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Aula 1: Da Sucessão Legítima ...................................................................................

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Introdução .......................................................................................................... 2
Conteúdo ................................................................................................................. 3
Do direito sucessório ....................................................................................... 3
A abertura da sucessão ................................................................................... 3
Princípio da saisina ......................................................................................... 3
Aceitação da herança ...................................................................................... 5
Renúncia à herança ........................................................................................ 7
Da sucessão legítima ...................................................................................... 8
A capacidade sucessória e a inseminação artificial post mortem ......................... 8
Capacidade sucessória legítima ....................................................................... 10
Exclusão do herdeiro indigno .......................................................................... 10
Ordem de vocação hereditária ........................................................................ 12
Modos de suceder.......................................................................................... 13
Modos de partilhar ......................................................................................... 14
Referências ............................................................................................................ 15
Exercícios de fixação ............................................................................................ 16
Chaves de resposta .................................................................................................................... 19

TÓPICOS AVANÇADOS DE DIREITO SUCESSÓRIO 1


Introdução
Neste encontro serão discutidos vários aspectos do direito sucessório causa
mortis e seus aspectos gerais. A abertura da sucessão, o princípio da Saisine
(passagem), a aceitação da herança e suas formas legais e a renuncia à
herança e suas consequências jurídicas. Serão abordados ainda a sucessão
legítima, a capacidade sucessória, inclusive a do herdeiro concebido por
inseminação artificial post mortem, bem como os casos e efeitos da exclusão do
herdeiro indigno. Por fim, serão examinados a ordem de vocação hereditária, os
modos de suceder e os modos de partilhar.

Objetivo:
1. Entender os aspectos gerais do direito sucessório causa mortis, seus
princípios regentes e os mecanismos jurídicos pertinentes à sucessão;

2. Discutir as questões controvertidas no direito sucessório com o envolvimento


dos personagens interessados na sucessão, abordando as soluções legais,
jurisprudenciais e doutrinárias.

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Conteúdo

Do direito sucessório
O direito sucessório é o ramo do direito que estuda as relações jurídicas
existentes no momento da morte. Os direitos titularizados pelo extinto serão
transmitidos aos seus sucessores, o qual deve obedecer a ordem de vocação
hereditária que será posteriormente abordada. A sucessão, nesse caso, é a
substituição da titularidade dos direitos, em consequência da morte, que põe fim
a personalidade jurídica.

O conceito de sucessão, nas palavras de Claudia de Almeida Nogueira:

“O vocábulo suceder ou sucessão, tem vários significados. Em sentido


lato significa vir depois, ocupar o lugar de alguém, tanto para a
sucessão intervivos como para a causa mortis. Em sentido restrito,
consiste em ocupar a posição do finado nas relações jurídicas
transmissíveis como a consequente devolução dos bens que a este
pertenciam aos seus sucessores” (NOGUEIRA, 2007, p. 1).

A abertura da sucessão
A abertura da sucessão ocorre no momento da morte, mesmo que os herdeiros
não tenham ciência de sua ocorrência. É nesse momento que a propriedade e a
posse dos bens do de cujus se transmite para os herdeiros (Princípio de
Saisine).

Não se pode confundir o momento da abertura da sucessão com o momento da


abertura do inventário. A finalidade do inventário é separar os bens do falecido
e partilhá-los entre os herdeiros, enquanto a abertura da sucessão representa o
momento do falecimento, marcado pela transmissão do patrimônio, direitos e
deveres do de cujus, aos herdeiros.

Princípio da Saisine
Os herdeiros, conforme o Princípio de Saisine, tornam-se titulares dos direitos

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do falecido no momento da morte, ou seja, propriedade e posse dos bens do de
cujus se transferem para os herdeiros no momento exato do falecimento,
conforme o artigo 1.784 do Código Civil:

“Artigo 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos


herdeiros legítimos e testamentários”.

O princípio de Saisine encontra fundamento no fato de que os bens e relações


do de cujus não podem ficar vagando sem titularidade até o fim do inventário.
Por este motivo a sucessão é regulada pela lei em vigor no tempo da morte,
conforme o art.1.787 do C.C.

Atenção
Carlos Roberto Gonçalves afirma, em sua obra Direito Civil Brasileiro, o
seguinte:
“Com efeito, aberta a sucessão, a herança se transmite imediatamente aos
herdeiros, como preceitua o artigo 1.784 do código civil, tornando-se estes
titulares de direitos adquiridos. Tal situação ‘definitivamente constituída,
não pode ser afetada ou comprometida por um fato novo, ou por lei nova,
ex vi do estatuído no Artigo 5º, n. XXVI, da Constituição federal de 1988 e
no Artigo 2041 do Código civil de 2002. Em matéria de vocação hereditária
não se legisla para alcançar o passado, mas apenas para rever o futuro. A
lei do dia da morte rege todo o direito sucessório, quer se trate de fixar a
vocação hereditária, quer de determinar a extensão da quota hereditária.
Não pode a lei nova disciplinar sucessão aberta na vigência da lei anterior’.
(...)
Outra consequência do Princípio da Saisine consiste em que o herdeiro que
sobrevive ao de cujus, ainda que por um instante, herda os bens por este
deixados e os transmite aos seus sucessores, se falecer em seguida. Por
derradeiro, uma vez que a transmissão da herança se opera no momento

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da morte, é nessa ocasião que se devem verificar os valores do acervo
hereditário, de forma a determinar o monte partível e o valor do imposto
de transmissão causa mortis. Dispõe a Súmula 112 do supremo Tribunal
federal: ‘O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota
vigente ao tempo da abertura da sucessão’ (GONÇALVES, 2012, p. 41).

