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No Regime Geral UFSC é apenas previsto:

Art. 73. É obrigatória a frequência às atividades correspondentes a cada disciplina,


ficando nela reprovado o aluno que não comparecer a setenta e cinco por cento, no
mínimo, das aulas e demais trabalhos escolares programados para a integralização da
carga horária fixada.

Mas o regime nada prevê sobre atrasos discentes. É de responsabilidade apenas do


docente iniciar as aulas no horário previsto.

É da política das universidades brasileiras concederem o direito ao aluno de entrar e sair


da sala de aula quando necessário.

Como cada aula tem 50 minutos, o docente pode dar uma falta para o discente que
chegar na aula cerca de 50 minutos atrasado.

Mas o docente não pode impedir o aluno de entrar na sala de aula por motivos de atraso,
nem por qualquer outro motivo não justificado, porque isso fere o direito pétreo
insculpido na Carta Republicana.

A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional definem que


"o acesso a uma Educação de qualidade é um direito público subjetivo de todos e de
cada um dos cidadãos brasileiros".

Impedir o acesso do aluno fere o seu direito líquido e certo à educação,


consubstanciado, principalmente, nos artigos 6° da Constituição Federal:

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o


transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (EC no 26/2000,
EC no 64/2010 e EC no 90/2015)

Concordamos que deve existir disciplina. Os horários devem ser cumpridos, pois não
podemos educar se não cobrar o óbvio: é obrigação do aluno chegar no horário
pontualmente. Entretanto, por uma questão de bom senso, deve existir uma tolerância
de, no mínimo, 15 minutos, em relação ao início do primeiro horário. Também por
razões de bom senso, há de se considerar que Florianópolis tem a pior mobilidade
urbana do Brasil, e que alunos que residem em bairros distantes e, principalmente, em
outros municípios enfrentam dificuldades diárias para chegar à instituição.
Especialmente os alunos que dependem do transporte público.

Assim, mesmo chegando após o prazo tolerável, o aluno tem direito de assistir as aulas
subsequentes.

O que não é razoável é o aluno que chega atrasado perder todas as aulas daquele
docente neste dia. Uma falta completa deve ser aplicada apenas a cada 50 minutos de
atraso.

Estudar é mais importante do que coibir o acesso à educação. E o aluno que chega com
atraso já está sendo prejudicado por perder os conteúdos iniciais da aula.

Portanto, entendemos que o docente que impede o aluno de entrar em uma sala de aula
de uma instituição pública, está cometendo ilegalidade e abuso de autoridade.

Constituição Federal:
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.
pdf

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