Vous êtes sur la page 1sur 106

a

1 SÉRIE
ENSINO MÉDIO
Caderno do Professor
Volume 1

BIOLOGIA
Ciências da Natureza
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR

BIOLOGIA
ENSINO MÉDIO
1a SÉRIE
VOLUME 1

Nova edição

2014 - 2017

São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretário-Adjunto
João Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Senhoras e senhores docentes,

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo-
radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que
permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula
de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação —
Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste pro-
grama, seus maiores esforços ao intensi car aç es de avaliação e monitoramento da utilização dos
diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas aç es de
formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, rma seu dever com a busca por
uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do
material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.

En m, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo faz Escola, apresenta orien-
taç es didático-pedag gicas e traz como base o conte do do Currículo cial do Estado de São
Paulo, que pode ser utilizado como complemento à atriz Curricular. bservem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias,
dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade
da sua escola e de seus alunos. Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam
a construção do saber e a apropriação dos conte dos das disciplinas, além de permitir uma avalia-
ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodol gicas em sala de aula, objetivando a
diversi cação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedag gico.

Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu


trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar
e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua hist ria.

Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo.

Bom trabalho!

Herman Voorwald
Secretário da Educação do Estado de São Paulo
SUMÁRIO
Orientação sobre os conteúdos do Caderno 5

Tema – A interdependência da vida – Os seres vivos e suas interações 7

Situação de Aprendizagem 1 – As plantas e os animais crescem 7

Situação de Aprendizagem 2 – Produtores, consumidores, decompositores 17

Situação de Aprendizagem 3 – Energia e matéria passam pelos seres vivos 32

Situação de Aprendizagem 4 – As muitas voltas do carbono 43

Situação de Aprendizagem – Relaç es ecol gicas entre espécies

Situação de Aprendizagem – Equilíbrio dinâmico das populaç es

Tema – A interdependência da vida – A intervenção humana e os desequilíbrios


ambientais 70

Situação de Aprendizagem 7 – Crescimento populacional e ambiente 7

Situação de Aprendizagem 8 – Cadeia alimentar, ciclo de carbono e os seres humanos 86

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão dos temas 95

Quadro de conteúdos do Ensino Médio 100


Biologia – 1a série – Volume 1

ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO CADERNO


Caro(a) professor(a), De acordo com o Currículoa:

Este Caderno, identi cado como material “(...) o objetivo principal da educação é for-
de apoio ao Currículo cial, é composto por mar para a vida. s conte dos de Biologia a
uma série de Situaç es de Aprendizagem ela- serem estudados no Ensino Médio devem tratar
boradas a partir de competências e habilida- do mundo do aluno, deste mundo contemporâ-
des especí cas, que devem ser desenvolvidas neo, em rápida transformação, em que o avanço
ao longo de cada ano do Ensino Médio, e têm da ciência e da tecnologia promove conforto e
como objetivo auxiliá-lo no desenvolvimento benefício, mas ao mesmo tempo mudanças na
de suas aulas de Biologia. natureza, com desequilíbrios e destruiç es mui-
tas vezes irreversíveis. É esse mundo real e atual
As Situaç es de Aprendizagem apresen- que deve ser compreendido na escola, por meio
tam-se organizadas de acordo com as seguin- do conhecimento cientí co e é nele que o aluno
tes temáticas A interdependência da vida – s deve participar e atuar.”
seres vivos e suas interaç es e A intervenção
humana e os desequilíbrios ambientais. A Estes Cadernos possibilitam, também, o
proposta apresentada nestas sequências didá- uso de outros recursos didáticos, tais como:
ticas revela uma metodologia que referencia visita a museus, pesquisa em ambientes virtuais
o Currículo cial do Estado de São Paulo. de aprendizagem, consulta a peri dicos, entre
outros, e que dependem do professor para sua
Esse documento indica que a educação seleção e uso adequado. Espera-se, portanto,
cientí ca não pode se resumir a informar ou que o ensino e a aprendizagem enfoquem o
transmitir conhecimento, mas deve: instigar a conhecimento cientí co, a integração com o
investigação cientí ca, a participação social, contexto social e ambiental e, ao mesmo
a re exão e a atuação dos estudantes na resolu- tempo, estejam envolvidos com as tecnologias
ção de situaç es-problema contextualizadas. da atualidade.

a
S PA (Estado). Secretaria da Educação. Currículo do Estado de São Paulo: Ciências da Natureza e suas
tecnologias. Coordenação geral Maria Inês Fini et alii. 1 ed. atual. São Paulo: SE, 2 12. p. 33.

5
s Cadernos oferecem ainda um espaço inti- realidade, enquanto professor, é fundamental
tulado “ que eu aprendi...”, no qual o aluno terá para transpor as sequências didáticas contidas
a oportunidade de registrar o que foi trabalhado neste material, que podem e devem ser reade-
e que servirá tanto para ajudá-lo a organizar o quadas à real necessidade de cada sala de aula,
conhecimento adquirido quanto para gerir auto- considerando o ritmo de aprendizagem de cada
nomamente as suas competências e habilidades. aluno e suas necessidades, bem como a uência
com a qual os conte dos serão desenvolvidos.
Assim, a proposta apresentada entende a ava- É por esse motivo que consideramos que sua
liação da aprendizagem como uma ação contínua ação, professor, é insubstituível e imprescindí-
e que deve ser considerada em todo o desenvolvi- vel para a efetiva realização do processo de
mento das atividades. ensino e aprendizagem.

Por m, ressaltamos que a sua percepção da Bom trabalho, professor!

6
Biologia – 1a série – Volume 1

TEMA – A INTERDEPENDÊNCIA DA VIDA: OS SERES


VIVOS E SUAS INTERAÇÕES

desenvolvimento dos seres vivos pressup e outros que obtêm esses compostos se alimen-
o consumo contínuo de compostos orgânicos, tando de outros seres vivos e os transfor-
como proteínas, aminoácidos, aç cares, polis- mando de acordo com suas necessidades.
sacarídeos, lipídios, vitaminas, entre outros. Diferenciar essas estratégias dos seres vivos
permitirá aos alunos compreender as cadeias
Na natureza, há uma distinção evidente e as teias alimentares, ou seja, relaç es de
entre organismos capazes de sintetizar tais interação e interdependência entre os seres
compostos orgânicos a partir de compostos vivos e que constituem os diferentes ambien-
inorgânicos (água, sais minerais, gases) e tes e biomas do planeta.

SI A DE APRENDI A EM 1
AS P AN AS E S ANIMAIS CRESCEM

A aprendizagem dos alunos neste volume tese. Utilizamos para isso atividades nas quais
depende, inicialmente, da construção do conceito eles possam explorar e relacionar informaç es
de matéria orgânica, a partir do qual os estudan- contidas em grá cos, tabelas e textos.
tes poderão retomar e ampliar outros conceitos
da Ecologia. Nossa intenção é fazer os alunos Ao nal desta Situação de Aprendizagem,
re etirem sobre os materiais que conhecem, que espera-se que os alunos tenham desenvolvido as
estão à sua volta e que têm origem na fotossín- habilidades elencadas no quadro a seguir.

Conteúdos e temas: fotossíntese.

Competências e habilidades: converter tabelas em grá cos (e vice-versa) identi car tendências em
séries de dados temporais localizar informaç es em livros didáticos reconhecer o processo de fo-
tossíntese em vários contextos identi car e explicar as condiç es e as substâncias necessárias à
realização da fotossíntese associar a produção de matéria orgânica pelos seres cloro lados à
transformação de energia luminosa em energia química.

Sugestão de estratégias: leitura e construção de tabelas e grá cos.

Sugestão de recursos: textos e grá cos presentes neste Caderno e no Caderno do Aluno livros didáticos
de Biologia.

7
Sugestão de avaliação: releitura de anotaç es feitas durante as atividades análise dos grá cos construídos
durante a Situação de Aprendizagem aplicação dos conceitos aprendidos em outras situaç es.

