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BALANÇOS PATRIMONIAIS
LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008
(Em milhares de reais – R$)
Nota
ATIVO 2009 2008 01.01.08
Explicativa
CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa 6 514.280 1.072.157 995.224
Contas a receber operacional 7 1.178.784 162.943 14.703
Contas a receber de controlada – 177 –
Impostos antecipados e a recuperar 2.503 1.219 877
Outros valores a receber 18.448 4.941 6.674
Direitos a receber – securitização no exterior 8 163.850 207.979 149.119
Juros pagos antecipadamente – securitização no exterior 8 2.914 6.341 6.544
Despesas pagas antecipadamente 5.896 4.488 1.950
Total do ativo circulante 1.886.675 1.460.245 1.175.091
NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo:
Direitos a receber – securitização no exterior 8 42.445 277.000 367.516
Imposto de renda e contribuição social diferidos 9 222.000 169.398 156.763
Depósitos judiciais 18 455.292 323.073 221.687
Outros valores a receber 1.597 1.703 249
Imobilizado 10 296.121 213.295 210.483
Intangível 12 41.284 69.841 43.813
Ágio 11 22.198 17.795 41.157
Outros investimentos 214 174 288
Total do ativo não circulante 1.081.151 1.072.279 1.041.956
Nota
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2009 2008 01.01.08
Explicativa
CIRCULANTE
Financiamentos – arrendamento mercantil – 401 1.034
Contas a pagar a estabelecimentos 14 667.522 487.628 437.487
Fornecedores 15 116.443 96.604 85.595
Impostos e contribuições a recolher 16 416.945 275.066 227.803
Contas a pagar para joint ventures – 20.766 –
Provisão para contingências – – 2.520
Obrigações a pagar – securitização no exterior 19 163.911 207.943 148.941
Juros recebidos antecipadamente – securitização no exterior 19 2.914 6.341 6.544
Dividendos a pagar 20 105.365 – –
Outras obrigações 17 80.041 66.526 98.632
Total do passivo circulante 1.553.141 1.161.275 1.008.556
NÃO CIRCULANTE
Obrigações a pagar – securitização no exterior 19 42.445 277.000 367.516
Provisão para contingências 18 511.578 391.463 282.460
Outras obrigações 17 233 740 868
Total do passivo não circulante 554.256 669.203 650.844
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social 20 75.379 75.379 74.534
Reserva de capital 20 72.305 68.606 3.627
Reserva de lucros – legal 20 15.076 15.076 14.907
Lucros acumulados 766.897 542.985 464.579
Ações em tesouraria 20 (69.228) – –
Total do patrimônio líquido 860.429 702.046 557.647
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008
(Em milhares de reais – R$, exceto o lucro líquido por ação)
Nota
2009 2008
Explicativa
RECEITA BRUTA
Receita de comissões 2.649.860 2.184.840
Receita de aluguel 1.067.136 903.061
Outras receitas 135.456 127.652
Impostos sobre serviços (407.531) (340.087)
RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras 30 99.751 153.405
Despesas financeiras 30 (56.519) (59.875)
Antecipação de recebíveis 30 218.150 17.388
Ajuste a valor presente 30 (35.266) –
Variação cambial, líquida 30 1.903 947
228.019 111.865
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 2.331.098 2.052.404
Nota
2009 2008
Explicativa
Reserva
Nota Capital Reserva Lucros Ações em
de lucros – Total
Explicativa social de capital acumulados tesouraria
legal
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 74.534 3.627 14.907 464.579 - 557.647
1. Contexto operacional
A Companhia Brasileira de Meios de Pagamento, que teve sua razão social alterada para Cielo S.A. (“Sociedade”), conforme
aprovação em Assembleia Geral Extraordinária de 14 de dezembro de 2009, foi constituída em 23 de novembro de 1995 no Brasil e
tem como objetivo principal a prestação de serviços relacionados a cartões de crédito e de débito e outros meios de pagamento,
bem como a prestação de serviços correlatos, tais como o credenciamento de estabelecimentos comerciais e de prestadores de
serviços, o aluguel, a instalação e a manutenção de terminais eletrônicos e a captura de dados e de processamento de transações
eletrônicas e manuais.
Em 23 de janeiro de 2003, a Sociedade constituiu uma filial em Grand Cayman, Ilhas Britânicas Ocidentais, (Nota Explicativa
nº 23), com o propósito específico da realização no exterior de uma operação de securitização do fluxo de direitos creditórios
denominados em moeda estrangeira (notas explicativas nº 8, nº 19 e nº 26).
O contexto operacional das controladas, controladas em conjunto e de forma indireta é como segue:
Controladas:
• Servinet Serviços Ltda. (“Servinet”) – o objeto social da Servinet consiste na prestação de serviços de manutenção e contatos
com estabelecimentos comerciais e estabelecimentos prestadores de serviços para a aceitação de cartões de crédito e de
débito, bem como outros meios de pagamento; na prestação de serviços de instalação e manutenção de terminais eletrônicos
(Point of Sales Equipment – POS) para a captura de dados e o processamento de transações com cartões de crédito e de
débito, bem como outros meios de pagamento; no desenvolvimento de atividades correlatas no setor de serviços julgadas de
interesse da Servinet; e na participação em outras sociedades como sócia ou acionista.
• Servrede Serviços S.A. (“Servrede”) – o objeto social da Servrede é a prestação de serviços de gerenciamento de tecnologia
de rede, incluindo a transmissão de dados e informações, soluções corporativas, sistemas de comunicação privada e
de processamento eletrônico de pagamentos, além de prestação de serviços de aplicativos e data center, bem como o
desenvolvimento de outras atividades correlatas no setor de serviços julgadas de seu interesse e a participação em outras
sociedades como sócia ou acionista. A Servrede permanece sem operações em 31 de dezembro de 2009.
• CBGS – Gestão e Processamento de Informações de Saúde Ltda. (“CBGS Ltda.”) – tem como objeto social a prestação de
serviços de interconexão de rede eletrônica entre operadoras de saúde e prestadoras de serviços médicos e hospitalares e
quaisquer outros agentes do sistema de saúde, em plataforma tecnológica única; a prestação de serviços de digitalização e
automatização de processos, emissão de cartões, atendimentos de call center e outras soluções; a prestação de serviços de
leitura de informações de cartões e roteamento de transações não financeiras; a locação ou comercialização de leitores de
cartões, outros equipamentos de informática utilizados na prestação de seus serviços e assistência técnica; e a participação em
outras sociedades como sócia, acionista ou cotista.
Em novembro de 2009, a CBGS Ltda. foi incorporada pela CBGS, então sua controlada em conjunto, a valores contábeis e com
data base 31 de outubro de 2009.
Demonstrações Financeiras 2009 63
Controladas indiretas:
• Companhia Brasileira de Gestão de Serviços (“CBGS”) – o objeto social da CBGS era a prestação de serviços de interconexão
de rede eletrônica e outros serviços correlatos entre operadoras de saúde e prestadores de serviços médicos e hospitalares
(como hospitais, clínicas médicas e laboratórios), quaisquer outros agentes do sistema de saúde suplementar, indústrias
farmacêuticas, laboratórios, distribuidores, atacadistas, empresas do gênero, estipulantes, empresas usuárias de planos de
saúde e drogarias, entre outros, e seguradoras em plataforma tecnológica; e a participação em outras sociedades, nacionais ou
estrangeiras, como sócia, acionista ou cotista.
Em dezembro de 2009, a CBGS foi incorporada pela Orizon, então sua controlada em conjunto, a valores contábeis e com
data base 30 de novembro de 2009.
• Orizon Brasil Processamento de Informações de Saúde Ltda. (“Orizon”), atualmente denominada Companhia Brasileira de
Gestão de Serviços – o objeto social da CBGS consiste na consultoria e no processamento de informações para as empresas
da área médica em geral; na gestão de serviços de suporte (back office) para empresas operadoras de saúde em geral; na
prestação de serviços de interconexão de rede eletrônica entre operadoras de saúde e prestadores de serviços médicos e
hospitalares (como hospitais, clínicas médicas e laboratórios) e quaisquer outros agentes do sistema de saúde suplementar e
drogarias, em plataforma tecnológica única; na prestação de serviços de digitalização e automatização de processos, emissão
de cartões, atendimento em call center e outras soluções; na prestação de serviços de leitura de informações de cartões e
roteamento de transações não financeiras; na locação ou comercialização de leitoras de cartões, outros equipamentos e
sistemas de informática utilizados na prestação de seus serviços, bem como na prestação de assistência técnica a referidos
equipamentos; e na participação em outras sociedades, nacionais ou estrangeiras, como sócia, acionista ou cotista.
• Dativa Conectividade em Saúde Ltda. (“Dativa”) – o objeto social da Dativa era a prestação de serviços de interconexão de rede
eletrônica para a troca de informações entre operadoras de plano privado de assistência à saúde e prestadores de serviços de
saúde, médicos e hospitalares e quaisquer outros agentes do sistema de saúde complementar; a elaboração de programas de
computador (software); o licenciamento ou a cessão de direito de uso de programas de computador, inclusive distribuição; e a
prestação de serviços de pesquisa e desenvolvimento de qualquer natureza.
Conforme protocolo de incorporação de 29 de maio de 2008, a Dativa foi incorporada pela Orizon, a valores contábeis.
O objetivo da incorporação é a maior integração e unidade administrativa, comercial e financeira, com a consequente redução
de custos operacionais, administrativos e financeiros dessas sociedades.
• Prevsaúde Comercial de Produtos e de Benefícios de Farmácia Ltda. (“Prevsaúde”) – o objeto social da Prevsaúde consiste
na prestação de serviços de benefício farmacêutico, voltados para o atendimento de clientes corporativos, planos de saúde,
clientes públicos e grandes laboratórios. A Prevsaúde administra a relação dos funcionários de seus clientes com as farmácias,
os médicos e com a própria empresa contratante.
• Precisa Comercialização de Medicamentos Ltda. (“Precisa”) – o objeto social da Precisa é a comercialização de medicamentos
em geral, com foco na prevenção e manutenção do estado de saúde, com sistema de entrega programada. A Precisa é uma
“farmácia” voltada para atender aos clientes da Prevsaúde, com foco principal nos pacientes crônicos. Ela é responsável pela
entrega de medicamentos de administração recorrente aos clientes da Prevsaúde com doenças crônicas, como diabetes,
câncer, problemas cardíacos e de pressão. Permite monitorar a entrega e o consumo do medicamento, aumentando a
efetividade do tratamento.
64 Cielo
Em 8 de novembro de 2006, a Sociedade, através de sua controlada CBGS Ltda., a Bradesco Saúde S.A. (“Bradesco Saúde”) e a
Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (“Cassi”) assinaram Acordo de Investimentos, visando à atuação em
conjunto no segmento de prestação de serviços de interconexão de rede eletrônica e outros entre operadores e prestadores de
serviços de saúde. Por esse acordo, a Bradesco Saúde e a Cassi constituíram a CBGS e garantiram a essa nova empresa o acesso
ao seu cadastro de clientes para prestação dos referidos serviços com exclusividade. A controlada CBGS Ltda. comprometeu-se a
adquirir participação equivalente a 40,95% do capital social da CBGS por R$ 139.045, por meio de novos aportes de capital através
da conferência de bens.
Em 23 de novembro de 2006 e 26 de julho de 2007, a controlada CBGS Ltda. adquiriu a totalidade das cotas representativas do
capital social da Polimed e da Dativa.
Em 28 de dezembro de 2006, foi constituída pela Bradesco Saúde (70,87%) e pela Cassi (29,13%) a CBGS, com capital social de R$
1.000, totalmente subscrito e integralizado em dinheiro. O capital social da CBGS está dividido em 1.000.000 de ações ordinárias e
nominativas, sem valor nominal.
Em 2 de janeiro de 2008, a CBGS subscreveu, em favor da controlada CBGS Ltda., 693.480 novas ações ordinárias, sem valor
nominal, pelo montante de R$ 139.045.