Aceitação da herança
A aceitação da herança é um negócio jurídico unilateral, individual e
incondicional por meio do qual o sucessor concorda com a transmissão dos bens
do falecido ao seu patrimônio, que decorre de determinação legal. Assim, a lei
permite que o herdeiro tenha liberdade de afirmar se aceita ou não a herança.

A aceitação da herança apenas confirma a transmissão já ocorrida por força do


Princípio de Saisine.

“Artigo 1.804. Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao


herdeiro, desde a abertura da sucessão. Parágrafo único. A transmissão tem-se
por não verificada quando o herdeiro renúncia à herança.”

Aceitação expressa
A aceitação pode ser expressa, feita por escrito, nos termos do Artigo 1.805
do Código Civil.

Assim, na aceitação expressa o herdeiro assume formalmente a sua qualidade


de sucessor. Essa declaração por escrito, será feita por instrumento público ou
particular – não é admitida forma oral, no nosso ordenamento jurídico.

Aceitação tácita
A aceitação tácita exige que o sucessor pratique atos que indiquem
inequivocamente sua qualidade de herdeiro, ou seja, ele deve se comportar
como quem quer a herança, como ocorre quando outorga procuração a um
advogado para se habilitar no inventário ou abre a própria ação de inventario.
Entretanto, a simples administração do patrimônio não faz com que se possa
afirmar que ele aceitou a herança.

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Aceitação presumida
A aceitação que chamamos de presumida está prevista no Artigo 1.807 do
Código Civil. Nessa hipótese, qualquer interessado pode requerer ao juiz que
estabeleça prazo para o herdeiro aceitar a herança; caso ele permaneça inerte,
presume-se que ele aceitou.

A aceitação pode se dar de forma direta ou indireta; a primeira, quando o


próprio herdeiro tem a oportunidade de se manifestar no sentido de aceitar a
herança, como estabelece o Artigo 1.809 do Código Civil.

A segunda, a aceitação indireta, não se dá pelo herdeiro, mas através das


formas seguintes:

a) Aceitação pelos sucessores: morrendo o herdeiro o direito de aceitar a


herança passa a seus sucessores (art.1809 C.C.).

b) Aceitação por mandatário ou gestor de negócios: feita por procurador, desde


que tenha poderes para tanto.

c) Aceitação pelos credores: para que os credores dos herdeiros não saiam
prejudicados, caso estes renunciem à herança, podem aqueles aceitá-la no lugar
dos herdeiros, com o objetivo de satisfazer seus créditos (art.1813 C.C.).

Na aceitação indireta, a aceitação pode ser feita por sucessores, por


mandatário, por tutor ou curador ou ainda pelos credores do herdeiro, nos
termos do Artigo 1.813 do Código Civil.

Vale lembrar que a aceitação feita por credores do herdeiro se limita ao valor da
dívida, ou seja, se o quinhão hereditário for maior que o valor do débito, esse
será devolvido ao monte.

A aceitação e a renúncia são irretratáveis (art.1812 C.C.) e, seus efeitos são


imediatos e definitivos. De acordo com o Artigo 1.812 do Código Civil, ao
aceitar ou renunciar a qualidade de herdeiro o sucessor não pode se arrepender

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posteriormente.

Cumpre ressaltar que a aceitação ou a renúncia, em regra, recai sobre a


totalidade da herança e conforme o Artigo 1.808 do Código Civil a herança
não pode ser aceita ou renunciada em parte. A única possibilidade de aceitação
ou renúncia parcial ocorre quando o herdeiro é chamado à sucessão por mais de
um título sucessório e é facultado aceitar um e renunciar o outro. Por exemplo,
um herdeiro legítimo que também é contemplado por testamento tem direito a
duas quotas hereditárias por causas diferentes, e neste caso, pode aceitar a
legítima e renunciar o quinhão testamentário ou ao contrário.

A aceitação, como já verificamos, é negócio jurídico unilateral; portanto, se for


verificado algum vício de vontade, como erro, dolo, coação, estado de perigo,
lesão ou fraude contra credores, poderá ser anulada.

No caso do erro de pessoa, hipótese em que a deixa testamentária contempla


alguém em razão desta pessoa ter praticado determinada conduta ou possuir
determinada qualidade, a anulação também poderá ocorrer se posteriormente
for verificado que a pessoa contemplada, ainda que já tenha aceito a herança
ou o legado, não praticou a conduta mencionada ou não possuía tal qualidade.

