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AUTONOMIA DA VONTADE
24 DE OUTUBRO DE 2014 GISELE LUCCHETTI DEIXE UM COMENTÁRIO
b) a boa-fé objetiva;
c) o equilíbrio contratual.
Vamos iniciar nossa análise pelos princípios básicos individuais dos Contratos:
Segundo STRENGER: “a autonomia da vontade como princípio deve ser sustentada não
só como um elemento da liberdade em geral, mas como suporte também da liberdade
jurídica, que é esse poder insuprimível no homem de criar por um ato de vontade uma
situação jurídica, desde que esse ato tenha objeto lícito“. (STRENGER, Irineu. Da
autonomia da vontade: direito interno e internacional. São Paulo: LTr, 2000, p. 66.)
Não podemos esquecer que este princípio foi consagrado no século XIX, e naquela
época, os modelos clássicos de contratos existentes, tinham concepções de ampla
liberdade de contratar e total submissão aos seus termos, sendo que, alguns doutrinadores
chegaram a afirmar que os contratos transformavam-se em Lei entre as partes.
Sendo assim, a liberdade de contratar, nos dias atuais, já não é mais absoluta como no
século XIX, pois encontra-se limitada pelos interesses sociais, ou seja, pela supremacia
da ordem pública.
Com o advento desta questão de função social do contrato, a autonomia da vontade passou
a ser limitada pela intervenção estatal e pelas novas normas de ordem pública. Por
exemplo, as normas que regulam a instituição da família, o regime da propriedade, a
segurança pública, são normas definidas como de ordem pública, que se transformaram
em barreiras limitadoras da liberdade individual de contratar.
Sempre que a referida autonomia esteja em confronto direto com o interesse social, o
Estado deve agir, pois não pode o deixar de atender ao bem comum e aos fins sociais, em
detrimento de um ajuste de individuais, sob pena de ameaça à própria estrutura da
sociedade.
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