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NJ negros da Guiní 424 sD DrcrosÁnro oo ,ffi.t;;í-,^.


eram infinitamenre melhores. Partindo nas G.(org.). História nágko-marítima (t73 5-36). Nova
épocas certas, quase sempre se livravam de edição com apresentação de Ana Miranda e

tempestades. introdução de Alexei Bueno. Lisboa, Conrraponro,


A carreira das Índias, pelo contrário, ficou I998; FRADA, J. L. A vida a bordo das naus ,o Époto
afamada pelos naufrágios, vários deles Moderna: organizgção nayal e sanitária. Lisboa,
descritos pelos sobrevivenres na famosa Cosmos, 1997; LAPA, J. R. A. A Bahia e a carreira
H ist ória t rági co -m arí t im a compilada por da Índio. São Paulo, Cia. Editora Nacional, t968;

Bernardo Gomes de Brito no século XVIII. MARQUES, A. H. O. (org.). A expansão

Encontram-se ali relaros dramáticos: quatrocentista. Lisboa, Esrampa, I998; MAURO,


ladainhas desesperadas, padres a ouvir F. "Navios e construções navais na Europa

confissões in extremis, batéis superlotados, ocidental nos séculos XVI e XVII". ln; Noya
marinheiros a desafiar capitães, gritos, história e Novo Mundo. Trad. São Paulo, Perspecriva,
assassinatos; tentativas, por vezes vãs, de I969, pp.9I-I06.
organizar os escolhidos para os batéis
segundo os critérios do Antigo Regime,
priorizando-se os nobres e clérigos e