A integralização desse montante, que dá direito à controlada CBGS Ltda. de deter 40,95% de participação naquela companhia,
ocorreu através da transferência de participações em companhias e em dinheiro. Dessa forma, considerando que a formação de
joint venture é especificamente excluída do escopo do IFRS 3 – Business Combination, a transferência de participação acionária
para a CBGS (joint venture) foi contabilizada pelos mesmos valores contábeis que estavam registrados na CBGS Ltda. (venturer),
tendo o ganho de capital sido contabilizado no consolidado da Sociedade de acordo com IAS 31 – Participações em Joint Ventures
e SIC 13 – Entidades de Controles Compartilhados – Contribuições de Ativos Não Monetários pelo Venturer. Portanto, esses
pronunciamentos requerem que o reconhecimento do ganho ou da perda reflita a substância da transação, ou seja, quando os
ativos são retidos pela joint venture e o venturer transferiu significativamente os riscos e benefícios da propriedade para a joint
venture, o venturer deve reconhecer somente a porção do ganho ou da perda atribuída à participação dos outros venturers.
A integralização pela CBGS Ltda. do montante mencionado ocorreu detalhadamente da seguinte forma:
• R$ 60.773 por meio da entrega imediata de 46.661.888 cotas da Polimed, atualmente denominada Orizon, cujo valor
patrimonial em 31 de dezembro de 2007 era de R$ 39.339, com a geração de ganho de capital no montante de R$ 21.434. Nas
demonstrações financeiras consolidadas, esse ganho de capital foi eliminado na proporção da participação da CBGS Ltda. no
capital social da controlada CBGS;
• R$ 10.918 por meio da entrega imediata de 1.709.999 cotas da Dativa, cujo valor patrimonial em 31 de dezembro de 2007 era
de R$ 11.005, com a geração de perda de capital no montante de R$ 87;
• R$ 67.354 a ser integralizado em até dois anos, por meio da entrega de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro e/ou moeda
corrente nacional, os quais serão corrigidos pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Ampliado – IPCA acrescido
de 11,85% ao ano, pro rata die, desde a data do presente ato até a data da respectiva integralização, sendo contabilizado pela
CBGS Ltda. na rubrica “Contas a pagar para joint venture” e na rubrica “Contas a receber” da CBGS. Em 31 de dezembro de
2009, o saldo está totalmente integralizado.
Demonstrações Financeiras 2009 65
Após a subscrição de ações, a composição acionária da joint venture CBGS ficou da seguinte forma:
%
CBGS Ltda. 40,95
Bradesco Saúde 41,85
Cassi 17,20
Conforme o Acordo de Acionistas, as deliberações societárias e a aprovação de novos investimentos requerem a maioria
de aprovação pelos acionistas; consequentemente, a CBGS foi classificada como uma controlada em conjunto (joint
venture) e suas demonstrações financeiras foram contabilizadas pela Sociedade pelo método de consolidação proporcional,
conforme recomendado pelo IAS 31 – Participações em Joint Ventures.
Em 16 de março de 2009, a controlada em conjunto CBGS adquiriu a totalidade das cotas representativas do capital da Prevsaúde e
da Precisa, conforme apresentado a seguir:
Prevsaúde Precisa
A Prevsaúde presta serviço de benefício farmacêutico, voltado para o atendimento de clientes corporativos, planos de saúde,
clientes públicos e grandes laboratórios. A Empresa administra a relação dos funcionários de seus clientes com as farmácias, os
médicos e a própria empresa contratante.
A Precisa é uma “farmácia” voltada para atender aos clientes da Prevsaúde, com foco principal nos pacientes crônicos. Ela é
responsável pela entrega de medicamentos de administração recorrente aos clientes da Prevsaúde com doenças crônicas, como
diabetes, câncer, problemas cardíacos e de pressão. Permite monitorar a entrega e o consumo do medicamento, aumentando a
efetividade do tratamento.
Essas aquisições estão em linha com a estratégia da Sociedade, de expansão dos negócios no segmento de saúde.
Em novembro de 2009, a controlada direta CBGS Ltda. foi incorporada pela controlada indireta CBGS e em 1º de dezembro
de 2009 a CBGS foi incorporada pela Orizon. Como resultado das incorporações, todas as operações das incorporadas foram
transferidas para as incorporadoras que sucederão as incorporadas em todos os seus bens, direitos e obrigações, a título universal e
para todos os fins de direito, sem qualquer solução de continuidade, com a consequente extinção das incorporadas.
66 Cielo
As demonstrações financeiras consolidadas referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 são as
primeiras elaboradas de acordo com o IFRS, sendo 1º de janeiro de 2008 a data da adoção inicial (balanço patrimonial de
abertura), e estão de acordo com o IFRS 1 – Adoção Inicial do IFRS.
As demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade são elaboradas e apresentadas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP), com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM até 31 de dezembro de 2009, e essas práticas diferem, em algumas
áreas, do IFRS. Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas do exercício de 2009, a Sociedade ajustou
alguns métodos de contabilização, avaliação e apresentação, aplicados em BR GAAP, no intuito de cumprir as práticas
adotadas no IFRS. Os dados comparativos referentes a 2008 foram refeitos para refletir esses ajustes, à exceção daqueles
descritos na isenção das práticas contábeis opcionais e obrigatórias, constantes nas Notas Explicativas nº 3.1.2. e nº 3.1.3.
Essas demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com os IFRS em conformidade com a Instrução
CVM nº 457, de 13 de julho de 2007.
A reconciliação e a descrição dos efeitos da transição das práticas contábeis adotadas no Brasil para o IFRS, relativas ao
patrimônio líquido, ao resultado e aos fluxos de caixa, estão demonstradas na Nota Explicativa nº 3.
2.4. Contas a receber dos bancos emissores e contas a pagar a estabelecimentos comerciais
Esses montantes referem-se aos valores das transações realizadas pelos titulares de cartões de crédito emitidos por
instituições financeiras licenciadas pela Visa International Service Association, sendo os saldos de contas a receber dos
bancos emissores líquidos das taxas de intercâmbio e os saldos de contas a pagar a estabelecimentos deduzidos das taxas
de administração (taxa de desconto), cujos prazos de recebimento dos emissores e de pagamento aos estabelecimentos
são inferiores a um ano (vide Nota Explicativa nº 14).
Demonstrações Financeiras 2009 67
2.5. Imobilizado
Avaliado ao custo histórico, deduzido das respectivas depreciações. A depreciação é calculada pelo método linear, que leva
em consideração a vida útil estimada dos bens.
Custos subsequentes são incorporados ao valor residual do imobilizado ou reconhecidos como item específico, conforme
apropriado, somente se os benefícios econômicos associados a esses itens forem prováveis e os valores mensurados
de forma confiável. O saldo residual do item substituído é baixado. Demais reparos e manutenções são reconhecidos
diretamente no resultado quando incorridos.
O valor residual e a vida útil estimada dos bens são revisados e ajustados, se necessário, nas datas de encerramento dos
exercícios.
O valor residual dos itens do imobilizado é baixado imediatamente ao seu valor recuperável quando o saldo residual exceder
o valor recuperável.
2.6. Intangível
Demonstrado pelo custo de aquisição ou formação, deduzido das respectivas amortizações calculadas pelo método linear,
às taxas mencionadas na Nota Explicativa nº 12. Os ativos intangíveis são amortizados geralmente levando em conta a
sua utilização efetiva ou um método que reflita os benefícios econômicos esperados, considerando que possuem vida útil
definida, ou bases sistemáticas de amortização mensal. O valor residual dos itens do intangível é baixado imediatamente ao
seu valor recuperável quando o saldo residual exceder o valor recuperável.
São feitas análises para identificar as circunstâncias que possam exigir a avaliação da recuperabilidade dos ativos de vida
longa e medir a potencial perda no valor recuperável destes ativos. Os ativos são agrupados e avaliados segundo a possível
deterioração, com base nos fluxos futuros de caixa projetados descontados do negócio durante a vida remanescente
estimada dos ativos. Nesse caso, uma perda seria reconhecida com base no montante pelo qual o valor contábil excede o
valor provável de recuperação de um ativo de vida longa. O valor provável de recuperação é determinado como sendo o
maior valor entre: (a) o valor justo dos ativos menos custos estimados para venda, e (b) o valor em uso, determinado pelo
valor presente esperado dos fluxos de caixa futuros do ativo ou da unidade geradora de caixa.
Imposto de renda e contribuição social diferidos são reconhecidos em sua totalidade, conforme o conceito descrito no
IAS 12, sobre as diferenças geradas entre os ativos e passivos reconhecidos para fins fiscais e correspondentes valores
reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Entretanto, o imposto de renda e a contribuição social
diferidos não são reconhecidos se forem gerados no registro inicial de ativos e passivos em operações que não afetam as
bases tributárias, exceto em operações de combinação de negócios. Imposto de renda e contribuição social diferidos são
determinados considerando as alíquotas (e leis) vigentes na data de preparação das demonstrações financeiras e aplicáveis
quando o respectivo imposto de renda e contribuição social forem realizados.
Imposto de renda e contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na extensão em que seja provável que
existirá base tributável positiva para a qual as diferenças temporárias possam ser utilizadas e prejuízos fiscais possam ser
compensados.
Ativos financeiros são classificados ao valor justo através de lucros ou perdas quando os ativos financeiros são mantidos
para negociação ou designados ao valor justo através de lucros ou perdas quando adquiridos. Um ativo financeiro é
classificado como mantido para negociação quando:
• É parte de uma carteira identificada de instrumentos financeiros que a Sociedade administra conjuntamente e que tenha
um padrão recente real de lucros no curto prazo;
• É um derivativo que não é designado e efetivo como instrumento de hedge em uma contabilização de hedge.
Um ativo financeiro que não seja mantido para negociação pode ser designado ao valor justo através de lucros e perdas no
reconhecimento inicial quando:
• Essa designação eliminar ou reduzir significativamente uma inconsistência surgida em sua mensuração ou seu
reconhecimento;
Demonstrações Financeiras 2009 69
• O ativo financeiro for parte de um grupo administrado de ativos ou passivos financeiros ou ambos, seu desempenho for
avaliado com base no valor justo de acordo com a gestão dos riscos ou estratégia de investimento documentada pela
Sociedade e quando as informações a respeito dela forem fornecidas internamente com a mesma base;
• Formar parte de um contrato contendo um ou mais derivativos embutidos, e o IAS 39 – Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração permitir que o contrato combinado como um todo (ativo ou passivo) seja designado ao
valor justo através de lucros ou perdas.
Ativos financeiros ao valor justo através de lucros ou perdas são avaliados ao valor justo, com ganhos ou perdas
reconhecidos no resultado do exercício. Ganhos ou perdas líquidos reconhecidos no resultado incorporam os dividendos
ou juros auferidos pelo ativo financeiro.
Ativos financeiros que possuem pagamentos fixos ou determináveis e datas de vencimento fixas, os quais a Sociedade tem
a intenção e habilidade de manter até o vencimento, são classificados na categoria mantidos até o vencimento. Ativos
financeiros mantidos até o vencimento são mensurados pelo custo amortizado utilizando-se do método dos juros efetivos,
deduzido de provisão para perda do valor recuperável (impairment). Receita com juros é reconhecida aplicando-se o
método da taxa efetiva.
Empréstimos e recebíveis
Empréstimos e recebíveis são ativos e passivos financeiros que possuem pagamentos fixos ou determináveis e não são
cotados em um mercado ativo. Empréstimos e recebíveis são mensurados pelo custo amortizado utilizando-se do método
dos juros efetivos, deduzido de provisão para perda do valor recuperável (impairment). Receita com juros é reconhecida
aplicando-se o método da taxa efetiva, exceto para os recebíveis de curto prazo, quando o reconhecimento dos juros
for imaterial.
Ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros que não são derivativos e que são designados como
disponíveis para venda ou que não são classificados nas categorias apresentadas anteriormente.
Os ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados pelo seu valor justo. Os juros, a correção monetária e a
variação cambial, quando aplicável, são reconhecidos no resultado, quando incorridos. As variações decorrentes da
avaliação ao valor justo são reconhecidas em conta específica do patrimônio líquido quando incorridas, sendo baixadas
para o resultado do exercício no momento em que são realizadas em caixa ou consideradas não recuperáveis.
