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ADAPTAÇÕES ANATÔMICAS DAS PLANTAS À SECA

1. INTRODUÇÃO

A água é o principal constituinte das células vegetais e um componente essencial


para as plantas, podendo variar entre 10% e 95% do peso dos órgãos vegetais. É
fundamente para todos os processos metabólicos dos vegetais como, crescimento,
fotossíntese e transpiração (BARRETO, et al., ****).
As primeiras plantas a dominar o ambiente terrestre, aproximadamente 470
milhões, desenvolveram estruturas e mecanismos de resistência para suportar à seca,
sendo capazes de passar longos períodos de deficiência hídrica (CIA, ****;
CERQUEIRA, 1992). Tais mecanismos de resistência à seca, podem ser de três tipos:
escape, retardo e tolerância. No primeiro, a planta antecipa o ciclo do desenvolvimento
antes que ocorra o severo déficit hídrico capaz de provocar danos fisiológicos. No retardo,
ocorre o fechamento das vias estomáticas e das vias não estomáticas como a cutícula com
o objetivo de reduzir a perda por transpiração, como também acontece o aprofundamento
do sistema radicular para a absorção maior de água. A tolerância, está associada com a
capacidade da planta manter o metabolismo e à capacidade antioxidante
(CALVACANTE et al., 2009; CIA, ****).
No processo de adaptação, as características adquiridas pelas plantas através dos
genes, envolvem o processo de seleção durante muitas gerações (BIANCHI et al., 2016).
A adaptação e a aclimatização relacionadas as condições ambientais, resultam em
eventos integrados que ocorrem em todos os níveis de organização, desde o anatômico e
morfológico até o celular, bioquímico e molecular. A plantas exibem folhas
morfologicamente diferentes, denominadas folhas de sol e de sombra, em resposta ao
déficit hídrico que são capazes de reduzir a perda de água pela folha e a exposição à luz
incidente, diminuindo o estresse pelo calor sobre as folhas (CALVACANTE et al., 2009;
AOYAMA & VIVEIROS, 2006).

2. CLASSIFICAÇÃO DE PLANTAS QUANTO À SECA

A folha é um órgão cuja função é a fotossíntese, todavia também atua na


transpiração, o armazenamento de água, proteção e atração de polinizadores. Em função
da capacidade de adaptação à quantidade de água disponível no ambiente e cada grupo é
caracterizado por uma combinação de adaptações estruturais ao seu ambiente: hidrófitas,
higrófitas, mesófitas e xerófitas (SILVEIRA, 2004; CALVACANTE et al., 2009).
As plantas aquáticas, denominadas hidrófitas, possuem folhas que ficam sobre
lâminas d’água, tendo os seus estômatos localizados na superfície adaxial. A cutícula está
presente apenas na porção não submersa dela. O seu xilema é pouco desenvolvido. O seu
crescimento pode ocorrer parcialmente ou totalmente submersas e não toleram
dessecação. As higrófitas estão presentes em ambientes úmidos e sombreados. Essas
podem suportar dessecação prolongas, tendo o seu crescimento reiniciado quando ocorre
reidratação. As mesófitas estão localizadas em ambientes com grande variação de
umidade relativa do ar, sendo algumas consideradas decíduas. Realizam o processo de
regulação de perda de água a partir da abertura e fechamento dos estômatos. As plantas
xerófitas se caracterizam pela baixa disponibilidade hídrica, alta incidência luminosa e
uma marcada sazonalidade. Possuem grande quantidade de esclerênquima, as paredes das
suas células são espessas e lignificadas, cutícula grossa e seus estômatos estão localizados
em depressões na superfície da epiderme. Estas depressões são cobertas de tricomas e são
denominadas cripta subestomática. Elas têm a função de diminuir a perda excessiva de
água diminuindo o contato com o ambiente. O seu mecanismo de sobrevivência dá-se
pela fixação do carbono à noite, desenvolvimento de sistema radicular profundo, presença
de cutícula e armazenamento de água nos cladódios.

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