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1.

1 Sistemas e Instalações Elétricas – Fundamentos

O que é um circuito elétrico?


O que é um sistema elétrico?
O que é uma instalação elétrica?
1.2. Normas Técnicas
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas é o órgão responsável
pela normalização técnica no país. É a representante oficial no país das
seguintes entidades:

ISO IEC

ABNT

AMN COPANT
O que é Normalização?
É Tecnologia consolidada, que nos permite confiar e reproduzir infinitas
vezes determinado procedimento, seja na área industrial, no campo de
serviços com mínima possibilidade de errar.

A ABNT estabelece um conjunto de normas técnicas brasileiras sobre


instalações elétricas e áreas afins, especialmente materiais elétricos.

As normas estão classificadas segundo as categorias abaixo:


 Condutores;
 Proteção – Sistemas;
 Proteção – Componentes;
 Desenhos e Projetos;
 Instalações Elétricas em Baixa Tensão;
 Instalações Elétricas em Alta Tensão;
 Iluminação;
 Equipamentos;
 Segurança.
Em geral existem diversas normas e suas aplicações dentre as
categorias citadas, e nesta disciplina será dado ênfase a NBR 5410 –
Instalações Elétricas de Baixa Tensão, última edição da norma, de 2008,
versão corrigida) baseada na norma internacional IEC 60364 – Electrical
Installations of Buildings, é a norma aplicada a todas as instalações
elétricas cuja a tensão nominal é igual ou inferior a 1000 V (CA) ou a
1500 V (CC).
As Instalações que possuem tensão nominal superior a 1000 V (CA) e
inferior a 36.200 V (CA) são genericamente chamadas de instalações de
média tensão (NBR 14039).
As Instalações que possuem tensão nominal superior a 1000 V (CA) e
inferior a 36.200 V (CA) são genericamente chamadas de instalações de
média tensão (NBR 14039).
A NBR 5410 fixa as condições a que as instalações de baixa tensão
devem atender, a fim de garantir seu funcionamento adequado, a
segurança de pessoas, animais domésticos e a conservação de bens.
Aplicação: novas instalações, reformas de instalações existentes e
substituição de componentes que implique alteração do circuito.
 Abrangência: Todos tipos de instalação de baixa tensão, tais como:
 Edificações residenciais e comerciais em geral;
 Estabelecimentos institucionais e de uso público;
 Estabelecimentos industriais, agropecuários e outros;
 Edificações pré-fabricadas;
 Canteiro de obras, feiras, exposições e outras instalações temporárias.
A NBR 5410 é complementada atualmente por outras duas normas:
 NBR 13570 – Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público:
Requisitos Específicos. Aplica-se às instalações elétricas de locais
como cinemas, teatros, danceterias, escolas, lojas, restaurantes,
estádios, ginásios, circos e outros locais indicados, com capacidades
mínimas de ocupação (n. de pessoas) especificadas.
 NBR 13534 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão – Requisitos
Específicos para Instalação em Estabelecimentos Assistenciais de
Saúde. Aplica-se a hospitais, ambulatórios, unidades sanitárias;
clínicas médicas, veterinárias e odontológicas; entre outros, tendo em
vista a segurança dos pacientes.
A terminologia de instalações elétricas de baixa tensão é tratada na
norma NBR IEC 60050 (Vocabulário Eletrotécnico Internacional).
Componente das Instalações - Prosseguimento
 Corrente de Fuga

 Corrente Diferencial Residual


IDR = I1 + I2 + I3 + IN

“Em caso de falta ou corrente de fuga”


I1 + I2 + I3 + IN ≠ 0
1.4 Tensões Elétricas
De acordo com a IEC 60038, os sistemas elétricos são caracterizadas por:
 Tensão Nominal
 Tensão Máxima
 Tensão Mínima

De acordo com a NBR IEC 60050, a Tensão Nominal é definida como a


tensão pela qual a instalação (ou parte dela ) é projetada.
Classificação:
U ≤ 50 V (CA) e U ≤ 120 V (CA) Extra Baixa Tensão
U ≤ 1000 V (CA) e U ≤ 1500 V (CA) Baixa Tensão
U > 1000 V (CA) e U > 1500 V (CA) Alta Tensão
Tensões Nominais - Sistemas de Baixa Tensão usuais no Brasil

Tensões Nominais – Faixa de 1kV a 35kV usuais no Brasil

2,4 kV 13,2 kV
3,8 kV 13,8 kV *
4,16 kV * 23 kV *
6,6 kV * 34,5 kV *
1.5 Choque Elétrico
O que é um Choque Elétrico?
 Contato Direto e Indireto
1.6 Instalações de Baixa Tensão
Podem ser alimentadas de várias maneiras:
Alimentação direta em Baixa Tensão

Ramal de Ligação
Ponto de Entrega

Ramal Interno

Ramal de Entrada

Unidade
Consumidora
Entrada de Serviço
Tensão Nominal e Tensão de Serviço em Instalação BT – Unidade Consumidora

Resolução ANEEL n. 505 / 2001,


define a tensão nominal na origem
da instalação, bem como a
variação permitida
Esquema Típico de Instalação – Alimentação por Rede Pública BT
Esquema Típico de Instalação – Alimentação por Rede Pública AT

O QUE É UM CIRCUITO DE UMA


INSTALAÇÃO ELÉTRICA ??? E
QUAIS SÃO OS SEUS TIPOS??
Tomada de Corrente e Ponto de Tomada (NBR 5410)
Em uma instalação, podem ser classificadas em 02 tipos diferentes:
 Tomadas de Uso Específico (Ar condicionado, equipamentos estacionários)
 Tomadas de Uso Geral (Equipamentos portáteis e estacionários)
Instalações Temporárias
Podem ser classificadas em 03 tipos diferentes:
 Instalação de Reparos (Substitui uma instalação defeituosa ocasionadas por
acidente)
 Instalação de Trabalho (Modificação e reparos com o sistema energizado)
 Instalação Semipermanente (Instalação em canteiro de obras)