Roteiro para aplicação da Situação verbo “comer”, referindo-se à árvore. Utilize essa frase como
de Aprendizagem 1 um “termômetro” para avaliar o conhecimento que a turma
possui sobre o modo de nutrição de animais e vegetais; em
Etapa 1 – Sondagem inicial e outras palavras, essa questão servirá para investigar se os alu-
sensibilização nos sabem que as plantas fazem fotossíntese e não tiram seu
alimento da terra. Contudo, não corrija esse aspecto nesse
No início dos trabalhos, é necessário momento; peça apenas que os alunos anotem suas respostas,
chamar a atenção dos alunos para os assun- assim como a data. Mais tarde, eles reanalisarão essa mesma
tos que serão tratados neste volume. Com questão.
essa intenção, leia em voz alta o texto “Pin-
tinho come milho e árvore come terra” e, Etapa  – Construção de grÃàcos e tabelas
depois, peça que os estudantes respondam
à pergunta seguinte por escrito em seus Explique aos alunos que neste volume eles
cadernos. estudarão como os materiais de que são feitos
os seres vivos e a energia que utilizam uem de
um organismo para o outro. É importante que
Pintinho come milho e árvore
come terra os alunos tenham bem claro o que se espera
deles. Reforce que várias habilidades geralmente
As crianças prestam muita atenção ao
mundo que as rodeia e frequentemente associadas a Matemática serão trabalhadas e
falam o que pensam a respeito. Imagine que elas são extremamente importantes para a
que você escutou o seu primo de 7 anos
Biologia. A primeira delas é a capacidade de ler
dizer para a sua tia: “A árvore é igual a um
pintinho, mamãe. s dois comem para e construir tabelas e grá cos, bem como conver-
crescer. A diferença é que o pintinho come ter cada um desses tipos de representação de
milho e a árvore come terra.”
dados em outro.

1. A tabela a seguir (Quadro 1) representa


1. Você concorda com essa declaração do seu o crescimento de uma planta. Cada linha
primo? Reelabore a frase que ele disse, cor- horizontal da tabela contém a massa da
rigindo o que achar necessário. planta em determinado dia do seu desen-
Essa pergunta é uma provocação, e a resposta é, obviamente, volvimento. dia zero representa o dia em
pessoal. Diferentes alunos observarão diferentes aspectos que a semente foi plantada e começaram a
da frase, mas se espera que o problema mais citado seja o ser feitas as pesagens.

8
Biologia – 1a série – Volume 1

Tempo Massa 2. Agora, você fará o exercício ao contrário:


(dias) (gramas)
com base no grá co a seguir (Figura 2),
,5 que representa o crescimento de um pinti-
2 ,5 nho, construa uma tabela (Quadro 2).
4 ,7
Mudança na massa de um pintinho ao longo do
6 1, tempo
8 3,
2 500
1 5,
2 000
12 7, 1 500

Massa (g)
14 9, 1 000

16 1 , 500

18 11, 100
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
2 11, Tempo (semanas)

Quadro 1 – Mudança na massa de uma planta ao Figura 2.


longo do tempo.

Tempo (semanas) Massa (gramas)


a) Com base na tabela (Quadro 1), construa 100
um grá co que represente esses dados. 2 100
eixo horizontal deverá expressar o
4 140
tempo, em dias, e o eixo vertical expres-
6 200
sará a massa da planta, em gramas.
8 500

b) Invente um título para o seu grá co. 1 1 000

Anote-o na parte superior dele. 12 1 500

14 1 750

Mudança na massa de uma planta ao longo do tempo 16 2 000

18 2 250
12,0
2 2 250
10,0

8,0 Quadro 2 – Mudança na massa de um pintinho ao longo


do tempo.
Massa (g)

6,0

4,0
É possível que alguns estudantes não
2,0

0,5
tenham familiaridade com esse procedimento
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 nesse caso, esclareça os detalhes para a con-
Tempo (dias)
fecção. Se necessário, você poderá construir
Figura 1.

9
esse primeiro gráfico com os estudantes, três fases: crescimento inicial lento, crescimento rápido e
auxiliando-os, mas explique que essa é uma estabilização. A diferença entre os gráficos está nas unida-
habilidade que eles devem desenvolver. des de tempo utilizadas e nos valores para a planta e para
Explique que cada linha da tabela representa o pintinho.
um ponto a ser colocado no grá co, e os pon-
tos do grá co podem ser convertidos em valo- 4. que aconteceu com a massa dos organis-
res a serem colocados nas linhas da tabela. mos ao longo do tempo?
Durante o período registrado no gráfico, a massa dos orga-
Caso a turma esteja familiarizada com a nismos aumentou até atingir uma estabilidade em seu
leitura e a construção de gráficos e tabelas, desenvolvimento.
conduza essa etapa rapidamente e passe à dis-
cussão sobre gráficos e seu significado 5. De onde os organismos retiram as substân-
biol gico. cias necessárias para aumentar sua massa?
Os animais, como o pintinho, retiram as substâncias do ali-
A produção do grá co deve ser analisada mento que ingerem (por exemplo, milho), e as plantas, como
criticamente por você e pelos pr prios alunos. o milho, as obtêm pelo processo da fotossíntese (em última
Você pode pedir a eles que, em dupla, compa- análise, do gás carbônico presente no ar, da água e da luz).
rem os grá cos e as tabelas que obtiveram. Não é necessário que os alunos, neste momento, respondam
a essa pergunta corretamente: o conceito de fotossíntese será
Eles poderão verificar se há diferenças, trabalhado mais adiante. A ideia, portanto, é fazê-los refletir
buscando esclarecer por que elas surgiram. sobre o assunto.
Chame a atenção para o cuidado com as esca-
las, os nomes dos eixos e também para o capri- Etapa 3 – Pesquisa no livro didático
cho com o acabamento.
Peça aos alunos que, utilizando seus livros
Depois de discutir os aspectos formais do didáticos, procurem respostas para as pergun-
grá co, estimule os alunos a pensar sobre o que tas a seguir. É fundamental que a atividade seja
signi cam. realizada de maneira absolutamente individual,
de modo que os alunos pratiquem a busca de
3. á semelhanças entre os grá cos (Figuras informaç es. bserve se eles utilizam o sumá-
1 e 2)? Se sim, indique quais. Se não, justi- rio do livro para acelerar as buscas, se são
que o porquê. capazes de encontrar a informação que dese-
Os dois gráficos têm um formato parecido, como o de uma jam no meio de outras informaç es, se são
letra “S” inclinada para a direita. Ambos representam o cres- capazes de inferir o conte do dos textos basea-
cimento de um organismo, o que significa que sua massa dos nos títulos de capítulos e seç es. s estu-
aumentou ao longo do tempo. Alguns alunos poderão dantes podem também se valer de um
notar que o padrão de crescimento pode ser dividido em dicionário para a pesquisa.

1
Biologia – 1a série – Volume 1

1. Por que a maioria das plantas Nenhum organismo, pois as plantas, algas e outros seres clo-
tem folhas verdes? Em outras pala- rofilados não existiriam, e os que se alimentam deles (todos os
vras, que substância faz as folhas animais e fungos) também não.
das plantas serem verdes?
As plantas possuem clorofila, um pigmento verde, em suas 8. Qual das quest es anteriores foi mais difícil
folhas. de responder? Por quê?
Essa questão procura chamar a atenção dos alunos para a
2. que é cloro la? sua capacidade de pesquisar e encontrar informações. Com
Clorofila é a designação de um grupo de pigmentos pre- exceção da questão 7, todas as outras poderão ser respon-
sente nos cloroplastos das plantas, das algas e de algumas didas com base no livro didático. Cabe a você, professor, a
bactérias autotróficas. A clorofila é capaz de absorver a luz tarefa de avaliar quais são as dificuldades dos estudantes em
solar e canalizar sua energia para a produção de alimento. relação à pesquisa. Busque observar quais questões foram
mais difíceis de serem respondidas e a razão disso. Por
3. Dê três exemplos de organismos que pos- exemplo: os estudantes têm mais dificuldades de encon-
suem cloro la. trar respostas para definições (questões 2 e 6) ou exemplos
Todas as plantas, com raras exceções, possuem clorofila. Exem- (questões 3 e 4)? Chame a atenção deles para o sumário,
plos: jequitibá, ipê, samambaia. para os títulos dos capítulos, para o significado das palavras
(por exemplo, um livro pode não ter um capítulo chamado
4. Dê dois exemplos de organismos que pos- “Plantas”, mas pode ter um chamado “Reino vegetal”). Expli-
suem cloro la e não sejam plantas. que para os estudantes que o livro é um instrumento de
Algas verdes, cianofíceas, protistas (por exemplo, euglena). consulta, mas que nem sempre as informações estão dis-
postas da maneira de que necessitamos; é necessário habili-
5. Para que uma planta utiliza a cloro la? dade (que é adquirida com a prática) para encontrar aquilo
Para realizar a fotossíntese e fabricar seu próprio alimento. de que precisamos.