O método dos juros efetivos é um método de calcular o custo amortizado de um ativo ou passivo financeiro e alocar
receita ou despesa dos juros durante o período relevante. A taxa efetiva de juros é a taxa que desconta exatamente os
recebimentos ou pagamentos futuros estimados de caixa (incluindo todas as taxas pagas ou recebidas que formam parte
integral da taxa efetiva de juros, custos de transação e outros prêmios ou descontos) através da vida esperada do ativo
financeiro, ou, onde apropriado, por um período menor.
70 Cielo
b) Passivos financeiros
Os passivos financeiros são classificados pelo valor justo através de lucros ou perdas ou como outros passivos financeiros.
Passivos financeiros são classificados ao valor justo através de lucros ou perdas quando o passivo financeiro é mantido para
negociação ou quando designado ao valor justo através de lucros ou perdas.
• For parte de uma carteira identificada de instrumentos financeiros que a Sociedade administra conjuntamente e que
tenha um padrão realizado de lucros no curto prazo;
• For um derivativo que não esteja designado como um instrumento de hedge efetivo.
Passivos financeiros que não sejam classificados como mantidos para negociação podem ser designados como ao valor
justo através de lucros e perdas no reconhecimento inicial quando:
• Tal designação eliminar ou reduzir significativamente uma inconsistência na mensuração ou no reconhecimento que
poderia surgir;
• O passivo financeiro compuser parte de um grupo de ativos financeiros ou passivos financeiros ou de ambos, o qual
é administrado e cuja performance é avaliada com base em seu valor justo, de acordo com a administração de risco
documentada ou estratégia de investimento da Sociedade, e as informações sobre esse grupo de ativos forem fornecidas
nessa base internamente;
• Ele formar parte de um contrato contendo um ou mais derivativos embutidos, e o IAS 39 – Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração permitir que o contrato combinado como um todo (ativo ou passivo) seja designado ao
valor justo através de lucros ou perdas.
Passivos financeiros ao valor justo através de lucros ou perdas são demonstrados ao valor justo, com ganhos ou perdas
reconhecidos em lucros ou perdas. Os ganhos ou perdas líquidos reconhecidos em lucros ou perdas incorporam quaisquer
juros pagos no passivo financeiro.
Outros passivos financeiros são inicialmente mensurados ao valor justo, líquido dos custos da transação. Outros passivos
financeiros são subsequentemente mensurados pelo custo amortizado usando-se o método dos juros efetivos, com as
despesas com juros reconhecidas com base no rendimento efetivo. O método dos juros efetivos é um método que calcula
o custo amortizado de um passivo e aloca as despesas com juros durante o período relevante. A taxa de juros efetiva é a
taxa que exatamente desconta pagamentos estimados futuros de caixa através da vida esperada do passivo financeiro, ou,
quando aplicável, por um período menor.
Demonstrações Financeiras 2009 71
2.13. Provisões
Reconhecidas quando um evento passado gerou uma obrigação legal ou implícita, existe a probabilidade de uma saída de
recursos e o valor da obrigação pode ser estimado com segurança.
O valor constituído como provisão é a melhor estimativa do valor de liquidação na data do encerramento das
demonstrações financeiras, levando em consideração os riscos e as incertezas relacionados à obrigação. Quando se
espera que o benefício econômico requerido para liquidar uma provisão seja recebido de terceiros, esse valor a receber é
registrado como um ativo, quando o reembolso é virtualmente certo e o montante pode ser estimado com segurança.
As provisões contabilizadas pela Sociedade decorrem substancialmente de processos judiciais, inerentes ao curso normal
dos negócios, movidos por terceiros e ex-funcionários, mediante ações cíveis e trabalhistas. Essas contingências são
avaliadas pela Administração da Sociedade e de suas controladas com seus assessores jurídicos e são quantificadas por
meio de critérios que permitam a sua mensuração de forma adequada, apesar da incerteza inerente a prazo e valor.
As provisões que envolvem processos tributários estão constituídas por valor equivalente à totalidade dos tributos em
discussão judicial, atualizados monetariamente e computados os juros moratórios como se devidos fossem, até as datas
dos balanços.
• Revisão do IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras: introduz determinadas modificações na apresentação
das demonstrações financeiras, inclusive modificações nos títulos de cada demonstração financeira. A demonstração de
mutações do patrimônio líquido só incluirá mutações do patrimônio líquido decorrentes de transações com acionistas
agindo como tais. Quanto a mutações com “não acionistas” (por exemplo, transações com terceiros ou receitas e
despesas reconhecidas diretamente no patrimônio líquido), as entidades não podem mais apresentar itens de outro
resultado abrangente separadamente nas demonstrações de mutações do patrimônio líquido. Essas movimentações
com não acionistas devem ser apresentadas em uma declaração do resultado abrangente e o total transportado para a
demonstração das mutações do patrimônio líquido. Todos os itens de receita e despesa (inclusive os reconhecidos fora
do resultado) devem ser apresentados em uma única demonstração do resultado abrangente com subtotais ou em duas
demonstrações separadas (uma demonstração do resultado e uma demonstração do resultado abrangente).
O IAS 1 também introduz novos requisitos de declaração quando a entidade adota uma modificação na prática contábil
retrospectivamente, refaz uma demonstração ou reclassifica itens de demonstrações emitidas anteriormente;
• IFRS 8 – Segmentos Operacionais: essa norma substitui o IAS 14 e exige que o valor declarado para cada segmento sirva
como medida utilizada internamente e seja comunicado ao responsável operacional para fins de alocação de recursos
para esse segmento e para avaliação de seu desempenho;
• Alteração ao IFRS 2 – Pagamento Baseado em Ações: o objetivo da alteração é basicamente esclarecer a definição de
condições de aquisição e o tratamento contábil de cancelamentos pela contraparte em um acordo baseado em ações.
As seguintes normas e interpretações, novas e revisadas, entraram em vigor nos exercícios de 2009 e/ou 2008. A adoção
não teve impacto significativo nestas demonstrações financeiras, mas podem impactar a contabilização de transações ou
contratos futuros:
Os seguintes novos pronunciamentos, emendas ou interpretações foram emitidos, mas não são efetivos para o exercício
findo em 31 de dezembro de 2009 e não foram adotados pela Sociedade antecipadamente:
• IFRS 1 (emenda) – Adoção Inicial: efetivo para exercícios iniciando em 1º de janeiro de 2011;
• IFRS 2 (emenda) – Pagamentos Baseados em Ações: efetivo para os exercícios iniciando em ou após 1º de julho de 2009
e 1º de janeiro de 2010;
• IFRS 7 (emenda) – Apresentação de Instrumentos Financeiros: efetivo para os exercícios iniciados a partir de
1º de janeiro de 2011;
• IAS 1 (emenda) – Apresentação das Demonstrações Financeiras: efetivo para os exercícios iniciados a partir
de 1º de janeiro de 2010 e de 2011;
• IAS 7 (emenda) – Fluxo de Caixa: efetivo para os exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2010;
• IAS 17 (emenda) – Leasing: efetivo para os exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2010;
• IAS 36 (emenda) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos: efetivo para os exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2010;
• IAS 34 (emenda) – Demonstração Financeira Interina: efetivo para os exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2011;
• IAS 39 (emenda) – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração: efetivo para os exercícios iniciados a partir
de 1º de janeiro de 2010;
• IAS 40 (emenda) – Investimento em Propriedade: efetivo para os exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2011;
A Sociedade preparou o seu balanço de abertura com a data de transição 1º de janeiro de 2008 de acordo com o IFRS 1;
portanto, a Sociedade aplicou as exceções obrigatórias e certas isenções opcionais de aplicação retrospectiva completa do IFRS.
a) Isenção para combinação de negócios: a Sociedade optou por não remensurar as aquisições de negócios ocorridas
antes da data de transição do IFRS de acordo com o IFRS 3; portanto, os ágios oriundos de aquisições anteriores a essa data
foram mantidos pelos saldos líquidos de amortização apurados na data de transição, de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil (BR GAAP).
b) Isenção para apresentação do valor justo de imobilizado como custo de aquisição: a Sociedade optou por não
remensurar seus ativos imobilizados na data de transição pelo valor justo, optando por manter o custo de aquisição adotado
no BR GAAP como valor de imobilizado.
c) Isenção relativa à mensuração dos instrumentos financeiros compostos: a Sociedade não possuía instrumentos
financeiros compostos na data de transição para o IFRS.
d) Isenção relativa ao reconhecimento de participação em controladas, joint ventures (empresas com controle
compartilhado) e associadas: as controladas, empresas com controle compartilhado e associadas da Sociedade, na data de
transição, não apresentam demonstrações financeiras em IFRS; dessa forma, a Sociedade optou por adotar a mesma data
de transição para o IFRS, para todas as suas controladas, joint ventures e associadas.
e) Isenção relativa à classificação de instrumentos financeiros: a Sociedade optou pela designação dos ativos e passivos
financeiros na data de transição para o IFRS.
a.) Ativo intangível: de acordo com o IFRS, os gastos pré-operacionais não se enquadram na definição de um ativo intangível
e devem ser contabilizados como gastos. Os custos incorridos para obter um ativo intangível gerado internamente
normalmente não são capitalizados.
b.) De acordo com o BR GAAP, até o exercício de 2008, os gastos pré-operacionais e com projetos em fase pré-operacional
eram contabilizados no ativo pelo custo. As amortizações eram calculadas pelo método linear sobre o custo, em taxas
determinadas em virtude da produção dos projetos implantados com relação a suas capacidades instaladas. Durante
o exercício de 2008, o BR GAAP foi alterado pelo CPC 04 – Ativos Intangíveis, convergindo para o mesmo tratamento
contábil em IFRS, sendo adotado e contabilizado pela Sociedade durante o exercício de 2008 de forma prospectiva.
Formação de joint ventures: de acordo com o IFRS, ativos não monetários contribuídos para a formação de joint venture
em troca de participação acionária são contabilizados pela joint venture a valor justo ou a valor de livros mais prêmio do
venturer. A CBGS (joint venture) contabilizou as participações acionárias contribuídas pela CBGS Ltda. (venturer) pelos
mesmos valores contábeis que estavam registrados na CBGS Ltda. (venturer) acrescidos do prêmio. Adicionalmente, a CBGS
contabilizou como aporte de capital, a valor justo, os intangíveis contribuídos pelos outros venturers Bradesco e Cassi, e as
respectivas amortizações subsequentes desses intangíveis pela vida útil definida pela Administração da joint venture.
De acordo com o BR GAAP, os intangíveis contribuídos pelos outros venturers Bradesco e Cassi não foram contabilizados
como ativos que formam o capital da joint venture. Sendo assim, todas as contribuições de ativos monetários e não
monetários pela CBGS Ltda. na joint venture são consideradas como aumento de investimento na proporção de 40,95% e a
participação restante como ágio na integralização, haja vista que os demais venturers não contribuíram com nenhum ativo
contabilizável para possuírem o direito de 59,05% de participação acionária.
c.) Contribuição de capital das ações da Visa Inc.: de acordo com o IFRS, a contribuição de capital das ações da Visa Inc.
foi contabilizada a valor justo na data de recebimento das ações, sendo registrada nas rubricas “Investimentos – ativo
financeiro disponível para venda” e “Reservas de capital”, líquida do imposto diferido. Adicionalmente, as alterações do valor
justo das ações desde a data de recebimento até as datas de venda e depois até a data de transferência aos acionistas,
conforme explicado na Nota Explicativa nº 20, foram contabilizadas na demonstração do resultado abrangente e depois
revertidas para o resultado do exercício na rubrica “Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas”.
De acordo com o BR GAAP, o recebimento dessas ações da Visa Inc. foi contabilizado como doação ao valor de custo de
R$ 2, diretamente no resultado do exercício. Posteriormente, na data da venda de parte das ações, foi contabilizado um
ganho de capital no resultado do exercício no montante de R$ 502.893.
d.) Imposto de renda e contribuição social diferidos: o imposto de renda e a contribuição social diferidos foram
contabilizados sobre as diferenças entre o BR GAAP e o IFRS, quando aplicável.
76 Cielo
e.) Divulgação de informações por segmento: de acordo com o IFRS, as informações por segmento de negócios são
requeridas para as companhias de capital aberto. O IFRS 8 define que os segmentos operacionais sejam identificados
com base no relatório interno sobre os resultados da Sociedade que são regularmente revisados pelos responsáveis pelas
decisões, objetivando a alocação dos recursos para o segmento e para avaliar sua performance.