Sistema de Alimentação Elétrica para Serviços de Segurança (SAESS)


 Iluminação de emergência
 Sinalização de rotas de fuga para evacuação de locais
 Sistemas de detecção de fumaça e fogo
 Sistemas de exaustão de fumaça e gases tóxicos
 Bombas de água para incêndio e outros mais...
1.7 Equipamentos de Utilização
Podem ser classificadas em 03 grandes categorias:
 Aparelhos de iluminação (Incandescentes, Descarga e LEDs)
 Equipamentos industriais (Compressores, bombas, pontes rolantes e outros)
 Equipamentos não industriais (eletrodomésticos, computadores e outros)

*Equipamentos acionados a motor (Industriais e Não Industriais)


Tipos de Motores Elétricos:
 Motores de corrente contínua (Conjugados Elevados e/ou variação de
velocidade) Ex: Prensas, tração elétrica, máquinas-ferramentas e outros
 Motores de corrente alternada (Mais utilizados – Podem ser síncronos ou de
indução). Ex: Motor Síncrono – grandes cargas ou quando se necessita de
velocidade constante. Motores de Indução – funcionam com velocidade
constante abaixo da velocidade síncrona, e variam ligeiramente com a
carga mecânica aplicada ao eixo. Por sua robustez e baixo custo são os
motores mais utilizados, principalmente os do tipo gaiola, e são adequados
para a maioria dos equipamentos encontrados na indústria.
Corrente de Partida de Motores (CA): É superior a corrente de funcionamento
normal em carga. Considerando partida direta de um motor de indução
trifásico, a corrente de partida pode ser:

• IP = 4,2 a 9 x In , para motores de 02 pólos

• IP = 4,2 a 9 x In , para motores com mais


de 02 pólos (valor médio de 6 In )

Para motores de corrente contínua, a corrente de partida depende da


resistência do circuito da partida do rotor, em média, 2,5 x In .
Classificação dos equipamentos a motores elétricos:
A NBR 5410 classifica os equipamentos a motor utilizados em aplicações
normais em dois grupos principais:
 Cargas industriais e similares (constituídas por motores de indução trifásicos
do tipo gaiola com potências não superiores a 200 CV acionando cargas
em regime contínuo)
 Cargas residenciais e comerciais (constituídas por motores com potências
nominais não superiores a 2 CV, integrando aparelhos eletrodomésticos

Características nominais:
Os equipamentos de utilização são caracterizados por valores nominais,
especificados e garantidos pelos fabricantes, para condições de
funcionamento estabelecidas. Por exemplo: Dados de placa de um motor de
3 CV.
Rendimento e Fator de Potência de um equipamento de utilização:

Equipamento genérico

Un, In, Pn P’n


Cos Φn
entrada η saída

í
η= =
 



cosΦ =


Pn = Un x In x cos Φn
Exemplo 1: Calcule a corrente nominal do motor de indução trifásico tipo
gaiola de 15 CV, 380 V, com η = 0,8 e cos Φn = 0,85

Exemplo 2: Dada uma churrasqueira elétrica de 3 kW, com η = 60% em 220 V,


calcule a corrente elétrica e a potência ativa de entrada na churrasqueira
Potências Nominais Típicas de Aparelhos Eletrodomésticos
Potências Nominais Típicas de Aparelhos de Ar Condicionado

1.8 – Circuitos
 Dispositivos de proteção
 Dispositivos de comando
 Tomadas de corrente
Dispositivo de Proteção Contra Surto Dispositivo Diferencial Residual

Dispositivo de Comando - Contator Dispositivo de Comando - Disjuntor


Necessidade da Divisão da Instalação em Circuitos
 Limitar a consequência de uma falta
 Facilitar as inspeções, ensaios e manutenção
 Evitar graves consequências resultantes de uma falha de um circuito único

Distribuições Radiais

Por questões de
segurança recomenda- NBR 5410 recomenda
se evitar um número que os circuitos terminais
excessivo de pontos de sejam individualizados
utilização em um circuito
terminal
Esquema de Condutores Vivos
 Tipo e número de condutores vivos de uma instalação elétrica
1.9 – Influências Externas
Trata-se de todas condições exteriores a que podem estar sujeitos os diversos
componentes da instalação e que, poderão influenciar nos procedimentos de
projeto e execução. Os parâmetros são classificados em 3 categorias:
 Condições ambientais (A)
 Condições de utilização (B)
 Condições relacionadas a construção de edifícios (C)
Para facilitar a classificação dos diferentes parâmetros, foi estabelecido um
código alfa numérico constante de duas letras e um algarismo.
Parâmetro
AA1

Categoria Geral da Natureza da Classe de cada


Influência Externa Influência Externa Parâmetro
Influências Consideradas
 AA - Temperatura ambiente
 AB - Condições climáticas do ambiente
 AC - Altitude
 AD - Presença de água
 AE - Presença de corpos sólidos
 AF - Presença de substâncias corrosivas e poluentes
 AG/AH - Solicitações mecânicas (impactos/vibrações)
 AM - Fenômenos eletromagnéticos de baixa frequência
 AN - Radiação solar
 AQ - Descargas atmosféricas
 Outros mais......
Temperatura Ambiente
Condições Climáticas do Ambiente
Fenômenos eletromagnéticos de baixa frequência
Descargas Atmosféricas

