Vous êtes sur la page 1sur 37

Programas de

Português
1.º Ciclo do Ensino Básico

Marisa Costa
Paula Melo

2 de Abril de 2011
Sumário

1 Organização do Novo Programa

2 A Consciência Fonológica

3 Ensino da Leitura: a Decifração

4 A Compreensão do Oral

5 Exercícios e Actividades
Porquê um Novo Programa
de Português?

Desactualização do Programa em vigor.

Dados recolhidos nos estudos preparatórios para a revisão


dos Programas.

Resultados do estudo PISA (Programa Internacional de


Avaliação das Competências em Leitura, Matemática e
Ciências, em jovens de 15 anos dos países da OCDE).

Necessidade de construir um programa que responda aos


desafios e à realidade do presente.
Novas perspectivas…
1. Projecção
das TIC
associadas
à leitura e
escrita.

2. Presença efectiva
de textos
4. Participação de literários no ensino
outros agentes da língua.
(professores,
investigadores,
consultores, etc).

3. Explicitar regras
e funcionamentos.
Documentos e iniciativas
Currículo
Nacional do
EB (2001)

Dicionário PNEP
Terminológico (2006)
NPPEB
(2008)
(2009)

Conferência
Nacional PNL
Conhecimento
Ensino do
Explícito
(2007)
Português
(2007)
Conceitos usados no
Programa
Conjunto de conhecimentos e de
capacidades que permitem a realização de
acções, bem como a compreensão dos
Competências comportamentos do outro.
(Programa de Português do Ensino Básico. (2009). Lisboa:
Ministério da Educação – DGIDC, p. 15)

Competências gerais e específicas

• São de natureza conceptual e descritiva.


• Linguísticos, textuais, discursivos.
Conteúdos
• Activam uma reflexão pedagógica sobre
situações e usos particulares da língua.

1.º e 2.º anos / 3.º e 4.º anos


Conceitos usados no
Programa

Desempenho
Descritor de Desempenho Indicador de Desempenho

Enunciado sintético sobre o Operações de controlo,


que se espera que o aluno regulação e avaliação.
seja capaz de fazer após a
aprendizagem.

Conteúdos/operações de
saber fazer, saber ser, saber
estar, saber aprender e
saber declarativo.
Organização do Novo Programa
Matriz comum aos três ciclos, valorizando o princípio da
progressão (articulação vertical)

Caracterização do Ciclo

Resultados esperados em cada ciclo

Descritores de Desempenho e conteúdos

Corpus Textual

Orientações de gestão
Eixos de Actuação
Eixo da experiência humana: a individualidade e a integração na
comunidade; interacção com identidade nacional e variações
linguísticas.

Eixo da comunicação linguística: relação com os outros através da


oralidade e da escrita; adaptação do discurso aos contextos e
intencionalidades.

Eixo do conhecimento linguístico: progressiva capacidade de


descrição da língua e sua utilização proficiente e continuada; domínio
das regras gramaticais e consciência do funcionamento da língua.

Eixo do conhecimento translinguístico: relação da língua com a


aquisição de outros saberes e estruturação de um pensamento
próprio.
Competências Gerais
Capacidade para afirmar
Capacidade para articular o modos de ser e modos de estar
saber e o fazer

Competência Competência
de realização existencial

Permitem realizar
actividades de todos os
tipos, incluindo as
actividades linguísticas

Conhecimento Competência de
declarativo aprendizagem

Capacidade para
Capacidade para
explicitar os resultados
aprender o saber
da aprendizagem formal
Competências Específicas

Compreensão
Capacidade de reconhecimento da
do oral
informação linguística

Expressão
Leitura Estão permanentemente Oral
interligadas e delas
depende o
desenvolvimento
linguístico do sujeito Capacidade de produção
de informação linguística

Conhecimento
Conhecimento
Expressão
Capacidade de elaboração Explícito
Explícito Escrita
sobre o conhecimento
intuitivo da língua

Organização das orientações curriculares por competências


valorizando o princípio da progressão (articulação horizontal)
Consciência Fonológica
Consciência Fonológica

Capacidade de
identificar e
manipular as
O que é a unidades do oral.
Consciência
Fonológica ?

