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A IGREJA PRIMITIVA

SANTA CEIA (EUCARISTIA)

TEXTO BASE: LUCAS 22.15-18

TÓPICO 1: A PASCOA JUDAICA

É uma das 3 principais festas denominadas peregrinação.


A primeira Páscoa judaica foi realizada no mês de Abibe (posteriormente chamado de
Nisã), que corresponde ao período entre Março e Abril em nosso calendário. Esse mês
se tornou o primeiro mês do calendário judaico. A Páscoa também está ligada à Festa
dos Pães Asmos e a dedicação dos primogênitos.

O que significa Páscoa?

A palavra Páscoa significa “passar por cima”, do hebraico pessach, derivado do


verbo passah, “saltar” ou “passar”. Este significado faz referência à ocasião em Deus
enviou a décima praga sobre o Egito. Essa décima praga resultou na morte de todos os
primogênitos, mas os israelitas nada sofreram.
Portanto, quando o juízo de Deus atingiu os egípcios, as casas dos israelitas que
estavam marcadas com o sangue do cordeiro que havia sido sacrificado, foram
poupadas. Desse modo, o significado “passar por cima” transmite o sentido de
“poupar”, ou seja, passar por cima por misericórdia. O juízo de Deus “passou por cima”
dos israelitas.

Observância da Páscoa no decorrer da história dos Hebreus

Moisés institui a Páscoa como uma celebração anual. Assim, a Páscoa é a festa judaica
mais antiga. Os judeus deveriam celebrar a Páscoa seguindo as regras básicas que
foram determinadas no Pentateuco (Êxodo 12; Levítico 23; Deuteronômio 16).

O cordeiro macho e sem defeito de até um ano que seria sacrificado, era separado do
rebanho por cada família no décimo dia do primeiro mês e guardados até o décimo
quarto dia. O animal deveria ser assado inteiro, e sem que nenhum osso fosse
quebrado.

O animal deveria ser comido muito rapidamente com as ervas amargas e os pães
asmos. Os judeus também deveriam comer do cordeiro com trajes de viagem, para que
a saída apressa do Egito fosse celebrada. As sobras do cordeiro também deveriam ser
queimadas, pois não era permitido aproveitá-las no dia seguinte.

Durante a celebração da Páscoa o chefe da família explicava o significado do ritual às


crianças. Depois, também foi instituída uma segunda Páscoa, um mês depois, para
beneficiar aqueles que não puderam participar da primeira celebração (Números 9:1-
14).

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TÓPICO 2: A CEIA DO SENHOR

A Santa Ceia do Senhor é uma ordenança do próprio Jesus à sua Igreja. Essa ordenança
é observada pela maioria das tradições cristãs. Apesar de ser conhecida de todos os
cristãos, muitos não entendem plenamente o seu significado.

Qual o significado da Santa Ceia?

A Santa Ceia é a recordação do sacrifício de Cristo. Ao participarmos da Santa Ceia,


lembramo-nos do indescritível amor de Deus por nós, ao entregar seu Filho como
sacrifício em nosso lugar.
Mas a Santa Ceia do Senhor é muito mais do que uma simples lembrança. Ela
representa a realidade da obra da redenção.

Mas muitas pessoas interpretam a Santa Ceia do Senhor de forma errada. Elas
defendem que a cada realização da Santa Ceia, o sacrifício de Jesus é repetido.
Esse tipo de entendimento é chamado de transubstanciação, pois diz que
supostamente o pão e o vinho se transubstanciam literalmente no corpo e no sangue
de Jesus, porém, essa ideia não encontra base bíblica alguma.

A interpretação bíblica correta diz que a Santa Ceia é uma recordação do sacrifício
redentivo de Jesus na cruz, e não uma repetição dele.

TÓPICO 3: A CEIA DO SENHOR NA IGREJA PRIMITIVA

O que os cristãos modernos chamam normalmente de Santa Ceia, a igreja primitiva


chamava de Eucaristia. É um nome judeu, uma vez que procede do termo original
judaico dado às orações feitas por ocasião das refeições.

Antes e depois de cear, os judeus agradeciam a Deus de acordo com um formato


especial de oração, conforme prescrito no livro de Deuteronômio 8.10: “Depois que
tiverem comido até ficarem satisfeitos, louvem o Senhor, o seu Deus”.
Assim, a oração dos judeus a hora da refeição começava da seguinte forma: “Bendito
sois vós que nos proporcionastes...”.

Essa oração era conhecida como “uma benção (do Senhor)”, e benção nesse sentido,
em grego, traduz-se por eulogia ou eucaristia. Isso nos dá de imediato uma primeira
referencia acerca do contexto original da Eucaristia: a ceia judaica.

