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de 17/12/1980) sujeitando-se à busca e apreensão e indenizações diversas (Lei nº
9.610/98).
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SUMÁRIO
______________________________________________________________________
APRESENTAÇÃO.......................................
CAPÍTULO 1.
O PENTATEUCO: IMPORTÂNCIA, AUTORIA E INTERPRETAÇÃO
Exercício de Revisão – Lição 1..............................
CAPÍTULO 2.
A DIVISÃO DO PENTATEUCO E OS TEMAS DE GÊNESIS
Exercício de Revisão – Lição 2.........
CAPÍTULO 3.
O LIVRO DO ÊXODO
Exercício de Revisão – Lição 3..........
CAPÍTULO 4.
LEVÍTICOS E NÚMEROS
Exercício de Revisão – Lição 4.............
CAPÍTULO 5.
DEUTERONÔMIO
Exercício de Revisão – Lição 5..............
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................
______________________________________________________________________
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Apresentação
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Capítulo 1
c) Histórico: Esses livros são os únicos a traçar a origem do homem numa linha
contínua a partir de Adão. Todavia, não é sua intenção apresentar a história
completa de todas as raças, mas sim um relato altamente especializado da
implantação do reino teocrático no mundo e do plano de redenção da
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humanidade. Nesse processo, a história de Israel remonta a Abraão, através de
quem Deus prometeu a redenção.
*Teontologia: É o estudo da existência de Deus (Estudo de Deus), Théos = Deus, Ontos = Ente, Logos = Estudo.
Não supõem – se que seja uma descrição exata do ser de Deus. Apesar de levantar e tentar responder questões a
seu respeito. Ela é em sua forma apologética, a defensora das reivindicações do Cristianismo frente aqueles que
ainda não crêem, e na sua forma dogmática, a esclarecedora dos conteúdos da fé cristã a respeito de Deus para
aqueles que já crêem. Definição de Platão: Deus é o começo, o meio e o fim de todas as coisas. Ele é a mente ou
a razão suprema; a causa eficiente de todas as coisas; eterno, imutável, onisciente, onipotente; tudo permeia e tudo
controla; é justo, santo sábio e bom; o absolutamente perfeito, o começo de toda verdade, a fonte de toda lei e
justiça, a origem de toda ordem e beleza e especialmente a causa de todo o bem. Definição Cristã do breve
catecismo de Westminster: “Deus é um espírito infinito, eterno e imutável; sábio, poderoso, santo, justo, bondoso
e verdadeiro”. A negação da existência de Deus: a) Ateísmo: No Dicionário Teológico do teólogo Claudionor
Corrêa de Andrade, temos uma declaração mais ampla e direta acerca do ateísmo: “...O ateísmo é ainda a condição
do homem que descarta a realidade do Único e Verdadeiro Deus (Rm. 1.28). No Antigo Testamento, temos uma
referência a um ateísmo pragmático: não se preocupa com a essência, nem com a não existência do Todo-
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Poderoso; ensina que, na vida do ser humano, o Criador é perfeitamente prescindível (Sl. 10.4; 14.1). Os ateus,
segundo os gregos, eram: 1) os ímpios; 2) os que não contavam com o concurso das forças sobrenaturais; 3) e os
que manifestavam crença alguma nos deuses.” (pág. 66 – 17ª Edição, 2008 – Ed. Cpad). b) Agnosticismo:
nega a capacidade humana de conhecer a Deus. Afirmam que a mente humana não pode conhecer o infinito. No
entanto, os agnósticos esquecem ou ignoram a diferença entre “o conhecer absoluto e o conhecer em partes”. Do
contrário, compreenderiam o ensinamento das Escrituras, as quais nos ensinam a possibilidade de conhecer à
Deus, todavia, corroboram que agora só o conhecemos em parte, Ex 33.20; I Co 13.9-12. c) Politeísmo: O
Politeísmo defende a ideia de que o universo é governado não apenas por uma força, mas por uma multiplicidade,
implicando assim, a idéia de um deus para cada setor da vida. Por exemplo, há um deus da água, um deus da
fertilidade, um deus da guerra, etc. d) Panteísmo: Destarte, árvores, montes, sol, lua. São todos partes
integrantes de Deus, e por esse motivo devem ser adorados. e) Deísmo: O Deísmo é um sistema de religiões que
admite a existência de Deus, mas que, todavia, rejeita inteiramente a sua revelação à humanidade. Alem destes
ismos, poderíamos mencionar muitos outros.
2. A Autoria do Pentateuco
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forma escrita e transliterada. Originariamente, em aramaico e hebraico, era
escrito e lido horizontalmente, da direita para esquerda ;הָוהָיou seja, YHVH.
Formado por quatro consoantes hebraicas - Yud יHêi הVav וHêi הou הָוהָי, o
Tetragrama YHVH infelizmente sofreu uma latinização para JHVH já por
muitos séculos, daí resultou num nome estranho que algumas Bíblias em
português chamam de “Jeová”.
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em triplicado, se considerarmos a intervenção de Isaque no Gn 26.6-11), mas
sim de vários acontecimentos. Quanto à resposta de Abraão em Gn 20.13 é
possível que se trate dum ardil empregado, não só por Abraão, mas também
por Isaque.
3.c) As dez pragas - No que respeita à história das dez pragas do Egito, os
partidários da "teoria dos documentos" também não deixam de encontrar
vestígios de descrições em duplicado bem vincadas por uma série de diferenças
sistemáticas, mas que, na realidade, não passam de ligeiras variantes de
linguagem, se atendermos, sobretudo, aos traços característicos que se
encontram tão intimamente ligados. No caso da rebelião de Coré, duas novas
versões se apresentam: a primeira, referente à oposição dos leigos contra a
autoridade civil de Moisés, chefiada por Datã e Abirã; a segunda, aludindo à
discórdia que surgiu entre a tribo de Levi e as outras tribos, sob o comando de
Coré. Trata-se, todavia, duma suposição totalmente contrária ao texto, pois não
só encontramos os três conspiradores atuando em conjunto em Nm 16.1-3, onde
se diz que se opuseram à autoridade de Moisés e de Arão, mas também os
vemos juntos nos versículos 16.24,27. É de notar, no entanto, como no que se
refere ao castigo que sofreram, ou seja, dos conspiradores serem tragados pela
terra, o texto apenas fala de Coré (cf. Nm 16.32), sem mencionar o destino que
tiveram os restantes conspiradores.
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E o caso das leis relativas às grandes festas? Em conformidade com Êx.
23.14 e segs.; Êx 34.22 e segs.; Dt 16.16 eram três as grandes festas de Israel: a
dos pães asmos, a das semanas e a das colheitas. Mas o Lv. 23.27 e segs.
menciona ainda o dia da expiação, o que leva a supor que o código levítico é de
data posterior. Que dizer? Simplesmente que se trata dum argumento sem
consistência, se lembrarmos de que as leis do Êxodo e do Deuteronômio apenas
lembram a obrigação de todo o israelita do sexo masculino aparecer diante do
Senhor três vezes por ano. A nada é obrigado, porém, no dia da expiação. E são
estas as ligeiras diferenças.
*O Alcorão e Maomé. Segundo os muçulmanos, o Corão contém a mensagem de Deus a Maomé, as quais lhe
foram reveladas entre os anos 610 a 632. Seus ensinamentos são considerados infalíveis. É dividido em 114 suras
(capítulos), ordenadas por tamanho, tendo o maior 286 versos. A segunda fonte de doutrina do Islã, a Suna, é um
conjunto de preceitos baseados nos Ahadith (ditos e feitos do profeta). Já os muçulmanos estão divididos em dois
grandes grupos: os Sunitas e os Xiitas. Os Sunitas subdividem-se em quatro grupos menores: Hanafitas,
Malequitas, Chafeitas e Hambanitas. Os Sunitas são os seguidores da tradição do profeta, continuada por All-Abbas,
seu tio. Os Xiitas são partidários de Ali, marido de Fátima, filha de Maomé. São os líderes da comunidade e
continuadores da missão espiritual de Maomé. Resumo da vida de Maomé. Abulqsim Mohammad ibn Abdullah
ibn Abd al-Muttalib ibn Hashin, é o nome completo do profeta Maomé. O nome Maomé significa “Altamente louvado”.
