aqueles montados
especificamente para um caso.

- Princípio do devido processo legal: O exercício da jurisdição só pode ser exercido após o
devido processo legal.

- Princípio da Inércia jurisdicional: A jurisdição pressupõe que haja uma provocação, ela não
pode atuar agir de ofício.

- Princípio da Indeclinabilidade da prestação jurisdicional: Nenhuma lei poderá excluir do


judiciária a aplicação da lei ao caso concreto. Todos os litígios devem ser solucionados pelo
poder judiciário.

- Princípio da investidura: a atividade jurisdicional só pode ser exercitada por agentes públicos
investidos no cargo de juiz.
- Princípio da Improrrogabilidade: O juiz detém em determinada delimitação e só pode exercer
a sua jurisdição dentro daqueles limites ali estabelecidos pela lei. Não pode prorrogar, avançar
na competência de outro juiz.

- Principio da indelegabilidade: assim como não pode prorrogar a sua competência, ele não
poderá delegar a sua competência a outro juiz.

Competência

É a medida da jurisdição. São os limites dentro dos quais o juiz exerce a atividade jurisdicional.
De maneira que um não invada a área do outro.

Ou seja, é a função estatal exercida com exclusividade pelo poder judiciário. Consistente na
aplicação da ordem jurídica ao caso concreto. Com a conseqüente solução do litígio.

Conceito: é a delimitação do poder jurisdicional, fixa os limites dentro dos quais o juiz pode
prestar jurisdição, aponta quais os casos que devem ser julgados por cada órgão judiciário. É,
portanto, uma verdadeira medida da extensão do poder de julgar.

Espécies de competência:

- Competência em razão da matéria (competência material): subdivide-se em:

-- ratione personae

-- ratione materiae

-- ratione loci

- Competência em razão da função (competência funcional):

-- Se estabelece em razão da fase do processo, do grau da jurisdição e do objeto.

 COMPETÊNCIA RATIONE MATERIAE (Competência em razão da matéria)

A competência em razão da matéria se subdivide em:

- Jurisdição comum

Que se subdivide em:


- Justiça Federal – compete a justiça federal julgar os crimes praticados contra bens, serviços
ou interesses da União, autarquias federais e empresas públicas federais. (Exemplos: o tráfico
internacional de drogas, o contrabando ou descaminho, os crimes contra a humanidade e
direitos humanos etc.)

- Justiça Estadual – a que julga os demais crimes (ou seja, uma competência residual). Tudo
que não for praticado contra bens, serviços ou interesses da União, serão julgadas pela Justiça
Estadual.

-- SÚMULA 38 STJ – Contravenções penais ainda que praticadas contra bens, serviços ou
interesses da União, autarquias federais e empresas públicas não são de competência da
Justiça Federal – devendo ser justiça comum estadual.

-- SÚMULA 42 STJ - Crimes contra bens, serviços e interesses de sociedades de Economia


Mista, em que a União possui uma participação. Contra a Sociedade de Economia Mista
Federal, a competência será da Justiça Estadual.

-- SÚMULA 91 STJ - Crimes praticados contra a Fauna – Competência da Justiça Federal –

SÚMULA 122 STJ – O momento em que ocorre um crime que seja conexo ou continência entre
Justiça Federal e a Justiça Estadual – havendo conexão entre um crime estadual e um federal,
mesmo que não exista hierarquia entre justiças, na reunião, deverão ir para a Justiça Federal.

- SÚMULA 140 STJ – Indígenas que figure como autor ou vítima de crime, competência da
justiça estadual.

Só será da justiça Federal se for um crime de genocídio, por exemplo. Ou seja, que atente
contra a população indígena como um todo. Crime contra pessoas individuais será da justiça
estadual.

- Jurisdição especial

A que se estabelece em razão da matéria:

- Jurisdição eleitoral – a justiça que julga os crimes eleitorais.

- Justiça militar – a justiça que julga os crimes militares assim definidos em lei.
Crimes dolosos contra a vida praticado por militar contra um civil, não são de competência da
justiça militar.

Comentários importantes: E se for um outro crime militar praticado por um militar contra um
civil? (que não seja doloso contra a vida). Será de competência da justiça militar, com um
detalhe: a primeira instância só participa juiz de carreira, não participa integrantes da força
castrense. No Tribunal de Justiça Militar, que é um órgão de segunda instância, que é
integrado por juízes de carreira e militares de carreira militar.

Então se um policial militar comete um crime militar contra um civil, ele será julgado na justiça
militar em primeira instância por um juiz togado.

SÚMULA 06 STJ - Acidente de trânsito com viatura da polícia (militar e civil) – é de


competência da justiça comum. A menos que o autor e a vítima sejam militares em atividade,
será de competência da justiça militar.

SÚMULA 178 STJ - Abuso de autoridade praticado por militar – Lei 4898/65 – Será de
competência da Justiça comum. Não é da competência da justiça militar.

SÚMULA 78 STJ – Se um policial militar de um estado pratica um crime em outro estado, ele
será julgado no seu estado.

- Justiça política – a que julga crimes de responsabilidade.

Quem julga em regra é o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade praticados pelo
presidente da república, jurisdição política do Senado Federal.

É o processo de impeachment.

Portanto, o Senado Federal vai exercer jurisdição política sobre os crimes de responsabilidade
praticados pelo presidente da república, pelo vice presidente, ministros do STF, procurador
geral da república, advogado geral da união, membros do CNJ e senadores. E ainda os
Ministros de Estado, Comandantes das forças armadas desde que conexos com o do
Presidente da república.

Quórum de 2/3 da câmara e da maioria simples do Senado para condenar nos crimes de
responsabilidade.
E nos casos de Governadores dos Estados?

É julgado pela Assembléia Legislativa (maioria absoluta) em que se instaura um tribunal


especial composto por sorteio de dois desembargadores.

-- Tribunal do Júri

Em razão da matéria, no que diz respeito aos crimes dolosos contra a vida (ex. homicídio
doloso, infanticídio, induzimento e auxílio ao suicídio e o aborto) esses crimes
constitucionalmente são do júri popular. Art. 5º, inc. 38 alínea d.

Portanto, cabe ao júri popular. São de competência da justiça Estadual.

Porém se tiver um crime doloso contra a vida praticado contra um funcionário público federal,
no exercício da sua função ou contra funcionário público federal no exercício da sua função, o
júri passa a ser competência da Justiça Federal.

Se for praticado dentro de embarcação privada, praticada dentro do território nacional, será de
competência do Júri de competência federal.

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