6. que é fotossíntese? 9. Faça um esquema que represente o processo


É a conversão da energia solar em energia química, que será de fotossíntese. aranta que as palavras
usada pela planta como alimento. Os organismos que pos- “água”, “gás carbônico”, “alimento”, “gás
suem clorofila, na presença de luz, transformam o gás carbô- oxigênio” e “luz” estejam representadas no
nico do ar em glicose e, nesse processo, liberam água e gás seu esquema.
oxigênio. Esse é o significado da palavra fotossíntese: produ- Resposta pessoal. Observar, contudo, se os registros dos alunos
ção (de alimento) na presença (ou a partir) de luz. correspondem ao esquema a seguir.

7. Considerando o que você entendeu sobre Fotossíntese


fotossíntese, responda: Que organismos , na presença de luz
não existiriam se não houvesse fotossín- água + gás carbônico = alimento + gás oxigênio
tese? Por quê?

11
Caso considere importante e dependendo 3. Descreva, com suas palavras, o que acon-
do nível de habilidade da turma, inclua outras tece com o gás oxigênio da h às 6h do pri-
perguntas na pesquisa. Algumas possibilida- meiro dia.
des: O que é cloroplasto? O que é matéria O teor de gás oxigênio mantém-se relativamente constante,
orgânica? em níveis baixos.

Etapa 4 – -eitura e análise de gráàco 4. Faça o mesmo para o período das 6h às


12h do primeiro dia.
Peça aos alunos que observem o grá- O teor de gás oxigênio aumenta até atingir um pico às 12 h.
co “Variação do teor de gás oxigênio
dissolvido na água de um rio” (Figura 5. Faça o mesmo para o período das 12h às
3). Se julgar necessário, copie-o na lousa. Leia 18h do primeiro dia.
a legenda do grá co, explique o que signi cam O teor de gás oxigênio cai progressivamente.
os eixos e mencione as unidades utilizadas.
Depois, instrua os alunos a responder às ques- 6. Lembrando que o grá co representa fenô-
t es a seguir. menos que ocorrem em um rio e pensando
na fotossíntese, que organismos você diria
Variação do teor de gás oxigênio que são responsáveis pelo aumento de
dissolvido na água de um rio
gás oxigênio no período das 6h às 12h?
usti que.
Teor de gás oxigênio (em mg/l)

12 As algas e as plantas aquáticas, que durante o dia fazem fotos-

10
síntese e liberam gás oxigênio.

8
7 7. Por que o teor de oxigênio cai ap s as 18h?
0 12 24 12 24 12 24
Que organismos podem ser responsáveis
1o dia 2o dia 3o dia
Tempo (em horas) por essa queda?
Figura 3. Porque, quando não há luz, as algas e plantas aquáticas param
de fazer fotossíntese. E essa queda ocorre também porque os
1. grá co “Variação do teor de gás oxigê- outros organismos, como os peixes e as próprias algas, conti-
nio dissolvido na água de um rio” repre- nuam respirando e consumindo o gás oxigênio da água.
senta quanto tempo, em dias?
Três dias. Se nesse ponto da Situação de Aprendizagem
a turma já domina a leitura e a interpretação de
2. Descreva, com suas palavras, o que acon- grá cos, é o momento de explorar com mais
tece com a quantidade de oxigênio na água cuidado as quest es diretamente relacionadas
ao longo de um dia. com a fotossíntese e suas consequências biol -
A quantidade de gás oxigênio aumenta e depois diminui. gicas. Se achar necessário, acrescente outras

12
Biologia – 1a série – Volume 1

perguntas às enumeradas anteriormente, para 4. Você acha adequado dizer que uma planta
enriquecer a discussão. Por exemplo: Que con- “come terra”? Explique por quê.
sequências traria um período escuro prolongado O objetivo dessas questões é duplo: por um lado, permite
QBSBFTTFSJP &QBSBVNBáPSFTUB &QBSBVNB que você avalie se os estudantes compreenderam o que é a
plantação? Essas são quest es que merecem ser fotossíntese e, por outro lado, dirige o olhar da turma para
abordadas, pois permitem a extrapolação das o próprio aprendizado, deixando claro que um caminho foi
discuss es para horizontes mais amplos. percorrido e que suas ideias estão se modificando. Espera-
-se que os alunos sejam capazes de perceber eventuais
Neste ponto, com o intuito de acompanhar erros em suas respostas e consigam explicar corretamente
e avaliar o aprendizado, os alunos podem res- que a árvore não “come terra”, mas fabrica seu próprio ali-
ponder às quest es a seguir. mento a partir do gás carbônico do ar, na presença de luz.
Em relação a esta questão, vale a pena esclarecer aos alunos
1. bserve o grá co que você que o termo “comer” aplicado aos vegetais é inadequado.
construiu no início da Situação
de Aprendizagem. Releia a sua A tabela (Quadro 3) a seguir mostra
resposta para a questão 5: De onde os orga- o resultado de um experimento em
nismos retiram as substâncias necessárias que três lotes de sementes de raba-
para aumentar sua massa? Você modi caria nete foram cultivados em ambientes ilumina-
a sua resposta? dos e fechados, recebendo exatamente as
mesmas quantidades de água e sais minerais
2. Se sua resposta mudou, o que você apren- e quantidades diferentes de gás carbônico
deu que o fez mudar de opinião? (C 2). Ao final de 2 dias chegou-se aos
resultados apresentados na tabela. s valores
3. Releia a sua resposta à questão 1, no início em gramas (g) representam a massa seca das
da Situação de Aprendizagem.Você modi- plantas, isto é, elas foram pesadas depois que
caria a sua resposta? toda a água que continham foi eliminada.

Cultura de rabanetes em atmosfera controlada de CO2 (gás carbônico)

Lote 1 2 3

Quantidade de CO2 no ambiente fechado , 3 *


3

Massa das sementes no momento em que foram


2,5 2,5 2,5
colocadas para germinar (gramas)

Massa das plantas 20 dias mais tarde (gramas) 5 7,3 59


Quadro 3.
* , 3 de C 2
é a quantidade normal desse gás na atmosfera.

13
Ap s apresentar a tabela (Quadro 3), É possível que a produção aumentasse em virtude do
desafie os alunos a resolver as quest es a maior tempo para a realização de fotossíntese; entretanto,
seguir. assim como em relação ao gás carbônico, existe um nível
a partir do qual o acréscimo do tempo de luz não faz mais
1. Compare a massa das plantas dos três diferença.
lotes depois de 2 dias. que você pode
concluir? Pesquise em um dicionário a
Que a massa de todas as plantas, em todos os lotes, aumen- origem da palavra “fotossín-
tou. Contudo, o aumento foi maior nos lotes 1 e 3 em rela- tese”, ou seja, quais palavras
ção ao 2. O gás carbônico é elemento importante na pro- foram unidas para formá-la e o que elas
dução de matéria orgânica, fazendo as plantas de rabanete signi cam. Pesquise também a origem da
crescerem e aumentarem sua massa, pois em atmosfera palavra “fotogra a”. Anote essas infor-
rica dessa substância a massa das plantas é maior. maç es e explique: que a fotogra a e a
fotossíntese têm em comum?
2. Que substância você imagina que causou Fotossíntese: foto (luz) + síntese (produto, união, pro-
a diferença na massa nal das plantas? dução, fabricação); significa, portanto, “fabricação na
O gás carbônico, pois, quanto maior a quantidade dessa presença de luz”. Fotografia: foto (luz) + grafia (escrita,
substância na atmosfera, maior vai ser a massa das plantas. escrever); significa literalmente “escrita com luz”. Tanto
a fotografia como a fotossíntese dependem de luz para
3. que você faria para aumentar a pro- ocorrer.
dução de rabanetes se pudesse construir
outro lote? Um faz endeiro resolveu faz er
O gás carbônico está em maior quantidade no lote 3. Pro- alguns testes para descobrir como
fessor, cabe esclarecer que a produção não aumentaria aumentar a produção de batata de
linear e indefinidamente com o acréscimo desse gás; che- sua plantação. Ele possui 4 estufas, mas
garia um momento em que acrescentar mais gás carbô- resolveu utilizar apenas 4 para testar se o
nico não faria diferença. tempo que as plantas cam expostas à luz
causa alguma diferença na produção nal de
4. Imagine que, em outro lote, as plan- batata. Para isso, ele ajustou o tempo de luz
tas estão sendo expostas à luz arti cial, dentro das estufas conforme a tabela (Qua-
mesmo durante a noite. Você acha que dro 4) a seguir e manteve constantes todas as
isso causará diferença na massa nal das outras condiç es (quantidade de água, de gás
plantas? usti que sua resposta. carbônico e de gás oxigênio).