Radiação Solar
Cap.2 - Elementos de Projeto
2.1 Qual é o pré-requisito principal p/ a elaboração de um projeto elétrico de
uma instalação industrial ?
 Planta de situação
 Planta baixa de arquitetura do prédio
 Planta baixa do arranjo das máquinas (layout)
 Planta de detalhes
Qualquer projeto elétrico de instalação industrial deve considerar os seguintes
aspectos:
 Flexibilidade: Capacidade de admitir mudanças na localização das
máquinas e equipamentos sem comprometer as instalações existentes
 Acessibilidade: Facilidade de acesso aos maquinários e equipamentos de
manobra
 Confiabilidade: Desempenho do sistema quanto às interrupções temporárias
e permanentes, e assegura proteção à integridade física daqueles que o
operam
 Continuidade: Mínimo de interrupção total ou em qualquer um dos circuitos
da instalação. Em determinados casos, talvez faz-se necessário alguma
redundância de alimentação da indústria ou qualquer de um dos setores da
produção.
“O projetista deve conhecer o funcionamento de todo complexo industrial,
pois isto lhe possibilita um melhor planejamento das instalações elétricas”.
Planejamento de um Projeto de Instalação Elétrica Industrial
2.2 Normas Recomendadas
 Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Ex: NBR 5410,
NBR 5419, NBR 14039
 Normas e padrões das Concessionárias de Distribuição de EE. Ex: A COPEL
possui um conjunto de normas técnicas que cobre todo tipo de
fornecimento de EE para os vários níveis de tensão de suprimento (NTC
901100, NTC 903100, etc...)
 Normas estrangeiras de grande valia para consultas. Ex: NEC – National
Electrical Code

2.3 Dados para Elaboração de Projeto


Além de conhecer as plantas já mencionadas, o projetista deve conhecer os
seguintes dados:
2.3.1 Condições de Fornecimento de EE
A Concessionária local deverá prestar ao projetista informações que lhe são
pertinentes:
 Garantia do suprimento de carga, dentro das condições satisfatórias
 Variação de tensão de suprimento
 Tensão de fornecimento
 Tipo do sistema de suprimento (radial, radial com recurso, etc.)
 Capacidade de curto-circuito atual e futuro do sistema
 Impedância reduzida no ponto de suprimento
2.3.2 Características das Cargas
Essas informações podem ser obtidas junto ao responsável pelo projeto
técnico industrial e/ou por meio do manual de especificação de
equipamentos.
Motores Fornos a Arco
 Potência  Potência
 Tensão  Potência de Curto-Circuito
 Corrente  Potência do Transformador
 Frequência  Tensão
 Número de pólos  Frequência
 Número de fases  Fator de severidade
 Ligações possíveis
 Regime de funcionamento
2.4 Concepção de Projeto
Esta fase requer a experiência profissional do projetista. Com base nas suas
decisões, o projeto tomará forma e corpo que conduzirão ao
dimensionamento dos materiais e equipamentos, filosofia de proteção e
coordenação, etc...
2.4.1 Divisão de Cargas em Blocos
Com base na planta baixa com a disposição das máquinas, deve-se dividir a
carga em blocos. Cada bloco de carga deve corresponder a um quadro de
distribuição terminal com alimentação e proteção individualizadas.
Escolha dos blocos??
Considera-se os setores individuais de produção, bem como a grandeza de
carga de que são constituídos, para avaliação da queda de tensão.
Exemplos:
 Quando um determinado setor ocupa uma área de grandes dimensões?
 Quando um determinado setor está instalado em recinto fisicamente isolado
dos demais??
Vários setores de produção podem ser agrupados num só bloco de cargas,
desde que a queda de tensão nos terminais da mesma seja permissível. Isso
se dá, muita das vezes, quando da existência de máquinas de pequena
potência.
2.4.2 Localização dos Quadros de Distribuição de Circuitos Terminais
Devem ser localizados em pontos que satisfaçam as seguintes condições:
 No centro de carga (nem sempre é possível)
 Próximo à linha geral dos dutos de alimentação
 Afastado da passagem sistemática de funcionários
 Em ambientes bem iluminados
 Em locais de fácil acesso
 Em locais não sujeitos a gases corrosivos, inundações e trepidações
 Em locais de temperatura adequada
Os Quadros de Distribuição são denominados também como Centro de
Controle de Motores (CCM), quando nestes forem instalados componentes de
comando de motores. São denominados Quadro de Distribuição de Luz (QDL),
quando nele contêm componentes de comando de iluminação.
2.4.3 Localização do Quadro de Distribuição Geral
Deve ser localizado, de preferência, na subestação ou numa área próxima.
Deve ficar próximo às unidades de transformação a que está ligado.
O Quadro de Distribuição Geral é também denominado como Quadro Geral
de Força (QGF), nele contêm componentes projetados para seccionamento,
proteção e medição dos circuitos de distribuição, ou em alguns casos de
circuitos terminais.
2.4.4 Localização da Subestação
É comum o projetista receber as plantas já com a indicação do local da
subestação, muitas vezes feita em função do arranjo arquitetônico da
construção, ou em função de um requisito de segurança. Porém nem sempre
o local escolhido é tecnicamente o mais adequado, ficando a subestação
central, às vezes, muita afastada do centro de carga, acarretando o uso de
alimentadores longos e de seção elevada. Estes casos são mais frequentes
quando a indústria é constituída de um único prédio e é previsto uma
subestação abrigada em alvenaria.
As industrias formadas por duas ou mais unidades de produção, localizadas
em galpões fisicamente separados, conforme ilustração abaixo, permitem
maior flexibilidade na escolha do local tecnicamente apropriado para a
subestação.
Em tais casos, é necessário localizar próximo a via pública a cabine de
medição. Junto ao posto de medição deve se situar o Posto de Proteção Geral
(PPG) de onde derivam os alimentadores primários para uma ou mais
subestações localizadas próximas ao centro de carga.
O processo para localização do centro de carga, que deve corresponder a
uma subestação, é definido pelo cálculo do baricentro dos pontos
considerados como de carga puntiforme e correspondentes à potência
demandada de cada pavilhão com suas respectivas distâncias a origem, no
caso o posto de proteção geral.
Considere as potências e as distâncias indicadas na figura anteriores, vem:
A escolha do número de subestações unitárias deve ser baseada nas
seguintes considerações:

 Quanto menor a potência da subestação, maior é o custo do KVA


instalado.
 Quanto maior é o número de subestações unitárias, maior é a quantidade
de condutores primários.
 Quanto menor é o número de subestações unitárias, maior é quantidade
de condutores secundários dos circuitos de distribuição.