Ele nasceu na cidade de Meca, na Arábia Saudita, centro de animismo e idolatria. Como qualquer membro da tribo
Quirache, Maomé viveu e cresceu entre mercadores. Seu pai, Abdulá, morreu por ocasião do seu nascimento, e sua
mãe, Amina, quando ele tinha seis anos. Aos 40 anos, Maomé começou sua pregação, quando, segundo a tradição,
teve uma visão do anjo Gabriel, que lhe revelou a existência de um Deus único. Khadija, uma viúva rica que se
casou com Maomé, investiu toda sua fortuna na propagação da nova doutrina. Maomé passou a pregar
publicamente sua mensagem, encontrando uma crescente oposição. Perseguido em Meca, foi obrigado a emigrar
para Medina, no dia 20 de Junho de 622. Esse acontecimento, chamado Hégira (emigração), é o marco inicial do
calendário muçulmano até hoje. Maomé faleceu no ano 632.
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o povo de Israel ainda não vive em Canaã. Acentua, por exemplo, em Dt. 11.2-7
que se dirige aos que pessoalmente foram testemunhas das maravilhas do
Senhor no Egito, não só no Êxodo, como na travessia do deserto. Várias são
também as alusões indiretas ao período mosaico: todos os acontecimentos
históricos mencionados são anteriores à morte de Moisés; as descrições de
Canaã como "terra, cujas pedras são ferro, e de cujos montes tu cavarás o cobre"
(Dt 8.9), só se compreendem antes de Israel entrar na Terra Santa, visto que o
povo nunca se preocupara com os tesouros que essa terra escondia. Além disso,
o Deuteronômio contém determinações cuja prática seria impossível no tempo
do rei Josias. Recordem-se, por exemplo, as medidas drásticas contra a idolatria
e falsas profecias (cf. Dt 13; 15). Como pensar em tais determinações numa
época em que o culto dos ídolos alastrava assustadoramente em Israel, a par do
grande número de falsos profetas a exercer poderosa influência nos espíritos?
3.1. Pormenores
Construção do Tabernáculo
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Vermelho e da Península do Sinai. O "linho entrelaçado" para as cortinas do
tabernáculo lembra-nos ainda o Egito e os seus hábeis artífices.
Os animais
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escrever os livros da lei (Dt 31 .24), compôs um cântico para o povo, Dt.32;
Existem ainda dois outros hinos, Dt.33; e Sl.90; Escrevia, diariamente, relações
do que Deus fazia por intermédio dele. Estes escritos foram entregues aos
sacerdotes para guardá-los na arca e para serem lidos ao povo, Êx.17.14;
Êx.24.4-7; Nm.33.2; Dt.31.9-12; Dt.24:26; Assim foi produzido o Pentateuco, os
cinco livros de Moisés.
4. A Data do Pentateuco
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judeus, expondo e desenvolvendo as leis religiosas e civis da Bíblia, durante um
período de cerca de 8 séculos (desde o ano 400 a.C. até ano 500 d.C.).
5.4. A Midrash
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A Midrash tem como principal utilidade oferecer ao exegeta das
Escrituras uma visão mais ampla da interpretação, a partir de um povo mais
próximo das origens dos livros do AT, assim como um melhor entendimento de
seu texto através da história do povo judeu. A Midrash está intimamente ligada
ao Halará e a Hagadá.
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EXERCÍCIO DE REVISÃO – LIÇÃO 1
a. ( ) Religiosidade e Espiritualidade;
b. ( ) Arqueologia e ciência;
c. ( ) Cósmico, Étnico e Revelacional;
d.( ) Áreas biográfica;
e. ( ) Cósmico, Étnico, Histórico e Profético.
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a. ( ) Toráh e Talmud;
b. ( ) Toráh, Talmud e Mishná;
c. ( ) Talmud, Mishná, Guemara, Halahá, Hagadá e Midrash;
d.( ) Toda a Toráh;
e. ( ) O Talmud apenas.
A DIVISÃO DO PENTATEUCO E
OS TEMAS DE GÊNESIS
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4. Números - Tem esse nome por causa dos dois recenseamentos relatados no
livro. Em hebraico: "Bemidbar:", רבדמב- literalmente: "No deserto".
1. O Livro de Gênesis
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aparece em Gênesis 17.2, se refere no Novo Testamento (Jo. 7.23) como fazendo
parte da lei de Moisés. Esta tradição é apoiada pela circunstância de que é
justamente Gênesis que oferece com precisão a informação necessária para fazer
inteligível o livro de Êxodo. É no livro de Gênesis que se definem as promessas
feitas a Abraão, Isaque e Jacó, promessas estas, tão frequentemente referidas
nos demais livros da Torá, como tendo sido cumpridas pelos acontecimentos
momentosos do êxodo e da conquista de Canaã. Além disso, o fato de Êxodo
começar com a palavra “e” (no hebraico) indica que era a continuação do livro
anterior.
2. Esboço de Gênesis
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1) A noiva de Isaque vem da Mesopotâmia 24.1-67
2) A morte de Abraão 25.1-11
3) Ismael, Esaú e Jacó 25.12-34
4) Deus confirma seu concerto com Isaque 26.1-35
Jacó 27.1-35,29
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A natureza do relato da criação com os seus seis “dias” (Gênesis
1.5-31) seguidos do “sétimo dia” (Gênesis 2.2-3) é de interesse
especial, porque costumeiramente esse período é entendido como
significando o curto lapso de uma semana literal. Com base na
moderna teoria da evolução natural, tem sido questionado esse
curto intervalo de tempo apresentado no relato bíblico da criação.
Há um contraste entre o curto período de tempo do relato da
criação e as longas eras exigidas pela evolução natural. (HASEL,
Gerhard F. - Revista Eletrônica Criacionismo).
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deviam ser entendidos num sentido não temporal. O pensamento
de Orígenes e de Agostinho havia sido influenciado pela filosofia
grega, e não por especulações científicas que pudessem levar a
uma reinterpretação dos “dias” da criação.
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Martinho Lutero (1483-1546), consistentemente, defendeu a
interpretação literal do relato da criação: “Afirmamos que Moisés
falou no sentido literal, e não alegórica ou figurativamente, isto é,
que o mundo, com todas as suas criaturas, foi criado em seis dias,
como se lê no texto”. (Martinho Lutero - em Inglês, Lectures on
Genesis: Chapters 1-5, Luther’s Works (St. Louis, MO: Concordia
Publishing House, 1958). Lutero, ao comentar a frase “tarde e
manhã” afirma que o dia da criação “consiste de 24 horas”.
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heliocêntrico. O sistema ptolomaico, não cristão, havia sido adotado pelos
teólogos medievais tanto como sendo o ponto de vista cristão correto, quanto
sendo bíblico, para a compreensão de nosso planeta. A Terra era concebida
como o centro do sistema solar, e frequentemente também do universo.
Estabeleceu-se um enorme dilema quando o sistema heliocêntrico de Copérnico
tornou-se proeminente e aparentemente irrefutável.
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aceitação, tem prioridade com relação às Escrituras. Está muito além dos limites
desta abordagem desvendar a complexidade dessa questão. Bastará dizer que,
se as Escrituras são entendidas como resultado da revelação divina, e escritas de
maneira inspirada, elas deveriam ter uma dimensão de autoridade não
encontrada no livro da natureza. Com base nessa dimensão de autoridade
superior, as Escrituras podem auxiliar na interpretação do livro da natureza,
provendo um modelo de interpretação mais abrangente do que poderia ser
esperado de um modelo puramente naturalístico.
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argumento inicie uma tentativa de ultrapassar o sentido literal,
atribuindo à semana da criação o sentido de uma parábola, com
uma duração muito mais extensa, isso será digno de elogios.
(GIBSON, John C. L., Genesis, The Daily Study Bible, vol. 1,p.
56 - Edinburgh: The Saint Andrews Press, 1981).
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significado pode ser associado a “mostrar”, tanto no Antigo Testamento quanto
no Hebraico extra-bíblico. Este significado, “mostrar”, foi inventado
exclusivamente em função da teoria em questão. Em vista desse fato, não é
surpresa que os “dias da teoria da revelação” não tenham tido maior
repercussão.
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Gordon Wenham, erudito não-concordista britânico, especialista
em Antigo Testamento, conclui que: “Pouca dúvida pode existir
de que aqui “dia” tem o seu sentido básico de um período de 24
horas”.
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evolucionista das origens. Apesar disso, insistem eles, com base em cuidadosas
investigações feitas sobre o uso da palavra “dia” em Gênesis 1 e em outras
passagens, que o verdadeiro significado e intenção do “dia” da criação é um dia
de 24 horas.
