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Moisés institui a Páscoa como uma celebração anual. Assim, a Páscoa é a festa judaica
mais antiga. Os judeus deveriam celebrar a Páscoa seguindo as regras básicas que
foram determinadas no Pentateuco (Êxodo 12; Levítico 23; Deuteronômio 16).
O cordeiro macho e sem defeito de até um ano que seria sacrificado, era separado do
rebanho por cada família no décimo dia do primeiro mês e guardados até o décimo
quarto dia. O animal deveria ser assado inteiro, e sem que nenhum osso fosse
quebrado.
O animal deveria ser comido muito rapidamente com as ervas amargas e os pães
asmos. Os judeus também deveriam comer do cordeiro com trajes de viagem, para que
a saída apressa do Egito fosse celebrada. As sobras do cordeiro também deveriam ser
queimadas, pois não era permitido aproveitá-las no dia seguinte.
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TÓPICO 2: A CEIA DO SENHOR
A Santa Ceia do Senhor é uma ordenança do próprio Jesus à sua Igreja. Essa ordenança
é observada pela maioria das tradições cristãs. Apesar de ser conhecida de todos os
cristãos, muitos não entendem plenamente o seu significado.
Mas muitas pessoas interpretam a Santa Ceia do Senhor de forma errada. Elas
defendem que a cada realização da Santa Ceia, o sacrifício de Jesus é repetido.
Esse tipo de entendimento é chamado de transubstanciação, pois diz que
supostamente o pão e o vinho se transubstanciam literalmente no corpo e no sangue
de Jesus, porém, essa ideia não encontra base bíblica alguma.
A interpretação bíblica correta diz que a Santa Ceia é uma recordação do sacrifício
redentivo de Jesus na cruz, e não uma repetição dele.
Essa oração era conhecida como “uma benção (do Senhor)”, e benção nesse sentido,
em grego, traduz-se por eulogia ou eucaristia. Isso nos dá de imediato uma primeira
referencia acerca do contexto original da Eucaristia: a ceia judaica.
A ultima refeição de Jesus na companhia de seus discípulos foi a ceia de Páscoa, esse
cenário não foi de modo algum esquecido com rapidez pelos primeiros crentes, que
eram judeus.
A liturgia da Páscoa compreende de modo geral os seguintes elementos principais:
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• Palavras de explicação sobre o pão: “Este é o pão da aflição, que os nossos pais
comeram quando saíram do Egito”.
• Pergunta: por que esta noite é diferente das outras?
(A pergunta deflagra o cerimonial de hagadah(histórias) propriamente dita: a história da
primeira páscoa.
• Seguem-se diversas perguntas e respostas sobre o cordeiro da Páscoa, o pão
ázimo e as ervas amargas.
• Primeira parte dos Salmos: 113-114
• Santificação do segundo cálice de vinho e do pão, dos pães ázimos e das ervas
amargas.
• A ceia
• Benção da ceia, e benção do terceiro cálice de vinho
• Segunda parte dos Salmos: 115-118
• Louvor final (Salmo 136) e oração.
Com relação a comida e a bebida, observamos que o cordeiro pascal, o pão e as ervas
amargas recebem uma explicação do seu significado especifico – o pão em particular
recebia explicação e não o vinho.
Com isso em mente leiamos a narrativa da Última Ceia de Jesus em Lucas 22.14-20.
Observamos a sequência: cálice, pão, ceia, cálice – exatamente como na ceia da Páscoa.
Todas as principais orações feitas pelos judeus á mesa de refeição (e muitas outras
também) tem a forma da chamada benção.
Todas elas começam com as palavras: “Bendito sois vós, ó Senhor, nosso Deus”.
Umas das razões para a escolha desse formato especifico se deve a uma prescrição
bíblica importante registrada em Deuteronômio: 8.10.
Em grego, o equivalente do verbo bendizer é eulogein ou eucharistein; os substantivos
correspondentes são eulogia ou eucharistia.
Isto significa que o substantivo mais comumente usado para a Santa Ceia ou (Santa
Comunhão) na igreja primitiva, eucaristia, procede daquilo que era considerado como a
característica mais fundamental de todo o evento: a oração feita sobre o pão e o vinho.
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Oração eucarística encontrada em documentos do 1º séc.:
1. Primeiramente, sobre o cálice: damos-te graças, nosso Pai, pelo vinho santo de
Davi, teu servo que nos deste a conhecer por meio de Jesus, teu servo – tua é a
glória para sempre.
2. E pelo pão partido: Damos-te graças, nosso Pai, pela vida e pelo conhecimento,
que nos deste a conhecer por meio de Jesus, teu servo – tua é a glória para
sempre.
Tal como este pão partido foi espalhado pelas montanhas, mas foi novamente reunido e
feito um só, concede também que sua igreja seja reunida, desde os confins da terra, em
teu reino – pois tua é a glória e o poder através de Jesus Cristo para sempre
Ninguém, porém, coma ou beba de tua eucaristia, exceto aqueles que foram batizados
no Nome do Senhor. Pois a esse respeito, disse também o Senhor: “não dês aos cães
aquilo que é sagrado”.
O tema da oração final é a reunião futura da igreja de todos os confins da terra, vemos
isto reproduzido na oração do 1º século:
1. Nós te damos graças, ó Pai Santo, por teu Nome Santo que fizeste tabernacular
em nossos corações, e pelo conhecimento, pela fé e pela imortalidade que nos
deste a conhecer por meio de Jesus, teu servo – tua é a glória para sempre.
2. Tu, Senhor Onipotente, criaste todas as coisas por causa de Teu Nome, e deste
de comer e de beber aos homens para que nisso se regozijassem, para que
pudessem te agradecer. A nós, porém, tu abençoaste com alimento e bebida
espirituais e com luz eterna por meio do teu servo. Acima de tudo, nós te
agradecemos porque és Todo-Poderoso – tua é a glória para sempre.
3. Lembra, Senhor, da tua igreja, livrando-a de todo mal e aperfeiçoando-a no teu
amor, chamando-a dos quatro ventos, santa, para teu reino que preparaste para
ela- teu é o poder e a glória para sempre.
Venha a graça, e este mundo passe.
Hosana ao Deus de Davi.
Aquele que for santo, venha!
Aquele que não for, arrependa-se!
Maranata, amém.
LUCAS 22.28-30
LUCAS 13.29
APOCALIPSE 19.7-9