deixando-se as "pessoas menos gradas" para Sa Negros da Guiné


os tubarões.
As condições de higiene nos navios eram Não há consenso entre historiadores ou
péssimas, agravando a disseminação de fontes de época sobre o termo Cuiní, usado à
moléstias, sobretudo do escorbuto. Quanto à farta pelos portugueses como sinônimo da
tripulação, era difícil conseguir práticos de chamada Áfri." negra no século XV e no
navegação em alto-mar, sendo comum seguinte. Termo bastante elástico, abarcava
contrater estrangeiros para os misteres. Um diferentes porções da Aftir^ ocidental. Desde
capuchinho italiano, viajando da Bahia para a Idade Média falava-se de uma Etiópia
Lisboa, em I7o), disse que todas es raças, separada do norte da África pelo rio Nigris
credos e cores existentes na Terra estevam (ou Niger), tido algumas vezes como
representados dentro de sua embarcação. afluente do rio Nilo. Por sue vez, distinguia-
Durante todo o século XVIII, auolumaram-se se a Etiópia oriental da ocidental, essa última
as queixas sobre a inexistência de homens também conhecida como Etiópia da Guiné,
dispostos às lides navais, e foi freqüenre a do que decorre a expressão "escravos da
existência de oficiais holandeses, ingleses, Guiné" ou "negros da Guiné". Até o século
franceses, italianos e até espenhóis servindo XVII, a palavraguiní ainda foi usada como
na Marinha de Sua Majestade Fidelíssima. alusiva aos habirantes da costa ocidental
Em contrapartida, existiram casos de oficiais africana.
portugueses que serviram à Coroa durante No início do século XV, os europeus pouco
lO ou {o anos, tanto na rore das Índias como conheciam Afrir^, restringindo-se à costa
^
na do Brasil. (SCF) mediterrânea, ao Egito, ao Saara e eo norte
da costa ocidental atlântica. Foi sobre a
$tÌ: Referências Bibliográficas Etiópia da Guiné que os portugueses
BOXER, Ch. O impírio colonial português (1969). centraram esforços de reconhecimento em
Trad. Lisboa, Edições 70,Ig8I; BRITTO, B. sue expansão marítima. As descrições mais
antigas sobre os povos que ali habitavam territoriais: e cosre ocidental destacando-
estão recheadas da qualificação de "bárbaros" se a costa da
-
Mina, os arquipélagos de Cabo
e"idólatras", tendo como meio ambiente Verde e o reino do Benin e o que
uma floresta hostil ocupada por monsrros e
-
conhecemos hoje como coste centro-
às margens de um Mar Tenebroso ocidental incluindo Congo e Angola. A
(Atlântico). Com o tempo, as descrições dos
-
costa da Mina também seria referida, desde o
europeus foram esboçando um olhar de certo século XV, a partir de duas configurações: o
modo etnográfico, embora sempre marcado castelo de São Jorge, que represenrave â
por juízos depreciativos. A expressão presença e o sucesso cristão na feitoria-
"escravos da Guiné" foi muito usada nos fortaleza que celebrava o santo, e o Benin,
relatos do século XV, especialmente nos de identificado como o que resistiu à conversão.
Gomes Eanes deZurara que, ne Crônica dos A costa da Mina, de onde proveio o segundo
feitos da Cuiné, encomendada por D. Afonso V, maior contingente de escravos pere o Brasil,
destacou os feitos do infante D. Henrique no era habitada por numerosos grupos de língua
conhecimento da Guiné. Zurara diferenciou e etnia variadas. Em torno do castelo de São
com nitidez a"terÍe dos mouros", também Jorge, por exemplo, havia, no início do século
chamada de "Zeete", da "terra dos negros", XVII, oito reinos principais Iukassa,
mais ao sul. Em 1446, o rio Gâmbia foi -
Ashante, Kommendâ, Fetu, Asebu, Fanre,
atingido e, no momento em que Zurara Agona e Accra todos envolvidos com o
escreveu, a Guiné correspondia à costa
-, O crescimento
tráfico de escravos. desse
ocidental africana do atual Senegal ("terra comércio e as alternâncias de poder político
dos negros"), d" onde partiu o primeiro .," Áf.i." tornam difícil saber com alguma
fluxo regular de escravos na década de 1440. precisão a procedência dos escravos. A
As denominações das áreas alcançadas pelos designação dos "negros da Guiné" e suâ
portugueses derivam em boa medida das paulatina diferenciação e classificação
motiveções econômicas e religiosas da dependeram imensamente da toponímia
expansão marítima. Inicialmente, as duas africana estabelecida pelos porrugueses eo
principais áreas exportadoras de escravos longo da expansão. As designações dos
eram a costa daMina, onde se erigiu o castelo grupos africanos escravizados variaram,
de São Jorge (localizado na atual cidade de assim, conforme a época e os autores dos
Gana), e uma área mais ao sul, onde havia textos. Os documentos que trezem
uma grande cidade grafada Benl (cidade de referências e esses povos não raro fornecem
Benin), capital do reino de Benin (atual mais informações sobre os grupos africanos
Nigéria), que teve seu apogeu no século XIII que dominevam o comércio escravista do que
e jâ era decadente no XV. Não possuindo sobre os povos escravizados. Dependendo da
ouro, o Benin incorporou-se ao circuiro de época, povos traficantes e escravizados
tráfico de escravos desde o século XV, mas as podiam inverter os papéis, dificultando
tentativas de cristianização de sua população qualquer idencificação étnico-cultural mais
mostrarem-se infrutíferas. No início do segura.
século XVI, quando toda a coste africana já As designações dos grupos étnicos africanos,
era conhecida, as divisões da "Guiné" foram genericamente chamados de negros da Guiné
definidas em duas grandes unidades nos séculos XV e XVI, passaram a ser
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particulari zadas muiro lenramenre. Mas entre I77O e I85O. Para as ourras áreas do
indicavam menos a identidade étnica do que a Brasil, teria havido, basicamenre, os primeiros
procedência do porto de embarque ou a dois ciclos, o da Guiné e o do eixo Congo-
região genérica de onde provinham, Noutros Angola, que perduraria até o fim do tráfico,
casos, as designações exprimiam aparentes em I85o. Quanto aos escrevos que muitos
semelhanças que os colonos julgavam ver em identificam como sendo de origem nagô,
determinado grupo de cativos ou resuhavam concenrrados na Bahia, o assunro é polêmico.
de nomes que os próprios cativos usavam Foi a partir da consolidação do reino do
para idenrificar sua origem, procedência ou Daomé, baseada no comércio de escravos de
nação. Foi o caso, por exemplo, dos "pretos inícios do século XVIII, que houve a maciça
mina", assim denominados os que provinham entrada, na Bahia, de povos de língua ewe,
da costa da Mina e de seus arredores, mas denominada jeje, e de língua ioruba,
que egregavem ume enormidade de povos, genericamente indicada como nagô. Nagô é,
entre eles os de língue ewe (chamados jejes,
Portanto, um termo que abrange várias etnias
na Bahia), ioruba (oriundos do reino de Ifé) e já, era usado no século XVIII, talvez
e fon. Certo documenro inquisitorial relativo oriundo da designação que os daomeanos (de
à Bahia, de fins do século XVI, designou língua ewe) davam aos povos de língua
alguns africanos arravés de nomes que ioruba. Os indicados como nagô se referiam à
ilustram muito bem a imprecisão e os sua origem nagô acrescida do nome da cidade
critérios de identificação. Nele aparecem de onde
Bastião, negro da Guiné, Antônio Arda,
Antônio Molec, Pedro Angico, Rodrigo
Angola, Joane Angico, Duarte Angola, utilizavam
Cristóvão Angola, "rodos negros da Guiné", expressões
segundo o documento, em contraste com
Francisco da Terra e Manuel da Terra,
cativos igualmente, porém índios. Negros da
Guiné e negros da terra eram as duas
expressões usadas no Brasil quinhentisra para
diferenciar os escrevos africanos dos
indígenas.
Num dos estudos mais detalhados sobre
o tráfico africano pera a Bahia, Pierre
Verger destaca quacro fases do tráfico em
conexão com â origem dos escravos: I) o
ciclo da Guiné, durante a segunda metade do
século XVI; 2) o ciclo de Angola e do
Congo, no século XVII; 3) o ciclo da costa
da Mina, durante os rrês primeiros quarréis
do século XVIII; 4) o ciclo da baía de Benin,