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etc. É possível transpor para Gênesis 1 um significado extensivo qualquer
encontrado no Antigo Testamento? Não poderia isso resolver o problema do
conflito entre o curto período de uma semana da criação e as longas eras
necessárias para a evolução natural?
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2) O termo yôm está sempre justaposto a um numeral. Em Gênesis 1.5 tem-se
um cardinal, e nos demais versículos, de Gênesis 1.1 a 2.3, sempre um ordinal.
Isto será considerado mais abaixo.
3) O termo yôm nunca está combinado com uma preposição, combinação
genitiva, estado construtivo, construção composta, ou algo semelhante. Ele
sempre aparece como um simples substantivo.
4) O termo yôm é definido de forma consistente por uma frase temporal na
sentença precedente - “e houve tarde e manhã”. Esta cláusula serve como
função definidora para a palavra “dia”.
5) O relato complementar da criação, de Gênesis 2.4-25, contém um significado
figurativo, não literal, do termo yôm, “dia”. Quando é pretendido um sentido
não literal, são empregadas as convenções semântico-sintáticas observadas no
restante do Antigo Testamento para tal significado, e isto é exatamente o que
acontece para o uso não literal em Gênesis 2.4.
Gênesis 2.4, segunda parte, reza literalmente “em (o) dia do Senhor Deus
fazer a terra e o céu”. A boa linguagem requer que a tradução literal “em (o) dia
de”, que sintaticamente é uma conjunção temporal que serve para a introdução
geral do tempo, seja substituída por “quando”. Esta sentença passa a rezar
então: “Quando o Senhor Deus os criou ...”. Este claro exemplo de um uso
extensivo não literal de yôm no relato da criação, em Gênesis 2.4-25, indica que o
uso de yôm em Gênesis 1, sem qualquer qualificativo que possa marcar o seu
uso não literal, em contraposição tem um sentido literal. O termo yôm em
Gênesis 1 não se liga a qualquer preposição; não é usado em uma relação
construtiva; e não tem nenhum indicador sintático que seria de esperar para um
uso extensivo não literal. Assim, em Gênesis 1 yôm só pode significar um “dia”
literal de 24 horas.
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semântico, permite somente o significado literal para “dia” nos “dias” da
criação de Gênesis 1.
Conclusões
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literário, considerações literárias outras, estudo gramatical, usos sintáticos e
conexões semânticas. As evidências cumulativas baseadas em considerações
comparativas, literárias, linguísticas e outras, convergem em todos os níveis,
levando à conclusão única de que a designação yôm, “dia”, em Gênesis 1
significa consistentemente um dia literal de 24 horas.
O autor de Gênesis 1 não poderia ter usado meios mais abrangentes e
todo-inclusivos para exprimir a ideia de um “dia” literal, do que aqueles que
escolheu. Há uma completa falta de indicadores como preposições, expressões
qualificativas, frases construtivas, conexões semântico-sintáticas, etc., com base
nos quais a designação “dia” na semana da criação pudesse ser tomada como
sendo algo diferente de um dia regular de 24 horas. As combinações de fatores
como o uso de artigos, do número singular, das construções semântico-
sintáticas, das fronteiras do tempo, etc., corroboradas pelas promulgações
divinas como em Êxodo 20.8-11 e Êxodo 31.12-17, sugerem de maneira única e
consistente que o “dia” da criação tem significado literal, sequencial e
cronológico.
1. Amalequitas......................................Esaú
2. Amonitas e Moabitas........................Ló
3. Árabes..............................................Ismael
4. Babilônicos e Fenícios.....................Cam
5. Edom ou Idumeus.............................Esaú
6. Gregos...............................................Jafé
7. Hebreus e Sírios................................Sem
8. Judeus...............................................Jacó
9. Midianitas..........................................Midiã
10. Medos e Persas................................Jafé
5. A Arca e o Dilúvio
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Segundo o teólogo Myer Pearlman, o propósito principal da genealogia
que se encontra no capítulo 5 de Gênesis é o de “conservar um registro da
linhagem da qual virá a semente prometida: [Cristo]” (Através da Bíblia livro
por livro, p.16). Traça então a linha de Sete até Noé.
Os antediluvianos viviam de 365 até 969 anos, segundo os estudiosos isso
era possível porque a terra mesmo amaldiçoada por causa do pecado ainda
estava no início de sua poluição, além da raça humana também ser jovem e
ainda não estar muito debilitada pelos efeitos do mal.
O Dr. Antônio Neves de Mesquita, autor do “Estudo no Livro de
Gênesis”, aborda o assunto sistematicamente, oferecendo primeiramente os
desafios interpretativos do relato:
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e em muitas outras civilizações. São todas mitos, lendas, produtos da
imaginação? É bem provável que elas reflitam a mesma catástrofe universal.
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Polinésia: Histórias de um dilúvio, do qual escaparam oito pessoas;
Mexicana: Um homem, com esposa e filhos, foi salvo num navio de um
dilúvio que cobriu a terra;
Peruana: Um homem e uma mulher salvaram-se em uma caixa que ficou
flutuando nas águas do dilúvio;
Dos aborígenes americanos: Várias lendas, segundo as quais uma, três
ou oito pessoas se salvaram, num barco acima do nível das águas, em um alto
monte;
Da Groelândia: A terra se inclinou e toda a raça humana se afogou,
menos um homem e uma mulher, os quais repovoaram a terra.
5.2. Estudos que apontam para a arca. A arca foi construída com cerca de
135 m de comprimento, 22 m de largura e 13,5 m de altura. Tinha três conveses,
divididos em compartimentos, com uma fileira de janelas em redor, na parte
superior.
A arca foi projetada para incluir apenas vertebrados terrestres — aqueles
que caminham sobre a terra e respiram através de narinas (Gênesis 7.22). Isso
não inclui animais marinhos, vermes, insetos e plantas. Há menos de 350
famílias de vertebrados terrestres vivos. A maioria destes é do tamanho de um
gato doméstico ou menor. Se cada família taxonômica estivesse representada na
arca por um par de espécimes, e com as poucas famílias “limpas” representadas
por sete pares, a arca deveria conter menos do que 1000 indivíduos. A arca
poderia provavelmente acomodar dez vezes este número. A questão de espaço
para os animais na arca não é um problema difícil.
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descobertas foram entregues ao Czar. Mas dias depois do czar ter recebido os
relatórios e as fotos, o governo russo foi derrubado pela Revolução Bolchevista.
Em 1883, o governo turco enviou uma expedição ao monte para vistoriar os
danos causados por um terremoto. O grupo relatou a descoberta da parte
frontal de uma barca antiga a 4.200 metros, na montanha. Tiraram medidas,
entraram na arca e relataram ter visto estábulos e jaulas na embarcação, mas
não houve muita repercussão na época devido ao sucesso da teoria
evolucionista de Darwin.
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2. ( ) Segundo o teólogo Myer Pearlman, o propósito principal da genealogia
que se encontra no capítulo 5 de Gênesis é o de “conservar um registro da
linhagem da qual virá a semente prometida: [Cristo]”.
Capítulo 3
O LIVRO DO ÊXODO
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O livro de Êxodo trata da continuação do relato do Gênesis, mostrando o
desenvolvimento dum pequeno grupo familiar de setenta pessoas numa grande
nação com milhões de pessoas. Os hebreus viveram no Egito por muitos anos,
sendo que a maior parte do tempo em regime de escravidão. Êxodo registra o
desenvolvimento de Moisés, a libertação de Israel do seu cativeiro, a sua
caminhada do Egito até o monte Sinai para receber a lei de Deus e as instruções
divinas a respeito da edificação do tabernáculo. O livro termina com a
construção do Tabernáculo como um lugar da habitação de Deus.
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2. Aos 80 anos, Moisés, fugindo do faraó, passou exilado em Midiã
trabalhando como pastor. Ali, casou-se com Zípora, filha de Jetro, o
sacerdote. Teve dois filhos: Gérson e Eliezer (Êx. 18.34);
3. Os últimos 40 anos foram liderando o povo na jornada pelo deserto,
rumo à terra prometida. Serviu a Deus como profeta, foi sacerdote e
rei antes mesmo da existência desses ministérios entre os judeus.