Capacidade que a Capacidade que a


criança tem de isolar criança tem de
a palavra num identificar unidades
contínuo de fala. fonológicas no
interior da palavra.
Consciência Fonológica
A Consciência Fonológica compreende dois níveis:

A B

A consciência de que a A consciência de que


língua falada pode ser essas unidades se
segmentada em repetem em diferentes
unidades distintas: palavras faladas.

frase  palavras 
 sílabas  fonemas (Byrne e Filding-Barnsley, 1989)

Estudos mostram que a promoção da CF é um pré-requisito


para o sucesso na aprendizagem da leitura e da escrita.
Consciência Fonológica
Subdivide-se em três tipos:

Consciência Consciência Consciência


silábica intrassilábica fonémica

Isolar sílabas Isolar unidades dentro Isolar sons da fala


da sílaba

pra. tos pr.a - t.os p.r.a.t.o.s


Consciência Fonológica

Classificação dos sons da Língua


O português possui 9 vogais orais ([a, ɐ, ɨ, ε, e, i, Ô, o, u])
e 5 vogais nasais ([ã, ẽ, ĩ, õ, ũ]).
Vogais do Português
[a] em casa [ã] em manta
[ɐ] em casa [ẽ] em pente
[ε] em ferro [ĩ] em fim
[e] em seco [õ] em monte
[ɨ] em grande [ũ] em fundo
[i] em filme
[c] em toca
[o] em lobo In “O conhecimento da Língua:
Desenvolver a Consciência
[u] em uva Fonológica”, DGIDC
Consciência Fonológica

Como se desenvolve…
Estudos nas últimas três décadas têm mostrado que a
consciência silábica precede a consciência fonémica.
(Blevins 1997, Sim-Sim 1997, 1998)

Esta ordem de desenvolvimento segue a ordem de


complexidade de processamento dos 3 tipos de estruturas:

sílaba > constituinte intrassilábico > fonema


(Treiman & Zukowski 1991, Sim-Sim 1997, 1998)

Para as crianças é mais fácil segmentar


pato em pa.to do que em p.a.t.o.
Consciência Fonológica

O treino da consciência fonológica deverá seguir as


seguintes etapas:

Palavra

Sílaba

Constituintes intrassilábicos

Fonema
Consciência Fonológica
1. Manipular os
sons da língua e
observar os
efeitos
produzidos.

2. Comparar dados
e descobrir
regularidades.
4. Mobilizar o saber
adquirido
na compreensão
e expressão oral
e escrita.

Nos Novos Programas


3. Explicitar regras
e funcionamentos. Conhecimento Explícito da
Língua: plano fonológico
1º/2º ano (Página 47)
Consciência Fonológica
Descritores de Desempenho:

1 2 3

- segmentar e reconstruir - estabelecer relações de - identificar e classificar


a cadeia fónica; diferença e semelhança os sons da língua;
entre sons;
- discriminar os sons da - identificar os ditongos;
fala; - identificar rimas.
- identificar sílabas.
- articular correctamente
os sons da língua;
- produzir palavras por
alteração, supressão e
inserção de elementos.
Consciência Fonológica

Trabalho com os alunos…


• Identificação de fronteira de palavra

• Identificação de sílabas

• Segmentação silábica

• Reconstrução silábica

• Soletração silábica

• Segmentação fonémica

• Reconstrução fonémica

• Trabalho com poesias, lengalengas, trava-línguas


Ensino Leitura: a decifração

Ler é, na realidade,
uma técnica de
decifração. O que é a
Leitura ?
De um ponto de vista
mais abrangente e
integrador saber ler é
também compreender,
julgar, apreciar e criar.

(Viana, F. L.; Teixeira, Mª M., 2002)


Ensino Leitura: a decifração

A aprendizagem da Aprender a decifrar


decifração, isto é, a em português
entrada formal no implica aprender a
mundo das letras, é relacionar os sons
determinante no da língua portuguesa
sucesso pessoal como com as letras que os
leitor. representam.

Capacidade para o reconhecimento


automaticidade automático das palavras escritas
Ensino Leitura: a decifração
Como deciframos…
Vias de acesso ao reconhecimento de palavras escritas

Palavra
Escrita

Conversão Automatização
grafema- conversão
fonema grafema/fonema

Formatação fonológica Busca no léxico visual

Representação ortográfica

Activação semântica

Identificação do significado da palavra


Ensino Leitura: a decifração
Vias de acesso ao reconhecimento
de palavras escritas

Via lexical Via sub-lexical


(global e rápida) (indirecta, perceptiva,
ortográfica)
beijo trangabaloice

A investigação mostra-nos a importância das duas estratégias


didácticas (fónicas e globais) para que todas as crianças
aprendam a decifrar.
(Sim-Sim, 2009)
Ensino Leitura: a decifração

Promover o desenvolvimento da linguagem oral.


Estimular o contacto com material escrito e de
Antes da escrita.
Decifração
Provocar a descoberta dos princípios gráficos.
Desenvolver a consciência fonológica.
Promover o prazer da leitura pela voz dos outros.

Identificar palavras escritas: conversão de


padrões visuais (letras/conjunto de letras) em
padrões fonológicos (sons da língua).
Durante a
Decifração Utilizar estratégias de aprendizagem da
decifração: via lexical e via sub-lexical.
Ensino Leitura: a decifração

Nos Novos Programas – a decifração (1º/2º ano)

1 2 3

Ler com clareza Compreender o Ler textos variados


textos variados com essencial dos textos com fins recreativos.
extensão e lidos.
vocabulário
adequados.