14
Biologia – 1a série – Volume 1

Produção de batata de acordo com o tempo de luz em cada estufa

Número da estufa Tempo de luz (horas por dia) Produção de batata (kg)

1 6 5

2 8 8

3 1 1

4 12 1 2
Quadro 4.

Em seguida, ele resolveu fazer outro nico e de água. nico fator que variou foi
experimento, desta vez mantendo constantes a quantidade de gás oxigênio em cada uma
o tempo de luz e a quantidade de gás carbô- das estufas.

Produção de batata de acordo com a quantidade de gás oxigênio em cada estufa

Número da estufa Quantidade de gás oxigênio Produção de batata (kg)

1 2 1 1

2 4 97

3 6 1

4 8 1 2
Quadro 5.

1. Descreva, em duas frases, qual foi o resul- Ele deve controlar o tempo de exposição à luz, pois esse fator
tado de cada teste. está associado a um aumento na produção. A quantidade de
Quanto maior o tempo de luz, maior a produção de batatas. gás oxigênio, ao contrário, não afetou significativamente a
A quantidade de gás oxigênio, por sua vez, não interfere sig- produção de batata, pois todas as estufas produziram quanti-
nificativamente da mesma maneira na produção de batata. dades semelhantes.

2. Imagine que o fazendeiro quer melhorar a 3. fazendeiro quer aumentar a produção


produção das outras 36 estufas. Que fator de batata, ou seja, aumentar a capacidade
ele deve controlar: a quantidade de gás oxi- dessa planta de produzir alimento. Qual é
gênio ou o tempo de luz? usti que com o nome do processo, executado pelas plan-
dados das tabelas. tas, que ele quer aprimorar? Consulte o

15
esquema que você elaborou anteriormente. aumentam, chega-se a um ponto em que a produção atinge
Fotossíntese. um máximo e se estabiliza.

4. Considerando sua resposta anterior, por Fique de olho nos grá cos que vê
que o tempo de luz aumentou a produção por aí. bserve os jornais, as revis-
de batata? tas e os sites de notícias na internet,
Porque as plantas passaram mais tempo fazendo fotossíntese porque eles trazem gráficos diariamente.
e, portanto, produziram mais alimento, que ficou reservado Adquira o hábito de, todas as vezes em que
nas batatas. vir um gráfico, ler o título, a legenda e os
eixos. Isso vai levar apenas alguns segundos,
5. Por que o aumento da quantidade de gás mas ajudará a desenvolver uma habilidade
oxigênio não interferiu na produção? muito importante. Comece treinando com o
Porque o gás oxigênio não é necessário para que ocorra a fotos- grá co a seguir, que contém dados do Insti-
síntese; ele é um produto desse processo. tuto Brasileiro de eografia e Estatística
(IB E) embora ele não aborde o tema estu-
6. Seguindo o mesmo raciocínio desses dois dado, certamente você conseguirá entender o
experimentos, que outros fatores poderiam que aconteceu com a renda média dos brasi-
ser modi cados nas estufas para aumentar a leiros nos ltimos dez anos.
produção de batata?
Quantidade de água ou gás carbônico. Cabe ressaltar que Um desa o: nde está o eixo y deste grá-
uma maior presença desses fatores não faz com que a pro- co? que ele representa? Qual é a unidade
dução cresça indefinidamente. Conforme suas quantidades utilizada?

Renda média
Renda média dos brasileiros dos brasileiros
ocupados por mês ocupados por mês

1011 1003
932 960
932 921 899 869
831 831
Em reais

1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Figura 4.
Fonte: Instituto Brasileiro de eogra a e Estatística (IB E). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2 7. Disponível em:
http: .ibge.gov.br home estatistica populacao trabalhoerendimento pnad2 7 sintese tab1 2 2.pdf . Acesso em: 17 maio 2 13.

16
Biologia – 1a série – Volume 1

SI UA DE APRENDI A EM 2
PR DU RES, C NSUMID RES, DEC MP SI RES

objetivo desta Situação de Aprendizagem organismo para o todo e não apenas a sua
é levar os alunos a reconhecerem a importância posição na cadeia alimentar.
da presença do Sol para a produção da matéria
orgânica pelos seres cloro lados. É fundamen- Ao nal desta Situação de Aprendizagem,
tal que eles identi quem os diferentes níveis espera-se que os alunos tenham desenvol-
tr cos e o processo de decomposição, e veri- vido as habilidades destacadas no quadro a
fiquem a importância da atividade de cada seguir.

Conteúdos e temas: fotossíntese cadeias e teias alimentares níveis tr cos.

Competências e habilidades: identi car e descrever relaç es alimentares entre seres vivos e representá-
-las em esquemas (cadeias e teias alimentares) reconhecer o processo de fotossíntese em vários
contextos reconhecer o processo de decomposição e sua importância para o ambiente identi car
o signi cado de alguns termos técnicos da Ecologia reconhecer que os produtores de matéria
orgânica não são apenas as plantas, mas todos os organismos cloro lados, assim como os con-
sumidores não se restringem aos animais identi car as substâncias necessárias tanto para a
produção de matéria orgânica nos produtores como nos consumidores associar a fotossíntese
aos produtores e à matéria produzida que sustenta a teia alimentar identi car níveis tr cos em
cadeias e teias alimentares representadas em esquemas ou descritas em textos reconhecer, nos
esquemas que representam cadeias e teias alimentares, que o sentido das setas indica como se dá
a circulação dos materiais na natureza.

Sugestão de estratégias: construção de esquemas leitura dirigida de textos comparação das relaç es
de espécies em diferentes ambientes.

Sugestão de recursos: imagens presentes neste Caderno e no Caderno do Aluno livros didáticos
de Biologia.

Sugestão de avaliação: resolução de problemas análise dos esquemas construídos durante a Situação
de Aprendizagem aplicação dos conceitos aprendidos em outras situaç es.

Roteiro para aplicação da Situação tar. Para isso, peça que observem as guras e leiam
de Aprendizagem 2 o nome dos organismos representados na ativi-
dade Leitura e análise de imagem presente no
Etapa 1 – Sondagem inicial e sensibilização Caderno do Aluno. Todos eles podem ser encon-
trados nas regi es de cerrado do Brasil Central e
Desa e os alunos a construir uma cadeia alimen- até mesmo algumas áreas do Estado de São Paulo.

17
18
© Photos.com/JupiterImages/Thinkstock/
ett Images © Ton enérico/SambaPhoto © Haroldo Palo Jr/Kino © Wagner Santos/Kino

Figura 5 – Pequi.

Figura 11 – Urutu.
Figura 8 – Carcará.

Figura 14 – Borboleta.
© Fabio Colombini © Haroldo Palo Jr/Kino © Millard H. Sharp/Photoresearches/Latinstock © Fabio Colombini

Figura 9 –
nça-parda.

Figura 15 – Bolor de pão.


Figura 12 – Rato-silvestre.
Figura 6 – Formiga-sa va.

© Daniel Cymbalista/Pulsar Imagens © Haroldo Palo Jr/Kino © Fabio Colombini © Fabio Colombini
Figura 7 – Buriti.

Figura 1 – Sapo.

Figura 13 – Tamanduá.

Figura 16 – Mofo em laranja.


Biologia – 1a série – Volume 1

Divida a classe em grupos de até quatro Esse esquema deve seguir algumas regras:
alunos e peça que montem um esquema 1) deve ser feito com lápis, pois você vai
seguindo as regras da questão 1 a seguir. modificá-lo ao longo da aula 2) todos os
Depois, proponha as demais quest es para que organismos devem estar representados
aprofundem seus conhecimentos sobre o tema. 3) deve apresentar setas, ligando os orga-
nismos essas setas significam “serve de
1. Represente por meio de um esquema as alimento para”.
relaç es alimentares que existem entre as A imagem a seguir é um exemplo entre as várias possibi-
espécies mostradas nas guras em outras lidades que os alunos podem realizar. O mais importante,
palavras, monte um esquema que mostre neste ponto, é que o esquema obedeça às regras contidas
quais desses organismos se alimentam de no enunciado. Todos os seres devem estar associados aos
quais organismos. decompositores.

sapo urutu

borboleta
carcará

buriti pequi decompositores

rato-silvestre formiga-sa va

onça-parda tamanduá

Figura 17.