Moisés, por exemplo, pela tipologia bíblica é um tipo de Cristo, pois ele
liberta da escravidão o povo. Arão funciona como um tipo de Jesus assim como
o sumo sacerdote (28.1) faz intercessão junto ao altar do incenso (30.1). A Páscoa
indica que Jesus é o Cordeiro de Deus que foi oferecido pela nossa redenção
(12.1-22). As passagens “EU SOU” no Evangelho segundo João encontram a sua
origem primeira no livro de Êxodo. João afirma que Jesus é o Pão da Vida;
Moisés fala de duas maneiras do pão de Deus: o maná (16.35) e os pães da
proposição (25.30). João nos conta que Jesus é a luz do Mundo; no tabernáculo,
a menoráh (candelabro) serve como fonte de luz permanente (25.31-40). No Livro
de Êxodo, o óleo representa, de forma simbólica, o Espírito Santo. Por exemplo,
o óleo da unção é um tipo do Espírito Santo, o qual é utilizado pra preparar
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tanto os fiéis como os sacerdotes para o culto divino (30.31). O Fruto do Espírito
Santo está listado em Gl 5.22,23. Uma listagem paralela também pode ser
encontrada em Ex 34.6,7, que descreve os atributos de Deus como compassivo,
clemente, longânimo, bom, fiel, e perdoador. As referências mais diretas ao
Espírito Santo podem ser encontradas em 31.3-11 e 35.30-36.1, quando cidadãos
individuais são capacitados a tornarem-se exímios artífices. Através da obra
capacitadora do Espírito Santo. As habilidades naturais destas pessoas foram
enriquecidas e aumentadas a fim de que executassem as tarefas necessárias com
excelência e precisão.
3. Esboço de Êxodo
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seu benefício, eles poderiam ajustar as suas vidas ao seu jeito de serem, a fim de
continuar recebendo as suas bênçãos.
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O evento das pragas do Egito se tornou ao longo dos anos motivo de
grandes debates e discussões. De um lado o relato bíblico de forma ampla,
clara, e, que revela o propósito de tamanho ato de justiça por parte de Deus. Do
outro lado alguns argumentos científicos, que acreditam no registro bíblico, mas
apontam outras causas para a reação das dez pragas.
As pragas do Egito combinam todos os aspectos das pragas da Bíblia.
Esses eventos são explicados através do exame dos termos hebraicos usados
para defini-los. Muitas palavras derivam da raiz nagap, “atingir, destruir”, e
mostram as pragas como um golpe de Deus para castigar ou punir. A palavra
hebraica negep, no sentido de “golpear, atacar” foi usada como termo de
julgamento. É encontrada relacionada às pragas do Egito apenas em Êxodo
12.13, que fala sobre a morte dos primogênitos. A palavra hebraica maggepa
também que dizer “golpe, matança, praga, pestilência” e é aplicada à praga
somente em Êxodo 9.14 que é um referencia geral a esses acontecimentos.
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3ª. Praga dos Piolhos (Êxodo 8.16-19)
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da chuva de granizo também atraiu os gafanhotos. Após a tempestade, os
ventos fortes mudaram o curso dos gafanhotos etíopes.
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As nove pragas podem ser divididas em três grupos de três pragas cada
um. O primeiro grupo: água convertida em sangue, rãs e piolhos causaram asco
e repugnância. O segundo grupo: as moscas que picavam, a peste sobre o gado
e as úlceras, que foram muito doloridas. O terceiro grupo: a saraiva, os
gafanhotos e as trevas foram dirigidas contra a natureza, produzindo grande
consternação. A morte dos primogênitos foi o golpe do choro e clamor egípcio.
Deus poderia enviar muitas outras pragas, mas por que justamente foram
aqueles tipos de pragas? Simplesmente pela ação egípcia diante da
apresentação do Deus Eterno por parte de seus enviados. Ou seja, no panteão
egípcio existiam no topo as dez principais divindades veneradas, acreditadas,
consideradas superiores e mais populares. O faraó, ao chamar os magos do
Egito, foi orientado a depositar toda sua crença, fé e confiança nas dez grandes
divindades. Era comum a ordem ser passada a todo o império, o que realmente
fez o monarca egípcio. Sendo assim, toda a nação egípcia se prostrava diante de
seus deuses com uma ação de rejeição e confronto ao Deus de Israel.
As dez pragas estão relacionadas ás dez grandes divindades e cabe aqui
lembrar que o faraó também era considerado um deus, a reencarnação de
Hórus.
46
prata, cobre, chumbo, turquesa, lápis-lazúli, faiança ou, ainda, outros materiais.
Por ocasião das cheias, oferendas eram apresentadas ao deus em vários templos
egípcios.
47
abjeto. “Curavam” as pessoas e realizavam consultas usando o pó sagrado da
terra do Egito. Esse pó considerado sagrado agora causava grandes feridas aos
egípcios. Devido a essa praga os sacerdotes egípcios ficaram impossibilitados
de cumprirem seus rituais.
A interpretação científica de que os egípcios raspavam a cabeça por causa
da praga dos piolhos é absurda e insana, visto que, a prática de manter a cabeça
raspada era um costume e não uma reação por causa dos piolhos.
Nut, a deusa do céu limpo. No mito egípcio a deusa Nut engole a barca
de Rá durante a noite, por isso Rá viaja em uma barca durante o dia. Pela
manhã, Rá renasce com a barca debaixo dele e Nut some. Nut acolhe os mortos
no seu império, é muitas vezes representada sob a forma de uma vaca com um
símbolo na cabeça. O mais curioso é que os egípcios tinham em Nut a garantia
de um céu belo e brilhante por sua sustentação. Criam que Nut tinha o poder de
sustentar o céu visível e de protegê-lo. Mas a crença é derrubada em meio a
praga das moscas que poluíram o ar da terra do Egito. Nut é equivalente a
Belzebu, senhor das moscas, conhecido também pelos egípcios.
48
Khnum, um dos deuses relacionados com a criação era simbolizado por
um carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios.
Segundo a lenda, o deus Khnum, um homem com cabeça de carneiro, era quem
modelava, em seu forno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens
e mulheres, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer.
Principal deus da Ilha Elefantina, localizada ao norte da primeira catarata do
Nilo, onde as águas são alternadamente tranquilas e revoltas. Tem duas esposas
Anuket (águas calmas) e Sati (a inundação).
Observe o versículo: “Eis que a mão do SENHOR será sobre teu gado,
que está no campo, sobre os cavalos, sobre os jumentos, sobre os camelos, sobre
os bois, e sobre as ovelhas, com pestilência gravíssima”. Deus jamais faria algo
dessa forma se não houvesse algo por trás. A grande verdade é que quando
lemos um texto bíblico não atentamos para o grande pano de fundo da história.
Foi o que aconteceu com as sugestões e conclusões científicas.
Os egípcios exaltavam esses deuses com cabeças de touros, pois criam
que traziam proteção para seus rebanhos.
49
aqui insinua que Deus falava em juízo contra aquela nação pagã e contra seu
panteão de deuses.
Rá, deus sol. Também com o nome de Ré, um dos principais deuses
egípcios. Em Heliópolis ("a cidade do sol" em grego) é ele que, depois de ter
decidido existir, cria o mundo e o mantém vivo. Quando desaparece no oeste,
à noite, ele é Atum, velho curvado, esperado no além pelos mortos que se
aquecem com seus raios. Pela manhã, renasce no leste com a forma de um
escaravelho (Khepri). Durante o dia clareia a terra, sempre com a forma de um
falcão. Estes três aspectos e 72 outros são invocados em uma ladainha sempre
na entrada dos túmulos reais.
Rá também é identificado com Amon, rei dos deuses, ele é o senhor dos
templos de Luxor e Carnac. Traz algumas funções de Rá: sob o nome de
Amon-Rá, ele é o sol que dá vida ao país. Na época de Ramsés III, Amon
tornou-se um monárquico, mesmo titulo que Ptah e Rá. Frequentemente
representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça
duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de
um carneiro e, mais raramente, de um ganso.
Deus destruiu o suposto poder de Rá, escurecendo toda a terra do Egito.
Ele, O Eterno é o verdadeiro criador do Sol e de todos os astros celestes. Ele
rejeita adoração á sua criatura: “Quando no meio de ti, em alguma das tuas
portas que te dá o SENHOR teu Deus, se achar algum homem ou mulher que
fizer mal aos olhos do SENHOR teu Deus, transgredindo a sua aliança, que se
for, e servir a outros deuses, e se encurvar a eles ou ao sol, ou à lua, ou a todo o
exército do céu, o que eu não ordenei...” Dt. 17.2,3
50
Hórus, encarnação de faraó. Na morte dos primogênitos, Deus atinge o
trono de Faraó. De acordo com a mitologia egípcia o faraó tinha caráter divino,
pois tinha o sangue de seu antepassado, o deus Hórus. Filho de Osíris e Isis,
Horus tem uma infância difícil, sua mãe teve que escondê-lo de Seth que
cobiçava o trono de seu pai. Após ter triunfado sobre Seth e as forças da
desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na
terra. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um
falcão sempre usando as duas coroas de rei do Alto e Baixo Egito. Na qualidade
de deus do céu, Horus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua. Com o nome de
"Horus do horizonte", assume uma das formas do sol, a que clareia a terra
durante o dia. Criador do universo e de todo tipo de vida, Hórus era adorado
em todo lugar. Ele era o deus mais importante de todos os deuses, mas seu
trono é atingido e sua divindade é destruída pelo poder do Deus Todo-
Poderoso.