Um segmento de negócio ou geográfico deve ser divulgado se a maior parte das receitas registradas provier de vendas
a clientes externos e representar pelo menos 10% do total das receitas, internas e externas, de todos os segmentos, ou
10% do resultado combinado de todos os segmentos, ou 10% do total dos ativos de todos os segmentos. Segmentos
adicionais para divulgação devem ser identificados se o total das receitas externas atribuível aos segmentos divulgados
constituir menos de 75% do total das receitas consolidadas ou da companhia. Os relatórios internos da Sociedade são
regularmente revisados pelo segmento de adquirência, o qual representa substancialmente o consolidado das operações, e
pelo segmento Projeto Saúde, o qual é proveniente do resultado das operações da joint venture CBGS e representa menos
que 10% dos parâmetros citados. O Projeto Saúde é contabilizado pelo método de consolidação proporcional e divulgado
de forma condensada na Nota Explicativa nº 4.2. Dessa forma, em relação à materialidade, a Sociedade entende que a
divulgação por segmento não acrescentará nenhuma informação nestas demonstrações financeiras.
As principais receitas de serviços estão sendo divulgadas conforme apresentado nas demonstrações do resultado para os
exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 e são auferidas integralmente no Brasil.
De acordo com o BR GAAP, normas específicas que regulem a apresentação de informações por segmento foram emitidas
no exercício de 2009 e são aplicáveis para exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010.
f.) Lucro por ação: de acordo com o IFRS, as entidades de capital aberto devem divulgar o lucro por ação básico e diluído na
posição de resultados (vide Nota Explicativa nº 21).
O lucro básico por ação deve ser calculado dividindo o lucro líquido do período atribuível aos acionistas pela
média ponderada da quantidade de ações em circulação durante o período, incluindo as emissões de direitos e bônus
de subscrição.
Uma entidade deve calcular o lucro diluído por ação, considerando o lucro líquido atribuível aos acionistas e a quantidade
média ponderada de ações em circulação, acrescida dos efeitos de todas as ações potenciais. Todos os instrumentos e
contratos que possam resultar na emissão de ações são considerados ações potenciais.
Demonstrações Financeiras 2009 77
As cifras comparativas devem ser ajustadas para refletir capitalizações, emissões de bônus de subscrição ou desdobramento
de ações. Se essas alterações ocorrerem depois da data do balanço, mas antes da autorização para emissão das
demonstrações financeiras, os cálculos por ação daquelas ou de quaisquer demonstrações financeiras de períodos
anteriores devem ser baseados no novo número de ações.
De acordo com o BR GAAP, o lucro por ação é calculado pela divisão do lucro líquido do exercício pelo número de
ações em circulação do capital social no término do exercício. Não existe o conceito de lucro por ação diluído.
Não existe a obrigatoriedade de ajustar as cifras de períodos anteriores por desdobramento ou agrupamento de ações
ou transações similares.
g.) Reclassificações de acordo com o IFRS: foram ainda efetuadas as seguintes principais reclassificações nas
demonstrações financeiras consolidadas em IFRS:
Em IFRS, os depósitos judiciais estão sendo apresentados de forma bruta no ativo não circulante. Em BR GAAP, os depósitos
judiciais foram apresentados de forma líquida das contingências no passivo não circulante.
Em IFRS, os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos foram integralmente reclassificados como não
circulante. Em BR GAAP, os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos foram apresentados no circulante e
não circulante, conforme expectativa de realização.
Em IFRS, o saldo de lucros acumulados acima dos dividendos mínimos obrigatórios permanece no patrimônio líquido. Em
BR GAAP, o saldo de lucros acumulados foi integralmente provisionado no passivo circulante como dividendos a pagar.
h.) Provisão dos dividendos a pagar: o estatuto social da Sociedade assegura aos acionistas o dividendo mínimo de 50% do
lucro líquido ajustado de cada exercício. Para fins de IFRS, os dividendos são reconhecidos como passivo no momento em
que são aprovados pela Assembleia dos acionistas. Portanto, a Sociedade reconhece como passivo, no encerramento do
exercício social, o valor correspondente ao dividendo mínimo que ainda não tenha sido distribuído durante o exercício, até
o limite do dividendo mínimo obrigatório descrito anteriormente. Os dividendos excedentes ao estipulado em estatuto, que
não se enquadram para registro de acordo com IFRS, são revertidos a crédito do patrimônio líquido, sendo deduzidos dos
lucros acumulados somente quando aprovados em Assembleia pelos acionistas. De acordo com o BR GAAP, a Sociedade
registra um passivo pelos dividendos propostos pela Administração que, após o encerramento do exercício, são submetidos
à aprovação da Assembleia dos acionistas.
78 Cielo
BALANÇO PATRIMONIAL
Efeito da Nota
transição Explicativa
ATIVO BR GAAP para IFRS nº 3.2. IFRS
CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa 995.224 - 995.224
Contas a receber operacional 14.703 - 14.703
Impostos antecipados e a recuperar 877 - 877
Imposto de renda e contribuição social diferidos 35.118 (35.118) g -
Outros valores a receber 6.674 - 6.674
Direitos a receber – securitização no exterior 149.119 - 149.119
Juros a receber – securitização no exterior 6.544 - 6.544
Despesas pagas antecipadamente 1.950 - 1.950
Total do ativo circulante 1.210.209 (35.118) 1.175.091
NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo:
Direitos a receber – securitização no exterior 367.516 367.516
Imposto de renda e contribuição social diferidos 94.150 62.613 a, g 156.763
Depósitos judiciais - 221.687 g 221.687
Outros valores a receber 249 - 249
Investimentos:
Outros investimentos 288 - 288
Imobilizado 210.483 - 210.483
Intangível:
Ágio na aquisição de investimentos 41.157 - 41.157
Outros intangíveis 124.681 (80.868) a 43.813
Total do ativo não circulante 838.524 203.432 1.041.956
TOTAL DO ATIVO 2.048.733 168.314 2.217.047
Demonstrações Financeiras 2009 79
BALANÇO PATRIMONIAL
Efeito da Nota
transição Explicativa
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO BR GAAP para IFRS nº 3.2. IFRS
CIRCULANTE
Financiamentos – arrendamento mercantil 1.034 - 1.034
Contas a pagar a estabelecimentos 437.487 - 437.487
Fornecedores 85.595 - 85.595
Impostos e contribuições a recolher 227.803 - 227.803
Provisão para contingências 2.520 - 2.520
Obrigações a pagar – securitização no exterior 148.941 - 148.941
Juros a pagar – securitização no exterior 6.544 - 6.544
Dividendos a pagar - - -
Outras obrigações 98.632 - 98.632
Total do passivo circulante 1.008.556 - 1.008.556
NÃO CIRCULANTE
Obrigações a pagar – securitização no exterior 367.516 367.516
Provisão para contingências 60.773 221.687 g 282.460
Outras obrigações 868 - 868
Total do passivo não circulante 429.157 221.687 650.844
PATRIMÔNIO LÍQUIDO -
Capital social 74.534 74.534
Reserva de capital 3.627 3.627
Reserva de lucros – legal 14.907 14.907
Lucros acumulados 517.952 (53.373) a, d 464.579
Ações em tesouraria - - -
Total do patrimônio líquido 611.020 (53.373) 557.647
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.048.733 168.314 2.217.047
Reconciliação do patrimônio líquido de BR GAAP para IFRS na data de transição para o IFRS – 1º de janeiro de 2008
Nota
Explicativa
nº 3.2.
BALANÇO PATRIMONIAL
Efeito da Nota
transição Explicativa
ATIVO BR GAAP para IFRS nº 3.2. IFRS
CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa 1.072.157 - 1.072.157
Contas a receber operacional 162.943 - 162.943
Contas a receber de controlada 177 - 177
Impostos antecipados e a recuperar 1.219 - 1.219
Imposto de renda e contribuição social diferidos 37.054 (37.054) g -
Outros valores a receber 4.941 - 4.941
Direitos a receber – securitização no exterior 207.979 - 207.979
Juros a receber – securitização no exterior 6.341 - 6.341
Despesas pagas antecipadamente 4.488 - 4.488
Total do ativo circulante 1.497.299 (37.054) 1.460.245
NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo:
Direitos a receber – securitização no exterior 277.000 - 277.000
Imposto de renda e contribuição social diferidos 132.344 37.054 g 169.398
Depósitos judiciais - 323.073 g 323.073
Outros valores a receber 1.703 - 1.703
Investimentos:
Outros investimentos 174 - 174
Imobilizado 213.295 - 213.295
Intangível:
Ágio na aquisição de investimentos 17.795 - 17.795
Outros intangíveis 49.075 20.766 b 69.841
Total do ativo não circulante 691.386 380.893 1.072.279
BALANÇO PATRIMONIAL
Efeito da Nota
transição Explicativa
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO BR GAAP para IFRS nº 3.2. IFRS
CIRCULANTE
Financiamentos – arrendamento mercantil 401 - 401
Contas a pagar a estabelecimentos 487.628 - 487.628
Fornecedores 96.604 - 96.604
Impostos e contribuições a recolher 275.066 - 275.066
Dividendos a pagar 542.985 (542.985) h -
Contas a pagar a joint venture - 20.766 b 20.766
Obrigações a pagar – securitização no exterior 207.943 - 207.943
Juros a pagar – securitização no exterior 6.341 - 6.341
Outras obrigações 66.526 - 66.526
Total do passivo circulante 1.683.494 (522.219) - 1.161.275
NÃO CIRCULANTE
Obrigações a pagar – securitização no exterior 277.000 - 277.000
Provisão para contingências 68.390 323.073 g 391.463
Outras obrigações 740 - 740
Total do passivo não circulante 346.130 323.073 669.203
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social 75.379 - 75.379
Reserva de capital 68.606 - 68.606
Reserva de lucros – legal 15.076 - 15.076
Lucros acumulados - 542.985 h 542.985
Total do patrimônio líquido 159.061 542.985 h 702.046
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.188.685 343.839 - 2.532.524
82 Cielo
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
2008
Efeito da Nota
BR GAAP transição Explicativa IFRS
para IFRS nº 3.2.
RECEITA BRUTA
Receita de comissões 2.184.840 2.184.840
Receita de aluguel 903.061 903.061
Receita de prestação de serviços 127.652 - 127.652
Receita de comissões, de aluguel e de prestação de serviços 3.215.553 - 3.215.553
Impostos sobre serviços (340.087) - (340.087)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.875.466 - 2.875.466
RESULTADO FINANCEIRO
Receitas financeiras 153.405 - 153.405
Despesas financeiras (59.875) - (59.875)
Antecipação de recebíveis 17.388 - 17.388
Variação cambial, líquida 947 - 947
111.865 - 111.865
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 2.130.846 (78.442) 2.052.404
Nota
Explicativa
nº 3.2.
FLUXOS DE CAIXA
Os componentes de ativo, passivo, receitas e despesas das joint ventures CBGS (incorporada em 30 de novembro de 2009),
Orizon, Dativa (incorporada em 29 de maio de 2008), Prevsaúde e Precisa foram incluídos proporcionalmente à participação da
controladora no capital social destas.
A conversão para reais das demonstrações financeiras da filial em Grand Cayman, preparadas originalmente em dólares norte-
americanos, foi efetuada com base nas taxas correntes do câmbio de fechamento nas datas dos balanços.
