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PONTIFÍCIAUNIVERSIDADECATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS


COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

EXMO SR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA RIO DE JANEIRO-RJ.

Autos do Processo: xxxxxxxxxx

JOÃO, brasileiro, casado, motorista, inscrito sob o CPF: 000.000.000 e


RG: 111.111, endereço eletrônico não informado, residente e domiciliado às margens da
Rua X, Lote Y, nº Z, Bairro não informado, Rio de Janeiro - RJ, CEP: 00.000-000, vem à
presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 319 e seguintes do Novo Código de
Processo Civil – Lei 13.105/2015 e 186 e 937 Código Civil, por intermédio de seus
advogados abaixo assinados, procuração anexa, proporem a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

Em face do HABITANTE DO APARTAMENTO 601 DO EDIFÍCIO DO


CONDOMÍNIO BOSQUE DAS ARARAS, situado na Rua Lúcia Lourençone, nº 09, Setor
Jardim Paulistano, Rio de Janeiro – RJ, CEP: 332211-000, bem assim, na qualidade de
litisconsorte obrigatório, HOSPITAL INOMINADO S/S, sociedade empresária de direito
privado, inscrito no CNPJ, com Av. Santos Dumont, nº 355, Setor Central, nesta cidade.

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AV. FUED JOSÉ SEBBA, Nª. 1.184, QD. 16-A, LT. 01, B. JARDIM GOIÁS - FONE: (062) 3946-3008 / 3946-3009 - CEP: 74805-100 - GOIÂNIA - GOIÁS
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1. FATOS

Primeiramente, o Requerente andava pela calçada da rua onde morava,


no Rio de Janeiro, quando foi atingido na cabeça por um pote de vidro lançado da janela
do apartamento 601, do edifício do Condomínio Bosque das Araras, cujo síndico é o Sr.
Marcelo Rodrigues.
Excelência, o Requerente desmaiou com o impacto, sendo socorrido por
transeuntes que contataram o Corpo de Bombeiros, que o transferiu, de imediato, via
ambulância, para o Hospital Municipal X.
Lá chegando, João foi internado e submetido a exames e, em seguida, a
uma cirurgia para estagnar hemorragia interna sofrida devido ao grande impacto causado
pelo pote de vidro.
O Reclamante, Vossa Excelência, que é caminhoneiro autônomo e tem
como principal fonte de renda a contratação de fretes, permaneceu internado por 30 dias,
deixando de executar contratos já negociados. A internação do Reclamante, nesse
período, causou uma perda de R$ 20 mil.
Após sua alta, ele retomou sua função como caminhoneiro, realizando
novos fretes. Contudo, 20 dias após seu retorno às atividades laborais, João, sentindo-se
mal, voltou ao Hospital X, oportunidade em que foi constatada a necessidade de
realização de nova cirurgia, em decorrência de uma infecção no crânio causada por uma
gaze cirúrgica deixada no seu corpo por ocasião da primeira cirurgia.
O Reclamante ficou mais 30 dias internado, deixando de realizar outros
contratos. A internação de João, por este novo período, causou uma perda de R$ 10 mil.

2. PRELIMINARMENTE

DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Consigna-se, de plano, que os Requerentes, assegurados


pela Constituição da República Federativa do Brasil, artigo 5º, inciso LXXIV, Art. 1º, §
2º da Lei n. 5478/68, bem como Art. 98 da Lei 13.105/2015, à vista de que
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momentaneamente não podem arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu
sustento próprio e de sua família, conforme declaração anexa, pleiteiam os benefícios
da Justiça Gratuita.

LITISCONSÓRCIO OBRIGATORIO

3. FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA

3.1. Do Ato ilícito

Prefacialmente, cumpre anotar o disposto no art. 186 do Código


Civil, no que tange à configuração do ato ilícito:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Ora, fácil é perceber, que a conduta do REQUERIDO enquadra-se


perfeitamente nas disposições deste artigo, já que arremessou um pote de vidro da janela
de seu apartamento, atingindo a cabeça do REQUERENTE que transitava na calçada do
prédio, que foi encaminhado ao hospital com hemorragia interna.

3.2. Da Responsabilidade Civil

Desta feita, restando plenamente configurado o ato ilícito e sendo


inderrogável a responsabilidade do REQUERIDO, revela-se de suma importância anotar
as disposições do Código Civil, no que tange à obrigação de indenizar:

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Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano
a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá Obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei,
ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem.

No que diz respeito à responsabilidade por coisa caída de prédio,


rege o art. 938 do Código Civil de 2002 que “aquele que habitar prédio, ou parte dele,
responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar
indevido.” É a chamada responsabilidade effusis et dejectis.

Faz-se necessário salientar que o artigo bem diz “aquele que


habitar” em uma referência muito mais ampla do que simplesmente o proprietário do
imóvel, alcançando inclusive o mero possuidor (locatário, arrendatário, usufrutuário,
comodatário etc).

Esta é, pois, uma responsabilidade objetiva, haja vista que, como


bem ensina Diniz, o habitante (não o proprietário que alugou a casa e reside em outro
lugar) não se exonerará mesmo se provar ausência de culpa” de responder pelo dano
proveniente das coisas que caírem do prédio que habita.