“É necessário analisar os custos das diferentes opções, a fim de se


determinar a solução mais econômica. Subestações unitárias com
potências compreendidas entre 750 e 1000 kVA são economicamente mais
convenientes”.
2.4.5 Definição dos Sistemas

Sistema Primário de Suprimento


Na maioria dos casos, quem é a responsável por alimentar as industrias?

 Sistema Radial Simples


-É o arranjo mais utilizado;
-Apresenta baixa confiabilidade, falta de recursos para manobra;
-Apresenta menor custo, contem equipamentos convencionais e de
larga utilização.

 Sistema Radial com Recurso


-Melhora a continuidade do serviço;
-Apresenta maior confiabilidade, existência de recursos para manobra;
-Apresenta custo elevado, contem equipamentos mais sofisticados e os
circuitos de distribuição são dimensionados para suprir maiores cargas
quando da desconexão de um dos circuitos;

Sistema Primário de Distribuição Interna


 Sistema Radial Simples
 Sistema Radial com Recurso

Sistema Secundário de Distribuição

A distribuição secundária em baixa tensão numa instalação industrial pode


ser dividida em:
 Circuitos Terminais de Motores
“É constituído por 2 ou 3 condutores, dependendo do tipo de ligação do
motor, conduzindo uma corrente numa dada tensão, desde um dispositivo
de proteção até o ponto de utilização”.

Devem obedecer a uma regra básica:


- Conter dispositivo de seccionamento na sua origem. Deve desligar tanto
o motor como o dispositivo de comando (seccionadoras, disjuntores,
contatores, fusíveis e tomadas de corrente);
- Conter um dispositivo de proteção contra curto-circuito na sua origem;
- Conter um dispositivo de comando capaz de impedir uma partida
automática do motor devido à queda ou falta de tensão;
- Conter um dispositivo de acionamento de motor, de forma a reduzir a
queda de tensão na partida a um valor igual ou inferior a 10%;
- De preferência, cada motor deve ser alimentado por um circuito terminal
individual. Quando alimentar mais de um motor ou outras cargas, os
motores devem receber proteção de sobrecarga individualmente. Neste
caso, a proteção contra curto-circuito deve ser feita na origem por um
único dispositivo capaz de proteger os condutores de alimentação do
motor de menor corrente nominal e que não atue indevidamente sob
qualquer condição de carga nominal do circuito;
- Quanto maior a potência de um motor alimentado por um circuito
terminal individual, é recomendável que as cargas de outra natureza
sejam alimentadas por outro circuito.
 Circuitos de Distribuição
“Os circuitos de distribuição são os condutores que derivam do Quadro
Geral de Força (QGF) e alimentam um ou mais centros de comando (CCM e
QDL)”

Os circuitos de distribuição devem:

- Ser protegidos no ponto de origem por disjuntores ou fusíveis de


capacidade adequada à carga e às correntes de curto-circuito;
- Dispor, no ponto de origem, de um dispositivo de seccionamento,
dimensionado para suprir a maior demanda do centro de distribuição e
proporcionar condições satisfatórias de manobra.

* Recomendações Gerais sobre Projeto de Circuitos Terminais e de


Distribuição (Considerações Práticas)

- A menor secção transversal de um condutor para circuitos terminais de


motor e de tomadas é de 2,5 mm²;
- A menor secção transversal de um condutor para circuitos terminais de
iluminação ou de outras cargas é de 1,5 mm²;
- Não devem ser utilizados condutores com secção superior a 2,5 mm² em
circuitos terminais de iluminação e tomadas de uso em geral;
- Prever capacidade reserva nos circuitos de distribuição que vise ao
aparecimento de futuras cargas na instalação;
- Prever folga suficiente nos dutos para a acomodação de circuitos reserva;
- Dimensionar circuitos de distribuição distintos para luz e força;
- Dimensionar um circuito um circuito de distribuição distinto para cada
carga com capacidade igual ou superior a 10 A;
- Admitir um circuito individual para: chuveiro elétrico, ar condicionado,
torneira elétrica, máquina de lavar roupa; máquina de lavar louça;
- As cargas devem ser distribuídas o mais uniformemente possível entre as
fases;
- A iluminação, de preferência, deve ser divida em vários circuitos
terminais;
- O comprimento dos circuitos parciais para iluminação deve ser limitado a
30 m.
* Constituição dos Circuitos Terminais e de Distribuição

- Condutores isolados, cabos unipolares e multipolares


- Condutos: eletrodutos, bandejas, prateleiras, escada para cabos, etc

“A aplicação de quaisquer dos condutos utilizados pelo projetista deve ser


acompanhado de uma análise dos meios ambientes nos quais serão
instalados”

Considerações Gerais sobre os Quadros de Distribuição

Os quadros de distribuição devem ser construídos levando em


consideração as condições ambientais em que serão instalados, bem como
apresentar bom acabamento, rigidez mecânica e disposição apropriada
nos equipamentos e instrumentos.

