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36-O MISTÉRIO DO TELETRANSPORTE-18/Março/2005

Que amante de ficção científica não se admirava quando assistia “Jornada nas
Estrelas” e via o fenômeno de desmaterialização e “rematerialização” dos viajantes da
nave “Enterprise”, quando estes iam para outro lugar? Este é o fenômeno do
teletransporte ou, para que se entenda melhor, a transferência da matéria de um local
para outro, sem alteração de sua constituição molecular. Por outro lado, o teletransporte
humano é totalmente inviável, apesar da série mostrar o contrário. Mas, e quanto à
matéria? Será possível um objeto inanimado - ou até mesmo um feixe de luz - ser
“transferido” de um local para outro sem percorrer o espaço entre os dois pontos? Tudo
indica que esta será mais uma revolução que a Física Quântica reserva para a
humanidade. Em síntese, o "teletransporte", atualmente testado somente em
laboratórios, abre perspectivas fantásticas para este século XXI e poderá ser responsável
por mudanças fundamentais na vida do ser humano, não obstante os estudos e
experimentos nesta área ainda se encontrarem em fase embrionária, pois há brechas que
não foram explicadas cabalmente. Por exemplo, na sua transferência quântica, a matéria
original seria destruída integralmente para ser, da mesma forma, reconstituída em outro
local. Esse re-mapeamento dos átomos, elétrons, prótons, etc., teria que ser
rigorosamente idêntico para o processo se concretizar efetivamente. É o dilema que
intriga os cientistas. Essa “reincorporação” teria que ser perfeita. É isto que
impossibilita o teletransporte humano. Se a matriz é desfeita, como reconstituí-la na sua
totalidade objetiva e, sobretudo, subjetiva (no caso, a mente)? Por conseguinte, o
fenômeno teve que ser subdividido, tendo em vista suas variações: Assim, o
“teletransporte p” se refere ao psíquico. A visão remota - quando a mente “viaja” para
outros locais pré-determinados, além da visão normal - poderia ser a definição do
teletransporte psíquico, como também a tão propalada viagem no tempo. Seria a mente
quem adentra o passado ou futuro, fora do corpo? Outro mistério. O “teletransporte q”,
seria o quântico, para a matéria inanimada; o “teletransporte vm”, de vácuo métrico, na
transferência de objetos através do espaço e, finalmente, o “teletransporte e”, de
“exótico”, como o próprio nome diz, quando os objetos ultrapassassem o mundo físico,
ou seja, a transferência efetivada de uma dimensão para outra, ou através dos ainda
desconhecidos universos paralelos. A propósito, uma derradeira questão: seria a quarta
dimensão a ponte para os “teletransportados”? Conforme comentado, a ciência ainda
engatinha no campo da Mecânica Quântica, mas os avanços são indiscutíveis. Na Índia,
por exemplo, pesquisadores começaram a desenvolver métodos para o teletransporte
computacional quântico. O objetivo desse projeto é possibilitar a emissão fotônica de
um objeto recriando-o materialmente numa outra máquina que faria uma espécie de
“download físico”. Contudo, os cientistas estão encontrando dificuldades quando da
reconfiguração dos algoritmos que compõem o objeto. Desse modo, os computadores
quânticos vão empregar energia fotônica em vez de energia elétrica, transformando em
brinquedos de crianças os atuais processadores. Pode-se vislumbrar como seria a
Internet do futuro com esses computadores. Produtos seriam vendidos e imediatamente
enviados para seus compradores. A troca de mensagens eletrônicas também seria
interessante. Pessoas distantes trocariam presentes e daí por diante. O pior, como
sempre, seria um equipamento desse, cair em mãos erradas. Bombas, via “e-mail”?
Vírus realmente vivos? O certo, é que o ser humano vai ter que evoluir mais para
merecer mais esta dádiva tecnológica. Eis mais um entrave difícil de ser resolvido...
O advento do teletransporte, enfim, abrirá muitas portas, até hoje só vistas nos domínios
da ficção. E mais uma vez, sementes da dúvida são lançadas no campo dos mistérios
para o homem colher. Que sejam colhidas e transformadas em alimentos que, por sua
vez, nutrirão a sua insaciável fome de conhecimento.

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