Aprender a decifrar significa percorrer um caminho de apropriação de


estratégias que requerem um ensino explícito, consistente e
sistematizado por parte de quem ensina.
Ensino Leitura: a decifração

Trabalho com os alunos…


• Descoberta dos princípios espaciais de organização da
representação gráfica.

• Reconhecimento do padrão posicional das letras.

• Distinção entre letras, diacríticos e sinais de pontuação.

• Reconhecimento da representação gráfica da fronteira de


palavra.

• Exercícios de reconstrução segmental.

• Exercícios de segmentação da cadeia fónica em unidades


(palavras, sílabas, segmentos fonológicos) e respectiva
identificação.

• Treino da correspondência letra-som.


A Compreensão do Oral

O que é a
Compreensão do Oral ?

Envolve a
Implica o acesso à
recepção e a
informação linguística
decifração da
registada na memória.
mensagem.
A Compreensão do Oral
Conhecimento da Língua
Actividade mental

Capacidades Reconhecimento Produção Elaboração

Compreensão Expressão
do Oral Oral
Conhecimento
Competências Explícito

Leitura Escrita

(Sim-Sim, 1997)
A Compreensão do Oral
Critérios para observar a Conversa
● Saber ouvir e estar atento;
● Esperar a sua vez para falar e respeitar a vez dos outros;
● Não interromper;
● Saber indicar que quer falar;
● Saber tomar a palavra, no momento certo;
● Saber aproveitar a palavra:
falar a propósito;
acrescentar informação nova;
ser capaz de introduzir um assunto novo;
ser capaz de reformular quando necessário;
● Pedir clarificações;
● Ser capaz de reparar mal entendidos;
● Olhar nos olhos.
A Compreensão do Oral
Saber escutar
para
reproduzir
pequenas Prestar atenção a
mensagens. breves discursos
sobre assuntos que
lhe são familiares,
retendo o essencial
da mensagem.

Compreender o
essencial de
histórias contadas,
de poemas e de
Nos Novos Programas
textos da tradição
oral. Compreensão do Oral
1º/2º ano (Página 24)
A Compreensão do Oral
Prestar atenção ao que ouve
de modo a tornar possível

Apropriar-se de padrões de entoação e ritmo;


Memorizar e reproduzir sequência de sons;
Apropriar-se de novos vocábulos;
Associar palavras ao seu significado;
Identificar palavras desconhecidas;
Integrar sistematicamente novas palavras no seu léxico;
Cumprir instruções;
Responder a questões acerca do que ouviu;
Relatar o essencial de uma pequena história ouvida;
Identificar o tema central;
Apreender o sentido global de textos ouvidos;
Recontar histórias.
A Compreensão do Oral

Utilizar técnicas para Manifestar ideias, Detectar


registar, tratar e reter sugestões e semelhanças e
a informação sentimentos diferenças

- Identificar palavras- A partir de uma Entre o texto oral


chave. audição musical, (falado ou lido) e o
peça de teatro, texto escrito.
- Organizar a notícia, anúncio,
informação. história.
- Procurar informação
complementar.
A Compreensão do Oral
Trabalho com os alunos…
● Recontar histórias;

● Ouvir frases incompletas e acabá-las;

● Responder a questionários;

● Transmitir a outros notícias ouvidas;

● Jogar cartas a partir de regras ditadas;

● Fazer um desenho a partir de instruções ouvidas;

● Jogos para descoberta de significado de palavras ouvidas.


A Compreensão do Oral
Actividades e Exercícios…
Rodeia: quem entra no poema; quem fugiu de casa... (gato, cão, galinha);
onde foi a fada; onde se passa a história (praia, floresta, montanha, deserto).

Assinala com X: o menino chama-se (João, José, Joaquim ); os alimentos


que entram na história; o cão é… (gordo, magro, castanho, preto); a imagem
que melhor ilustra o texto/história/poema.

Desenha: a frase que ouviste; o animal que mordeu a menina; a casa de


acordo com a sua descrição; quem veio salvar a princesa.

Pinta: onde foi a Leonor (cinema, circo, parque); as personagens que


entram na história; o local onde se passa a história; a cor do cabelo da bruxa; o
vestido da menina de acordo com a descrição.
“A escola do 1º Ciclo deve constituir-se como um
contexto favorável ao desenvolvimento de
literacias múltiplas, nomeadamente na leitura, na
escrita e nas tecnologias de informação e de
comunicação”.

(Programa de Português do Ensino Básico. (2009). Lisboa: Ministério da


Educação – DGIDC, p. 66)

Obrigada!

Vous aimerez peut-être aussi