O QGF, CCM e QDL instalados abrigados e em ambiente de atmosfera


normal, devem apresentar grau de proteção IP-40. Em ambientes de
atmosfera poluída, devem apresentar grau de proteção IP-54.

* Principais características dos quadros de distribuição:

- Tensão nominal;
- Corrente nominal (capacidade do barramento principal);
- Resistência mecânica aos esforços de curto-circuito para o valor de
crista;
- Grau de proteção;
- Acabamento (revestido de proteção e pintura final)

Deve-se prever circuito de reserva nos quadros de distribuição, de forma a


satisfazer os seguintes critérios determinados pela NBR 5410/2004:

- Quadros de distribuição com até 6 circuitos: espaço para no mínimo dois


circuitos de reserva;
- Quadros de distribuição contendo de 7 a 12 circuitos: espaço para no
mínimo três circuitos de reserva;
- Quadros de distribuição contendo de 13 a 30 circuitos: espaço para no
mínimo quatro circuitos de reserva;
- Quadros de distribuição contendo acima de 30 circuitos: espaço reserva
para no mínimo 15% dos circuitos existentes;
2.5 Formulação de um Projeto Elétrico

“O projetista deve planejar o desenvolvimento de suas ações (evitar


retrabalhos, custos desnecessários e desperdício de tempo).”

Forma didática para o desenvolvimento racional de um projeto de


instalação industrial:

2.5.1 Fatores de Projeto

São fatores aplicados na elaboração de projetos elétricos visando a


economicidade do empreendimento.

2.5.1.1 Fator de Demanda

É a relação entre a demanda máxima do sistema e a carga total


conectada a ele durante um intervalo de tempo considerado.
á
Fd = (0 < Fd ≥ 1)


Dmáx – Demanda máxima da instalação, em kW ou kVA


Pinst – Potência da carga conectada, em kW ou kVA

Demanda Máxima

Curva de Carga

Carga Instalada
P= 1015 kW
Fatores de demanda para cada grupamento de motores e operação
independente

2.5.1.2 Fator de Carga

É a relação entre a demanda média, durante um determinado intervalo de


tempo e a demanda máxima registrada no mesmo período.
é 
Fcd = (0 < Fc ≥ 1) Fcm =
á á  

Refere-se ao período de carga diária, semanal, mensal, e anual.

O fator de carga mede o que?


“Mede o grau no qual a demanda máxima foi mantida durante um intervalo
de tempo considerado”. Ela mostra se a EE está sendo utilizada de forma
racional por parte de uma determinada instalação.

Manter um elevado fator de carga no sistema significa obter os seguintes


benefícios:

 Otimização dos investimentos da instalação elétrica;


 Aproveitamento racional e aumento da vida útil da instalação (motores e
equipamentos)
 Redução do valor da demanda de pico
Dentre as práticas que merecem maior atenção num estudo de eficiência
energética é a “melhoria do fator de carga”, que pode ser resumido em
dois itens:

 Conservar o consumo e reduzir a demanda;


 Conservar a demanda e aumentar o consumo.

Outras práticas adotadas que permitem um excelente resultado:

 Controle Automático da Demanda


 Reprogramação da Operação de Cargas

2.5.1.3 Fator de Perda

É a relação entre a perda de potência na demanda média e a perda de


potência na demanda máxima, considerando um intervalo de tempo
especificado.
O fator de perda nas aplicações práticas é tomado como função do fator
de carga.

FP = 0,30 x Fc + 0,70 x Fc ²

2.5.1.4 Fator de Simultaneidade

É a relação entre a demanda máxima do grupo de aparelhos pela soma


das demandas individuais dos aparelhos do mesmo grupo num intervalo de
tempo considerado.

á
FS = (0 < FS < 1)
…..
Fatores de simultaneidade para diferentes potências de motores em
grupamentos e outros aparelhos
2.5.1.5 Fator de Utilização

É o fator pela qual deve ser multiplicada a potência nominal do aparelho


para se obter a “potência média” absorvida pelo mesmo, nas condições de
utilização.

Na falta de dados precisos, pode ser adotado o fator de utilização de 0,75


para motores e 1 para iluminação, ar condicionado e aquecimento.
2.6 Graus de Proteção
2.7 Proteção contra Riscos de Incêndio e Explosão

 Manter diagramas unifilares das instalações elétricas com as


especificações do sistema de aterramento;
 Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido pelo
empregador ou por pessoa formalmente designada pela empresa;
 Projetos de quadros, instalações e rede elétrica devem obrigatoriamente
especificar dispositivos de desligamento de circuitos que possuam
recursos para travamento na posição desligado, de forma a poderem ser
travados e sinalizados;
 Memorial descritivo do projeto deve conter: especificação das
características relativas à proteção contra choques elétricos,
queimaduras e outros; Exigência de sinalizadores nos painéis (desligado –
ligado); Recomendações de restrições e advertências quanto ao acesso
de pessoas às áreas energizadas; Funcionalidade dos elementos de
proteção constantes na instalação e destinado a segurança das pessoas;
Descrição da compatibilidade dos dispositivos de proteção;
 Somente serão consideradas desenergizadas, as instalações elétricas
liberadas para serviço mediante procedimentos apropriados como a
seguir: Seccionamento; Impedimento da reenergização; constatação de
ausência de tensão; Instalação de aterramento temporário; Instalação da
sinalização de impedimento de energização;
 O estado de instalação desenergizado deve ser mantido até a
autorização para reenergização devendo ser reenergizada respeitando a
seguinte sequência: retirada de todas as ferramentas e equipamentos;
Retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no
processo; Remoção da sinalização de impedimento de energização;
Remoção do aterro temporário; Destravamento, se houver, e religação
dos dispositivos de manobra.
 Os equipamentos ou processos destinados a produção e acumulação de
EE devem dispor de proteção específica e dispositivos de descarga
elétrica;
 Nas instalações elétricas das áreas classificadas ou sujeito a risco de
incêndio ou explosão devem ser adotados procedimentos dispositivos de
proteção complementar (alarme, seccionamento automático e outros..)
2.8 Determinação da Demanda de Potência

A previsão da demanda da instalação, deve ser tomada em função das


características da carga e do tipo de operação da indústria.