Atividade proposta
Junior é filho de José e foi criado por seus avós, pois foi abandonado por seus
pais quando era um bebê. No dia 10 de janeiro de 2014, José morre deixando
bens a Junior, seu único herdeiro. Junior aceitou a herança, mas, antes de
finalizado o inventário, está arrependido, pois não quer ser possuidor de nada
que tenha sido de seu pai que o abandonou. A aceitação poderá ser revogada?

Chave de resposta: Não, a aceitação é irrevogável, nos termos do Artigo


1.804 do Código Civil.

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Renúncia à herança
A renúncia à herança nas palavras de Carlos Roberto Gonçalves:

“A renúncia da herança é negócio jurídico unilateral, pelo qual o


herdeiro manifesta a intenção de se demitir dessa qualidade. Segundo
Itabaiana de Oliveira, é o ato pelo qual o herdeiro declara,
expressamente, que não quer aceitar, preferindo conservar-se
completamente estranho à sucessão” (GONÇALVES, 2012, p. 100).

Assim, o herdeiro tem a faculdade de abrir mão da contemplação hereditária;


mas, da mesma forma que a aceitação, a renúncia não admite retratação como
o que preceitua os artigos 1806 e 1812, C.C.do Código Civil.

A forma mais comum de renúncia é por termos nos autos – basta que seja
registrado o comparecimento da parte e seja assinada uma declaração com
propósito de abrir mão do seu quinhão sucessório.

Neste caso o advogado peticiona dizendo que seu cliente deseja renunciar à sua
quota e o cartório o chama para assinar o termo. Entretanto, a renúncia
também pode ser feita por escritura pública anexada aos autos, conforme o
art.1806 do C.C.

A renúncia pode ser:

 Abdicativa - Se dá a favor do monte, sem mencionar nenhum


favorecido.
 Translativa - Indica-se um beneficiário especifico, ou seja, o
renunciante renuncia a favor de alguém, o que significa que pratica duas
ações: aceita a herança tacitamente e a doa a outro.

A espécie de renúncia é relevante para questões tributárias, pois, na renúncia


abdicativa, só será devido o imposto por transmissão mortis causa, enquanto na
translativa será devido também o imposto por transmissão intervivos.

A renúncia só poderá ser feita pelo absolutamente capaz, não se admitindo

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representação para renúncia da herança, pois o representante á apenas um
administrador do patrimônio do incapaz e não possui poderes para alienar. A
renúncia feita pelo representante só será admitida se previamente autorizada
pelo juiz e o juiz só a autorizará se provada utilidade para o requerente.

Vale lembrar que, como a herança é considerada bem imóvel, o renunciante


casado precisa da anuência do cônjuge para que tal negócio jurídico produza o
efeito desejado – assim estabelece o Artigo 1.647, inciso I, do Código Civil.

Vale lembrar que, como a herança é considerada bem imóvel (art.80, II, C.C.), o
renunciante casado precisa da anuência do cônjuge para que tal negócio jurídico
produza o efeito desejado – assim estabelece o Artigo 1.647, inciso I, do Código
Civil.

O art.1647, I, do C.C. é claro no sentido de que nenhum cônjuge pode, sem a


autorização do outro, alienar imóvel, sob pena de anulabilidade (art.1649 C.C.).
Considerando o art.80, II, C.C., a sucessão aberta – herança ou quota
hereditária – tem natureza de bem imóvel (ficção jurídica) e, em que pese
algumas divergências, a jurisprudência majoritária equipara a renúncia a um ato
de alienação, motivo pelo qual exige a autorização conjugal para a sua validade.

Entretanto, o art.1647, I, C.C. dispensa essa autorização quando o regime de


bens entre os cônjuges for o da separação absoluta, o que significa que se o
renunciante for casado por este regime, poderá renunciar independentemente
da outorga uxória.

Importante esclarecer também que existem duas espécies de Separação:


Separação Convencional, derivada de acordo, e Separação Legal/Obrigatória,
imposta por lei nas hipóteses do art.1641 do C.C., cujo exemplo mais comum é
da pessoa que se casa com 70 (setenta) anos ou mais.

De acordo com a súmula 377 do STF, “no regime de separação obrigatória


comunicam-se os bens adquiridos na constância do casamento.” A interpretação

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mais comum é no sentido de que neste regime, os bens adquiridos depois do
casamento devem ser partilhados na proporção do quanto cada um contribuiu,
ou seja, só serão partilhados os bens adquiridos posteriormente ao matrimônio,
derivados do esforço patrimonial comum de ambas as partes, evitando-se o
enriquecimento sem causa de qualquer uma delas. (STJ).

Nessa linha de raciocínio a única hipótese de Separação Absoluta, que inadmite


qualquer comunicação de patrimônio, é a Separação Convencional, posto que na
Separação Obrigatória, de acordo com a súmula mencionada, pode haver
comunicação de bens.

