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ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL “ROBERTO SIMONSEN” SESI

REVOLTA DAS VACINAS

Aracaju

2019
Gustavo de Melo

João Othávio Araujo Alves

Max Douglas

Ruan Victor

REVOLTA DAS VACINAS

O presente trabalho de pesquisa do 9°


ano/F, solicitado pela Prof. Maria da
Conceição, referente a 1º avaliação
mensal da disciplina obrigatória de
História, do ano de 2019.

ARACAJU

2019
SUMÁRIO

Introdução ......................................................................................................

Revolta das vacinas ...........................................................................................

Conclusão.................................................................................................

Referencias................................................................................................
Introdução
A cidade do Rio de Janeiro sofria em 1904 com sérios problemas de saúde publica. Com
cerca de 800 mil habitantes, diversas doenças – como tuberculose, peste bubônica, febre
amarela, varíola, malária, tifo, cólera - assolavam a população e eram objeto de
preocupação dos governantes. O então presidente Rodrigues Alves com o intuito de
modernizar (e embelezar) a cidade e também controlar tais epidemias, iniciou uma série de
reformas urbanas que mudou a geografia da cidade e o cotidiano de sua população.

As mudanças arquitetônicas da cidade ficaram a cargo do engenheiro Pereira Passos. Ruas


foram alargadas, cortiços foram destruídos e a população pobre removida de suas antigas
moradias. Coube a Oswaldo Cruz, nomeado diretor geral de Saúde Pública em 1903, a
missão de promover um saneamento na cidade e erradicar a febre amarela, a peste
bubônica e a varíola.

Com este intuito, em junho de 1904 o governo fez uma proposta de lei que tornava
obrigatória a vacinação da população. Mesmo com 15 mil assinaturas contrárias, a lei foi
aprovada no dia 31 de outubro.

A Revolta das Vacinas

No Brasil, o uso de vacina contra a varíola foi declarado obrigatório para crianças em 1837
e para adultos em 1846. Mas essa resolução não era cumprida, até porque a produção da
vacina em escala industrial no Rio só começou em 1884

Em meados de 1904, chegava a 1.800 o número de internações devido à varíola no


Hospital São Sebastião. Mesmo assim, as camadas populares rejeitavam a vacina, que
consistia no líquido de pústulas de vacas doentes. Afinal, era esquisita a ideia de ser
inoculado com esse líquido. E ainda corria o boato de que quem se vacinava ficava com
feições bovinas. Então, em junho de 1904, Oswaldo Cruz motivou o governo Rodrigues
Alves a enviar ao Congresso um projeto para reinstaurar a obrigatoriedade da vacinação
em todo o território nacional. Apenas os indivíduos que comprovassem ser vacinados
conseguiriam contratos de trabalho, matrículas em escolas, certidões de casamento,
autorização para viagens etc.

Após intenso bate-boca no Congresso, a nova lei foi aprovada em 31 de outubro e


regulamentada em 9 de novembro. Isso serviu de catalizador para um episódio conhecido
como Revolta da Vacina. O povo, já tão oprimido, não aceitava ver sua casa invadida e ter
que tomar uma injeção contra a vontade: eles foram às ruas da capital da República
protestar. Mas a revolta não se resumiu a esse movimento popular.

Toda a confusão em torno da vacina também serviu de pretexto para a ação de forças
políticas que queriam depor Rodrigues Alves – típico representante da oligarquia cafeeira.
“Uniram-se na oposição monarquistas que se reorganizavam, militares, republicanos mais
radicais e operários. Era uma coalizão estranha e explosiva”, diz o historiador brasileiro
Jaime Benchimol.

Em 5 de novembro, foi criada a Liga Contra a Vacinação Obrigatória a revolta começou


em torno da estátua de José Bonifácio no Largo de São Francisco e rapidamente se
espalhou por diversos lugares da cidade atingindo locais como Laranjeiras, Botafogo,
Tijuca, Rio Comprido, Engenho Novo, Copacabana, além dos bairros da região central. No
dia 11, já era possível escutar troca de tiros. No dia 12, havia muito mais gente nas ruas e,
no dia 13, o caos estava instalado no Rio. Pedras, tiros, barricadas, fogueiras, depredações,
eram utilizadas pela população para mostrar sua insatisfação. A repressão policial foi
severa, sendo o saldo total desta revolta a prisão de 945 pessoas na Ilha de Cobras, 30
mortos, 110 feridos e 461 deportações para o Estado do Acre. Em menos de duas semanas
de conflitos, Rodrigues Alves se viu obrigado a desistir da vacinação obrigatória. “Todos
saíram perdendo. Os revoltosos foram castigados pelo governo e pela varíola. A vacinação
vinha crescendo e despencou, depois da tentativa de torná-la obrigatória. A ação do
governo foi desastrada e desastrosa, porque interrompeu um movimento ascendente de
adesão à vacina”, explica Benchimol.

O historiador José Murilo de Carvalho aponta para o fato que tiveram várias revoltas
dentro da revolta, isto é, vários segmentos da população de diversas classes sociais e
motivações políticas estiveram a frente destas agitações. Segundo o autor, a motivação
para o povo se rebelar não era fundamentalmente econômica, e nem o deslocamento
populacional ocasionado pelas mudanças ocorridas na cidade (embora, muitos estudiosos
afirmem que a revolta ocorreu por uma soma de insatisfações com a política realizada,
inclusive a remoção das moradias). Para ele, a Revolta da Vacina se distingue de protestos
anteriores pela sua amplitude e intensidade baseada na justificativa moral.

A forma como o processo foi conduzido por Oswaldo Cruz, apesar das boas intenções, foi
entendido como arbitrário e despótico, sendo suas medidas apontadas como violação dos
direitos civis e constitucionais. Além disso, havia um componente moral muito grande,
pois naquela época foi considerado um crime contra honra de um chefe de família que seu
lar, assim como os corpos de suas mulheres fosse invadidos por um desconhecido.

Para Benchimol todos saíram perdendo. Os revoltosos foram castigados pelo governo e
pela varíola. A vacinação vinha crescendo e despencou, depois da tentativa de torná-la
obrigatória. A ação do governo foi desastrada e desastrosa, porque interrompeu um
movimento ascendente de adesão à vacina.

Carvalho analisando a revolta, afirma que o povo: “Embora não se interessassem por
política, embora não votasse, ele tinha razão clara dos limites da ação do Estado. Seu lar e
sua honra não eram negociáveis, a revolta deixou entre os participantes um forte
sentimento de autoestima, indispensável para formar um cidadão”.

Mais tarde, em 1908, quando o Rio foi atingido pela mais violenta epidemia de varíola de
sua história, o povo correu para ser vacinado, em um episódio avesso à Revolta da Vacina.

CONCLUSÃO

Levando em conta do que se foi observado, conclui-se que a Revolta das Vacinas
aborda questões políticos, econômicas e sociais, além do excesso do uso do poder
politico e da interação da população na revolta como reinvindicação dos seus direitos.
Referencia bibliográfica

https://www.infoescola.com/historia/revolta-da-vacina/

https://portal.fiocruz.br/noticia/revolta-da-vacina-2

https://pt.slideshare.net/Amanda_Rickler/revolta-da-vacina-21284719

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