Em uma instalação elétrica industrial, deve-se considerar também as


dependências administrativas, cujo projeto deve obedecer as
características normativas quanto ao número de tomadas por
dependência, ao número de pontos de luz por circuito, entre outras.

Para determinação da demanda de potência sugere-se:


 Considerar a carga de qualquer equipamento com a potência declarada
pelo fabricante ou calculada de acordo com a tensão e corrente
nominal;
 Se a potência declarada pelo fabricante for universal, como no caso de
motores, deve-se considerar o rendimento do aparelho para se obter a
potência absorvida, que é o valor que deve-se utilizar para determinar o
valor da carga demandada.
2.8.1 Cargas em Locais Usados como Habitação

Iluminação

 A carga de iluminação deve ser determinada através de critérios


normativos – NBR 5410/2004;
 Considerar a potência das lâmpadas, as perdas e o fator de potência dos
reatores quando se tratar de lâmpada de descarga;
 Em cada cômodo ou dependência de unidades residenciais deve ser
previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, com potência mínima
de 100 VA, comandado por um interruptor de parede;
 Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m² deve-se
prever uma carga mínima de 100 VA;
 Em cômodos ou dependências com área superior a 6 m² deve-se prever
uma carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m² de área,
acrescendo-se 60 VA para cada 4 m²
Tomadas

 Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m² deve-se


prever uma carga mínima de 100 VA;
 Em banheiros, pelo menos uma tomada junto ao lavatório
 Em cozinhas, copas, no mínimo uma tomada para cada 3,5 m, sendo que
acima de cada bancada com largura igual ou superior a 30 cm deve ser
prevista pelo menos uma tomada;
 Nos demais cômodos ou dependências: se a área for igual ou inferior a 6
m², deve-se prever pelo menos uma tomada; caso a área seja superior a
6 m² deve-se prever uma tomada para cada 5 m espaçadas
uniformemente quanto possível;
 As tomadas de corrente devem ser atribuídas as seguintes potências:
para tomadas de uso geral, em banheiros, cozinhas, copas e áreas de
serviço, no mínimo 600 VA por tomada, até 3 tomadas, e 100 VA por
tomada para os excedentes. Nos demais cômodos, prever no mínimo 100
VA por tomada;
 As tomadas conjugadas (duplas ou triplas) montadas numa mesma caixa
devem ser consideradas como um único ponto;
 As tomadas de uso específico deve ser atribuída uma potência igual a
potência nominal do equipamento a ser alimentado, e devem ser
instaladas no máximo a 1,5 m do local previsto para o equipamento a ser
alimentado;

2.8.2 Cargas em Locais Usados como Escritório e Comércio

 Em dependências cuja área seja igual ou inferior a 37 m², a determinação


do número de tomadas deve ser feito com base nas seguintes condições:
uma tomada para cada 3 m, ou uma tomada para cada 4 m²;
 Em dependências cuja área seja superior a 37 m², o número de tomadas
deve ser determinado com base nas seguintes condições: oito tomadas
para os primeiros 37 m², e três tomadas para cada 37 m² adicional;
 Utilizar um número arbitrário de tomadas destinada ao uso de vitrines,
demonstração de aparelhos e ligação de lâmpadas especificas;
 Deve-se atribuir uma potência de 200 VA para cada tomada.
Em ambientes industriais:

 O número de tomadas a ser adotado é em função de cada tipo de setor;

Como regra geral, a determinação da demanda pode ser assim obtida:

 Demanda dos aparelhos

 Demanda dos quadros de distribuição parciais

 Demanda do quadro de distribuição geral

Conhecendo as cargas situadas na planta, pode-se determinar a demanda


de cada carga, aplicando os fatores de projeto adequados.

!  ,#
 Motores Elétricos Dm = (kVA)
$  %&


∑ (  (  )
%&
 Iluminação Dil = (kVA)


 Demais Cargas - “A demanda deve ser calculada considerando as


particularidades das referidas cargas, tais como máquinas de solda e
outras...”
Exemplo de Aplicação: Considerar uma indústria representada na figura a
seguir, sendo os motores (1) de 75 cv, os motores (2) de 30 cv e os motores
(3) de 50 cv. Determinar as demandas dos CCM 1, CCM2, QDL e QGF e a
potência necessária do transformador da subestação. Considerar que todas
as lâmpadas sejam de descarga e os aparelhos da iluminação
compensados (alto fator de potência). Todos os motores são de indução,
rotor em gaiola e de 4 pólos. Considerar para motores de 75 cv, Fp = 0,86, η
= 0,92 e Fum = 0,87, para os motores de 30 cv, Fp = 0,83, η = 0,90, Fum = 0,85 e
para os motores de 50 cv, Fp = 0,86, η = 0,92 e Fum = 0,87. Para iluminação,
considerar perdas = 15,3 W, Fp = 0,40 e fator de multiplicação = 1,8.
2.8.3 Formação das Curvas de Carga

Os pontos da curva de carga são determinados corretamente a partir do


funcionamento da indústria em regime permanente, utilizando informações
do ciclo de operação de diferentes setores de produção.