Assim, se o renunciante é casado pela Separação Convencional não precisará da


autorização conjugal para a validade do seu ato, mas se casado pela Separação
Obrigatória, ou qualquer outro regime de bens, a outorga uxória será
indispensável.

Atenção!

Importante esclarecer também que existem duas espécies de Separação:


Separação Convencional, derivada de acordo, e Separação Legal/Obrigatória,
imposta por lei nas hipóteses do art.1641 do C.C., cujo exemplo mais comum é
da pessoa que se casa com 70 (setenta) anos ou mais.

De acordo com a súmula 377 do STF, “no regime de separação obrigatória


comunicam-se os bens adquiridos na constância do casamento.” A interpretação
mais comum é no sentido de que neste regime, os bens adquiridos depois do
casamento devem ser partilhados na proporção do quanto cada um contribuiu,
ou seja, só serão partilhados os bens adquiridos posteriormente ao matrimônio,
derivados do esforço patrimonial comum de ambas as partes, evitando-se o
enriquecimento sem causa de qualquer uma delas. (STJ).

Nessa linha de raciocínio a única hipótese de Separação Absoluta, que inadmite


qualquer comunicação de patrimônio, é a Separação Convencional, posto que na

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Separação Obrigatória, de acordo com a súmula mencionada, pode haver
comunicação de bens.

Assim, se o renunciante é casado pela Separação Convencional não precisará da


autorização conjugal para a validade do seu ato, mas se casado pela Separação
Obrigatória, ou qualquer outro regime de bens, a outorga uxória será
indispensável.

A renúncia à herança terá as seguintes consequências:

1. Exclusão do sucessor renunciante.

2. Acréscimo da parte do renunciante ao quinhão dos demais herdeiros,


conforme Artigo 1.810 do Código Civil.

3. Impossibilidade da sucessão por representação, de acordo com o Artigo


1.811 do Código Civil.

Se um herdeiro renuncia à herança, sua parte não vai para seus descendentes,
mas para aqueles que se encontram na mesma classe que ele. Ex: Você deixou
quatro filhos: A, B, C e D, cada qual com dois filhos. Se A renúncia à herança
sua quota não vai para os seus filhos, mas para seus três irmãos, o que significa
que não cabe representação na renúncia.

Entretanto, importante dizer que o filho do renunciante pode herdar em


determinadas circunstâncias, embora nunca por representação. Ex: Se todos os
herdeiros renunciam – A, B, C e D - seus filhos herdam como se eles nunca
tivessem existido, ou seja, herdam por direito próprio e por cabeça (dividido
igualmente pelo número de cabeças/pessoas).

OBS: Herdar por representação significa herdar apenas o que outra pessoa
receberia se não tivesse morrido.

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Da sucessão legítima
A sucessão legítima, ou legal, decorre do que está determinado em lei, que
determina quem substituirá o morto nos direitos que era titular. Essa forma de
suceder é admissível, assim como a sucessão testamentária, conforme Artigo
1.786 do Código Civil.

“Artigo 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade.”

OBS: O herdeiro que recebe por determinação da lei é chamado de legítimo, e


aquele que recebe por determinação do testamento é chamado de herdeiro
testamentário. Entretanto, não se pode confundir herdeiro legítimo com legítima,
nome que se dá à metade da herança reservada obrigatoriamente para os
herdeiros necessários.

Capacidade sucessória legítima


Segundo Silvio de Salvo Venosa, em Direito Civil:

“A capacidade para suceder é a aptidão para se tornar


herdeiro ou legatário numa determinada herança. A
vocação hereditária está na lei, norma abstrata que é. Daí
porque a lei diz que são chamados os descendentes, em
sua falta os ascendentes, cônjuge, colaterais até quarto
grau e Estado. O cônjuge, no mais recente Código,
ascende ao estado de herdeiro necessário e concorrerá a
herança com os descendentes, em determinadas situações,
bem como com os ascendentes (Artigo 1.829)” (VENOSA,
p. 49).

Assim, a capacidade sucessória é um direito do herdeiro de assumir todos os


direitos e obrigações do falecido. Seguindo o que preceitua o Artigo 1.798 do
Código Civil: “Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no
momento da abertura da sucessão”.

Dessa forma, reconhecemos os direitos sucessórios de quem está vivo ao

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tempo da abertura da sucessão e ficam resguardados os direitos do nascituro,
em conformidade com o já mencionado art.1798 do C.C., combinado com o art.
2º do Código Civil.

Assim, se o sujeito morre e deixa quatro filhos vivos e um na barriga de uma


mulher, sua herança deve ser dividida em cinco partes, contudo, a entrega da
parte do nascituro está condicionada ao seu nascimento com vida.

O artigo 1799 do C.C. abre uma exceção e permite que o testador deixe
herança ou legado para prole eventual, ou seja, para o filho futuro de alguém.
Ex: Você faz testamento deixando 10% do que tem para o filho futuro de sua
melhor amiga (art.1799, I, C.C.).

Neste caso sua amiga deve estar viva ao tempo de seu falecimento, em
primeiro lugar porque o filho será dela e em segundo porque, a princípio, ela é
quem irá administrar a quota que o beneficia até que venha a nascer (art.1800,
caput e parágrafo primeiro, C.C.).