Participação – %
Capital total Capital votante
2009 2008 2009 2008
Controladas diretas:
Servinet 99,99 99,99 99,99 99,99
Servrede 99,99 99,99 99,99 99,99
CBGS Ltda. - 99,99 - 99,99
Participação – %
Capital total Capital votante
2009 2008 2009 2008
Joint ventures:
CBGS 40,95 40,95 40,95 40,95
Orizon 40,95 40,95 40,95 40,95
Prevsaúde 40,95 40,95 40,95 40,95
Precisa 40,95 40,95 40,95 40,95
Demonstrações Financeiras 2009 85
As informações financeiras condensadas das joint ventures foram consolidadas pelo método de consolidação proporcional. Está
demonstrada a seguir a totalidade dos saldos de ativos e passivos das controladas:
CBGS
2009 2008
Ativo:
Circulante 39.795 20.667
Não circulante 51.395 73.794
Total do ativo 91.190 94.461
Passivo:
Circulante 12.221 6.404
Não circulante 3.585 5.414
Patrimônio líquido 75.384 82.643
Total do passivo e patrimônio líquido 91.190 94.461
• Conforme descrito na Nota Explicativa nº 1, a controlada CBGS Ltda. adquiriu participação de 40,95% da CBGS, restando o
saldo do principal a integralizar em 31 de dezembro de 2008 no montante de R$ 35.166, registrado no contas a pagar do
consolidado após eliminação contra o contas a receber na proporção da participação da Sociedade; no exercício findo em 31
de dezembro de 2009, foi integralizado o montante de R$ 35.166;
• Conforme descrito na Nota Explicativa nº 20.(a), a Sociedade recebeu 11.990.744 ações da Visa Inc. como contribuição de
capital ao valor justo na data no total de R$ 897.276, registrado nas rubricas “Investimentos” e “Reservas de capital”, líquido do
imposto de renda e da contribuição social diferidos.
Adicionalmente, conforme descrito na Nota Explicativa nº 20.(a) e (b), a Sociedade transferiu 5.253.684 ações da Visa Inc. para os
acionistas da Sociedade a título de distribuição de dividendos com transferência de ativos financeiros no valor de R$ 487.058.
86 Cielo
Os saldos de caixa e bancos são constituídos por fundo fixo de caixa e valores disponíveis em contas bancárias no Brasil e no
exterior, substancialmente representados por montantes depositados pelas instituições financeiras emissoras de cartões de crédito,
sendo tais valores utilizados para a liquidação financeira das transações com os estabelecimentos.
(a) Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, as aplicações financeiras em debêntures e CDBs foram
rentabilizadas, em média, a 102,4% e 103,1%, respectivamente, do Certificado de Depósito Interbancário – CDI;
(b) Os recursos aplicados no exterior (Nova York – EUA) em MMDA são rentabilizados a uma taxa prefixada de 0,1% ao ano.
As aplicações financeiras mencionadas têm liquidez imediata e seus valores de mercado não diferem dos valores contabilizados.
(a) A Sociedade iniciou em 1º de setembro de 2008 e 5 de janeiro de 2009 a prestação de serviços de antecipação de recebíveis dos créditos à vista e
parcelados, respectivamente, à sua rede de estabelecimentos comerciais credenciados. Em 31 de dezembro de 2009, o saldo corresponde às operações de
antecipação de recebíveis realizadas que serão recebidas dos bancos emissores em até 360 dias da data de antecipação aos estabelecimentos comerciais.
Em 31 de dezembro de 2009, referido montante está líquido do ajuste a valor presente referente aos encargos incidentes no montante de
R$ 35.266, registrado a débito do resultado financeiro (vide Nota Explicativa nº 30).
O
s dez maiores estabelecimentos comerciais que efetuaram operações de antecipação de recebíveis representaram 27,5% do total da receita de
antecipação de recebíveis no exercício findo em 31 de dezembro de 2009.
(b) A
Sociedade oferece aos bancos emissores o serviço de trava de domicílio bancário mediante autorização prévia do estabelecimento comercial para
bloquear qualquer transferência de recebíveis desse estabelecimento para outro banco. Por esse serviço, a Sociedade recebe comissão, a qual é liquidada
no mês subsequente à solicitação da trava de domicílio bancário pelos bancos emissores.
(c) C
ontas a receber da controlada em conjunto Orizon decorrentes da prestação de serviços de interconexão de rede eletrônica, em plataforma tecnológica
única, objetivando a troca de informações entre as operadoras de saúde e os prestadores de serviços médicos e hospitalares e quaisquer outros agentes do
sistema de saúde suplementar e drogarias.
(d) Contas a receber da CBSS (entidade sob controle comum) decorrentes da prestação de serviços de captura e processamento de cartões de vale-refeição
e vale-transporte.
Demonstrações Financeiras 2009 87
O saldo da rubrica “Contas a receber operacional”, por período de vencimento, está apresentado a seguir:
O saldo registrado na rubrica “Contas a receber operacional” está líquido da provisão para devedores duvidosos no montante de
R$ 1.457 em 31 de dezembro de 2009 (R$ 2.164 em 31 de dezembro de 2008).
Em 31 de dezembro de 2009, o principal a receber do Banco Bradesco S.A. e do Banco do Brasil S.A. é de R$ 206.295 (R$ 484.979
em 31 de dezembro de 2008).
Esses saldos foram segregados entre circulante e não circulante de acordo com o cronograma de recebimentos, sendo R$ 163.850
(R$ 207.979 em 31 de dezembro de 2008) e R$ 42.445 (R$ 277.000 em 31 de dezembro de 2008), respectivamente.
Os juros são recebidos e pagos de forma antecipada, trimestralmente, e estão contabilizados nas rubricas “Juros a receber –
securitização no exterior” e “Juros a pagar – securitização no exterior”, no montante de R$ 2.914 (R$ 6.341 em 31 de dezembro
de 2008).
Esses direitos foram contratados com as mesmas taxas e prazos da obrigação da Sociedade para com a Brazilian Merchant Voucher
Receivables Limited, sociedade de propósito específico constituída em Grand Cayman (Nota Explicativa no 19).
A parcela de longo prazo, em 31 de dezembro de 2009, será integralmente liquidada durante o exercício de 2011.
88 Cielo
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis às
diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e o respectivo valor contábil. Os valores apresentados são
revisados mensalmente.
A composição do imposto de renda e da contribuição social diferidos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 é como segue:
Diferenças temporárias:
Provisão para contingências 124.338 97.311 69.228 44.762 35.032 24.922
Provisão para despesas diversas 27.949 24.445 19.010 10.065 8.800 6.843
Baixa do ativo diferido - - 20.217 - - 7.278
Ajuste a valor presente do contas a receber de
8.816 - - 3.174 - -
antecipação de recebíveis
Provisão para manutenção de equipamentos POS - - 1.296 - - 466
Provisão para perdas com equipamentos POS 713 1.133 772 257 408 278
Provisão para perdas com gastos diferidos 1.416 1.668 4.744 510 601 1.709
Total 163.232 124.557 115.267 58.768 44.841 41.496
A Administração considera que os ativos diferidos decorrentes de diferenças temporárias serão realizados na proporção da solução final
das contingências e dos eventos correlatos. A expectativa de realização dos impostos e das contribuições diferidos é como segue:
2010 58.299
2014 163.701
Total 222.000
Demonstrações Financeiras 2009 89
10. IMOBILIZADO
Consolidado
2009
Taxa anual de Depreciação
Custo Líquido
depreciação – % acumulada
Consolidado
2008
Taxa anual de Depreciação
Custo Líquido
depreciação – % acumulada
(*) Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, está contabilizada a provisão para perdas de equipamentos POS, nos montantes de R$ 2.851 e R$ 520,
respectivamente, que está registrada como redutora do saldo da conta.
Adições/ Baixas/
2008 Depreciações 2009
transferências reversões
Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, existem ativos imobilizados, advindos de operações de arrendamento financeiro,
representados apenas por ativos classificados como equipamentos de processamento de dados com valores líquidos de R$ 2.215
e R$ 6.203, respectivamente. O prazo médio residual de depreciação desses equipamentos é de aproximadamente três anos. As
depreciações dos equipamentos de informática adquiridos através de operações de arrendamento mercantil nos exercícios findos
em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, registradas na rubrica “Despesas gerais e administrativas”, montam a R$ 3.988 e R$ 4.112,
respectivamente. Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a Sociedade não possuía saldos de arrendamento financeiro a pagar.
90 Cielo
11. ÁGIO
Conforme a Nota Explicativa nº 1, em 2 de janeiro de 2008, a CBGS Ltda. subscreveu na controlada em conjunto CBGS 693.480
novas ações ordinárias, sem valor nominal, pelo montante de R$ 139.045, representando o valor justo na data.
Como parte do pagamento, a CBGS Ltda. entregou a totalidade das cotas representativas do capital social da Orizon e da Dativa
pelo montante de R$ 71.691, composto pelos ativos líquidos totais de R$ 9.188, transferindo o ágio na aquisição dessas controladas
originado quando da aquisição de terceiros e gerando um contas a pagar de R$ 67.266 a ser integralizado em até dois anos,
conforme detalhes na Nota Explicativa nº 1.
O saldo do ágio no consolidado é apresentado líquido do estorno do ganho não realizado no consolidado pela transferência das
cotas do capital social da Orizon e da Dativa no montante de R$ 5.880, como também líquido da provisão de impairment do ágio
constituída durante o exercício de 2008, no montante consolidado de R$ 1.956.
No final do exercício de 2008, a Companhia avaliou a recuperabilidade do ágio e determinou que o saldo de ágio associado com a
contribuição na joint venture estava em excesso ao seu montante recuperável em R$ 1.956. O montante recuperável foi calculado
com base em seu valor em uso. O principal fator que contribuiu para o montante não recuperável foi a avaliação da Administração
sobre as expectativas de rentabilidade do Projeto Saúde.
O montante não recuperável do ágio foi contabilizado na rubrica “Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas” na
demonstração do resultado do exercício de 2008.
Conforme a Nota Explicativa nº 1, em 16 de março de 2009 a controlada indireta CBGS adquiriu a totalidade das cotas
representativas do capital social das empresas Prevsaúde e Precisa. O valor do investimento registrado contabilmente pela CBGS
inclui ágio na aquisição das cotas no montante de R$ 10.753. O referido ágio está fundamentado na expectativa de lucratividade
futura daquelas Sociedades, em face do acréscimo operacional previsto para os próximos anos.
Adições/ Baixas/
2008 2009
transferências reversões
12. INTANGÍVEL
2009 2008 01.01.2008
Taxa anual de Amortização
Custo Líquido Líquido Líquido
amortização – % acumulada
(a) Refere-se a itens adquiridos de terceiros e utilizados na prestação de serviços de processamento de informações e transações comerciais de clientes. Não
há software individualmente relevante em 31 de dezembro de 2009.
(b) Representam gastos com desenvolvimento de novos produtos e serviços que visam incrementar o faturamento e a receita da Sociedade e de
suas controladas.
(c) Refere-se à provisão para perdas com gastos incorridos no desenvolvimento de projetos e de software pela controlada em conjunto Orizon.
(d) Refere-se à consolidação proporcional de 40,95% dos intangíveis contribuídos na joint venture CBGS pelos outros venturers Bradesco e Cassi, e às
respectivas amortizações subsequentes desses intangíveis pela vida útil definida de 38 meses. Adicionalmente, para fins de consolidação, a Administração da
Sociedade constituiu provisão de perda desses intangíveis com saldo consolidado de R$ 46.641 em 31 de dezembro de 2009 (R$ 35.444 em 31 de dezembro
de 2008), sendo apresentado o montante de custo na tabela anterior líquido dessa provisão.
Para fins de consolidação, no final do exercício de 2008 a Sociedade avaliou a recuperabilidade desses intangíveis na joint venture
e determinou que seu saldo residual estava em excesso ao seu montante recuperável em R$ 35.444, sendo constituída provisão de
perda. Adicionalmente, no final do exercício de 2009 a Sociedade avaliou novamente o montante recuperável desses intangíveis e
complementou a provisão de perda para um saldo de R$ 46.641.
O montante recuperável foi calculado com base em seu valor em uso. O principal fator que contribuiu para o montante não
recuperável foi a avaliação da Administração sobre as expectativas de rentabilidade do Projeto Saúde.
A contrapartida da provisão de perda dos intangíveis foi contabilizada na rubrica “Outras (despesas) receitas operacionais,
líquidas” na demonstração do resultado do exercício, no montante de R$ 11.197, em 31 de dezembro de 2009 (R$ 35.444 em
31 de dezembro de 2008).
As despesas com amortização dos intangíveis foram incluídas na rubrica “Despesas gerais e administrativas” na demonstração
do resultado.
Adições/ Baixas/
2008 Amortizações 2009
transferências reversões
Adicionalmente à prestação de serviço de repasse dos montantes transacionados nos cartões de crédito entre os bancos emissores
e os estabelecimentos comerciais, a Sociedade também garante aos estabelecimentos comerciais afiliados ao sistema que eles
receberão, de qualquer forma, os repasses das transações de cartões de crédito.
