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1. “A dimensão da família explica parte do problema da pobreza”.

A afirmação é verdadeira ou falsa? Explica porquê.

O que é a exclusão social?


A exclusão social é um conjunto de problemas que levam ao isolamento/afastamento
de uma pessoas da sociedade em que está inserido, ou de um determinado grupo.
Segundo o sociólogo Robert Castel, a exclusão social é o ponto máximo da
marginalização, sendo um processo em que o indivíduo se vai afastando
progressivamente da sociedade, até ao isolamento total.

A pobreza a exclusão social estão intimamente relacionados, pois a pobreza leva à


exclusão social, ou seja, regra geral, uma pessoa pobre é normalmente excluída da
sociedade, mas isso nem sempre acontece.

Problemas como o desemprego, pertencer a uma minoria étnica, ser portador de uma
deficiência, ser um sem-abrigo ou idoso, são fatores que podem levar as pessoas a
serem excluídas da sociedade em que estão inseridas.

Uma pessoa é considerada socialmente excluída quando está impedida de participar


plenamente na vida económica, social e civil e/ou quando o seu acesso ao rendimento
e a outros recursos (pessoais, familiares e culturais) é de tal modo insuficiente que não
lhe permite usufruir de um nível de vida considerado aceitável pela sociedade em que
vive.

A exclusão social pode, portanto, ser definida como uma combinação de falta de meios
económicos, de isolamento social e de acesso limitado aos direitos sociais e civis; trata-
se de um conceito relativo dentro de qualquer sociedade particular e representa uma
acumulação progressiva de fatores sociais e económicos ao longo do tempo. Os fatores
que podem contribuir para a exclusão social são os problemas laborais, os padrões de
educação e de vida, a saúde, a nacionalidade, a toxicodependência, a desigualdade
sexual e a violência.

A exclusão social é um conceito multidimensional e exprime-se em diferentes níveis


(ambiental, cultural, económico, político e social), sendo frequentemente cumulativa,
ou seja, compreendendo vários deles ou mesmo todos.

Integração na sociedade

Educação social é portanto, aqui, um “instrumento de conformização ao serviço da


adaptação passiva aos padrões socais dominantes” e “um meio de integração social
ativa pela via de construção de identidades e dignidade pessoais”.

Uma vez definida e caracterizada a exclusão social, a sua erradicação implica um duplo
processo de interação positiva entre os indivíduos excluídos e a sociedade a que
pertencem e que passa por dois caminhos:
- o dos indivíduos que se tornam cidadãos plenos;
- o da sociedade que permite e acolhe a cidadania.

A este duplo processo chamamos integração (na sociedade). A integração (social) de


que aqui falamos é o processo que viabiliza o acesso às oportunidades da sociedade, a
quem dele estava excluído, permitindo a retoma da relação interativa entre uma célula
(o indivíduo ou a família), que estava excluída, e o organismo (a sociedade) a que ela
pertence, trazendo-lhe algo de próprio, de específico e de diferente, que o enriquece e
mantendo a sua individualidade e especificidade que a diferencia das outras células
que compõem o organismo.

A integração é sempre uma oportunidade de mais-valia para a sociedade, através do


seu enriquecimento pela diversidade.

Exclusão Social – Alfredo Bruto da Costa

A expressão exclusão social é bastante recente, apesar da sua representação evidente


nos longos anos de história mundial. Hoje é um tema relevante, e de grande
importância para a compreensão das desigualdades sociais e sobretudo para o estado
de pobreza.

Alfredo Bruto da Costa, sendo um conhecedor de questões relacionadas com pobreza


e exclusões sociais, explora esse conceito de exclusões sociais:
“a noção de «exclusão social» pertence à perspetiva da tradição francesa na análise de
pessoas e grupos desfavorecidos. Em termos simplificados, Robert Castel define-a
como um percurso «descendente», ao longo do qual se verificam sucessivas rupturas
na relação do indivíduo com a sociedade. Um pouco relevante desse percurso
corresponde à ruptura em relação ao mercado de trabalho, a qual se traduz em
desemprego (…). A fase extrema – a da exclusão social – é caracterizada não só pela
ruptura com o mercado de trabalho, mas por rupturas familiares, afectivas e de
amizade”.

Desta explicação retemos que pode haver pobreza sem exclusão social. O autor
exemplifica com o exemplo dos pobres do antigo regime, em que apesar da sua
condição de pobres servos, estavam integrados “num rede de relações de grupo ou
comunidades”.

Deve também ser tido em conta os esforço de incluir, integra e inserir socialmente os
indivíduos excluídos, como explica Bruto da Costa:
“de igual modo, ao definirmos exclusão social é preciso ter, implícita ou
explicitamente, uma ideia do que significa o seu oposto, correntemente designado por
«inclusão social», «integração social» ou «inserção social» (…) a sua definição revelará,
em certa medida, do que dissermos acerca da «exclusão»”.