Ao lado; Albert Eckhout , "Negro", 164I.


Do BRAsIL CoLon-IeL 427 negros da Guiní N
como Nagô-Bá (de Egba), Nagô-Jebu travessia atlântica, em meio aos caminhos
(Ijebu), Nagô-Gexá (Ijexá) .Já ioruba é internos d" Áf.ic" rumo ao porto de
expressão que só se generalizou no século embarque, pois falavam línguas próximas.
XIX. O historiador Robert Slenes sugere que o
O principal grupo étnico-lingüístico africano termo malungo, que significa "companheiro"
traficado para o Brasil foi, porém, o chamado (ou "companheiro de sofrimento") e "barcof
banto.}l/.as foi somente a pertir de canoa", em várias línguas da Áf.ica centro-
observações de viajantes estrângeiros sobre o ocidental, adquiriu no Brasil um sentido
Brasil no século XIX, entre eles o alemão ainda mais amplo, alusivo àqueles que foram
Rugendas, que os lingüistas puderam companheiros ne travessia dakalunga, a linha
comprover a existência de uma unidade divisória, representeda pelas águas do rio ou
lingüística entre os povos d" Áfri.a central e do mar, que separava o mundo dos vivos do
austral, constetendo, por volta de I860, a mundo dos mortos.
família de línguas que chamaram de [an1s O fim do tráfico representou, para as
-
a mais importante no tráfico pare o Brasil comunidades escreves, um processo de
desde o século XVII. No período colonial, superação das etnias. Cabindas, monjolos,
esta classificação não estava disponível, de minas, nagôs, angolas transformarem-se em
modo que os congo-angolanos, apesar de "africanos", termo genérico que pessou e ser
pertencerem ao mesmo grupo banto, fotarn utilizado para indicar os que vieram da
também designados por seus portos de Áfri.". Se na primeira metade do século XIX
embarque ou áreas de procedência. Entre os os observadores acentuevam a diversidade dos
que vieram do Congo, encontravem-se os negros, a segunda metade do século viu
congo, muxicongo, loango, cabinda, monjolo; aparecer a figura do "africano", embore
de Angola vieram os cassange, loanda, rebolo, africanos fossem cadavez mais raros, a rigor,
cabundá, quissamã, embaca, benguela etc. na população negra do Brasil. (SCF)
Foi constante a trensferência para o Brasil de
rivalidades étnicas originárias d" Áfri.r. b* Referências Bibliográficas
Negros de diferentes reinos mentiveram suas FLORENTINO, M. G. Em costas negras: uma história