Todavia, o filho futuro deve ser concebido no prazo máximo de dois anos da
morte do de cujus sob pena de ineficácia da deixa testamentária (art.1.800,
parágrafo quarto, C.C.).

Os parágrafos segundo e terceiro do art.1799 C.C. permitem ainda que o


testamento beneficie pessoa jurídica.

A capacidade sucessória e a inseminação artificial post mortem

Surge uma questão polêmica referente ao filho concebido por inseminação


artificial post mortem: sua capacidade sucessória e o princípio da igualdade
entre os filhos.

O Artigo 1.597, inciso III, do Código Civil presume a filiação quando da


fecundação artificial, desde que com a autorização do marido e da esposa, o
que significa que o filho nascido desse método, ainda que após o falecimento

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do marido, presumidamente é seu, o que conflita com a capacidade sucessória
vista no Artigo 1.798 do Código Civil.

Em se tratando de herança legítima o art.1798 do C.C., como mencionado


anteriormente, só atribui capacidade sucessória à pessoa viva ao tempo da
abertura da sucessão, ou pelo menos concebida, não incluindo o inseminado
post mortem.

No entanto, se o marido deixar autorização por escrito autorizando a


implantação do embrião congelado em sua esposa, após a sua morte, e ela
assim o fizer, nascendo essa criança muito se discute a respeito de seu direito
hereditário.

“Artigo 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:


(...)
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido.
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários,
decorrentes de concepção artificial homóloga;”

A norma é clara no sentido de que o Código Civil atual presume a paternidade


do inseminado post mortem, desde que o procedimento tenha sido autorizado
previamente pelo homem e pela mulher (Resolução 1957/10 e enunciado 106
da I JDC), mas o Código Civil nada dispõe acerca dos direitos sucessórias da
criança futura.

Sendo a doutrina divergente a respeito do tema, existem três correntes:

1. A primeira corrente não admite nenhum direito ao filho inseminado após


a morte do pai. Essa corrente entende que a morte revoga a autorização
da reprodução assistida e, seguindo a linha do direito alemão, não
concede a ela direitos, ou seja, a mãe não teria legitimidade para dar
continuidade a um projeto familiar sem a presença do marido.

2. A segunda corrente admite que o concebido post mortem tenha os

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diretos relativos à Família, porém não admite os referentes a Sucessões,
admitindo, porém, que seja incluído através do testamento na condição
de prole eventual, de acordo com o art.1799, I e 1800, parágrafo quarto,
do C.C.

3. A terceira e última corrente entende que o filho concebido após a morte


do pai goza de plenos direitos, tanto no âmbito do Direito de Família
quanto no âmbito do Direito das Sucessões, independentemente de
testamento: podem ser registrados com o nome do falecido e terão
direitos sucessórios em igualdade com os outros filhos. O Ilustre Caio
Mario da Silva Pereira é adepto dessa corrente e a jurisprudência
majoritária também (III Jornada de Direito Civil, enunciado 267).

Com o advento do provimento 52 de 14 de março de 2016, a Corregedoria


Nacional de Justiça no artigo 1º, § 1º, estabeleceu que os pais em união
estável poderão se valer da presunção de paternidade nos mesmo moldes que
no casamento, aplicando-se a esta, portanto, todas as considerações
anteriores.

Atenção!
Publicado no DO em 15 mar 2016

Dispõe sobre o registro de nascimento e emissão da respectiva certidão dos


filhos havidos por reprodução assistida

A Corregedora Nacional de Justiça, Ministra Nancy Andrighi, no uso de suas


atribuições legais e constitucionais;
Considerando o previsto no art. 227, § 6º, da Constituição Federal, e no art.
1.609 do Código Civil;
Considerando as disposições do Provimento nº 13/2010 da Corregedoria
Nacional de Justiça, bem como da Resolução nº 175/2013 deste Conselho;
Considerando o acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal, em
05.05.2011, no julgamento conjunto da ADPF nº 132/RJ e da ADI nº 4277/DF,
em que foi reconhecida a união contínua, pública e duradoura entre pessoas do

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mesmo sexo como família, com eficácia erga omnes e efeito vinculante para
toda a Administração Pública e os demais órgãos do Poder Judiciário;

Considerando o acórdão proferido pela Quarta Turma do Superior Tribunal de


Justiça, em 25/10/2011, no julgamento do REsp 1.183.378/RS, que garantiu às
pessoas do mesmo sexo o direito ao casamento civil;

Considerando a Resolução nº 2.121/2015, do Conselho Federal de Medicina,


que estabelece as normas éticas para o uso de técnicas de reprodução
assistida, tornando-a o dispositivo deontológico a ser seguido por todos os
médicos brasileiros;

Considerando a necessidade de uniformização em todo território nacional do


registro de nascimento e da emissão da respectiva certidão para os filhos
havidos por técnica de reprodução assistida, de casais heteroafetivos e
homoafetivos.