É provável que muitos alunos já estejam sua produção de acordo com as indicaç es da
familiarizados com esse tipo de representação. questão a seguir e busquem representar todas
Depois de informá-los sobre o nome técnico as relaç es possíveis, o que resultaria em um
dessa relação, sugira aos alunos que revisem esquema com muitas setas como o seguinte.

19
sapo urutu

borboleta
carcará

pequi
buriti decompositores

rato formiga-sa va

onça-parda tamanduá

Figura 18.

2. Talvez você já conheça esse tipo de Resposta pessoal. Uma possibilidade seria “Relações alimen-
esquema, que em Biologia se chama teia tares entre animais e plantas do cerrado”.
alimentar. Ele busca representar todas as
relaç es alimentares que existem entre as 3. Circule com uma caneta de cor diferente
espécies de determinado ambiente. Fazer (de preferência verde) as espécies da teia
essa composição é o seu objetivo portanto, alimentar que fazem fotossíntese. bserve
con ra novamente o seu esquema e asse- atentamente as setas que ligam essas espé-
gure-se de que todas as relaç es alimenta- cies às outras do esquema.
res entre os organismos estão representa- Os alunos deverão circular apenas o pequi e o buriti. Ques-
das. bserve o trabalho dos seus colegas, tione os estudantes sobre o motivo de essas espécies não
pois é possível que eles tenham retratado possuírem setas chegando até elas e o que isso significa.
alguma relação que você não identi cou. Chame a atenção para o fato de, nesse esquema, todas as
Por ltimo, invente um nome para o seu setas terem origem nessas duas espécies.
esquema e anote-o acima dele esse nome
deverá explicar que tipo de ambiente ele Peça aos estudantes que montem outro tipo
descreve e também quais são as relaç es de esquema utilizando apenas uma linha do
que ele representa. caderno a partir do enunciado a seguir:

2
Biologia – 1a série – Volume 1

4. Construa esquemas que mostrem apenas decompositores. Construa o maior n mero


uma parte da teia alimentar. Para isso, parta possível desses esquemas que conseguir.
de uma das espécies que fazem fotossíntese, O esquema a seguir é um exemplo entre várias possibilidades
mostrando uma sequência de organismos que os alunos podem realizar, mas sempre iniciando de um
que se alimentam um do outro até chegar aos organismo produtor.

buriti borboleta sapo carcará onça-parda decompositores

Figura 19.

s estudantes chegarão a diferentes cadeias subsequentes, os estudantes extrapolarão o que aprenderam


vale a pena anotar três ou quatro delas na nesses exemplos simples para outros ambientes e tomarão
lousa para uma análise mais detalhada. contato com os termos mais técnicos da Ecologia.

Depois, peça aos alunos que discutam oral- Etapa 2 – Construindo outras cadeias
mente as perguntas a seguir e registrem suas e teias alimentares: extrapolações para
respostas. outros ambientes

5. Esse outro tipo de esquema também é A partir da lista de organismos a seguir, os


importante em Biologia e se chama cadeia estudantes deverão construir uma teia alimentar,
alimentar. bserve as cadeias que você como foi feito na etapa anterior. Porém, antes de
representou e responda: iniciarem, proponha que explorem os signi ca-
dos dos termos, conforme sugere o enunciado.
a) Existe alguma cadeia alimentar que
não se inicie com uma planta? Por que 1. Leia os nomes dos organismos a seguir. Caso
isso acontece? exista alguma palavra que você não conheça,
Não, pois as plantas são os seres que iniciam a produção de procure o signi cado dela em seu livro de
alimento em um ambiente, transformando a energia solar Biologia, dicionários ou em sites. Veri que se
em alimento por meio da fotossíntese. outros colegas têm a mesma d vida e compar-
tilhe com eles os resultados de sua pesquisa.
b) É possível uma cadeia alimentar se ini- f Algas microsc picas.
ciar em um animal? Por quê? f Plantas aquáticas.
A resposta é não, pois os animais não são capazes de pro- f Crustáceos microsc picos.
duzir alimento, como as plantas fazem na presença de luz, f Caramujo.
e também não são capazes de reciclar os nutrientes, como f Tartaruga.
fazem os decompositores. Esses questionamentos são apenas f arça.
provocações iniciais para estimular os alunos a refletir sobre f Peixe carnívoro.
o papel de plantas e animais em um ambiente. Nas etapas f Peixe herbívoro.

21
f Decompositores. 2. Construa uma teia alimentar e as dife-
As respostas vão depender das dúvidas dos alunos e das infor- rentes cadeias, representando os orga-
mações que eles encontrarem. nismos da questão 1 da mesma maneira
como foi feito anteriormente. Lembre-
Lembre-os de que todos os organismos -se das regras para a elaboração da teia
devem ser representados e que as setas signi - alimentar.
cam “serve de alimento para”. Espera-se que,
desta vez, os alunos executem esse procedimento Professor, a seguir, exemplos de possíveis
muito mais rapidamente. respostas dos alunos.

algas crustáceos
microscópicas microscópicos

peixe
caramujo carnívoro

decompositores
plantas peixe
garça
aquáticas herbívoro

tartaruga

Figura 2 .

plantas decompositores
caramujo garça
aquáticas

Figura 21.

plantas peixe peixe


garça decompositores
aquáticas herbívoro carnívoro

Figura 22.

3. bserve os organismos que iniciam as cadeias 4. bserve todos os outros organismos das
alimentares. que eles têm em comum? cadeias. que eles possuem em comum no
Todos são organismos capazes de produzir seu próprio ali- que diz respeito à alimentação?
mento por meio da fotossíntese. Todos possuem clorofila e Todos precisam se alimentar de outros organismos; em
servem de alimento para outras espécies. outras palavras, nenhum deles produz seu próprio alimento.

22
Biologia – 1a série – Volume 1

5. Certas palavras servem para designar um posiç es em uma cadeia alimentar. Existe,
grupo grande de elementos. Por exemplo, por exemplo, um termo para os que estão na
estudantes: pessoas que estudam mamíferos: base, ou seja, iniciam as cadeias outro
animais que mamam. Invente um nome que termo para os que se alimentam diretamente
agrupe, sob o seu signi cado, todos os orga- desses que iniciam e assim por diante. Pro-
nismos que iniciam as cadeias alimentares. cure, no seu livro de Biologia, o capítulo que
Espera-se que os alunos deem nomes que designem alguma trata de cadeias e teias alimentares. Você é
característica dos seres em questão; “alimentadores”, “iniciado- capaz de encontrar, no livro, esses termos
res”, “fotossintetizantes”, “clorofilados” seriam respostas aceitáveis. técnicos? Anote o que encontrar no espaço
a seguir.
6. Proponha um nome que agrupe todos os “Produtores”: organismos que produzem seu próprio alimento e
outros organismos das cadeias, ou seja, os iniciam cadeias alimentares.
que não iniciam nenhuma cadeia. “Consumidores”: organismos que se alimentam de (ou conso-
”Comedores”, “alimentados”, “não clorofilados” seriam res- mem) outros. Os seres que se alimentam de outros consumido-
postas aceitáveis. res, dependendo de que nível ocuparem na cadeia, podem ser
chamados de “consumidores primários” (ou de primeira ordem),
Não é necessário que os alunos respondam “consumidores secundários” (de segunda ordem), “consumidores
de maneira precisa às quest es 5 e 6, mas sim terciários” (de terceira ordem) e assim por diante.
que percebam a utilidade de um termo que
designe cada um desses grupos de organismos. Para sistematizar toda essa nomenclatura,
escreva um esquema como o seguinte na
Etapa 3 lousa, alinhando duas das cadeias alimenta-
res construídas até agora (Etapas 1 e 2).
s bi logos utilizam termos téc-
nicos para se referir aos organis- Peça que os estudantes copiem o esquema
mo s qu e o c u p a m d i fe r e nt e s no caderno, observando as semelhanças.