A Sociedade dispõe de instrumento para mitigação de risco de crédito dos bancos emissores dos cartões da bandeira VISA,
com o intuito de proteger-se quanto a eventual risco de default dessas instituições, que prevê a solicitação de garantias (reais
ou bancárias) considerando o risco de crédito do banco emissor, os volumes das vendas realizadas com os cartões da bandeira
VISA e o risco residual da inadimplência dos portadores dos cartões de crédito. O fornecimento das garantias é obrigatório para
todos os bancos emissores classificados com risco de crédito e os valores são revistos periodicamente pela bandeira VISA e
pela Sociedade. Caso não sejam oferecidas as garantias solicitadas, o banco emissor não é aceito como membro do sistema ou
perde essa condição. O sistema de garantias do negócio tem a finalidade de assegurar aos estabelecimentos comerciais que
receberão os valores das transações realizadas com cartões da bandeira VISA. Os bancos emissores garantem a Sociedade contra
eventual inadimplência dos portadores, e ela garante o estabelecimento contra eventual inadimplência caso o banco emissor
sofra intervenção pelo Banco Central do Brasil – BACEN. A Visa International gerencia o sistema de garantias que são exigidas dos
bancos emissores nesse processo, bem como é a garantidora final do sistema, inclusive da Sociedade.
Com base no valor irrelevante de histórico de perdas da Sociedade com problemas de inadimplência de bancos emissores e
atuais riscos de crédito dessas instituições financeiras, a Sociedade estima que o valor justo das garantias aos estabelecimentos
comerciais não é relevante, e, portanto, não é contabilizado como passivo.
15. FORNECEDORES
2009 2008 01.01.2008
Imposto de renda e contribuição social, líquidos de antecipações efetuadas 388.289 248.525 203.189
Imposto Sobre Serviços – ISS 6.098 5.477 4.466
Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF 5.016 5.661 4.487
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS 13.928 12.430 11.163
Programa de Integração Social – PIS 3.051 2.798 2.110
Outros tributos a recolher 563 175 2.388
Total 416.945 275.066 227.803
Passivo circulante:
Provisão para despesas diversas 21.861 19.864 25.492
Provisão para férias e 13º salário e encargos 19.503 17.374 13.532
Participação dos funcionários e diretores 36.619 20.743 17.409
Outros valores a pagar 2.058 8.545 42.199
Total 80.041 66.526 98.632
A movimentação das provisões para contingências no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 está demonstrada a seguir:
(a) Correspondem substancialmente ao complemento da provisão para contingências no exercício findo em 31 de dezembro de 2009, referente a
tributos com exigibilidade suspensa, registrada em contrapartida de “Despesas gerais e administrativas” e “Outras (despesas) receitas operacionais” na
demonstração do resultado.
(b) S
ubstancialmente representadas por provisão para contingências fiscais, em que a Sociedade desistiu das ações e procedeu à inclusão delas no
programa de parcelamento de débitos federais.
(c) Correspondem substancialmente às liquidações à vista dos processos incluídos no programa de parcelamento de débitos federais.
94 Cielo
Contingências trabalhistas e previdenciárias – consideram o estágio atual dos processos em andamento em caso de perdas prováveis.
Contingências cíveis – são relacionadas a fraudes ocorridas em processos operacionais de cartão de crédito.
Contingências fiscais – correspondem a divergências de interpretação em relação à autoridade fiscal, substancialmente quanto a:
• PIS – majoração da alíquota – a Sociedade e sua controlada Servinet, desde janeiro de 2003, estão questionando judicialmente
a majoração da alíquota de apuração do PIS para 1,65%. Consequentemente, desde então a diferença entre a alíquota do PIS
calculada pela sistemática cumulativa e pela não cumulativa vem sendo registrada como provisão para contingências. Os
montantes não recolhidos desse tributo estão sendo depositados judicialmente. Em 31 de dezembro de 2009, o valor dessa
provisão para contingências é de R$ 87.458 e do depósito judicial é de R$ 92.244. A ação movida pela Sociedade foi ajuizada
na 2ª Vara da Justiça Federal de São Bernardo do Campo, o acórdão transitou em julgado e aguarda-se execução da sentença
e conversão do depósito em renda. A ação movida pela controlada foi ajuizada na 7ª Vara da Justiça Federal de São Paulo e
está aguardando julgamento do recurso de apelação;
• COFINS – não cumulatividade – a Sociedade e sua controlada Servinet, desde fevereiro de 2004, impetraram mandado de
segurança visando a afastar a exigibilidade da COFINS nos moldes da Lei nº 10.833/03, que introduziu a sistemática de apuração
no método não cumulativo à alíquota de 7,60%, e passaram a efetuar o depósito judicial dos valores apurados mensalmente.
Como consequência, desde então a diferença de alíquota calculada pela sistemática cumulativa e pela não cumulativa vem
sendo registrada como provisão para contingências. Os montantes não recolhidos desse tributo estão sendo depositados
judicialmente. Em 31 de dezembro de 2009, o valor dessa provisão para contingências é de R$ 361.833 e o saldo do depósito
judicial é de
R$ 362.474. A ação encontra-se no Supremo Tribunal Federal aguardando julgamento;
• Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS sobre importação – em 2003, a Sociedade, por meio de mandado
de segurança e da defesa de autos de infração que tratam do desembaraço aduaneiro de equipamentos POS adquiridos
no exterior e destinados a integrar o seu ativo imobilizado, pleiteou a não incidência de ICMS. Em 31 de dezembro de 2009,
o valor dessa provisão para contingências é de R$ 5.881 e do depósito judicial é de R$ 3.040. As ações movidas pela
Sociedade foram ajuizadas na 1ª, 3ª, 6ª, 7ª, 10ª, 13ª e 14ª Varas da Fazenda Pública do Estado de São Paulo e os autos estão
aguardando julgamento;
• Fundo de Investimentos da Amazônia – FINAM – em 2007, a controladora sofreu auto de infração referente ao ano-calendário
2002, exercício 2003. A Receita Federal do Brasil alega a não apresentação do Pedido de Revisão de Ordem de Emissão de
Incentivos Fiscais – PERC nos prazos requeridos e, assim, não reconhece a parcela do Imposto de Renda Pessoa Jurídica –
IRPJ destinado ao FINAM. Aguarda-se distribuição do Recurso Voluntário para Câmara do 1º Conselho de Contribuintes. Em 31
de dezembro de 2009, o valor da provisão para contingências constituída é de R$ 11.080;
• IRRF – cartões de incentivos – em 2008, a controladora sofreu auto de infração referente ao ano-calendário 2005. A Receita
Federal do Brasil está requerendo os créditos, provenientes de campanhas de marketing de incentivo. Esse processo encontra-se
em fase de defesa administrativa. Em 31 de dezembro de 2009, o valor da provisão para contingências constituída é de R$ 390;
• Autos de infração sobre créditos não identificados – em 23 de dezembro de 2009, a Sociedade sofreu autos de infração
referentes aos anos-calendário de 2004 a 2007 quanto aos recolhimentos de IRRF, PIS, COFINS e CSLL. A Receita Federal do
Brasil está requerendo os créditos que não foram identificados em obrigações acessórias. O processo encontra-se em fase
de defesa administrativa, mas, com base na opinião dos assessores jurídicos, a Sociedade efetuou o registro da provisão para
perdas no montante de R$ 16.953.
Demonstrações Financeiras 2009 95
A Sociedade e suas controladas possuem outras divergências de interpretação em relação às autoridades fiscais e, para isso, têm
provisão para contingências constituída em 31 de dezembro de 2009 no montante de R$ 851.
A Administração da Sociedade e de suas controladas, fundamentada na opinião de seus assessores jurídicos, entende que o
efetivo desembolso de referidas provisões não ocorrerá antes de 2014.
Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2009, a Sociedade e suas controladas possuem ações fiscais, cíveis e trabalhistas
envolvendo riscos de possíveis perdas, com base na avaliação de seus assessores jurídicos, para as quais não há provisão
constituída, como segue:
Fiscais 117.816
Cíveis 124.041
Trabalhistas 16.269
Total 258.126
Os riscos com ações cíveis referem-se substancialmente à cobrança de transações realizadas por meio do sistema da Sociedade
que não foram repassadas aos estabelecimentos comerciais em virtude do descumprimento de cláusulas que compõem o
contrato de afiliação, adicionadas de indenizações pelos prejuízos causados pelas transações não repassadas à época.
As ações trabalhistas, quando iniciadas, são consideradas possíveis. Somente após decisão do Tribunal elas são reclassificadas
para prováveis ou remotas, dependendo do teor da decisão e considerando o histórico de perdas em ações trabalhistas
similares. Em geral, as ações trabalhistas são referentes a equiparação salarial, horas extras, reflexo do bônus anual,
enquadramento sindical, reconhecimento de vínculo, estabilidade decorrente de doença profissional e dano moral,
considerando o histórico de perda.
2009
Fiscais 452.273
Cíveis 1.325
Trabalhistas 1.694
Total 455.292
96 Cielo
Conforme as disposições do contrato multilateral (Indenture) firmado para viabilizar a emissão, a Brazilian Merchant Voucher
Receivables Limited pagará a totalidade de suas obrigações referentes à operação de securitização, por meio do fluxo de recebíveis
denominados em moeda estrangeira contra a Visa International Service Association.
Os bancos participantes dessa operação (Banco Bradesco S.A. e Banco do Brasil S.A.) firmaram acordo de garantia cruzada em
que, no caso de inadimplência de um deles, a outra parte garante a operação, tendo direito a exercer a opção de compra de ações
sobre o total ou uma porção da participação do banco inadimplente no capital social da Sociedade.
A amortização da parcela registrada no passivo não circulante em 31 de dezembro de 2009 tem vencimento até o ano 2011, sendo
o cronograma de pagamentos das parcelas do longo prazo igual ao divulgado na Nota Explicativa nº 8.
Em 31 de janeiro de 2008, a Caixa Econômica Federal exerceu o direito de subscrição de ações e, nessa data, foram subscritas
7.690.493 ações pelo valor de R$ 65.825, sendo R$ 846 registrados como aumento de capital e R$ 64.979 registrados como
reserva de capital – ágio na subscrição de ações.
Em 18 de março de 2008, a Visa Inc. concluiu o seu processo de reestruturação societária. O resultado dessa reestruturação,
que teve por objetivo ajustar a participação acionária das empresas-membro de acordo com os resultados financeiros gerados
para cada uma das cinco regiões operacionais daquela empresa, foi a concessão de ações de sua titularidade aos membros
participantes do Sistema Visa.
Naquela data, em virtude desse processo, a Sociedade recebeu 11.990.744 ações ao valor nominal de US$ 0,0001,
sendo contabilizadas como contribuição de capital ao valor justo na data no total de R$ 897.276, registrado nas rubricas
“Investimentos” e “Reservas de capital”, líquido do imposto de renda e da contribuição social diferidos.
Em 28 de março de 2008, o correspondente a 6.737.060 ações da Visa Inc. foi vendido ao valor de mercado da data de abertura
de capital da Visa Inc. pelo valor total de R$ 502.893, líquido das respectivas comissões.
Demonstrações Financeiras 2009 97
Na Assembleia Geral Extraordinária de 2 de junho de 2008 foi deliberada a redução de capital da Sociedade em R$ 1. Em
contrapartida à referida redução de capital, foi transferido o investimento que a Sociedade possuía em 5.253.684 ações
ordinárias classe “C” (Série I) da Visa Inc. As ações da Visa Inc. foram entregues aos acionistas na mesma proporção destes no
capital da Sociedade. A movimentação no valor justo dessas ações desde a data em que foram recebidas até esta data, a qual
estava sendo contabilizada na demonstração do resultado abrangente, foi transferida para o resultado do exercício.
Em 25 de junho de 2008, mediante reunião do Conselho de Administração da Sociedade, foi deliberada a emissão de 96.757
ações ordinárias classe “B”, mediante utilização de parte do capital autorizado, as quais foram subscritas pela Caixa Econômica
Federal, sem aporte adicional de capital.