guerras na condição de escrauos e, segundo do tráJico atlântico entre a ÁJrica e o Rio de Janriro. Rio
alguns estudos, tais rivalidades foram usadas de Janeiro, Arquivo Nacional, t995;
pelos senhores para obstar solidariedades e MEDEIRO S, F . L'occident et I 'Afriquz. Paris,
revoltas. Tradicionalmente, a historiografia Karthala, I985; SLENES, R. "Malungu, Ngoma
registrou as tensões mais freqüentes entre veml: África coberta e descoberta no Brasil". In:
escravos congo-engolanos e os minas, de um Redescobrir os descobrimentos. São Paulo, Revista da
lado, e entre crioulos (escravos nascidos no USP, n. 12, I99l-92; VERGER , P. Fluxo e rejuxo
Brasil) e os nascido, .r" Áfri.a, de outro. do tráJico àe escravos entre o gofo de Benin e a Babia ãe

Outros estudos ressaltam, pelo contrário, as Todos os Santos àos sículos XVil a XIX (t068). Trad.
identidades criadas a partir da vida como lu ed. São Paulo, Corrupio, I98l.
escravo, superando-se a diversidade étnico-
lingüística. Há indicações de que, ao menos
entre os da região congo-angolana, a

comunicação começava antes mesmo da


negros da terra
428 DD Drcro^-Ánro oo B
Slb Negros da terra
enterior, mais permissiva.
Beatriz Perrone-Moisés dividiu essa
No Brasil colônia, era usual a expressão
legislação em dois tipos. O primeiro,
"negro da terra" para indicar
os índios direcionado aos aliados, procurou
escravizados, enquanro a denominação
regulament at os descimentos, oÍd.enamento
"negros da Guiné" aludia das
genericamente aos aldeias e dos trabalhos a serem
escravos africanos, eo menos no execurados
século XVI. pelos nativos. Os índios leais passaram
Desde o início da colonização, os a
conter ainda com o apoio de procuradores
portugueses recorreram à mão_de_obra
para defender seus direitos, cláusula
indígena, inicialmente através do escambo, nem
sempre respeitada pela burocracia
trocando pau-brasil por artefatos europeus, colonial.
O segundo, destinado a punir os inimigos,
más pouco se importaram em ocupar
era claro e duro: guerre e escravidão
efetivamenre o espaço descoberto. para conrra os
"bárbaros" que resistiem
ao avanço da
Alexander Marchant, â guerra contra
os colonizaçã o. Aguerra justa, violência
corsários franceses e ingleses incentivou
a considerada legítima, ere a resposta
e ser
posse do rerritório, e a colonização exigia
dada pelos colonos às hostilidades
braços. Os colonos passaram, então,
a anreriormenre praricadas pelas tribos
permurer mercadorias por trabalho. Mas
as inimigas. Em rais embares, os colonos
trocas entre brancos e índios esgotaram_se,
o poderiam caprurar índios e torná_los
mercado de quinquilharias sarurou_se.
Do legalmente carivos. A rigor, a liberdade
escambo, a relação entre nativos legal
e dos índios só se afirmaria com o Diretório
portugueses transformou_se em escravidão. de
17 57, quando a expressão ,,negros
Intensificaram-se as guerras contra ,,tribos da rerra,,
as tornou-se um "abominável abuso',.
hostis" para a capture de escravos.
Há importante debate em rorno da transição
O regimento de Tomé de Souza (154g)
da escravidão indígena para a africana
marcou o início da política de restrição na
ao passagem do século XVI para o XVII
cativeiro indígena. A escravidão não seria pois, na
colônia, o assalariamento era inviável.
abolida, mas seriam delimitadas as situações Sem
conter com a mão_de_obrâ escrava,
capezes de os
transformer um narivo em
colonos produziriam pare o seu consumo,
escravo. Esse princípio também se encontra aniquilando as porencialidades do comércio
na primeira lei portuguesa de liberdade
dos internacional. A solução para o impasse,
índios, assinada pelo jovem rei D.
Sebasrião, segundo Fernando Novais, foi a
em 20 de março de I57O.As leis em rorno
implemenração do lucrativo tráfico
da liberdade do índio proliferaram africano.
enrre Stuart Schwartz também tratou do
I587 e I605, mas somenre em t6o9, já tema e
no considerou que a predominância
da
período filipino, surgiria uma lei que
escravidão negra não se explica apenas
promulgava a total liberdade indígena. pelas
determinações econômicas. Argr;mentou
Segundo George Thomas, essa lei aboliu que
o escambo enquadrava_se bem nos
tanto a escravidão como a ambigüidade padrões
da culturais dos nativos, eo pesso
política indigenista porruguese. Os colonos que o trabalho
nas grandes lavouras esbarrava em dois
não aceitaram a intervenção espanhola
e preceiros básicos da tradição indígena:
exigiram a reromada da legislação o fato
de a agricuhura ser uma função f"*irrirr^
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DDDì:croNÁ*io oo Bneslr- CorosreL 429 Ìr'lova Lusitânia