Níveis tróficos
Produtores Consumidores
pequi
Cadeia 1 rato-silvestre carcará
buriti
plantas crustáceos
peixe carnívoro
Cadeia 2 aquáticas e algas microsc picos, peixe
ou garça
microsc picas herbívoro ou caramujo
Quadro 6.
Consumidor Consumidor
primário ou de secundário ou de
primeira ordem segunda ordem

23
A Biologia é conhecida por ser uma dis- em si não são tão importantes quanto os
ciplina com muitos termos técnicos. Esses signi cados dos processos implícitos nele: a
termos farão mais sentido para os alunos se fotossíntese e o uxo de energia e matéria
eles conhecerem a origem das palavras e nos seres vivos.
seus signi cados. Vamos tomar o exemplo
das cadeias alimentares: esses diagramas Etapa 4 – Decompositores
estão relacionados ao fato de que os orga-
nismos precisam de alimento, ou trofos, em Esta etapa é constituída de uma leitura
grego, que deu origem a várias palavras dirigida de dois textos, que visam a introdu-
relacionadas a esse assunto. s produtores zir aos alunos a ideia de decomposição. Leia
também são chamados de seres aut trofos em voz alta o texto a seguir. Ap s a pri-
(que produ zem seu pr pr io al i mento), meira leitura, leia as perguntas que os alu-
enquanto os consumidores são chamados de nos deverão responder e, em seguida, releia
heter trofos (encontram o alimento no o texto. Esse procedimento permitirá que os
outro) cada um dos níveis de uma cadeia estudantes saibam quais informaç es deve-
alimentar é chamado de nível tr co (por rão buscar enquanto ouvem e direcionará a
exemplo, os produtores estão no primeiro atenção deles para os aspectos mais impor-
nível tr co). Resta lembrar que os termos tantes abordados no texto.

Pesquisadores descobrem restos de mamute preservados no gelo

Uma equipe de pesquisadores russos e franceses descobriu, em setembro de 2 3, restos de um


mamute com mais de 18 mil anos. A expedição localizou a raridade no norte da Sibéria, ap s um
caçador russo encontrar e desenterrar as presas e o crânio do animal. s pesquisadores compraram
a cabeça e partiram para a Sibéria em busca dos restos do mamute.
que chamou a atenção dos pesquisadores foi o grau de preservação de partes do corpo, como
a cabeça e uma pata ainda coberta por pele e pelos. Estavam conservadas também as vísceras, como
parte do estômago, intestino e, ainda, ossos contendo tutano. Com a chegada do inverno, que é muito
rigoroso nessa região, os trabalhos de escavação foram interrompidos e retomados no verão (boreal)
seguinte. Durante este período em que não puderam trabalhar, os pesquisadores caram tranquilos,
pois sabiam que o clima preservaria a descoberta.
Elaborado por Paulo Cunha especialmente para o São Paulo faz escola.

1. que é um mamute? Em que local foi 2. Que parte do texto dá pistas de como é o
encontrado o cadáver do mamute? clima desse local?
É um animal já extinto, semelhante a um elefante (só que “Com a chegada do inverno, que é muito rigoroso nessa
maior e mais peludo). Na Sibéria, região do nordeste da Rússia. região, os trabalhos de escavação foram interrompidos”.

24
Biologia – 1a série – Volume 1

3. Normalmente, o cadáver de um animal passa a maior parte do ano sob gelo e neve. Professor,
como o mamute desapareceria em alguns comente com os alunos que, na realidade, o cadáver do
anos. Por que, nesse caso, ele foi preser- mamute estava completamente congelado sob uma camada
vado por tanto tempo? espessa de gelo. Nessas condições, o cadáver não apodrece
Porque o nordeste da Sibéria é uma região muito fria, que nem se “desfaz”.

Exposição estreia com múmias rejuvenescidas

museu egípcio, na cidade do Cairo, abre exposição com 11 m mias rejuvenescidas. Quatro
delas são os corpos dos fara s Ramsés 3 , Ramsés 4 , Ramsés 5 e Ramsés 9 , todos pertencentes à
2 dinastia (1183-1 7 a.C.).
As m mias foram restauradas e “rejuvenescidas” para serem expostas pela primeira vez no
centenário do museu.
Elas estão em uma sala com ar-condicionado e sob iluminação mais fraca, privilégio que não
existe nos outros sal es do museu. ambiente desperta nos visitantes um respeito quase sagrado.
As vitrines onde repousam as novas m mias também estão equipadas com um moderno sistema
regulador de temperatura e umidade, para impedir o desenvolvimento de parasitas e bactérias.
A sala foi desenhada com um céu abobadado, ao estilo das tumbas faraônicas, onde as m mias
permaneceram por milênios. Elas foram encontradas na margem oeste do Nilo, que é a “margem
da morte”. Na margem leste, a da vida, ficavam os templos e palácios do Antigo Egito.

Elaborado por Paulo Cunha especialmente para o São Paulo faz escola.

1. que são m mias? alguns anos. Como é possível que a pele


São cadáveres humanos que permanecem preservados por e até mesmo alguns rgãos internos das
longos períodos, intencionalmente ou não. m mias permaneçam conservados por
tanto tempo?
2. nde foram encontradas essas m mias? Os egípcios antigos tinham o costume de embalsamar os
No Egito, na margem oeste do Nilo. corpos dos mortos, isto é, tratá-los com substâncias que evi-
tavam o apodrecimento. Além disso, o clima seco ajudava
3. Com base no que você sabe sobre o Egito, na preservação.
compare-o, quanto ao clima, àquele em que
foi encontrado o mamute do texto anterior. 5. s responsáveis pela conservação das
O Egito é um país de clima muito quente e seco (deserto), con- m mias no museu prepararam uma sala
trastando com a Sibéria, que é um dos locais mais frios do planeta. especial para abrigar os cadáveres. Com
que tipo de organismos eles estavam preo-
4. Normalmente, as partes moles do cadá- cupados? Por quê?
ver de um ser humano desaparecem ap s Com parasitas e bactérias que atuam como decompositores.

25
Professor, comente com os alunos que alguns insetos e fun- A palavra-chave nessa etapa é decomposi-
gos também se alimentam de restos dos corpos. ção. Comente com os alunos que decompor é
o contrário de compor, ou seja, desagregar,
6. que aconteceria com o mamute ou quebrar em pedaços menores. Explique-lhes
com os cadáveres humanos se, em vez de que esse foi justamente o processo interrom-
serem preservados pelas camadas de gelo pido pelo frio da Sibéria e pelo processo de
ou mumificados, tivessem sido coloca- mumi cação, no Egito, o que permitiu a con-
dos sobre o solo de um pasto no Brasil? servação dos mamutes e das m mias. Esclareça
Faça uma lista dos organismos que che- que as plantas não podem utilizar diretamente
gariam até os cadáveres e descreva o que a matéria orgânica e que os fungos e as bacté-
sucederia. rias são intermediários fundamentais para
Resposta pessoal, para estimular a discussão. Possíveis res- manter o equilíbrio de um ambiente.
postas: “os urubus chegam ao cadáver e se alimentam
dele”; “as formigas também”; “os cachorros alimentam-se Cabe aqui uma sugestão para turmas ou
de carne”; e “a chuva amolece os cadáveres”. Espera-se que alunos que estiverem mais avançados. Conduza
os estudantes apontem a ação de alguns animais ou da água uma discussão (ou investigação) sobre a relação
reduzindo os restos a pedaços menores, ou transportando- existente entre os decompositores e as formas
-os para outros locais. que utilizamos para conservar alimentos. Peça
que os alunos pesquisem como seus av s e bisa-
De uma forma ou de outra, certifique-se v s faziam para conservar o alimento e insti-
de que os alunos notem a progressiva redu- gue-os a encontrar as relaç es entre esses
ção de tamanho e eventual desaparecimento procedimentos e a interrupção do processo de
dos cadáveres nessa situação. É possível que decomposição por meio da eliminação de bac-
alguns estudantes mencionem a participa- térias e fungos. Algumas sugest es de métodos
ção de bactérias e fungos se isso não acon- a serem investigados pelos estudantes: utiliza-
tecer, professor, é necessár io que você ção de geladeira, salga, pasteurização, confec-
apresente aos alunos o importante papel ção de doces em compotas, preservação em
que esses seres possuem na decomposição vinagre ou leo, preservação em banha etc.
da matéria orgânica. Embora os animais
tenham participação nisso, são os fungos e Procure, no seu livro de Biologia, o
as bactérias que efetivamente exercem a termo utilizado para os organismos
função de decompositores na natureza, con- que ocupam o ltimo lugar em
vertendo o material de que é feito o corpo qualquer cadeia alimentar, ou seja, aqueles
dos animais e plantas em substâncias que responsáveis por desintegrar os cadáveres. Dê
podem ser novamente utilizadas pelas plan- também exemplos desses organismos.
tas, fechando um ciclo. Decompositores. Exemplos: fungos e bactérias.