São utilizados medidores de energia específicos para esta finalidade,


capazes de armazenar durante o período de medição diversos parâmetros
elétricos (tensão, corrente, fator de potência, potência ativa, reativa e
aparente). por exemplo: SAGA 4000
2.8.4 Determinação da Tarifa Média de Uma Instalação Industrial

 O preço médio da tarifa é um precioso insumo no controle das despesas


operacionais de um estabelecimento industrial

 O sistema tarifário brasileiro deve ser de conhecimento obrigatório de


todos os profissionais da área de eletricidade

A legislação define diferentes tipos de horário durante o intervalo de um


ano:

 Horário de ponta – 18:00 às 21:00 h (fora do horário de verão), 19:00 às


22:00 h (durante horário de verão). Exceto sábados, domingos e feriados;

 Horário fora de ponta – Demais horas do dia compreendendo feriados e


finais de semana;
Cada horário anteriormente mencionado está em função do nível
pluviométrico das regiões do Brasil onde se localizam as principais bacias
hidrográficas

 Período úmido – é o período que abrange as leituras de consumo e


demanda extraídos entre o primeiro dia do mês de dezembro até o dia 30
de Abril, totalizando cinco meses do ano.

 Período seco – é o período que abrange as leituras de consumo e


demanda extraídos entre o primeiro dia do mês de maio até o dia 30 de
Novembro, totalizando sete meses do ano.

 Tarifa azul – modalidade estruturada para aplicação de preços


diferenciados de demanda e consumo de EE de acordo com a utilização
do dia e os períodos do ano, obedecendo aos segmentos horo-sazonais.

 Tarifa verde – modalidade estruturada para aplicação de preços


diferenciados para a demanda e consumo de EE, de acordo com a
tensão de fornecimento e demais características do consumidor, como
residencial, rural, etc..

 Tarifa convencional – modalidade estruturada para aplicação de preços


diferenciados para a demanda e consumo de EE, de acordo com a
tensão de fornecimento e demais características do consumidor, como
residencial, rural, etc..

 Tarifa de ultrapassagem – é a tarifa diferenciada a ser aplicada à parcela


da demanda que superar as respectivas demandas contratadas em cada
segmento horo-sazonal para a tarifa azul, ou demanda única contratada
para a tarifa verde.

Os consumidores ligados em alta tensão com demanda igual ou superior a


50 kW poderão ter opções tarifárias conforme critério a seguir:

 Tensão de fornecimento maior ou igual a 69 kV e qualquer demanda:


tarifa azul;
 Tensão de fornecimento inferior a 69 kV e demanda igual ou superior a
300 kW: tarifas azul e verde;

 Tensão de fornecimento inferior a 69 kV e demanda igual ou superior a 50


kW e inferior a 300 kW: tarifas azul, verde e convencional.

Aplicação das tarifas de ultrapassagem se realiza quando a demanda


registrada é superior a demanda contratada de acordo com as seguintes
condições:

 Tarifa Azul
- 5% para unidades ligadas em tensão igual ou superior a 69 kV;
-10 % para unidades ligadas em tensão inferior a 69 kV com demanda
contratada superior a 100 kW
- 20 % para unidades com demanda contratada de 50 até 100 kW
 Tarifa Verde
- 10 % para unidades com demanda contratada superior a 100 kW
- 20 % para unidades com demanda contratada de 50 até 100 kW

Escolha da tarifa adequada: realizar estudo de fator de carga e identificar


os horários de uso da EE.

 Para instalações com fator de carga elevado, é mais vantajoso utilizar a


tarifa azul, pois o preço médio é inferior do que o preço médio praticado
na tarifa verde;

 Para instalações com fator de carga igual ou inferior a 0,60, é mais


vantajoso utilizar a tarifa verde, pois o preço médio é inferior do que o
preço médio praticado na tarifa azul;

 Em instalações que não operam no horário de ponta, é indiferente a


escolha da tarifa azul ou verde, pois o valor médio da EE é exatamente
igual;
 Em instalações que não operam no horário de ponta, mas que
esporadicamente necessitam avançar sua operação no horário de ponta,
é mais vantajoso utilizar a tarifa verde, pois de evita pagar o elevado
custo da demanda de ponta;

Determinação do preço médio da tarifa de EE

 Fazer levantamento das tarifas cobradas pela distribuidora de EE com


área de concessão situada no local do estabelecimento industrial;

 Com base no fator de carga mensal, pode-se determinar o preço médio


pago pela EE consumida em função do grupo tarifário a que pertence a
unidade consumidora

+
Grupo tarifário convencional Pme = + TC
%,  

TC – Tarifa de consumo de EE e TD – Tarifa de demanda de EE (em R$/kWh)


Exemplo de aplicação: As figuras a seguir representam a situação operativa
diária de uma planta industrial, tarifa convencional, respectivamente antes
e depois da aplicação de um estudo de melhoria do fator de carga,
conservando o mesmo nível de produção. O consumo em ambos os casos
é de 126000 kWh/mês. Determinar a economia de EE resultante.

Considerar tarifa de consumo fora de ponta = US$ 0,05307 / kWh


E tarifa de demanda fora de ponta = US$ 4,19 / kW
2.9. Roteiro para Elaboração de Um Projeto Elétrico Industrial

2.9.1 Planejamento

2.9.2 Projeto Luminotécnico

2.9.3 Determinação dos Condutores

2.9.4 Determinação e Correção de Fator de Potência

2.9.5 Determinação das Correntes de Curto – Circuito

2.9.6 Determinação dos Valores de Partida de Motores

2.9.7 Determinação dos Dispositivos de Proteção e Comando

2.9.8 Cálculo da Malha de Terra


2.9.9 Diagrama Unifilar
2.9.10 Memorial Descritivo

2.9.11 Simbologia
3 – Iluminação Industrial

3.1 - Generalidades

 A iluminação é responsável por cerca de 20% de toda energia


consumida no Brasil

 No setor industrial a participação do consumo de iluminação é de 2%

 Os recintos industriais devem possuir sistemas de iluminação adequados


para cada tipo de atividade

 Um bom projeto de iluminação, requer a adoção dos seguintes pontos


fundamentais:
- nível de iluminamento suficiente para cada atividade específica;
- distribuição espacial da luz sobre o ambiente;
- escolha da cor da luz e seu respectivo rendimento;
- escolha apropriado do aparelho de iluminação;
- tipo de execução das paredes e pisos;
- iluminação de acesso.