Conclusão
A ciência pode propagar sua ideologia antibíblica, mas jamais poderá mudar
a história das ações de Deus no Egito. Aconteceu e a própria ciência reconhece,
mas reconhecer o poder de Deus nas pragas do Egito só pode fazer isso quem
consegue conhecer e ter um relacionamento com esse Deus Verdadeiro.
As pragas cumpriram os seguintes propósitos:
5. Os10 Mandamentos
Na dádiva das "Tábuas da Lei", ou seja, nos Dez Mandamentos (Ex. 20.1-
13), Deus resumiu a sua Lei Moral apresentando-a formalmente, e registrando-
a, sucinta e objetivamente, para o benefício do seu povo.
É necessário atentarmos para o contexto histórico da ocasião. Foi a
primeira vez que Deus falou coletivamente ao Seu Povo. Existiram inúmeras
preparações necessárias para ouvi-lo. Essas estão todas relatadas em detalhes a
partir do início do capítulo 19 do livro de Êxodo. Quando nós lemos os dois
51
capítulos (19 e 20) cuidadosamente, procurando nos colocar na situação
atravessada pelo povo de Deus naquela ocasião, verificamos como o texto
transmite o temor do povo perante a santidade de Deus. Isso é impressionante!
Após ouvir ao Senhor e a Moisés, inicialmente, o povo suplicou a Moisés que
intermediasse este contato com Deus, tamanho era o temor (20.19), perante a
majestade do Deus soberano.
Os quatro primeiros mandamentos incluíam os deveres do homem para
com Deus, e os demais seis diziam respeito aos seus deveres para com seus
semelhantes. Os dez mandamentos são repetidos, em forma um tanto diferente,
em Dt. 5. A tradução "mandamentos" para aquilo que as Escrituras chamam de
"dez palavras" impõe uma tonalidade por demais severa a elas. Foram dadas
para que o povo cresse, andasse nelas e por meio delas fosse abençoado.
5.2. O Tabernáculo
52
O povo de Israel permaneceu no monte Sinai até o final do primeiro ano,
ocupado com a construção do Tabernáculo, designado por Deus. O Tabernáculo
se tornou um símbolo da graça de Deus para com seu povo, pois proporcionava
aos homens o resgate da comunhão com o Senhor, por meio do sacrifício pelo
sangue. Mas o que era de fato o Tabernáculo? Qual era o seu propósito? O que
representava?
53
apoiavam-se em bases de prata, duas em cada tábua, ligadas entre si por
barrotes de pau de cetim; cinco para conterem as tábuas a um lado do
Tabernáculo, outros cinco para o outro lado, e cinco para o lado ocidental
(Poente), presos a argolas de ouro (Ex. 26.15-30).
Toda a frente servia de entrada, onde se erguiam cinco colunas de pau de
cetim douradas, cujos capitéis eram de ouro e as bases de bronze, de onde
pendia um véu de jacinto e de púrpura. O interior dividia-se em duas secções,
separadas por uma cortina suspensa de quatro colunas douradas, com capitéis
de ouro e bases de prata (Ex. 26.32-37). Os dois compartimentos ficavam na
parte ocidental (Poente), onde se achava o "Santo dos Santos", medindo 10
côvados (4,44m) em todas as direções, e o "Lugar Santo" que tinha 20 côvados
(8,88m) de comprimento, 10 côvados (4,44m) de largura, e 10 côvados de
altura (4,44m) (Ex. 26.16).
54
d) Azul – Fala da divindade de Cristo e aponta para o Evangelho segundo
João – Evangelho do Filho de Deus.
a) Ouro – Representa o ser divino, Jesus que se fez menor do que os anjos –
Hb 2.9-11.
b) Prata – Representa o Senhor que se fez servo – Fp. 2.7 – É símbolo da
Redenção.
c) Bronze – Representa o justo que se fez pecado – 2ª Co 5.21
d) Madeira (Acácia) – Representa o verbo que se fez carne – Jo. 1.1-2.
Jesus disse: “Eu sou o caminho e a verdade e a vida...” – (Jo. 14.6). Após
proferir essas palavras os judeus entenderam o que ele dissera quando olharam
para o Templo, com suas três principais entradas:
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d) O Candelabro (Menoráh) – Cristo “a Luz do Mundo (Jo. 8.12)
e) A Mesa dos Pães – Cristo “o Pão da Vida” (Jo.6.35)
f) A Arca e o Propiciatório – Cristo “a Esperança da Glória” (Cl. 1.27).
a) Holocausto
- Ato voluntário de adoração
- Expiação pelos pecados involuntários
- Morte para promover vida
- Encontro com a nova vida. Para vivermos temos que nascer de novo por
meio da morte para o mundo.
b) Oblação
- Ato de adoração pela bondade e provisões de Deus
c) Ofertas Pacíficas
- Ato voluntário de ações de graças e comunhão
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Hebreus 8.5 nos diz que o Tabernáculo foi construído a partir de um
padrão celestial que fora mostrado a Moisés no monte Sinai: “Atenta, pois, que o
faças conforme o Seu modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx. 25.40). Estêvão
observou em seu sermão: “Estava entre nossos pais no deserto o tabernáculo do
testemunho, como ordenara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo
que tinha visto” (At. 7.44). O Tabernáculo e, mais tarde, o Templo são tipos que
se tornam padrões que revelam elementos-chave do plano divino de salvação.
2) De acordo com a ciência cética, o que foi de fato a praga das águas
convertidas em sangue?
a. ( ) Um fenômeno comum;
b. ( ) Um milagre inquestionável;
c. ( ) Sangue de animais mortos;
d.( ) Efeito causado por algo desconhecido;
e. ( ) A proliferação de algas vermelhas tóxicas.
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4) Segundo a Tipologia do Tabernáculo, quais as cores que apontam para
Cristo?
a. ( ) Branco, Verde, Vermelho e Preto;
b. ( ) Púrpura, Carmesim, Branco e Azul;
c. ( ) Azul celeste, Amarelo, Lilás e Verde;
d.( ) Branco e Vermelho;
e. ( ) Verde, Amarelo, Azul e Branco.
LEVÍTICOS E NÚMEROS
1. Autor e Data
58
um tanto negativa., que não tentou demonstrar os motivos práticos e religiosos
sobre que a atribuição do livro a Moisés se fundamentava.
Em se tratando da autoria mosaica, com certeza o livro foi composto logo
depois do êxodo, durante os anos de peregrinação. Em seus 27 capítulos, o livro
de Levíticos afirma compor-se das palavras que Deus dirigiu a Moisés. O Novo
Testamento, igualmente, introduz uma citação tirada do livro quando diz “Ora
Moisés escreveu...” (Rm. 10.5). Sendo assim permanece o ano de 1.445 a.C
2. Contexto Histórico
3. Esboço de Levítico
59
Imundícias dos animais 11.1-47
Imundícias do parto 12.1-8
Imundícias da pele 13.1-14.57
Imundícias de emissão 15.1-33
Imundícias morais 16.1-34
Algumas vezes, o Livro de Levítico tem sido encarado como uma obra de
difícil compreensão; entretanto, de acordo com a tradição primitiva, foi o
primeiro livro a ser ensinado para as crianças na educação judaica. Ele lida com
o caráter e a vontade de Deus especialmente em assuntos de santidade, que os
sábios judeus consideravam de importância primária. Eles sentiram que, antes
de proceder a outros textos bíblicos, as crianças deveriam, antes de qualquer
coisa, ser educadas sobre a santidade de Deus e a responsabilidade de cada
indivíduo pra viver uma vida santa. A Santidade (hebr. Kedushah) é uma
palavra-chave em Levítico, descrevendo a santidade da presença divina. A
santidade está sendo separada do profano e santo é oposto do comum ou
secular.