26
Biologia – 1a série – Volume 1

1. Imagine que alguém da sua 2. (Enem Ł 1999) Um agricultor, que possui


casa esqueceu um prato de uma plantação de milho e uma criação
comida com arroz, feijão, de galinhas, passou a ter sérios problemas
frango e salada sobre a pia. É provável com os cachorros-do-mato que atacavam
que, dependendo da época do ano, no dia sua criação. agricultor, ajudado pelos
seguinte, esse prato esteja cheio de formi- vizinhos, exterminou os cachorros-do-
gas. Quais outros organismos, que nor- -mato da região. Passado pouco tempo,
malmente fazem parte de um ambiente houve um grande aumento no n mero de
urbano, como a sua casa, podem usar essa pássaros e roedores, que passaram a atacar
comida como alimento? Em seu caderno, as lavouras. Nova campanha de extermínio
represente uma teia alimentar envolvendo e, logo depois da destruição dos pássaros e
essa comida e todos os organismos e ele- roedores, uma grande praga de gafanhotos
mentos que você acredita fazerem parte destruiu totalmente a plantação de milho,
dessa teia. e as galinhas caram sem alimento.
Resposta pessoal, que depende dos organismos que os
alunos escolherem para representar. Mas eles podem Analisando o caso acima, podemos perce-
acrescentar, além desses insetos, as bactérias e os fungos ber que houve desequilíbrio na teia ali-
decompositores. mentar representada por:

a) milho  gafanhotos  pássaro  galinha  roedores  cachorro-do-mato

pássaro

b) milho cachorro-do-mato
gafanhoto
galinha
roedores

gafanhoto
c) galinha  milho roedores cachorro-do-mato
pássaro

roedores
pássaro
d) cachorro-do-mato milho
gafanhoto
galinha

e) galinha  milho  gafanhotos  pássaro  roedores  cachorro-do-mato

27
Uma alternativa interessante de avaliação (devem gurar nos esquemas sempre como
é a análise dos esquemas de cadeia alimentar “fonte” de setas), dos decompositores (sem-
que os alunos produziram durante esta pre “recebendo” setas) e se foram capazes de
Situação de Aprendizagem. É possível, por perceber que existem várias possibilidades de
meio deles, verificar se os estudantes relaç es alimentares (reveladas pela comple-
compreen deram o papel dos produtores xidade e o n mero de setas).

Caso você possa realizar este experimento, ele poderá esclarecer alguns aspectos da
ação dos decompositores e ajudar a descobrir qual é o melhor método de conservação
dos alimentos. Antes de iniciá-lo, porém, converse com seus pais ou responsáveis, pois
a execução desta atividade depende da autorização deles.
Com este experimento, você poderá descobrir qual método é o mais eficiente para conter a ação
de decompositores: a geladeira, o congelador ou a conserva em aç car.

Materiais
f 4 potes pequenos de plástico com tampa (como o de margarina, por exemplo)
f 4 pedaços pequenos de banana (ou de algum outro alimento, como quatro colheres pequenas
de arroz cozido ou de qualquer resto de comida). É importante que sejam quatro porç es
aproximadamente iguais do mesmo alimento
f 1 colher (de sopa) de aç car
f 1 geladeira com congelador.

Procedimento
Três dos quatro potes servirão para testar os efeitos de diferentes métodos de conservação de
alimentos, e com um deles faremos uma comparação chamaremos este ltimo de “controle”.
Cuide para que a quantidade de alimento seja igual em cada pote.
Em seguida, adicione uma colher de aç car em um dos potes, para cobrir todo o alimento.
pote com o aç car deverá ser bem fechado, para evitar o contato com formigas e outros animais.
Coloque um dos potes no congelador e outro na geladeira. pote com aç car, bem como o
pote-controle, deverão permanecer à temperatura ambiente, de preferência no mesmo local.

Logo depois de organizar o experimento, que ocorram em relação às mudanças de cor,


escreva o que você imagina que acontecerá em de cheiro, de textura, se vai aparecer algum
cada pote ap s duas semanas. organismo vivo e de que tipo. Chamaremos as
mudanças que você espera que aconteçam de
Registre em seu caderno, com o máximo de hip teses. Anote todas essas ideias na coluna
detalhes possível, as alteraç es que você espera correspondente do quadro a seguir:

28
Biologia – 1a série – Volume 1

Resultados do experimento sobre conservação dos alimentos

Potes Hipóteses Após uma semana Após duas semanas

Congelador

Geladeira

Açúcar

Controle

Quadro 7.

Depois de uma semana, abra cada um dos 1. As suas hip teses foram con rmadas?
potes. Veri que o estado dos alimentos quanto Explique detalhadamente em que pontos
aos seguintes aspectos: Houve mudança de elas foram con rmadas e em que pontos
cor? De cheiro? De tamanho? Como foram as elas foram contrariadas.
alteraç es em relação ao aspecto inicial do Essa resposta depende dos resultados do experimento e das
alimento? Com o maior detalhamento possível, hipóteses que os alunos levantaram. O importante é que haja
responda às perguntas em seu caderno, nos coerência entre a resposta dada, os resultados observados e
espaços correspondentes a cada pote. as hipóteses levantadas.

Depois, feche os potes, retorne cada um 2. Qual dos métodos conservou melhor o
para o seu respectivo lugar e analise-os nova- alimento? Justi que sua resposta com os
mente uma semana depois. No total, o experi- dados de seu experimento.
mento terá duas semanas de duração. Na verdade, o congelador deve ser apontado como o método
Na tabela (Quadro 7), os alunos deverão anotar, com o mais eficaz, mas isso dependerá do alimento utilizado e do
máximo de detalhes possível, o que esperam que aconteça cuidado com que os alunos prepararam o pote com açúcar.
em cada pote, indicando isso na coluna “Hipóteses”. Ao
longo do experimento, eles vão preencher, também com 3. Por que você acha que esse método é mais
riqueza de detalhes, as outras colunas. Caso o espaço não e ciente?
seja suficiente, deverão construir uma tabela semelhante em Resposta pessoal, mas se espera que não seja difícil de explicar
seus cadernos. que o método protegeu o alimento de bactérias e fungos.

Ap s duas semanas, quando a tabela estiver 4. Para você, qual foi a maior surpresa desse
preenchida, pense nos seus resultados e res- experimento?
ponda às quest es a seguir: Resposta pessoal.

29
5. Qual dos potes sofreu maior ação de Analise as espécies da Mata Atlântica
decompositores? nas fotos a seguir.
O pote-controle.
© Fabio Colombini

© Haroldo Palo Jr/Kino


Figura 23 – Anta. Figura 24 – Pitangueira.
© Fabio Colombini

© Fabio Colombini

Figura 25 – Caninana. Figura 26 – Besouro.


© Fabio Colombini

© Fabio Colombini

Figura 27 – oiabeira. Figura 28 – Tucano.

3
Biologia – 1a série – Volume 1

© Fabio Colombini

© R-P/Kino
Figura 29 – Quati. Figura 3 – afanhoto.

©Haroldo Palo Jr/Kino

© Fabio Colombini
Figura 31 – Rato-silvestre. Figura 32 – Fungos orelhas-de-pau.

1. Construa uma teia alimentar que inclua 2. Considerando a teia alimentar que você
todas essas espécies. construiu, imagine que a população de
quatis foi extinta por causa da caça ile-
Orelha-de-pau
gal. Quais populaç es de organismos você
esperaria que aumentassem por causa
Pitangueira Goiabeira disso? Justi que o porquê.
Provavelmente, as populações de insetos (besouro e gafa-
nhoto) aumentariam, porque o quati se alimenta desses ani-

Rato Tucano Gafanhoto Besouro mais e também de frutos.

Anta Quati 3. Quem são os decompositores da sua teia


alimentar?
Caninana Figura 33. Os fungos orelhas-de-pau.