A responsabilidade aqui, meramente objetiva, como dito, leva em


conta o fato danoso, não se indagando de quem é a culpa. A obrigação de indenizar
surgirá como consequência do fato, provado, obviamente, e do dano dele decorrente.
Por outro lado, Diniz pontua que

Somente poderá liberar-se da responsabilidade se comprovar a


ausência de prejuízo, a inexistência do liame de causalidade entre a queda do objeto e o
dano, o lançamento de coisa em local apropriado (depósito de lixo), ou a culpa exclusiva
da vítima.

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O entendimento jurisprudencial atual coaduna com o entendimento


doutrinário, como se se verifica nas ementas de jurisprudências aqui transcritas:

TJ-SP - Apelação APL 00439379420098260309 SP 0043937-


94.2009.8.26.0309 (TJ-SP)
Data de publicação: 11/08/2014
Ementa: Direito de vizinhança. Objetos arremessados a partir
do prédio vizinho. Danos materiais. Indenização. Procedência
decretada em Primeiro Grau. 1. Comprovado que os objetos
lançados partiram do imóvel da ré, e causaram danos materiais
ao imóvel vizinho, pertencente ao autor, era de rigor a
procedência da ação indenizatória. 2. Bem demonstrado o nexo
causal entre o problema encontrado no imóvel da ré e o prejuízo
experimentado pelo autor, de rigor a procedência da ação
indenizatória, circunstâncias essas bem sopesadas pelo digno
julgador de primeiro grau. Sentença mantida. 3. Negaram
provimento ao recurso.

TJ-RS - Apelação Cível AC 70061554986 RS (TJ-RS)


Data de publicação: 03/03/2015
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITOS DE VIZINHANÇA. AÇÃO
INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.
ARREMESSO DE OBJETOS. AUSÊNCIA DE PROVA ACERCA
DA AUTORIA. IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS. SENTENÇA
REFORMADA. Contexto fático-probatório que não permite
concluir, com segurança, que os objetos lançados em 2010, os
quais atingiram o telhado da residência dos autores, o foram
pelo primeiro réu ou mesmo a partir segundo réu (edifício).
Julgamento de improcedência dos pedidos iniciais, pois os
autores não se desincumbiram de provar o direito alegado,

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conforme exige o artigo 333, inciso I, do Código de Processo


Civil. Prejudicado o exame do recurso adesivo. RECURSO DE
APELAÇÃO PROVIDO E RECURSO ADESIVO PREJUDICADO.
UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70061554986, Décima Sétima
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli
Pires, Julgado em 26/02/2015).

A partir do acidente sofrido pelo REQUERENTE, fica clara a culpa


do HABITANTE DO APARTAMENTO 601, que ao arremessar objeto pela janela, o
atingiu, ocasionando lesão corporal gravíssima, vez que o mesmo foi encaminhado ao
hospital e precisou submeter-se à cirurgia.

3.3. Do Dano Material

Art. 402.Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as


perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele
efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

No que tange ao dano patrimonial, podemos destacar o dano


emergente, que é o efetivo prejuízo experimentado pela vítima, o que ela perdeu, e os
lucros cessantes, aquilo que a vítima deixou de lucrar por força do dano, ou seja, o que
ela não ganhou.

O referido artigo vai de encontro com os presentes fatos, pois o


REQUERENTE teve prejuízos consideráveis em razão dos dias em que ficou no hospital,
e outrossim, em razão do período de restabelecimento, durante os quais ficou sem
trabalhar.

O Reclamante, Vossa Excelência, como dito anteriormente,


permaneceu internado, inicialmente, por 30 dias, deixando de executar contratos já
negociados. A internação do Reclamante, nesse período, causou uma perda de R$
20.000,00 (vinte mil reais).

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Da necessidade da nova cirurgia, que adveio vinte dias após seu retorno
às atividades laborais, João, ficou mais 30 dias internado, deixando de realizar outros
contratos, o que lhe acarretou uma perda de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Destarte, não se pode olvidar as despesas havidas com o


tratamento do REQUERENTE, que em razão do acidente, teve (xxx), como dito
anteriormente, permanecendo internado 30 dias no Hospital Municipal X, o que gerou um
débito de R$ (xxx). Além disso, há de se considerar os gastos com remédios, que somam
um total de R$ (xxx), conforme planilha em anexo, tudo devidamente documentado.

3.4. Do Dano Moral

4 PEDIDOS

Por todo o exposto a parte autora Requer a Vossa Excelência:

a) o deferimento dos benefícios da justiça gratuita, nos termos


do art. 98 e seguintes do CPC/2015;
b) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos
do art. 319, VII, do CPC/2015;
c) a citação do requerido por meio postal, nos termos do
art. 246, inciso I, do CPC/2015;
d) seja ao final, julgado procedente o pedido ora formulado,
condenando a reclamada ao pagamento de 20 (vinte) salários mínimos à guisa de dano
moral.
e) Lucros cessantes e danos materiais
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f) seja ao final, julgado procedente o pedido ora formulado,


condenando a reclamada ao pagamento de 20 (vinte) salários mínimos à guisa de dano
moral;
g) A condenação da RÉ as custas processuais e honorários
advocatícios estes arbitrados em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação.

Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova


admitidos, em especial, pelos documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem
arroladas em momento oportuno e novos documentos que se mostrarem necessários.

Dá-se a o valor da causa = R$

Nestes termos,
Pede deferimento.

Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2017.

AMANDA GUNDIM GUSTAVO LUIZ

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