60
Outro tema principal do Livro de Levítico é o sistema sacrificial. Os
holocaustos, hebr.olah הלועreferem-se ao único sacrifício que é totalmente
consumido sobre o altar e, portanto, algumas vezes é chamado de oferta
queimada. As ofertas de manjares (hebr. Minchah) são uma oferta de tributo
feita a fim de garantir ou manter o favor divino, indicando que os frutos do
trabalho de uma pessoa devem ser dedicados a Deus. Os sacrifícios de paz ou
das graças (hebr.shelamim) são designados para fornecer expiação e permitem
que a pessoa que faz a oferta como da carne do sacrifício. Isso costumava
acontecer em ocasiões de alegria. O sacrifício pelos erros (hebr.chatta’t) é
empregado para tirar a impureza do santuário. O sacrifício pelo sacrilégio
(hebr. Asham), também conhecido como oferta pela culpa ou oferta de
compensação, é preparado para a violação da santidade da propriedade de
Deus ou de outras pessoas, normalmente pelo uso de um falso testemunho. Os
erros profanaram a santidade de Deus e é exigida uma oferta.
5. O Sacerdócio
62
administradores de justiça (Deuteronômio 17.8-9; 21:5; Números 5.11-13). Só
eles podiam dar bênção em nome de Deus (Números 6.22-27) e tocar as
trombetas a fim de convocar o povo para a guerra ou para a festa (Números
10.1-10).
Os levitas serviam como sacerdotes desde a idade de 30 até 50 anos
(Números 4.39) ou desde 25 até 50 anos (Números 8.23-26). Depois dos 50 anos,
só lhes era permitido assistir seus colegas sacerdotes.
O dízimo do povo proporcionava alimento e vestuário para os sacerdotes
(Levítico 27.32-33); um décimo do dízimo era entregue aos sacerdotes (Números
18.21, 24-32). Uma vez que a tribo de Levi não possuía território, 48 cidades com
suas pastagens circunvizinhas foram dadas a eles (Números 35.1-8).
Ao contrário do que muitos pensam o sacerdócio em Isarel não é uma
vocação, é uma função. Os textos nuncam expressam um chamado ou escolha
divina, como foi no caso de reis e profetas. Nos documentos antigos, a
nomeação de sacerdotes se fez sem a intervenção divina. Mica escolhe um de
seus filhos, Jz. 17.5, depois um levita, Jz. 17.10, para seu culto doméstico; o povo
de Quiriat-Jearim escolhe Eleazar para guardar a arca, 1º Sm. 7.1. os reis
escolhem ou destituem os oficiantes de seus santuários oficiais, 1º Re. 2.27;
12.31.
63
que coincide com o início da primavera na Terra de Israel, e as estações do ano
são fixadas pelo movimento da Terra em redor do Sol.
Portanto, o calendário judaico, que é o calendário bíblico, é um
calendário misto, lunar e solar, em que os meses são marcados pelos
movimentos da lua, e os anos são marcados pelos movimentos do sol. O ciclo
da lua é de 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 3 segundos, ou seja,
aproximadamente 29 dias e meio.
Por isso, no calendário judaico os meses têm 30 dias e 29 dias,
alternadamente. Portanto, 12 meses, sendo 6 de 30 dias e 6 de 29 dias, dão um
total de 354 dias. Como o ciclo do sol é de 365 dias e seis horas,
aproximadamente, então existe uma diferença de cerca de 11 dias entre o ano
lunar e o ano solar.
Para compatibilizar os meses lunares com o ano solar, esta diferença de
cerca de 11 dias é compensada acrescentando-se em determinados anos um 13 o
mês de 30 dias. Este 13o mês é intercalado antes do mês de Adar, e é chamado
Adar Rishon, que significa Adar Primeiro, e quando isto acontece, o mês de Adar
passa a ser chamado Adar Sheni, que significa Adar Segundo.
Desta forma, temos no calendário judaico anos de 12 e de 13 meses. O
ano de 12 meses é chamado ano “comum”, e o ano de 13 meses é chamado ano
“embolismal”(intercalado).
O primeiro mês do calendário judaico é o mês de Nissan, quando temos a
comemoração de Pessach. Entretanto, o ano novo judaico ocorre em Tishrei
(quando é acrescentado um número ao ano anterior).
7. As Festas de Israel
64
As observâncias dos períodos sagrados e das festividades religiosas
judaicas constituíram um aspecto significativo na religião judaica. Esses dias
santos e períodos sagrados foram decretados por Deus como seus dons para
Israel. As festas mexem com a alma do povo judeu pois estão ligadas ás
lembranças de conquistas, milagres do Eterno, Estatutos e na própria Revelação
de Deus ao povo.
Willian, Tenney e J. Packer, mostram que cada festa possui um caráter
especial e espiritual. A importância de se observar esses “mandamentos”
tornam cada vez mais significativo até mesmo o sentido de existência do povo
de Deus.
65
(Êxodo 12.16; Levítico 23.7; Números 28.18, 25). No segundo dia da festa, o
sacerdote movia um feixe da primeira cevada colhida, perante o Senhor, para
consagrar o começo da colheita. Além dos sacrifícios regulares no santuário, os
sacerdotes sacrificavam diariamente dois novilhos, um carneiro, e sete cordeiros
como oferta queimada e um bode como oferta pelo pecado (Levítico 23.8;
Números 28.19-23).
66
durante a celebração (Levítico 23.40-42). A festa começava no décimo-quinto dia
do sétimo mês (tisri), e durava sete dias. Ela caía no fim da época da colheita ―
daí um terceiro nome para a festividade, a "Festa da Colheita" (Êxodo 23.16;
34.22; Levítico 23:39; Deuteronômio 16.13-15). O sacerdote oferecia uma oferta
queimada especial de 70 novilhos durante a semana. Dois carneiros e 14
cordeiros eram o holocausto diário, e um bode a oferta diária pelo pecado
(Números 29.12-34).
Todo sétimo ano, quando não havia colheita por causa do ano sabático, a
Lei de Moisés era lida publicamente durante a festa. Tempos mais tarde, foi
acrescentado outro dia à Festa das Cabanas para este fim. Era conhecido como
Simhath Torah ("Alegria da Lei"), em homenagem à Lei.
8. As Festas Posteriores
8.2. Yom Kipur ou Kippur, do hebraico רופיכ םוי, o 10º dia do mês hebraico
de Tishrei, é o Dia do Perdão. Quando o Templo Sagrado de Jerusalém estava
de pé, o ponto central desse dia era o serviço lá realizado pelo Cohen Gadol, o
Sumo Sacerdote. Yom Kipur é considerado o dia mais sagrado do ano, onde o
Cohen Gadol, que era o homem mais santo de todo Israel, tinha a permissão de
entrar no Kodesh HaKodashim - o local mais santificado dentro do Templo.
Apenas em Yom Kipur o Sumo Sacerdote era requisitado a realizar
praticamente o serviço inteiro no Templo. Um aspecto interessante da
observância do dia era que o sumo sacerdote simbolicamente transferia os
67
pecados do povo para um bode, ou bode emissário. O sacerdote punha as mãos
sobre a cabeça do bode e confessava os pecados do povo. Então o bode era
levado ao deserto, onde era abandonado para morrer. (Em tempos posteriores,
um assistente conduzia o bode para fora de Jerusalém e o arrojava de um dos
penhascos que havia ao redor da cidade.) Este ato encerrava os ritos do Dia da
Expiação, O povo, livre do pecado, dançava e regozijava-se (cf. Salmo 103.12).
A lei de Moisés exigia somente um jejum ― o Dia da Expiação (Êxodo
30.10; Levítico 16; 23.31-32; 25.9; Números 29.7-11). Este dia caía exatamente
antes da Festa das Cabanas.
As restrições que têm que ser cumpridas nesse dia considerado sagrado
pelos judeus, são principalmente - a proibição de comer, beber, banhar-se,
untar-se, usar calçados de couro e ter relações conjugais, visam suavizar os
pecados de cada indivíduo e tornar Deus mais receptivo ao seu
arrependimento.
Em algum momento de sua vida, o judeu vivencia algum tipo de
arrependimento; ele sente a compulsão de retornar a Deus e de abraçar o
judaísmo. No entanto, durante a maior parte do ano, o ímpeto que o impele à
Teshuvá é o temor. Ele teme as consequências de seus maus atos - preocupa-se
com a retribuição Divina, com o seu estado d'alma, com seu legado espiritual
neste mundo ou com o que o espera no Mundo Vindouro. Em Yom Kipur, no
entanto, o judeu é mobilizado de uma forma mais profunda: sente o anseio de
retornar a Deus e d'Ele se aproximar. No dia mais sagrado do ano, a alma judia
sente que Deus está mais receptivo a suas preces e a seu arrependimento,
esperando e aguardando que cada um se achegue mais a Ele.