característica da economia destinar-se Letras, 1994; NOVAIS, F. A. Portugal e Brasil na

exclusivamente à subsistência, jamais à crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo, Hucirec,
acumulação. Schwartz analisou ainda as I979; SCHWARTZ, S. Segredos internos (rgB:)
formas encontredâs pelos portugueses para Trad. São Paulo, Companhia das Letras, I988.
integrar os nativos nos empreendimentos
coloniais e delimitou as possíveis interações
do índio com a colonização. Os índios
poderiam ser escravos, como defendiam os &t Nova Lusitânia
colonos; ou camponeses, seguindo os
interesses dos jesuítas e de outras ordens Nome pelo qual ficou conhecida durante
religiosas; ou ainda incegrados algum tempo a capitania de Pernambuco,
individualmente como trabalhadores doada a Duarte Coelho por el-rei D. João III,
assalariados em um mercado capitalista auto- em I5 )4.Foí considerada pela historiografia
regulável. Mas o fato é que, com a tradicional como uma das duas únicas
implantaçã o da plantation açucareira à base da capitanias ao lado de São Vicente, no litoral
escravidão negra, os "negros da terra"
-
sudeste que prosperâram no Brasil ecé que
tornaram-se indispensár,eis aos
-
fosse estabelecido o governo geral, em I549.
empreendimentos agrícolas de regiões Inúmeras diferenças afastavam, porém, as

periféricas à economia monocultora. Nessas duas capitanias, afora as geográficas. Se São

Paragens, atuavam como escravos ou Vicente fora desde o início terra de


câmponeses tutelados pelos jesuítes, mas aventureiros que logo se uniram às índias
quese nunca como assalariados. John onde a economia açucareira logo cederia lugar
Monteiro estudou a escravidão indígena em a modestas lavouras de mantimentos,
São Paulo no século XVII e demonstrou a Pernambuco seria palco de importantes
interdependência entre o bandeirantismo e a migrações cie famílias fidalgas, ou com
evolução agrârìa do planalto paulista. Por presunção de fidalguia, muitos com mulher e

intermédio dos escravos indígenas se filhos, além de uma gama de colonos de


implantou uma agricultura comercial, extração social diversa. O próprio Duarte
dedicada à produção de trigo, voltada pere o Coelho, que ali se estabeleceu em I5)7,
mercado interno. Na Amazônia, porém, não fundando Olinda, migrou com sua espose,
existiram atividades econômicas dessa D. Brites de Albuquerque Coelho, filha de
magnitude e os índios foram empregados nas família nobre em Portugal. Além disso, nos
pequenas lavouras ou nâ coleta de drogas do anos I5{O, quando mal começavem a se

sertão. (RR) adensar a ocupação do território


pernambucâno e e exploração canavieira,
s* ReJerências BibliográJicas migraram pera e região inúmeras famílias de
HEMMING ,J. Red gold' thc conquest of the brallian cristãos-no designação dos
indians. London, Macmillan, I978; MARCHANT, descendentes de judeus portugueses
A. Do escambo à escravidão (Í9$).Trad. 2u ed. São convertidos ao catolicismo em 1497. Vários
Paulo, Cia. Editora Nacional, I980; desses cristãos-novos portugueses se
MONTEIRO, J. .ò/egros da terra: índios e bandeirantes dedicaram ao comércio, de grosso trato e ao
nas origens de São Paulo. São Paulo, Companhia das pequeno comércio e não poucos se tornarâm

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