O autor identifica cinco tipos de exclusão social:


 tipo económico – trata-se, fundamentalmente de «pobreza» entendida como
uma situação de privação múltipla, por falta de recursos;
 tipo social – a própria causa de exclusão situa-se no domínio dos laços sociais;
 tipo cultural – fenómenos como o racismo, a xenofobia ou certas formas de
nacionalismo podem por si só, dar origem à exclusão social de minorias étnico-
culturais;
 origem patológica – designadamente de natureza psicológica ou mental;
 comportamentos auto-destrutivos – trata-se de comportamentos relacionados
com a toxicodependência, o alcoolismo, a prostituição, etc.

Num sistema de exclusão, verifica-se uma acentuada privação de recursos materiais, sociais e
culturais, arrastando “para fora ou para a periferia da sociedade” todos aqueles que “não
participam dos valores e das representações dominantes”.

(Fernandes, 1995, p.16).

O excluído encontra-se fora dos universos materiais e simbólicos, sofrendo a ação de uma
espiral crescente de rejeição, que culminará na incorporação de um sentimento de
autoexclusão.

Nas sociedades modernas ocidentais pobreza e exclusão reforçam-se mutuamente.

A exclusão do mercado de trabalho gera pobreza e esta impede o acesso a bens e serviços
socialmente relevantes, como habitação, saúde e lazer.

Um excluído será aquele que não consegue configurar uma identidade (social) no trabalho,
na família ou na comunidade.

Nas sociedades modernas ocidentais pobreza e exclusão reforçam-se mutuamente.

A exclusão do mercado de trabalho gera pobreza e esta impede o acesso a bens e


serviços socialmente relevantes, como habitação, saúde e lazer.

Um excluído será aquele que não consegue configurar uma identidade (social) no
trabalho, na família ou na comunidade.

Nas sociedades estratificadas o controle sobre as condutas dos indivíduos exerce-se


segundo dois ângulos claramente determinados: o poder coercivo institucionalizado
em sistemas normativos e punitivos explícitos; e a pressão ideológica desenvolvida
mediante mecanismos informais, que podem incluir aprovação ou rejeição, prestígio
ou estigmatização; estes controles informais são em grande medida o reflexo da
hegemonia dos grupos dominantes e condensam-se nas elaborações de sentido
comum.
Identidade

Victor Tausk introduz o termo IDENTIDADE na literatura psicanalítica,

Freud apenas utilizou uma vez o termo IDENTIDADE em toda a sua obra(refere algo de
nuclear no interior do indivíduo),

Erikson deduz que o termo IDENTIDADE expressa “uma relação entre um indivíduo e o
seu grupo”.

Outros autores relacionam o nascimento do sentimento de IDENTIDADE com o


desenvolvimento psicossexual (diferença entre eu e o outro).

O sentimento de IDENTIDADE é o conhecimento da pessoa de que é uma entidade


separada e distinta dos outros.

Atualmente, parece que o sentimento de identidade resulta de um processo de


interação contínua de três vínculos de integração: espacial, temporal e grupal.

Hoje, passamos da unicidade à multiplicidade de identidades, ou seja, várias


identidades que não têm um padrão fixo ou comum e que emergem através das
comunidades que habitamos e da multidimensionalidade em que participamos
socialmente.

Ora, atendendo às posições sociais a que cada um de nós, simultaneamente,


pertence, produzem-se diferentes “eus” e identidades que vão influenciar
psicologicamente o nosso desenvolvimento e se refletem em diferentes
comportamentos.

O modo como participamos na sociedade reflete os “eus” que incorporamos nas


múltiplas posições sociais que ocupamos.

Parece que, com a modernidade, as identidades se foram tornando, cada vez mais,
fragmentadas e instáveis, na medida em que se passaram a construir através de
discursos contraditórios/antagónicas. Por ex. A identidade do consumidor pode entrar
em conflito com a identidade do defensor do meio ambiente.
Cultura

Pode entender-se a CULTURA como um processo de sedimentação de memórias, a


longo ou médio prazo, e que opera com as diferenças de toda a sociedade. Entendida
desta forma os seus propósitos são contrários ao da lógica de mercado.

Se o agente da cultura for exclusivamente o Estado, tende-se a desenvolver políticas


culturais marcadas por um “patrimonialismo estadista” ou por um “dirigismo estatal”.
Se o agente for exclusivamente o Mercado, culminaria num “mercantilismo cultural”
ou “privatização da vida cultural”.

O homem é produto do meio (ainda que o homem seja capaz de fazer escolhas). Ou
seja, apesar de o meio não o poder determinar por completo, pode restringir bastante
o seu campo de atuação.

O sujeito é influenciado pelo meio… A cultura é este meio. Mas qual cultura?

A cultura molda a vida de cada um de nós.