Para o judaísmo Yom Kipur é dia de verdadeiramente derramar o
coração perante Deus. É o dia que pode ocorrer uma transformação espiritual -
quando a pessoa recebe a oportunidade de iniciar um novo capítulo em sua
vida e de transformar a escuridão que nela reside em luz. É o dia em que o
judeu se defronta com Deus e, assim sendo, tem o poder de fazer despertar
grande compaixão Divina - sobre todo o Povo Judeu e mesmo sobre todo o
mundo - para que o ano seja bom e doce, espiritual e materialmente.
8.3. Rosh Hashaná (Ano Novo). Rosh Hashaná é a festa de ano novo
judaico, que é definido no Talmud como “Zê HaYom Techilat Ma’asecha, Zikaron
LeYom Rishon”. A tradução literal dessas palavras é: “Este dia, que foi o início
da Tua obra, é a recordação do primeiro dia”. Os judeus cabalistas vão além e
afirmam que de acordo com os ensinamentos da Cabalá, o significado de “Yom
Techilat Ma’asecha”, “o início da Tua obra” não é simplesmente que neste dia,
há milênios, o mundo foi criado, mas que este é o dia em que o mundo é
criado, a cada ano. Em outras palavras, Rosh Hashaná não é o início do ano
porque se segue ao último dia do ano anterior, mas porque o ano se inicia
como um novo fenômeno, completamente à parte do ano que recém termina.
68
Isto significa que em Rosh Hashaná, numa visão espiritual mais ampla do judeu
cabalista, o mundo é criado de novo.
Ainda em Rosh Hashaná é celebrado a proclamação de Deus como Rei
do Universo. A razão para em Rosh Hashaná se proclamar a Majestade Divina
é porque nesse dia o judeu acredita numa tentativa de convencer Deus a
renovar a obra de Suas mãos. O fato óbvio de que não há rei sem súditos tem
um corolário crucial: se os súditos não reconhecem seu rei, este se torna
irrelevante como seu soberano. A festa busca um sentido bem significativo para
vida espiritual do judeu.
O principal mandamento de Rosh Hashaná é o toque do Shofar. Na
pátria ancestral judaica, isso marcava a proclamação do domínio de um rei,
como se lê no Livro dos Profetas, nas narrativas sobre a coroação do rei
Salomão, entre outros. Em Rosh Hashaná, se ouve o toque do Shofar, pois é o
som que proclama a Sagrada coroação de Deus, nessa visão espiritual judaica.
O Talmud ensina que há coisas que a pessoa não percebe com nenhum
de seus cinco sentidos, mas que seu Mazal – a raiz de sua alma, que vive fora de
seu corpo – consegue ver. De acordo com os judeus, na véspera de Rosh
Hashaná, as almas subconscientemente sentem que o mundo chegou a uma
encruzilhada crucial – que não é um ano que simplesmente atinge seu final, mas
que o próprio mundo chega ao fim, e que cabe ao povo Judeu assegurar-se de
que seja novamente recriado.
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de sacerdotes que não eram levitas, principalmente na época dos juízes e no
início da monarquia, mas isso é um outro assunto.
9.1. As funções dos levitas. O Dr. Halley mostra que o ministério levítico
era amplo em suas atividades, diferente em relação ao que se pensa em nossos
dias. Os levitas tinham uma atividade honrosa que compreendia: o serviço no
santuário (Nm 3.6; 1º Cr 15.2) o auxílio nos sacrifícios (Jr. 33.18,22), no
transporte da Arca da Aliança, na responsabilidade para com o ensino da
Lei (Dt 31.9; 22.10), na música (1ª Cr. 25.1) e, no uso da autoridade para
abençoar. “Parece, portanto, que os deveres dos levitas incluíam tanto o serviço
de Deus como um papel de relevância no governo civil”, conclui Dr. Halley
(Manual Bíblico de Halley – p. 222, Ed. Vida – 9ª reimpressão 2011).
Davi foi o responsável por inseriu a música como parte integrante do
culto, afinal, ele era músico e compositor desde a sua juventude (1º Sm.16.23).
Atribuiu a alguns levitas a responsabilidade musical. No 1º livro das Crônicas
capítulos 9.14-33; 23.1-32; 25.1-7, vemos diversas atribuições dos levitas. Havia
então entre eles porteiros, guardas, padeiros, cantores, instrumentistas e até o
tesoureiro era levita (1ª Cr. 26.20-28; 2º Cr. 5.13; 34.12).
9.2. Os levitas em nossos dias. Deixo bem claro que o ministério levítico
descrito na Bíblia, teologicamente interpretado, não possui sequer nenhuma
ligação com os chamados “levitas cristãos” de nossos dias. A começar pela
ampla organização ministerial, postura, atividade, contexto histórico, religioso e
cultural, promessas bíblicas, seleção, critérios, períodos e épocas.
Mas, não poderia deixar de considerar a forma do uso atual, pois, se
torna importante esclarecer aqui, que a verdade no que tange ao “levitismo
evangélico”, ficou obscura por causa do erro interpretativo das Escrituras
propagado pelos não estudantes da Bíblia. Ou seja, se queremos assim
considerar o ministério levítico em nosso meio, à luz da Palavra de Deus, todos
os que servem em qualquer ministério relacionado ao culto e ao templo, podem
e devem ser chamados também de "levitas".
A falsa idéia de que apenas músicos são levitas, mais uma vez
considerando teologicamente o assunto no contexto atual, é totalmente
contrária aos textos e relatos bíblicos. E mais, se torna um fato irônico chamar
de levita aquele músico que, muitas vezes, exerce seu ministério na igreja tendo
uma irreverência explícita no próprio culto, confundindo a adoração coletiva
com seu show particular e, ignorando o conhecimento teológico e profundo da
Palavra, o que o distancia mais ainda dos levitas bíblicos que possuíam grande
sabedoria das Escrituras e extrema visão espiritual.
Concluo expressando o desejo de que os verdadeiros cristãos, que
buscam para si a mesma nomenclatura do chamado levítico, possam exercer
seus ministérios de uma forma em que suas ações possam refletir, pelo menos,
70
uma expressiva parcela da responsabilidade, zelo, dedicação e compromisso
dos levitas da Bíblia Sagrada.
71
ordenado ao legislador que o escrevesse (Nm. 33.2). Jesus e os apóstolos
relacionam Moisés com os acontecimentos de Números em muitas ocasiões (Jo.
3.14; 1ª Co. 10; Hb. 3; 10.28), e Jesus referiu-se a Moisés como o autor do
Pentateuco (Jo. 5.46).
A data em que foi escrito é confirmada em sua conclusão em 1.405 a.C.
Números começa com a ordem dada pelo Senhor em 1º de maio de 1.444 a.C.
para se fazer o recenseamento do povo e termina com uma assembleia às
margens do Jordão, pouco antes da morte de Moisés. A data 14 de abril para a
segunda páscoa é dada retroativamente a fim de explicar a data opcional para
os que celebraram a Páscoa mais tarde (Nm. 9).
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Preparo da nova geração 26.1-36.13
73
3. A Partida de Cades (20.14-36.13). Embaixada a Edom; morte de Arão,
serpentes ardentes, guerra contra Moabe, nova contagem, regulamento para
divisão da terra, vitória sobre os midianitas, etc.
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rebelaram contra Moisés e foram castigados. O próprio Moisés rebelou-se por
um momento (20.1-13), e por isso foi impedido de entrar em Canaã.
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2. ( ) Ronald E. Clements colaborador do Comentário Bíblico Broadman, Ed.
Juerp, afirma que tradicionalmente os mestres judaicos não aceitavam Moisés
como autor de Levítico, e, na realidade nem do Pentateuco.
4. ( ) Yom Kipur ou Kippur, do hebraico רופיכ םוי, o 10º dia do mês hebraico de
Nissan, é o Dia da Celebração.
Capítulo 5
DEUTERONÔMIO
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-palavras. A Septuaginta chamou-o de “Deuteronômio”, que significa “Segunda
Lei” ou “Repetição da Lei”, nome que também a *Vulgata Latina adotou.
Deuteronômio é muito mais que a mera repetição da lei. Explicam-se os
privilégios e as responsabilidades do povo escolhido e sua relação com o
Senhor. Reafirma o Senhor como o único Deus (4.35; 6.4), o “Deus fiel, que
guarda oconcerto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam” (7.9). Israel
é o povo escolhido de Deus em virtude da aliança que fez com eles no Sinai.
