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CURSO DE DIREITO
Porto Alegre
2018
JÉSSICA DE FATIMA OLIVEIRA FERREIRA
Porto Alegre
2018
SUMÁRIO
2. TEMA.............................................................................................................. 4
3. DELIMITAÇÃO DO TEMA............................................................................. 4
5. JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 5
6. OBJETIVOS .................................................................................................. 6
7. HIPÓTESES ................................................................................................... 6
8. EMBASAMENTO TEÓRICO.......................................................................... 7
9. METODOLOGIA .......................................................................................... 12
CURSO: Direito
CONTATO: jessika_jeh.21@hotmail.com
2. TEMA
O presente trabalho tem por objeto de estudo uma análise crítica acerca
da influência midiática, no que tangem as decisões proferidas pelo tribunal do
júri, bem como suas possíveis consequências, tais quais, a não observância do
contraditório, presunção de inocência, plenitude de defesa, dentre outros.
3. DELIMITAÇÃO DO TEMA
4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
4
5. JUSTIFICATIVA
5
6. OBJETIVOS
7. HIPÓTESES
6
8. EMBASAMENTO TEÓRICO
(...) O espetáculo que inverte o real é produzido de forma que a realidade vivida acaba
materialmente invadida pela contemplação do espetáculo, refazendo em si mesma a ordem
espetacular pela adesão positiva. A realidade objetiva está presente nos dois lados. O alvo é
passar para o lado oposto: a realidade surge no espetáculo, e o espetáculo no real. Esta
alienação recíproca é a essência e o sustento da sociedade existente.
2ALBERT, P.; TERROU, F. História da imprensa. EDIÇÃO. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
3DEBORD, G. A sociedade do espetáculo – Comentários sobre a sociedade do espetáculo. Trad.
Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
7
Continua por outro capitulo:
(...) A primeira fase da dominação da economia sobre a vida social levou, na definição
de toda a realização humana, a uma evidente degradação do ser em ter. A fase presente da
ocupação total da vida social em busca da acumulação de resultados econômicos conduz a uma
busca generalizada do ter e do parecer, de forma que todo o «ter» efetivo perde o seu prestígio
imediato e a sua função última. Assim, toda a realidade individual se tornou social e diretamente
dependente do poderio social obtido.
4 STREK, Lenio Luiz. Tribunal do Júri: símbolos e rituais. 2.ed. Porto Alegre, RS: Livraria do Advogado,
p.51 - 52
5 NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 5. ed. 3. tir. São Paulo:
8
Apelação, cerceando a garantia da ampla defesa, o que seria observado na
constituição posterior.6
6 STREK, Lenio Luiz. Tribunal do Júri: símbolos e rituais. 2.ed. Porto Alegre, RS: Livraria do Advogado,
p.51
7 CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2012, p 648.
9
funcionamento judicial. Uma comunicação social com veleidades justiceiras seria, na realidade,
tão inadequada e perigosa como polícias e tribunais preocupados, antes de tudo o resto, com a
sua imagem e impacto mediáticos.8
(...) A cobertura sensacionalista da mídia nos casos criminais evidencia-se por uma série
de indícios e sintomas perceptíveis em diferentes graus. Dentre outros, são eles (a) a separação
de maneira maniqueísta e simplista dos personagens envolvidos em certa trama entre bons( que
geralmente são identificados de modo claro como “nós”) e maus ( que sempre são identificados
de modo claro com “eles”); (b) a criação bem definida de estereótipos da categoria “bandida” dos
personagens (mau = “eles”); (c) a criação e recriação de diferentes distorções da realidade(
retratada, por vezes, pela preferência assumida a priori pela versão oficial e, por conseguinte,
acusatória); e (d) a crescente penetração de uma ideologia do medo no seio da sociedade e o
recrudescimento da sensação generalizada cada vez maior de (in)segurança pública. 9
(...) O juiz dificilmente resiste: estão aí as decisões em que se toma ordem pública por
pressões da imprensa. Com os jurados é pior: envolvidos pela opinião pública, construíram
massivamente por campanhas da mídia orquestradas e frenéticas, é difícil exigir deles outra
conduta que não seguir a corrente.10
Em se tratando de uma prática que atinge todas as pessoas, assim como o jurados, é
muito possível que, de certa forma, um julgamento acabe atribuindo valor de prova a algo que
sequer adentrou no processo, (...)não há dúvidas de que a exposição massiva dos fatos e atos
processuais, os juízos paralelos e o filtro do cronista afetam o (in) consciente dos jurados, além