Pano de fundo da Ceia Cristã no 1º século

A ultima refeição de Jesus na companhia de seus discípulos foi a ceia de Páscoa, esse
cenário não foi de modo algum esquecido com rapidez pelos primeiros crentes, que
eram judeus.
A liturgia da Páscoa compreende de modo geral os seguintes elementos principais:

• Santificação inicial do primeiro cálice;

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• Palavras de explicação sobre o pão: “Este é o pão da aflição, que os nossos pais
comeram quando saíram do Egito”.
• Pergunta: por que esta noite é diferente das outras?
(A pergunta deflagra o cerimonial de hagadah(histórias) propriamente dita: a história da
primeira páscoa.
• Seguem-se diversas perguntas e respostas sobre o cordeiro da Páscoa, o pão
ázimo e as ervas amargas.
• Primeira parte dos Salmos: 113-114
• Santificação do segundo cálice de vinho e do pão, dos pães ázimos e das ervas
amargas.
• A ceia
• Benção da ceia, e benção do terceiro cálice de vinho
• Segunda parte dos Salmos: 115-118
• Louvor final (Salmo 136) e oração.

Se desmembrarmos essa sequencia teremos os seguintes elementos:


1. Santificação introdutória do vinho e do pão (nessa ordem), e a benção final
sobre a refeição (incluindo também o vinho). Com relação ao pão e ao vinho
temos a seguinte sequência: cálice, pão, ceia, cálice.
2. A pergunta sobre a diferença dessa ceia em relação as outras deflagra a história
explicativa.

Com relação a comida e a bebida, observamos que o cordeiro pascal, o pão e as ervas
amargas recebem uma explicação do seu significado especifico – o pão em particular
recebia explicação e não o vinho.
Com isso em mente leiamos a narrativa da Última Ceia de Jesus em Lucas 22.14-20.

Observamos a sequência: cálice, pão, ceia, cálice – exatamente como na ceia da Páscoa.

A oração Eucarística e a Ceia Pascal

Todas as principais orações feitas pelos judeus á mesa de refeição (e muitas outras
também) tem a forma da chamada benção.
Todas elas começam com as palavras: “Bendito sois vós, ó Senhor, nosso Deus”.
Umas das razões para a escolha desse formato especifico se deve a uma prescrição
bíblica importante registrada em Deuteronômio: 8.10.
Em grego, o equivalente do verbo bendizer é eulogein ou eucharistein; os substantivos
correspondentes são eulogia ou eucharistia.
Isto significa que o substantivo mais comumente usado para a Santa Ceia ou (Santa
Comunhão) na igreja primitiva, eucaristia, procede daquilo que era considerado como a
característica mais fundamental de todo o evento: a oração feita sobre o pão e o vinho.

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Oração eucarística encontrada em documentos do 1º séc.:

Com relação a eucaristia, assim deveis proceder:

1. Primeiramente, sobre o cálice: damos-te graças, nosso Pai, pelo vinho santo de
Davi, teu servo que nos deste a conhecer por meio de Jesus, teu servo – tua é a
glória para sempre.
2. E pelo pão partido: Damos-te graças, nosso Pai, pela vida e pelo conhecimento,
que nos deste a conhecer por meio de Jesus, teu servo – tua é a glória para
sempre.
Tal como este pão partido foi espalhado pelas montanhas, mas foi novamente reunido e
feito um só, concede também que sua igreja seja reunida, desde os confins da terra, em
teu reino – pois tua é a glória e o poder através de Jesus Cristo para sempre

Ninguém, porém, coma ou beba de tua eucaristia, exceto aqueles que foram batizados
no Nome do Senhor. Pois a esse respeito, disse também o Senhor: “não dês aos cães
aquilo que é sagrado”.

“Vida e conhecimento” são dons vinculados ao pão. Na terminologia judaica, vida e


conhecimento são considerados dons de salvação conferidos pela Sabedoria de Deus,
geralmente identificados com a Bíblia. João 6.35 “Eu sou o pão da vida”.

O tema da oração final é a reunião futura da igreja de todos os confins da terra, vemos
isto reproduzido na oração do 1º século:

E depois de terdes vos alimentado, estando satisfeitos, assim dareis graças:

1. Nós te damos graças, ó Pai Santo, por teu Nome Santo que fizeste tabernacular
em nossos corações, e pelo conhecimento, pela fé e pela imortalidade que nos
deste a conhecer por meio de Jesus, teu servo – tua é a glória para sempre.
2. Tu, Senhor Onipotente, criaste todas as coisas por causa de Teu Nome, e deste
de comer e de beber aos homens para que nisso se regozijassem, para que
pudessem te agradecer. A nós, porém, tu abençoaste com alimento e bebida
espirituais e com luz eterna por meio do teu servo. Acima de tudo, nós te
agradecemos porque és Todo-Poderoso – tua é a glória para sempre.
3. Lembra, Senhor, da tua igreja, livrando-a de todo mal e aperfeiçoando-a no teu
amor, chamando-a dos quatro ventos, santa, para teu reino que preparaste para
ela- teu é o poder e a glória para sempre.
Venha a graça, e este mundo passe.
Hosana ao Deus de Davi.
Aquele que for santo, venha!
Aquele que não for, arrependa-se!
Maranata, amém.

LUCAS 22.28-30
LUCAS 13.29
APOCALIPSE 19.7-9

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