Na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 25 de agosto de 2008 foi aprovada a conversão da totalidade das 332.391.900
ações ordinárias classe “B” em ações ordinárias classe “A” na mesma proporção, passando o capital social da Sociedade a ser
representado por uma única classe de ações ordinárias, sem valor nominal.
Na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 22 de setembro de 2008 foi aprovado o desdobramento das ações ordinárias
de emissão da Sociedade, passando cada 1 ação ordinária existente a corresponder a 2 ações ordinárias. O capital social da
Sociedade passou a ser dividido em 1.364.783.800 ações, todas ordinárias, nominativas e sem valor nominal.
b) Dividendos
Dividendos são reconhecidos como passivo no momento em que os dividendos são aprovados pelos acionistas da Sociedade.
Aos acionistas é assegurado, estatutariamente, dividendo mínimo de 50% sobre os lucros auferidos, após a constituição
da reserva legal de 5% do lucro líquido do exercício, até que essa reserva atinja 20% do capital social. O eventual saldo
remanescente de lucro líquido do exercício societário será destinado de acordo com a deliberação da Assembleia Geral. A
Sociedade registra, no encerramento do exercício social, provisão para o montante de dividendo mínimo que ainda não tenha
sido distribuído durante o exercício até o limite do dividendo mínimo obrigatório descrito anteriormente. Em 31 de dezembro
de 2009, o montante de dividendos a pagar era de R$ 105.365, já deduzido dos pagamentos de dividendos antecipados e
intercalares efetuados no montante de R$ 661.532.
Durante reunião do Conselho de Administração realizada em 28 de janeiro de 2009, foi deliberada a distribuição do saldo de
lucros acumulados, com base no balanço de 31 de dezembro de 2008, no montante de R$ 542.985. Esse valor foi distribuído
aos acionistas, na forma de dividendos, em 27 de fevereiro de 2009.
Conforme ata da reunião do Conselho de Administração realizada em 22 de abril de 2009, foi deliberada a distribuição do
resultado do trimestre findo em 31 de março, na forma de dividendos intercalares e antecipados, no montante de R$ 333.199.
Em 4 de agosto de 2009, conforme ata da reunião do Conselho de Administração, foi deliberada a distribuição do resultado do
trimestre findo em 30 de junho de 2009, no montante de R$ 328.333.
Em 2 de junho de 2008, foi transferido o investimento que a Sociedade possuía em 5.253.684 ações ordinárias classe “C”
(Série I) da Visa Inc. aos acionistas na mesma proporção destes no capital da Sociedade, a título de distribuição de dividendos
com transferência de ativos financeiros.
d) Ações em tesouraria
Em 23 de novembro de 2009, o Conselho de Administração da Sociedade, em consonância com disposições do artigo 17 do
seu Estatuto Social, aprovou a aquisição de até 6.000.000 de ações ordinárias, sem valor nominal, de sua própria emissão, para
cancelamento, alienação ou manutenção em tesouraria e, em especial, para atender ao exercício das opções outorgadas no
âmbito do Plano de Opção de Compra de Ações da Sociedade, sem redução de capital social, dentro do prazo de 180 dias a
partir dessa data, com encerramento, portanto, no dia 21 de maio de 2010.
Cabe à Administração da Sociedade definir a oportunidade e a quantidade de ações a ser adquirida, dentro dos limites autorizados.
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2009, as recompras de ações ocorreram conforme o quadro a seguir:
Custo
Mês Quantidade Valor médio – R$
por ação(*)
(*) O maior e menor valor pago nessas recompras de ações é de R$ 16,46 e R$ 13,83, respectivamente.
Denominador diluído:
Média ponderada das ações ordinárias em circulação (em milhares) 1.364.364 1.363.763
Potencial incremento nas ações ordinárias em virtude do plano de opções de ações 576 -
Total (em milhares) 1.364.940 1.363.763
2009 2008
Classificado como:
Custo dos serviços prestados (936.312) (851.119)
Despesas de pessoal (123.380) (95.613)
Despesas gerais e administrativas (147.145) (162.484)
Remuneração de administradores e executivos (6.829) (9.520)
Marketing (72.960) (77.948)
Outras despesas operacionais (55.216) 261.757
Total (1.341.842) (934.927)
100 Cielo
No exercício findo em 31 de dezembro de 2009, o efeito da variação cambial sobre a tradução das demonstrações financeiras
da filial em Grand Cayman de R$ 1.824 (R$ 1.587 no exercício findo em 31 de dezembro de 2008) foi registrado na rubrica
“Resultado financeiro”.
A Sociedade, na realização de seus negócios e contratação de serviços, realiza cotações e pesquisas de mercado, tendo por critério
a busca pelas melhores condições técnicas e de preços, cabendo a decisão da realização das transações, independentemente de
esta ser realizada entre partes relacionadas ou não, pelo responsável da área que motivou a contratação do produto ou serviço.
Ainda, a natureza das atividades da Sociedade faz com que ela celebre contratos com diversos emissores, sendo alguns desses
emissores seus acionistas diretos ou indiretos. A Sociedade acredita que todos os contratos firmados com suas partes relacionadas
observam condições equânimes de mercado (arms-length basis).
As tabelas a seguir incluem o valor, discriminado por modalidades de contrato, acionistas e controladas, das operações com partes
relacionadas em que a Sociedade é parte, relativas aos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2009 e de 2008:
2009 2008
Acionistas Controladas
Banco Banco do Banco
Outros Servinet Orizon Total Total
Bradesco S.A. Brasil S.A. Santander S.A.
Ativos (passivos):
Aplicações financeiras (a) 58.885 281.694 111.238 47.812 - - 499.629 1.030.395
Contas a receber operacional:
Serviços de prevenção à fraude 144 154 137 54 - - 489 1.007
Serviços de trava de domicílio bancário 592 90 330 458 - - 1.470 6.051
Direitos a receber – securitização no
115.863 93.346 - - - - 209.209 491.320
exterior (b)
Contas a receber de controlada - - - - 5 2.554 2.559 206
Contas a pagar a controlada - - - - (6.324) - (6.324) (10.398)
Outras obrigações – comissão de afiliação
(393) (396) (136) (190) - - (1.115) (2.165)
e outras obrigações
Demonstrações Financeiras 2009 101
2009 2008
Acionistas Controladas
Receitas:
Receitas de aplicações financeiras (a) 15.323 14.468 18.117 2.287 - - 50.195 116.127
Receitas de prevenção à fraude 1.752 2.108 1.322 2.889 - - 8.071 6.684
Receitas de trava de domicílio bancário 5.137 902 4.548 16.503 - - 27.090 37.887
Receitas de serviços e aluguel de
- - - - - 4.029 4.029 1.569
equipamentos POS
Despesas:
Outras despesas operacionais – comissão
(5.957) (6.137) (2.035) (2.822) - - (16.951) (19.274)
de afiliação
Contratos de prestação de serviços
- - - - (83.991) - (83.991) (82.349)
com a Servinet (c)
Acordo de investimento com a CBGS - - - - - - - (32.245)
Acordo para pagamentos de verba
(2.470) - (2.018) (5.180) - - (9.668) (18.386)
de incentivo (d)
Contrato de seguro coletivo empresarial de
(9.453) - - - - - (9.453) (8.340)
assistência médica hospitalar e odontológica
Contrato de previdência privada (e) (1.209) (1.309) (953) - - - (3.471) (5.069)
Contrato de seguro de vida
- - (817) (817) (659)
coletivo empresarial
(a) As aplicações financeiras, quanto a prazos, encargos e taxas de remuneração, foram realizadas em condições semelhantes às que seriam aplicáveis a partes
não relacionadas.
(b) Vide Nota Explicativa nº 8.
(c) A Sociedade contratou a Servinet para prestar serviços de instalação e manutenção dos equipamentos POS nos estabelecimentos comerciais.
A remuneração prevista pelos serviços prestados é estabelecida com base nos custos incorridos pela Servinet quando da prestação dos referidos serviços,
acrescida de impostos e contribuições, bem como de margem de remuneração.
(d) Pagamento de incentivo a emissores de acordo com metas contratadas relacionadas à emissão de cartões com bandeira VISA.
(e) Vide Nota Explicativa nº 35.
102 Cielo
(*) Representado substancialmente por provisões para contingências permanentemente indedutíveis na apuração do lucro real e da base negativa da
contribuição social.
A administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais, visando à liquidez, rentabilidade e
segurança. A política de controle consiste em acompanhamento permanente das taxas contratadas versus as vigentes no mercado.
A Sociedade não efetua aplicações de caráter especulativo, nem em derivativos nem em nenhum outro ativo de risco.
2009
O valor de mercado dos ativos financeiros e dos financiamentos de curto e longo prazos, quando aplicável, foi determinado
utilizando taxas de juros correntes disponíveis para operações remanescentes com condições e vencimentos similares.
Demonstrações Financeiras 2009 103
b) Risco de crédito
A Sociedade dispõe de instrumento para mitigação de risco de crédito dos bancos emissores dos cartões VISA, com o intuito de
proteger-se quanto a eventual risco de default dessas instituições.
Esse instrumento de proteção está respaldado na obrigação assumida pela bandeira VISA, conforme estabelecido no
regulamento internacional, em garantir o repasse aos estabelecimentos afiliados à Sociedade de todas as vendas realizadas com
os cartões VISA nas respectivas datas de vencimento, caso ocorra inadimplência de um determinado emissor.
O modelo de garantia implementado pela bandeira VISA, em conjunto com a Sociedade, prevê a solicitação de garantias (reais
ou bancárias) considerando o risco de crédito do emissor, os volumes das vendas realizadas com os cartões VISA e o risco
residual da inadimplência dos portadores de cartões. O fornecimento das garantias é obrigatório para todos os emissores
classificados com risco de crédito e os valores são revistos periodicamente pela bandeira VISA e pela Sociedade. Caso não sejam
oferecidas as garantias solicitadas, o emissor não é aceito como membro do sistema ou perde essa condição.
Aos estabelecimentos credenciados que não mantêm sistemas próprios para a captura eletrônica de transações a Sociedade
disponibiliza, mediante contrato de locação, o equipamento POS. O valor do aluguel é descontado, no seu vencimento, do
montante das transações liquidadas aos estabelecimentos. Entretanto, há a possibilidade de não recebimento do valor do
aluguel na data de vencimento em razão da não existência de saldos a serem pagos aos estabelecimentos. Nesses casos, a
Sociedade faz a gestão da cobrança desses valores por meio de débito de vendas futuras, conta corrente ou recuperação
através de escritórios especializados na recuperação de créditos, podendo haver perdas dos valores de aluguel.
O sistema da bandeira VISA também prevê a possibilidade de que as transações efetuadas com cartões de crédito sejam
contestadas pelos respectivos portadores, dentro de determinados prazos, contados da data da realização da transação. Para
tanto, a Sociedade firma contrato de afiliação com todos os estabelecimentos credenciados no qual estão definidas todas as
regras para aceitação dos cartões VISA no ponto-de-venda. Se ocorrerem contestações pelos portadores e o estabelecimento
não mais estiver credenciado na data da reclamação ou não tiver valores a receber da Sociedade, será efetuada cobrança por
meio de débito em conta corrente ou escritórios especializados na recuperação de créditos, existindo a possibilidade de perdas
para a Sociedade.
c) Risco de fraude
A Sociedade utiliza um sofisticado sistema antifraude no monitoramento das transações efetuadas com cartões de crédito e de
débito, que aponta e identifica transações suspeitas de fraude no momento da autorização e envia um alerta ao banco emissor
do cartão para que este contate o portador do cartão.
104 Cielo
A Sociedade dispõe de operação de proteção contra oscilação de moedas, que consiste na pré-venda dos dólares norte-americanos
a receber convertidos pela mesma taxa de câmbio, o que reduz significativamente eventuais riscos de exposição de oscilação
da moeda.
Não existem outras operações significativas em moeda estrangeira que possam causar variações relevantes no resultado da
Sociedade, em virtude dos efeitos da volatilidade da taxa de câmbio sobre os demais ativos e passivos atrelados a moedas
estrangeiras, principalmente o dólar norte-americano.