Resolve: Art. 1º O assento de nascimento dos filhos havidos por técnicas de


reprodução assistida, será inscrito no livro "A", independentemente de prévia
autorização judicial e observada a legislação em vigor, no que for pertinente,
mediante o comparecimento de ambos os pais, seja o casal heteroafetivo ou
homoafetivo, munidos da documentação exigida por este provimento.§ 1º Se
os pais forem casados ou conviverem em união estável, poderá somente um
deles comparecer no ato de registro, desde que apresentado o termo referido
no art. 2º, § 1º, inciso III deste Provimento.

Exclusão do herdeiro indigno


A natureza jurídica da exclusão por indignidade é matéria controvertida na
doutrina, uns entendem tratar-se de situação equivalente a incapacidade
sucessória, uma falta de aptidão para receber a herança.

Outra corrente doutrinária entende ser uma penalidade imposta ao herdeiro


indigno por ter praticado algum ato contra o autor da herança previsto no rol
do Artigo 1.814 do Código Civil.

TÓPICOS AVANÇADOS DE DIREITO SUCESSÓRIO


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A sentença penal condenatória terá efeitos na decisão de exclusão, nas palavras
de Claudia de Almeida Nogueira.

A exclusão por indignidade se dá mediante ação própria, movida por


interessado, herdeiro ou legatário, contra o indigno, a qual segue o rito comum,
após a data do óbito, em até quatro anos, pois o Artigo 1.815 do Código Civil
faz previsão desse prazo decadencial (provando as causas da exclusão e
considerando os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa).

Vale lembrar que o Ministério Público tem legitimidade ativa na ação de


exclusão por indignidade, como foi decidido na I Jornada de Direito Civil do
Conselho da Justiça Federal em enunciado nº 116:

“116 – Art. 1.815: O Ministério Público, por força do art. 1.815 do novo Código
Civil, desde que presente o interesse público, tem legitimidade para promover
ação visando à declaração da indignidade de herdeiro ou legatário”.

Os efeitos da sentença de exclusão retroagem à data da morte, o que significa


que o indigno deve devolver tudo que recebeu, com frutos e rendimentos,
desde que a partilha já tenha sido feita quando da imutabilidade da sentença
(art.1817, parágrafo único, C.C.). Se, entretanto, o indigno já tiver alienado
algum bem antes da decisão, a alienação será válida considerando a boa-fé do
terceiro (art.1817, caput, C.C.).

De acordo com o art.1816 do C.C. o excluído é considerado pré-morto para os


efeitos da lei, o que significa que seus sucessores receberão a herança ou o
legado no seu lugar, por representação. Importante esclarecer, contudo, que
ainda que seus filhos sejam menores, o indigno não se aproveita dessa
herança, nem como usufrutuário e nem mesmo como sucessor eventual do
patrimônio.

“Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os


descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele

TÓPICOS AVANÇADOS DE DIREITO SUCESSÓRIO 17


morto fosse antes da abertura da sucessão.

Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito


ao usufruto ou à administração dos bens que a seus
sucessores couberem na herança, nem à sucessão
eventual desses bens.”

Isso ocorre em razão do Princípio da Intranscendência ou Personalidade da


Pena, por meio do qual a pena não pode ultrapassar a pessoa do culpado. Além
disso, o art.1851 do C.C. admite a herança por representação na hipótese da
pré-morte, e a lei trata os indignos e os deserdados como pré-mortos,
exatamente para que seus descendentes possam herdar por representação.

O indigno poderá ser reabilitado, se o autor da herança fizer uma declaração


por escrito; se fizer apenas uma contemplação por testamento posterior, o

indigno fará jus apenas ao bem que foi estipulado pelo falecido, conforme
Artigo 1.818 do Código Civil.

“Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem


a exclusão da herança será admitido a suceder, se o
ofendido o tiver expressamente reabilitado em
testamento, ou em outro ato autêntico. Parágrafo único.
Não havendo reabilitação expressa, o indigno,
contemplado em testamento do ofendido, quando o
testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade,
pode suceder no limite da disposição testamentária.”

Ordem de vocação hereditária


A ordem de vocação hereditária é a ordem legal de chamamento das classes a
suceder, conforme o que estabelece o Artigo 1.829 do Código Civil.

A ordem de vocação hereditária será utilizada quando o falecido não deixar


testamento; ou se o testamento for nulo ou caduco; ou, ainda, se o testamento

TÓPICOS AVANÇADOS DE DIREITO SUCESSÓRIO 18


mencionou apenas parte do patrimônio; e, por último, se deixar herdeiros
necessários.

Herdeiros Necessários, também chamados de Reservatários, são aqueles para


os quais a lei reserva a metade do que o morto tinha, de acordo com o art.1846
do C.C. Essa metade, para eles reservada, é chamada de Legítima, e a
princípio, não pode ser afastada, salvo por efeito da deserdação.

Os Herdeiros necessários são o cônjuge, os descendentes e os ascendentes de


acordo com a literalidade do art.1845 do C.C, mas a jurisprudência atualmente
considera o companheiro também incluso nesse rol.