Israel é um reino de sacerdotes e nação santa (Êxodo 19.6). Os israelitas
herdarão todas as promessas feitas a seus pais.considerando que Israel é o único
povo com quem o Senhor estabeleceu concerto, deviam reverenciá-lo e amá-lo
(4.10; 5.29; 6.5; 10.12; 11.1, 13, 22).
*A Vulgada Latina. A Vulgata foi uma tradução bíblica que surgiu por uma solicitação do Papa Damaso feita em
382. Jerônimo deveria revisar a Itala em confronto com a Septuaginta grega (embora que Jerônimo já conhecesse
bem o hebraico, Damaso não tinha pretendido originalmente nada tão radical como seria uma nova tradução latina
do hebraico original). O AT foi traduzido diretamente do hebraico, e do NT revisto. Em assuntos bíblicos, foi
Jerônimo o homem mais sábio do seu tempo. Era também dotado de grande piedade e valor moral. Para realizar
esta obra, ele instalou-se num mosteiro, em Belém. Baseou-se na Héxapla de Orígenes. A versão foi feita em 387-
405 d.C. Tinha Jerônimo 60 anos quando iniciou a tarefa. Já antes, em Belém, fizera a revisão da Antiga Versão
Latina. A Vulgata foi a Bíblia da Igreja do Ocidente na Idade Média. Foi também ela o primeiro livro impresso
após a invenção do prelo, saindo à luz em 1452, em Mogúncia, Alemanha. Devido à popularidade e difusão que
teve, foi, no tempo de Gregório o Grande (604 d.C), denominada “Vulgata”, do latim “vulgos” = povo, isto é, versão
do povo, popular, corrente. Por mil anos a Vulgata foi a Bíblia de quase toda a Europa. Foi ela também a base de
inúmeras traduções para outras línguas. Foi decretada como a Bíblia oficial da Igreja Romana no Concilio de Trento,
4ª Sessão, em 8 de abril de 1546; decreto este somente cumprido em 1592 com a publicação de nova edição da
Vulgata pelo Papa Clemente VIII. Jerônimo faleceu em Belém, em 420.
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século a.C., quando constituía a primeira parte da história de Israel, que
continha os livros de Josué, Juízes, Samuel e Reis. Quando se lê o livro deste
ponto de vista, ele fornece as perspectivas teológicas básicas, a partir das quais
a história inteira há de ser interpretada. Suas afirmações características são
repetidas muitas vezes nos livros que o seguem.
3º. Um livro Pactual – Deuteronômio possui uma relevância tal que convida a
nova nação a permanecer na aliança firmada no deserto. Os capítulos 5-30,
especialmente, proclamam este convite à aliança ou reavivamento pactual. Tem
a qualidade de se posicionarem entre ontem e hoje, mas estando muito
próximos a ambos.
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livro. Pouco antes de sua morte, declarou que tinha escrito esta lei
antes de entregá-la aos sacerdotes (Dt. 31.9,24-26).
*Homilética. O termo é derivado do Grego “ homilos” o que significa, multidão, assembleia do povo, derivando
assim outro termo, “homilia” ou pequeno discurso do verbo “ homileu” conversar. O termo Grego “homilia” significa
um discurso com a finalidade de convencer e agradar. Portanto, Homilética significa “A arte de pregar “ou
“discursar”. No Novo Testamento a palavra grega mais usada para o pregador, pregação, proclamação, é kerusso,
que aparece mais de 60 vezes e significa “proclamar como um arauto”. A outra palavra interligada a essa é
euaggelizomai, que enfatiza a boa qualidade da mensagem e das “boas notícias”, do mesmo termo ευαγγελιον
(euaggelion). Mas R. H. Mounce diz que “Paulo e seus companheiros também pregavam para assembleias de
crentes e essa pregação consistia de uma mistura de instruções e discipulado, exortação ética e encorajamento
escatológico. Nos estudos bíblicos atuais esse último tipo de discurso público é chamado didachê (ensino) [da
mesma raiz de διδασκαλια - didaskalia] que se distingue, de forma um pouco categórica, de kerygma (pregação).”
(WYCLIFFE, p. 1589). Claudionor Corrêa de Andrade em seu “Dicionário Teológico” registra que a palavra
“pregação” [Do lat. praedicare] trata da “proclamação da Palavra de Deus, visando a divulgação do conhecimento
divino, a conversão dos pecadores e a consolação dos fiéis.” (Cpad, 17ª edição, p. 303).
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3. Esboço de Deuteronômio
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de forma clara as soluções para as principais passagens, buscando revelar a
sintonia do livro com os demais registros no Pentateuco, como as seguintes:
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Deuteronômio 34). Estes versículos parecem ser não mais do que uma inserção
explanatória, com vistas a leitores posteriores.
5. Uma nova redação inspirada eliminaria também o meio pelo qual toda
palavra profética poderia ser testada por aqueles para quem ela foi dada.
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6. A teoria de novas redações altera ainda a posição da autoridade divina que,
estando na mensagem profética original (dada por Deus através do profeta),
passa para a comunidade dos crentes em gerações posteriores. Isso é contrário
ao verdadeiro princípio da canonicidade, segundo o qual Deus determina a
canonicidade e o povo de Deus simplesmente descobre o que ele determinou e
inspirou.
8. Tal postura confunde ainda a legítima atividade dos escribas - que envolvia
o zelo pelas formas gramaticais, a atualização de nomes e a fidelidade ao
conteúdo profético - com alterações ilegítimas de conteúdo, feitas sobre os
escritos da mensagem de um profeta.
3.3. Horebe e Sinai. Outra suposta contradição diz respeito aos nomes
Horebe e Sinai onde em Êxodo 19.1 afirma que Moisés recebeu a Lei no monte
Sinai (cf. v. 18). Mas em Deuteronômio 4.10 afirma-se que Moisés a recebeu "em
Horebe". Onde foi, realmente, que ele recebeu a Lei?
Para Geisler e Howe várias são as explicações possíveis para esta
divergência. Alguns eruditos acreditam que Sinai possa ter sido o nome mais
antigo o Horebe, o menos antigo do mesmo lugar. Outros sustentam que
Horebe possa ter sido o nome da serra em geral e Sinai, o nome específico de
um dos montes pertencentes a ela. Ainda outros crêem que Sinai é que era o
nome do conjunto de todas as montanhas da região, sendo Horebe um
determinado monte ali. Ou, ainda, que os dois nomes oram intercambiáveis.
Seja como for, os autores bíblicos, muito mais próximos dos eventos
originais do que nós hoje, não viram problema algum em usar os dois nomes.
Horebe é usado 17 vezes e monte Sinai, 21 vezes no AT. O uso de dois nomes
não é algo fora do comum. O nome oficial do pico mais alto da América do
Norte, o monte McKinley, no Alasca, é chamado de Denali por nativos
americanos e por muitos outros.
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Conclusão. A contribuição de Deuterônomio para o estudante da Bíblia se
dá principalmente por essa ponte de confirmação da Verdade revelada nos
livros anteriores. O livro revela detalhes que ampliam ainda mais a
interpretação do Pentateuco, tornando muito mais compreensível o texto
sagrado, além de nos manter envolvidos em todos os relatos posteriores.
a. ( ) Bereshit – “Princípio”;
b. ( ) Toráh;
c. ( ) Shemot- “Nomes”.
d.( ) Deuterós;
e. ( ) Devarim, “ – דבריםpalavras”.
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d.( ) Como parte inicial da Toráh, parte filosófica e didática;
e. ( ) Como parte final da História de Israel, meio e fim da Toráh .
a. ( ) Josué;
b. ( ) Moisés;
c. ( ) Calebe;
d.( ) Esdras;
e. ( ) Nenhuma das opções.
a. ( ) Dificuldades teológicas;
b. ( ) Supostos erros da Bíblia;
c. ( ) Discrepâncias;
d.( ) Supostas contradições;
e. ( ) Supostos erros originais.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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- DAVIDSON, Francis – Novo Comentário da Bíblia – Ed. Vida Nova – 3ª
edição;
- PRICE, Randall - Pedras que Clamam, Editora CPAD, 2001, São Paulo;
- GIBSON, John C. L. - Genesis, The Daily Study Bible, vol. 1 - Edinburgh: The
Saint Andrews Press, 1981;
- PEARLMAN, Myer. “Através da Bíblia livro por livro”. Ed. Vida – 1996;
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