de acarretarem intranquilidade e apreensão.11
8 OLIVEIRA, Marcus Vinicius Amorim de. O tribunal do júri e a mídia. Escritório online. Fortaleza. p. 2
9 ANDRADE, Fábio Martins de. A influência dos órgãos da mídia no processo penal: o caso Nardoni.
São Paulo: Revista dos Tribunais, volume 889, novembro de 2009, p. 480 – 505.
10 BASTOS, Márcio Thomaz. Júri e Mídia. In: TUCCI, Rogério Lauria Tribunal do Juri: estudo sobre a mais
democrática instituição jurídica brasileira. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999. p. 115.
11 LOPES JR., Aury. Introdução crítica ao processo penal: fundamentos da instrumentalidade garantista.
10
pressionado a agir afim da satisfação dos anseios da população, a qual aguarda
uma posição judiciaria a respeito do que “ouviu” ou “viu” veiculado na mídia.
12 MORAES, Maurício Zanoide de. Presunção de inocência no processo penal brasileiro: análise de
sua estrutura normativa para a elaboração legislativa e para a decisão judicial. Rio de Janeiro: Editora
Lumen Juris, 2010. p. 513 - 514
13 NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 5ª Edição. São Paulo:
11
Observando- se no entanto o papel exercido pela mídia na transmissão
de informações considerado o meio mais rápido e eficaz de propagação de
temas debatidos na atualidade, utiliza-se também deste como mecanismo de
defesa aos direitos do cidadão, logo a liberdade de imprensa deve ser exercida
observando a honra, a imagem, a intimidade e a vida privada do cidadão,
independentemente do fato ao qual o vincula com tal instituto, devendo-se
processos de cunho investigatório, condenatório, bem como casos em que
envolvam comoção por parte da sociedade tornarem-se sigilosos, para que
assim o julgamento possa observar legalidade, presunção de inocência do
acusado, ampla defesa, tal qual se garanta um julgamento imparcial por parte do
corpo do júri.
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9. METODOLOGIA
13
10. CRONOGRAMA
ATIVIDADES FEV MAR ABR MAI JUN P FEV MAR ABR MAI JUN
Escolha do tema e do A
orientador
Encontros com o U
orientador
Pesquisa bibliográfica S
preliminar
Leituras e elaboração de A
resumos
Elaboração do Projeto
Revisão bibliográfica
complementar
Entrega do Projeto de P
pesquisa
Coleta de dados A
complementares
Redação da monografia U
Apresentação do Trabalho A
em Banca
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11. PROPOSTA DE SUMÁRIO DE TCC II
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 00
1.TRIBUNAL DO JÚRI ..................................................................................... 00
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12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
STREK, Lenio Luiz. Tribunal do Júri: símbolos e rituais. 2.ed. Porto Alegre, RS:
Livraria do Advogado.
CAPEZ, Fernando. Curso de processo penal. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2012
BASTOS, Márcio Thomaz. Júri e Mídia. In: TUCCI, Rogério Lauria Tribunal do
Juri: estudo sobre a mais democrática instituição jurídica brasileira. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 1999.
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MORAES, Maurício Zanoide de. Presunção de inocência no processo penal
brasileiro: análise de sua estrutura normativa para a elaboração legislativa e
para a decisão judicial. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2010.
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