Em 31 de dezembro de 2009, a exposição líquida ao risco da taxa de câmbio em milhares de dólares norte-americanos
é como segue:
Ativo:
Caixa e bancos 7.148
Aplicações financeiras 1.330
Direitos a receber – securitização no exterior 118.568
127.046
Passivo:
Contas a pagar a estabelecimentos comerciais (4.470)
Obrigações a pagar – securitização no exterior (118.568)
(123.038)
Posição comprada de dólares norte-americanos 4.008
De acordo com suas políticas financeiras, a Sociedade vem aplicando seus recursos em instituições financeiras de primeira linha,
não tendo efetuado operações envolvendo instrumentos financeiros que tenham caráter especulativo.
g) Derivativos
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a Sociedade não manteve operações com instrumentos financeiros
derivativos.
Empréstimos e
Ativos:
recebíveis
Outros passivos
Passivos:
financeiros
31 de dezembro de 2008
Empréstimos e
Ativos:
recebíveis
Outros passivos
Passivos: financeiros
27. Compromissos
A Sociedade tem como principais atividades os serviços de captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das
transações realizadas com cartões de crédito e de débito da bandeira VISA. Para viabilizar tais atividades, a Sociedade celebrou os
seguintes contratos:
a) Contratos de aluguel
Em 31 de dezembro de 2009, com base nos contratos vigentes, são os seguintes os pagamentos anuais futuros estimados
de aluguel:
Ano
2010 6.239
2011 6.551
Total 12.790
A maioria dos contratos possui cláusula de multa rescisória, com caução de três aluguéis, podendo a devolução parcial ser
negociada em cada caso.
Ano
2010 391.472
2011 407.475
Total 798.947
Os contratos de captura e processamento de transações preveem multas rescisórias no valor total de R$ 100.000. Para
telecomunicações, os contratos variam conforme a demanda operacional, não sendo possível estabelecer um prazo médio,
tendo uma multa rescisória média de R$ 9.300. Os contratos de logística estão vigentes desde junho de 2007, com prazo
mínimo de 12 meses, tendo como multa rescisória o valor de R$ 9.068.
c) Fianças bancárias
Em 31 de dezembro de 2009, com base nos contratos vigentes, as fianças bancárias contratadas apresentam as seguintes
composições:
Modalidade
(*) Caução cedida por instituições financeiras para garantir o pagamento dos contratos de locação de imóveis.
Demonstrações Financeiras 2009 107
d) Outros compromissos
Conforme descrito na Nota Explicativa nº 1, a Sociedade e a controlada CBGS Ltda. celebraram contrato para futuro aumento
de capital e a Sociedade comprometeu-se a aportar recursos financeiros até 2 de janeiro de 2010 no montante de R$ 67.354.
Em 31 de dezembro de 2009, o saldo estava totalmente integralizado, tendo a atualização ocorrida no exercício, no montante
de R$ 4.363, sido registrada na rubrica “Despesas financeiras”.
Os valores de participação dos colaboradores e administradores no lucro dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de
2008 foram registrados na rubrica “Despesas de pessoal” na demonstração do resultado e estão apresentados como segue:
2009 2008
Colaboradores 30.369 19.168
Administradores 6.251 1.574
Total 36.620 20.742
2009
Remuneração Outorga de opções
Saldo Preço de
Fixa Variável Total
de opções (a) exercício (b)
(a) Refere-se à quantidade de opções outorgadas e não exercidas até 31 de dezembro de 2009.
(b) Refere-se ao preço médio ponderado de exercício das opções à época das outorgas.
108 Cielo
Receitas financeiras:
Rendimentos de aplicações financeiras 50.218 116.127
Juros sobre postergação de recebíveis 3.742 7.663
Juros de securitização no exterior 22.208 28.804
Reversão de multa e juros de contingências 4.490 -
Reversão de multa e juros no parcelamento de débitos federais (a) 17.712 -
Outras receitas financeiras 1.381 811
99.751 153.405
Despesas financeiras:
Juros de securitização no exterior (22.208) (28.804)
Juros de mora e multas (12.206) (8.129)
Multas e juros de contingências (2.830) -
Multa e juros no parcelamento de débitos federais (a) (11.103) -
Juros passivos (2.995) (21.105)
Outras despesas financeiras (5.177) (1.837)
(56.519) (59.875)
2009 2008
(a) Corresponde ao ganho na movimentação do valor justo das ações da Visa Inc., contabilizado como ativos financeiros disponíveis para venda, conforme
Nota Explicativa nº 20.
(b) Refere-se ao ganho de capital auferido pela controlada CBGS Ltda. na alienação integral de sua participação societária na Orizon, conforme Nota
Explicativa nº 1.
(c) Refere-se à multa contratual estabelecida por distrato com prestador de serviços.
(d) Em 31 de dezembro de 2009, referem-se, substancialmente, ao reembolso de despesas dos bancos acionistas em razão da oferta pública das
ações da Sociedade.
Com base nessa Lei, em 25 de novembro de 2009 a Administração da Sociedade decidiu pelo pagamento à vista de determinados
débitos, conforme a seguir:
Ganho contábil
Processo Valor contábil Pagamento
Controladora Consolidado
Os ganhos gerados a título de desconto nos juros e nas multas, registrados na controladora e no consolidado, nos montantes de
R$ 5.038 e R$ 6.609, respectivamente, estão registrados na rubrica “Resultado financeiro”. Esses ganhos foram parcialmente
liquidados por provisões adicionais registradas na data do parcelamento, nos montantes de R$ 2.116 e R$ 2.088, registrados na
controladora e no consolidado, respectivamente, na rubrica “Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas”.
110 Cielo
Importância
Modalidade
segurada
Poderão ser outorgadas opções de compra de ações de forma que a diluição do capital social não exceda, a qualquer tempo
durante a vigência do plano, 0,3% ao ano. O prazo de vigência para o exercício da opção é de cinco anos contados da outorga
aprovada pelo Conselho de Administração. Os beneficiários do plano serão definidos anualmente ou em periodicidade julgada
conveniente pelo Conselho de Administração.
Em reuniões do Conselho de Administração de 1º de julho e 23 de setembro de 2009, foram aprovadas a primeira e segunda
outorgas de opção de compra de ações ordinárias, respectivamente, conforme demonstradas em quadro a seguir, não havendo a
opção de liquidação das opções em caixa.
Os beneficiários, nos termos do Plano e do Contrato de Outorga de Opção de Compra, poderão exercer a primeira parcela,
equivalente a 1/3 do total das opções de compra a eles outorgadas após um ano da data da outorga.
Valor justo
Preço de Prazo de
Data de Quantidade das opções –
exercício R$ carência
outorga Outorgadas Canceladas Saldo R$ por ação
(a) Corresponde a 75% do valor de lançamento das ações da Sociedade na primeira distribuição pública de ações.
(b) Corresponde à média ponderada dos pregões compreendidos entre 7 de agosto e 18 de setembro de 2009.
Demonstrações Financeiras 2009 111
Para determinar o valor justo das opções pelo modelo de precificação Black & Scholes, a Companhia utilizou as seguintes
premissas econômicas:
Outorga em Outorga em
julho de 2009 setembro de 2009
O valor justo está sendo apropriado ao resultado do exercício e a contrapartida na reserva de capital de forma linear pelo prazo
de até 36 meses. No exercício findo em 31 de dezembro de 2009 foi reconhecida despesa de R$ 3.699, registrada na rubrica de
“Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas”.
b) As despesas com Imposto sobre Operações Financeiras – IOF, no exercício findo em 31 de dezembro de 2009, foram no
montante de R$ 368 (R$ 4.091 em 31 de dezembro de 2008), contabilizadas na rubrica “Despesas gerais e administrativas”.
O cronograma de implementação das medidas será definido pelas autoridades. Em paralelo, os reguladores estão discutindo outras
medidas, que, depois de submetidas aos Ministros, terão encaminhamentos institucionais distintos, dependendo do escopo.
112 Cielo
1. Examinamos os balanços patrimoniais consolidados da Cielo S.A. (anteriormente denominada Companhia Brasileira de Meios
de Pagamento) (“Sociedade”) e controladas, levantados em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e 1º de janeiro de 2008, e as
respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos
fluxos de caixa correspondentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, elaborados de acordo com o
padrão contábil internacional emitido pelo International Accounting Standards Board – IASB e sob a responsabilidade de sua
Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras consolidadas.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o
planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles
internos da Sociedade e de suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam
os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas
adotadas pela Administração da Sociedade e de suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras
consolidadas tomadas em conjunto.
3.E
m nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos
os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da Cielo S.A. e controladas em 31 de dezembro de 2009
e de 2008 e 1º de janeiro de 2008, o resultado consolidado de suas operações, o resultado abrangente, das mutações do
patrimônio líquido e os seus fluxos de caixa consolidados referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de
2008, de acordo com o padrão contábil internacional emitido pelo International Accounting Standards Board – IASB.
4. As práticas contábeis adotadas no Brasil diferem, em certos aspectos significativos, das práticas contábeis de acordo com o
padrão contábil internacional emitido pelo International Accounting Standards Board – IASB. As informações relacionadas à
natureza e ao efeito dessas diferenças estão apresentadas na Nota Explicativa nº 3 às demonstrações financeiras consolidadas.
GLOSSÁRIO
ABECS: Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Free Float: Ações em circulação no mercado pertencentes
Crédito e Serviços (ABECS). a investidores. Ações emitidas pela Companhia, excetuadas
as detidas pelos Acionistas Controladores, por pessoas a eles
Adquirente: Empresa responsável pela captura, transmissão, vinculadas, por administradores da Companhia e aquelas em
processamento e liquidação financeira de Transações, tesouraria.
pela implementação e gestão da rede de aceitação e pelo
credenciamento de Estabelecimentos. Equipamento de Captura: POS e Pin Pad.
Bandeira: Empresa, geralmente internacional, detentora dos Estabelecimentos Ativos: Estabelecimentos comerciais que
direitos de propriedade e franqueadora de suas marcas e realizaram pelo menos uma Transação nos 180 (cento e oitenta)
logotipos para uso de adquirentes e emissores, entre outros, dias que antecederam a uma determinada verificação.
mediante a especificação de regras gerais de organização e
funcionamento do sistema de cartões de crédito e débito e IFRS: International Financial Reporting Standards.
outros meios de pagamento.
PDV: Equipamentos do próprio Estabelecimento, denominados
Bandeira Visa: Bandeira Visa International® para cartões de Ponto-de-Venda.
crédito e débito.
POS (Point-of-Sale): É a sigla utilizada para se referir aos
BMVRL: Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited, equipamentos para captura eletrônica de Transações.
sociedade de propósito específico constituída para emissão
no mercado externo de títulos lastreados em recebíveis. A Private Label: Cartões de crédito emitidos por grandes varejistas
Companhia não detém participação societária direta ou indireta com o objetivo de fidelizar seus clientes, sem Bandeira.
na BMVRL.
Private Label híbrido: Modalidade de cartões de crédito
BRGAAP: Práticas contábeis adotadas no Brasil, conforme a Lei emitidos por grandes varejistas com o objetivo de fidelizar seus
das Sociedades por Ações com suas atualizações, as normas e clientes, tendo como vantagem a associação a uma Bandeira.
instruções emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
e pelo Instituto Brasileiro de Contabilidade (IBRACON) e as Regulamento do Novo Mercado: Regulamento de Listagem
resoluções do Conselho Federal de Contabilidade. do Novo Mercado que prevê as práticas diferenciadas de
governança corporativa a serem adotadas pelas companhias
CAGR: Taxa média composta de crescimento anual. com ações listadas no Novo Mercado.
Câmara de Arbitragem: Câmara de Arbitragem do Mercado, Taxa de Administração: Percentual sobre a Transação cobrado
instituída pela BM&FBOVESPA. pela Companhia dos Estabelecimentos pela prestação dos
serviços de captura, transmissão, processamento e liquidação
Cartão: Instrumento de identificação e de pagamentos físicos financeira das Transações realizadas.
ou virtuais, emitidos e concedidos pelos Emissores, para uso
pessoal e intransferível dos Portadores, com funções múltiplas Taxa de Administração Líquida: A Taxa de Administração menos
ou não, de débito, crédito e crédito direto ao consumidor a Taxa de Intercâmbio. Constitui a receita de comissões auferida
(CDC), dentre outras. pela Companhia.
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