Os herdeiros necessários, elencados no Artigo 1.845 do Código Civil, têm a


metade dos bens do falecido, como estabelece o Artigo 1.846 do mesmo
diploma legal, e não podem ser afastados por testamento, salvo nas hipóteses
de deserdação.

Eles não se confundem com os herdeiros legítimos elencados no Artigo 1.829.


Os herdeiros necessários também são legítimos, mas nem todo herdeiro
legitimo é necessário, como é o caso dos colaterais.

Herdeiros legítimos são aqueles descritos no art.1829 do C.C., ou seja, aqueles


que podem vir a suceder, obedecida a ordem lá descrita, e herdeiros
necessários são os herdeiros legítimos para os quais a lei reserva a metade da
herança. Os colaterais são legítimos mas não são necessários, motivo pelo qual
podem ser afastados da herança livremente, sem qualquer motivo, bastando
que o falecido tenha deixado testamento excluindo-os ou deferindo toda a
herança a terceiros.

“Artigo 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o


cônjuge.

Artigo 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade


dos bens da herança, constituindo a legítima.”

TÓPICOS AVANÇADOS DE DIREITO SUCESSÓRIO 19


Os herdeiros serão chamados a suceder de acordo com a ordem legal, seguindo
a regra de que a classe mais próxima afasta a mais remota.

Dessa forma, se existirem descendentes, herdeiros previstos no inciso I do


referido Artigo 1.829, não serão chamados a suceder os ascendentes,
considerados herdeiros da segunda classe. E, ainda, o descendente de grau
mais próximo exclui a herança do herdeiro mais remoto, ou seja, se existir filho
legitimado a suceder, os netos não herdarão por direito próprio.

Modos de suceder
São três os modos de suceder previstos no nosso ordenamento jurídico:

 Sucessão por direito próprio


Esse modo de suceder ocorre quando todos os sucessores são do mesmo
grau como, por exemplo, na hipótese em que todos são filhos ou todos
são netos do autor da herança.
 Sucessão por direito de representação
É uma exceção à regra de que o mais próximo exclui o mais remoto,
caso haja diversidade de graus entre os herdeiros. Os mais próximos
recebem por direito próprio e os demais por representação. Esse modo
de suceder tem lugar se houver herdeiro pré-morto concorrendo com
outros do mesmo grau, vivos; lembrando que o indigno e/ou o
deserdado são tratados como pré-mortos.

 Sucessão por direito de transmissão


Esse modo se dá quando o herdeiro que estava vivo ao tempo da
abertura da sucessão morre antes de aceitar a herança transmitindo esse
direito (direito de aceitação) a seus sucessores (art.1809 C.C.).

Modos de partilhar

São três os modos de suceder previstos no nosso ordenamento jurídico:

TÓPICOS AVANÇADOS DE DIREITO SUCESSÓRIO 20


 Divisão por cabeça
Essa divisão é adequada quando os herdeiros estão no mesmo
degrau da escada parental, ou seja, quando possuem o mesmo
grau de parentesco para com o falecido, sucedendo por direito
próprio e dividindo-se a herança igualmente pelo número de
cabeças/pessoas. Ex: Você faleceu e deixou quatro filhos. Todos
receberão em partes iguais.

 Divisão por Estirpe


Modo adequado para a sucessão por representação, hipótese em
que os herdeiros não estão todos no mesmo degrau da escada
parental, não possuindo o mesmo grau de parentesco para com o
morto, havendo concorrência de estirpes. Neste caso a herança não
será dividida igualmente pelo número de cabeças/pessoas
envolvidas na sucessão. Ex: Você faleceu e deixou quatro filhos,
dos quais um é pré-morto. Tendo o pré-morto deixado dois filhos,
cada um herda a oitava parte da herança, já que seu pai, assim
como os irmãos dele, tem direito a quarta parte dessa herança.

 Divisão por Linha


Utilizada na sucessão dos ascendentes, quando a herança deve ser
dividida entre a linha materna e paterna, seguindo ainda a regra
que o grau mais próximo exclui o mais remoto. Assim sendo, se na
linha materna existir parente vivo de grau mais próximo, esse
recebe, e o da linha paterna de grau mais afastado não fará jus à
herança. Ex: Você falece e deixa dois avós maternos, um avô
paterno e uma bisavó paterna. Nesta hipótese a bisavó não herda
já que existem ascendentes de grau mais próximo ao de cujus,
sucedendo apenas os avós. Além disso, a divisão entre os avós não
obedecerá o número de pessoas, mas o número de linhas, ou seja,
os avós da linha materna receberão a metade da herança e o avô
da linha paterna receberá a outra metade (art. 1836, parágrafos
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primeiro e segundo, C.C.).

TÓPICOS AVANÇADOS DE DIREITO SUCESSÓRIO 22


Referências
ALBUQUERQUE FILHO, Carlos Cavalcanti. Fecundação Artificial post
mortem e o Direito Sucessório. Disponível em:
<www.esmape.com.br/downloads/mat_profa_mariarita/prof_maria_rita_7.doc-
>. Acesso em: 18 ago. de 2014.

COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Civil. Vol. 5. 3ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2010.

DIAS, Maria Berenice. Manual das Sucessões. 2ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2011.

GOMES, Orlando. Sucessões. 14ª ed., atualizada por Mário Roberto Carvalho
de Faria. Rio de Janeiro: Forense, 2007.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Vol. VII. 6ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2012.

NOGUEIRA, Cláudia de Almeida. Direito das Sucessões: Comentários à Parte


Geral e à Sucessão Legítima. 3ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2007.

PEREIRA, Caio Mario da Silva. Instituições de Direito Civil. Vol. IV. 19ª ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2006.

RIZZARDO, Arnaldo. Direito das Sucessões. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense,


2006.

TARTUCE, Flávio; SIMÃO, José Fernando. Direito civil: direito das sucessões.
São Paulo: Método, 2007.

VELOSO, Zeno. Comentários ao Código Civil. Vol. 21. São Paulo: Saraiva,
2003.

VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: direito das sucessões. Vol. VII. 10ª ed.
São Paulo: Atlas, 2010.

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Exercícios de fixação
Questão 1

As atuais regras normativas do Direito Sucessório aplicam-se a todas às


sucessões abertas a partir da entrada em vigor do atual Código Civil. Certo ou
errado?
a) Certa
b) Errada

Questão 2
A propriedade e a posse dos bens são transmitidas aos herdeiros no momento
da abertura da sucessão. Certo ou errado?
a) Certa
b) Errada

Questão 3
Os filhos do herdeiro renunciante herdam por representação. Certo ou errado:
a) Certa
b) Errada

Questão 4
Os atos de aceitação ou de renúncia da herança são irrevogáveis. Certo ou
errado?
a) Certa
b) Errada

Questão 5
Para que a renúncia seja caracterizada, deve esta ocorrer sem condições nem
termo, pois, se houver cláusulas em que o herdeiro pretender beneficiar
outrem, não se pode falar em renúncia, pois ocorreu, na realidade, a aceitação
da herança e posterior doação. Certo ou errado?
a) Certa
b) Errada

TÓPICOS AVANÇADOS DE DIREITO SUCESSÓRIO 24


Questão 10
Se um indivíduo falecer sem deixar descendentes, mas deixando bens e avós
paternos e bisavó materna, os ascendentes herdarão por linha. Assim, a
herança será dividida em partes iguais, ou seja, 50% para os avós paternos e
50% para a bisavó materna. Certo ou errado?
a) Certa
b) Errada

Questão 7
A aceitação é anulável pelos vícios e defeitos que invalidam, em geral, os
negócios jurídicos, extinguindo-se em quatro anos o direito de anulá-la. Certo
ou Errado?
a) Certa
b) Errada

Questão 8
Os atos de aceitação ou de renúncia da herança são revogáveis. Certo ou
errado?
a) Certa
b) Errada

Questão 9
Sobre o direito de representação na sucessão é correto afirmar:

a) Não se representa herdeiro excluído da sucessão por deserdação ou


indignidade.

b) O direito de representação limita-se aos parentes na linha reta.

c) Na linha colateral a representação não ultrapassa o filho de irmão pré-


morto;

d) Se uma pessoa falece e deixa dois filhos pré-mortos – A e B, sendo que


A tinha um filho, chamado Carlos, e B tinha dois filhos, chamados,
respectivamente, Jéssica e Alberto, Carlos receberá 50% da herança e o
restante será dividido entre Jéssica e Alberto.
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Questão 10

(Gestão de Concursos - 2014 - TJ-MG) Quanto ao direito de representação na


sucessão legítima, é INCORRETO afirmar que:

a) Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o


representado, se vivo fosse.
b) Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor
dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem.
c) O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na
ascendente.
d) O renunciante à herança de uma pessoa não poderá representá-la na
sucessão de outra.

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Aula 1

Exercícios de fixação
Questão 1 - A
Justificativa – A lei material aplicável a sucessão é aquela vigente ao tempo da
morte do autor da herança

Questão 2 - A
Justificativa – Princípio da Saisine – art. 1.784 do Código Civil

Questão 3 - B
Justificativa - Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro
renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os
outros da mesma classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à
sucessão, por direito próprio, e por cabeça.

Questão 4 - A
Justificativa - Art. 1.812. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia
da herança.

Questão 5 - A
Justificativa – A renúncia propriamente dita é a abdicativa a renúncia translativa
implica em uma aceitação tácita e uma posterior doação, gerando imposto
intervivos, além do mortis causa.

Questão 6 - B
Justificativa – Na sucessão do ascendente o grau mais próximo exclui o mais
remoto.

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Questão 7 - A
Justificativa – A aceitação é negócio jurídico unilateral e pode ser anulado pelos
defeitos na manifestação de vontade.

Questão 8 - B
Justificativa – Não se pode revogar os atos de aceitação e de renúncia a
herança - art.1812 do C.C

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