Admitindo que a liberdade é a essência do ser humano, Rousseau afirma que «O


Homem nasceu livre» e, «(...) em toda a parte se encontra algemado.», pois apesar de
ser considerado à priori um "bom selvagem", o indivíduo é influenciado e corrompido
pela sociedade desde a iniciação do seu processo de socialização.

…. ou seja, desde a sua integração na comunidade à qual pertence, processo este que
ocorre logo após o seu nascimento.

Com a socialização, surgem as normas sociais que consistem na adoção de modelos de


comportamento socialmente aceitáveis, pré-estabelecidos por um grupo específico de
indivíduos, cujas ações podem ser efetuadas de modo consciente ou inconsciente.

Qualquer sujeito sentir-se-á pressionado a respeitar e a obedecer a esses padrões com


o intuito de se adaptar e ser aceite pela sociedade em geral.

Naturalmente que cada sociedade tem a sua própria cultura e dentro de cada
sociedade podemos, ainda considerar subculturas, sendo que os meios para lhe
aceder, também são variáveis de indivíduo para indivíduo.

Segundo Alain Touraine, por MULTICULTURALIDADE podemos entender a


manutenção da unidade social reconhecendo a pluralidade de culturas e tendo-as em
permanente intercâmbio entre atores sociais com visões de mundo diferenciadas (algo
que está além da mera coexistência ou convivência).

Tal noção afasta a desigualdade entre culturas: superior, avançada, primitiva ou


subdesenvolvida e substitui a noção de preservação cultural pela de equiparação
entre diversas culturas.

Multiculturalidade pode ser identificada com:

. a defesa das minorias e dos seus direitos. Porém há o risco de aceitá-las, mas
apartadas entre si;
. o respeito à diferença. Novamente o risco de preservar grupos, mas mantendo-os
intactos;

. a coexistência indiferenciada. Na qual, de novo pode-se tê-las sem coexistência ou


interação;
. a negação das culturas ocidentais (apologia oriental ou latina).

Por fim, o conceito correlaciona-se com o reconhecimento do outro sem a obsessão


pela própria identidade, isto é, reconhecer em cada cultura ou grupo os seus
próprios valores e os valores universais.

O conceito de INTERCULTURALIDADE pressupõe aceitar que as diferentes culturas não


são factos isolados nem se produzem espontaneamente; o que ocorre é o inter-
relacionamento entre elas.

O que deve o educador social fazer?

A escola de hoje é cada vez mais um lugar de encontro de culturas.

É importante promover a visibilidade e o reconhecimento desta diversidade como uma


oportunidade e uma fonte de aprendizagem para todos.

Procurar olhar a pessoa, sem a fechar numa suposta cultura de origem.

Manter expectativas positivas e acreditar que todos são capazes tem efeitos muito
significativos nos resultados.

É importante incentivar um clima de diálogo aberto e de questionamento sobre


‘questões sociais’, ‘o nosso mundo’, ‘as nossas especificidades’, ‘o que temos em
comum’...
Numa sociedade Multi e Intercultural IMPORTA:

 Manter uma atitude de abertura,

 Ter disponibilidade para o outro,

 Cooperar

 Ser multicultural

 Fazer da diferença uma riqueza

Delinquência

A delinquência é um assunto de direito mas também de sociedade e de homens.

É impossível compreender e tratar da delinquência sem se referir à sociedade em que


ela existe. É através da sociedade, das suas regras, das suas normas e das leis que o
acto delinquente é definido.

Delinquência – Engloba o conjunto das condutas anti-sociais que exprimem a


inadaptação de um indivíduo à sociedade; este termo é sobretudo utilizado para os
delitos cometidos por jovens. O crime é o conjunto mais geral de todos os delitos,
qualquer que seja a sua gravidade.

Dá-se o nome de delinquência ao comportamento caracterizado por repetidas ofensas


(delitos), considerado principalmente no seu aspecto social, mas também criminoso. É
essencialmente constituído por crime em pequena escala.

Um delinquente é um indivíduo que realiza um acto qualificado como delituoso pela


sociedade.

Nem todo o indivíduo que comete um acto de delinquência é portanto necessariamente, aos
olhos da lei, um delinquente.
Delinquência

Os programas de prevenção, em geral, orientam-se para outros fenómenos ainda


conexos com a delinquência (dependências) e estes programas visam:
- Ensinar aos jovens competências sociais,
- Aumentar-lhes a autoestima,
- Proporcionar-lhes atividades alternativas,
- Melhorar-lhes a autonomia.

Estratégias de intervenção

POLÍTICA PREVENTIVA DEVE:


-Evitar exclusão
- Evitar a marginalização
- Evitar a ghetização (espaços/pessoas)
- Promover as oportunidades
- Levar à dignidade e cidadania

SERÁ NECESSÁRIO SEMPRE:


-Compreender o contexto sociocultural;
- A compreensão do espaço relacional onde ocorre o desvio.

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