 O projetista deve dispor de plantas baixas para projetar o sistema de


iluminação;

 Numa planta industrial, além do projeto de iluminação do recinto de


produção, há o desenvolvimento do projeto de iluminação dos
escritórios, almoxarifados, e área externa.

3.2 Conceitos Básicos

3.2.1 Luz

É uma fonte de radiação que emite ondas eletromagnéticas em diferentes


comprimentos, sendo que apenas algumas ondas de comprimento de onda
definido são visíveis ao olho humano.
3.2.2 Iluminância

“É uma grandeza de luminosidade, que faz a relação entre o fluxo luminoso


que incide na direção perpendicular a uma superfície e a sua área” .

A iluminância é dada por:

%
E= (lux)


F - Fluxo luminoso, em lumens;


S – Área da superfície iluminada, em m².

A iluminância é expressa em lux, que corresponde ao fluxo luminoso


incidente numa determinada superfície por unidade de área.
Alguns exemplos de iluminância:

 Dia de sol de verão a céu aberto – 100000 lux


 Dia de sol encoberto no verão – 20000 lux
 Noite de lua cheia sem nuvens – 0,25 lux
 Noite à luz de estrelas – 0,001 lux

Normalmente o fluxo luminoso não é distribuído uniformemente, resultando


em iluminâncias diferentes em diversos pontos do ambiente iluminado. Na
prática considera-se o fluxo luminoso médio.
3.2.3 Fluxo Luminoso

“É a potência de radiação emitida por uma fonte luminosa em todas as


direções do espaço. Sua unidade é o lúmen, que representa a quantidade
de luz irradiada, através de uma abertura de 1 m² feita na superfície de uma
esfera de 1 m de raio, por uma fonte luminosa de intensidade igual a 1
candela, em todas as direções, colocada no seu interior posicionada no
centro.

Uma fonte luminosa de


intensidade igual a 1 candela
emite uniformemente “12,56
lumens”.
3.2.4 Eficiência Luminosa

“É a relação entre o fluxo luminoso emitido por uma fonte luminosa e a


potência em watts consumidas por esta. Deve-se ressaltar que a eficiência
luminosa de uma fonte pode ser influenciada pelo tipo de vidro difusor da
luminária caso este absorva alguma quantidade de energia luminosa
irradiada. É dada pela expressão:

-
η=
.

Ψ = Fluxo luminoso emitido, em lumens;


Pc = Potência consumida, em watts.

Desta forma podem ser elaborados projetos mais eficientes, selecionando


lâmpadas de maior eficiência luminosa.
 Lâmpadas incandescentes: 10 a 15 lumens/W

 Lâmpadas halogêneas: 10 a 25 lumens/W

 Lâmpadas mistas: 20 a 35 lumens/W

 Lâmpadas vapor de mércurio: 45 a 55 lumens/W

 Lâmpadas fluorescentes comuns: 55 a 75 lumens/W

 Lâmpadas vapor metálico: 65 a 90 lumens/W

 Lâmpada vapor de sódio: 80 a 140 lumens/W


3.2.5 Intensidade Luminosa

“É o limite da relação entre o fluxo luminoso em um ângulo sólido em torno


de uma direção dada e o valor desse ângulo sólido, quando esse ângulo
sólido tende a zero”. Pode ser definida também como a potência de
radiação visível que uma determinada fonte de luz emite em uma dada
direção. Sua unidade é a “candela” (cd).

/-
I=
/0


Se uma determinada fonte luminosa localizada no centro da esfera de
raio igual a 1 m emitir em todas as direções uma intensidade luminosa de
1 cd, cada m² da superfície da referida esfera está sendo iluminado pelo
fluxo luminoso de 1 lúmen.
Na prática, pode-se observar que as fontes de luz não emitem o fluxo
luminoso uniformemente em todas as direções. Observe abaixo uma
lâmpada incandescente, em que a intensidade luminosa é maior em
determinadas direções do que outras.
Curvas de distribuição luminosa
3.2.6 Luminância

“É a relação entre a intensidade luminosa com a qual irradia, em uma


direção determinada, uma superfície elementar contendo um ponto dado e
a área aparente desta superfície para uma direção considerada, quando
essa área tende para zero”. Sua unidade é expressa em (cd/m²).

A Luminância é entendida como a medida da sensação de claridade


provocada por uma fonte de luz ou superfície iluminada e avaliada pelo
cérebro. Pode ser determinada pela equação:

1
L=
2 3 456 α

S – Superfície Iluminada
α – Ângulo entre a superfície e a vertical, que é ortogonal à direção do fluxo
luminoso;
I – Intensidade Luminosa
“O fluxo luminoso, a intensidade luminosa e a iluminância ” somente são
visíveis se forem refletidos numa superfície, transmitindo a sensação de luz
aos olhos, cujo fenômeno é denominado luminância”.

3.2.7 Refletância

“É a relação entre o fluxo luminoso refletido por uma dada superfície e o


fluxo luminoso incidente sobre a mesma.”

É sabido que os objetos refletem a luz diferentemente um dos outros. Assim,


dois objetos colocados num ambiente de luminosidade conhecida originam
luminâncias diferentes

3.2.8 Emitância

“É a quantidade de fluxo luminoso emitido por uma fonte superficial por


unidade de área. Sua unidade é expressa em lúmem/m².”

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