31
SITUA DE APRENDI A EM 3
ENER IA E MATÉRIA PASSAM PEL S SERES VIV S

Ap s reconhecer como os seres vivos gia e poderão compreender como a energia


obtêm compostos orgânicos, os alunos pode- acumulada em determinado nível tr fico é
rão compreender como a energia presente transferida a outro. Da mesma forma, eles
nesses compostos f lui pela natureza pelos poderão perceber que ao longo desse fluxo
diferentes níveis tr ficos. Eles devem, por apenas uma parcela dessa energia é aprovei-
exemplo, estabelecer uma relação entre o mon- tada pelo nível tr fico seguinte, pois outra
tante de energia disponível nos produtores e parte é perdida na forma de calor.
aquele efet iva mente i nc or p orado nos
consumidores. Ao final desta Situação de Aprendiza-
gem, espera-se que os alunos tenham desen-
Nesta Situação de Aprendizagem, os alunos volvido as habilidades destacadas no quadro
vão trabalhar com o conceito de uxo de ener- a seguir.

Conteúdo e temas: uxo de energia e matéria nos seres vivos ciclo do carbono.

Competências e habilidades: extrair informaç es de diferentes tipos de esquemas reconhecer a


continuidade do uxo de matéria e energia na natureza reconhecer o processo de fotossíntese em
vários contextos descrever como ocorre a circulação de energia ao longo das cadeias alimentares,
identi cando as perdas de energia que ocorrem de um nível tr co para outro.

Sugestão de estratégias: interpretação dirigida de diferentes esquemas resolução de problemas.

Sugestão de recursos: imagens presentes neste Caderno e no Caderno do Aluno.

Sugestão de avaliação: resolução de problemas análise dos esquemas construídos durante a atividade
aplicação dos conceitos aprendidos em outras Situaç es de Aprendizagem.

Roteiro para aplicação da Situação 1. Você sabe qual é a temperatura do nosso


de Aprendizagem 3 corpo quando estamos saudáveis? Se medir-
mos a temperatura agora e daqui a duas
Etapa 1 – Sondagem inicial e sensibilização horas, haverá grande diferença?
A média da temperatura do nosso corpo é de 37 oC. Não
Conversando sobre o calor haverá grande diferença entre as medidas.

32
Biologia – 1a série – Volume 1

2. Agora, imagine que fervemos um bule de ceu no corpo humano. Tente traçar a ori-
água, medimos sua temperatura e, depois, o gem e o caminho desse calor o máximo para
deixamos sobre uma mesa. Ao veri car a tem- “trás” que puder.
peratura da água duas horas depois, haverá Resposta pessoal, mas se espera que os alunos retratem a
grande diferença entre as duas medidas? conservação de temperatura no corpo e a perda de calor,
Nesse caso haverá uma grande diferença, pois em duas horas sem reposição, no bule com água quente. Alguns alunos
a água vai esfriar. poderão argumentar que a energia (calor) do corpo vem
dos alimentos.
3. Por que essas duas situaç es (a do corpo
e a do bule) são diferentes quanto à con- s esquemas e os comentários dessas ativida-
servação da temperatura? Pense em uma des serão retomados posteriormente.
explicação para esses resultados.
Resposta pessoal, mas o aluno pode dizer que o corpo Etapa 2 – Extração de informação de
humano é capaz de manter a temperatura, enquanto a água esquemas
necessita de uma fonte externa de energia.
Peça aos alunos que observem a
4. Elabore um esquema que mostre de onde Figura 34. Depois, um ou mais
vem e para onde vai o calor da água do bule voluntários farão uma leitura
e outro esquema que mostre o que aconte- cuidadosa dos dados que ela mostra.

© Conexão Editorial
capim 1 000 g 800 g
(18 kJ) (14 4 kJ) matéria não
assimilada
(fezes e urina):
matéria retida pela vaca: 320 g (5 76 kJ)
70 g
80 g (1 44 kJ)
(1 26 kJ)

matéria não assimilada:


28 g (5 4 kJ)
matéria não
utilizada: 130 g matéria retida pelo
(2 34 kJ) gafanhoto: 7 g (126 kJ)

Figura 34 – Esquema do rendimento da produção de matéria pelos vegetais. As massas são expressas em grama de matéria
seca por m2 por ano. s n meros em vermelho correspondem aos valores energéticos dessa matéria seca em quilojoules (kJ).
quilojoule é uma medida de quantidade de energia, assim como a caloria (cal).

33
Ajude os alunos a interpretar as informaç es géticos (em quilojoulesa) que correspondem aos
da Figura 34, em que vemos os valores numéricos valores em gramas de matéria orgânica.
referentes à massa dos organismos, que aparece
expressa em gramas (g) de matéria seca (aquela Ap s a análise da Figura 34, os alunos com-
que teve toda a água retirada antes da pesagem). pletarão a tabela (Quadro 8) a seguir e respon-
s valores em vermelho indicam os valores ener- derão às quest es propostas.

Massa seca (g) Energia (kJ)


Planta que passa para a vaca 800 14 400

Matéria retida no corpo da vaca 80 1 440

Matéria não assimilada pela vaca 320 5 760

Planta que passa para o gafanhoto 70 1 260

Matéria retida no corpo do gafanhoto 7 126

Matéria não assimilada pelo gafanhoto 28 504


Quadro 8.

1. Quantos gramas de capim a vaca ingeriu? 5. Que quantidade de energia é eliminada


800 gramas. pelo gafanhoto na forma de urina e fezes?
504 kJ.
2. Quantos gramas de fezes e urina a vaca
eliminou? 6. Você diria que o gafanhoto assimila toda
320 gramas. a energia contida no capim? Que parte do
esquema indica isso?
3. Você diria que a vaca assimila toda a massa Não. Parte da energia proveniente do capim é eliminada pelo
de capim que ela come? Que parte do gafanhoto na forma de fezes e urina. Dentro do esquema isso
esquema indica isso? é mostrado no item “matéria não assimilada”.
Não. Parte da massa de capim que a vaca come é eliminada na
forma de fezes e urina, como mostra o item “matéria não assi- 7. Calcule que porcentagem da energia que está
milada” no esquema apresentado. no produtor (capim) se transforma em ener-
gia na vaca. Dica: para fazer esse cálculo,
4. Que quantidade de energia, contida no use a quantidade de energia assimilada pela
capim, é ingerida pelo gafanhoto? vaca em uma regra de três, considerando que
1 260 kJ. 1 correspondem a 14 4 kJ.

a
Um quilojoule (kJ) é igual a cerca de ,24 quilocaloria (kcal).

34
Biologia – 1a série – Volume 1

10%. Considerando que 100% do que a vaca come corres- 9. Como a vaca consegue energia para se
pondem a 14 400 kJ de energia, e o que fica no seu corpo são locomover? Em outras palavras, como os
apenas 1 440 kJ, a resposta vem do cálculo: (1 440 kJ . 100%) / animais conseguem energia?
14 400 kJ = 10%. A energia que a vaca usa para se locomover e a que todos
os animais utilizam vem do alimento; neste caso, do capim.
Em seguida, os alunos deverão observar a
Figura 35 a seguir, que também está no 10. Observe que grande parte da energia da
Caderno do Aluno. Esclareça que esse esquema vaca é “perdida” durante a respiração.
mostra uma etapa do anterior (apenas a pas- Talvez “perdida” não seja uma boa pala-
sagem de energia do capim para a vaca, vra... Para onde vai essa parte da energia?
incluindo também informações sobre a perda Essa energia é utilizada no metabolismo da vaca: é utili-
de energia (em porcentagem) que acontece zada para a locomoção, para a manutenção da tempera-
quando a vaca se alimenta de capim. tura constante do corpo etc.

A transformação da energia ingerida na forma


11. Você re etiu sobre o fato de que nossa
de alimento por uma vaca temperatura corpórea se mantém cons-
tante ao longo do tempo. Considerando
50%
que isso é verdade também para a vaca, de
onde vem a energia utilizada para manter
o corpo quente?
Do alimento.
Matéria absorvida Perdas na respiração
pelo sistema
Matéria
digestivo da vaca
orgânica
ingerida
pela vaca
60%
Matéria retida no corpo da vaca 10% Por último, os estudantes deverão analisar
100%
outro esquema, que é uma ampliação do apre-
Matéria não assimilada
(fezes e urina)
sentado na Figura 34: o gafanhoto, que se
alimenta de plantas, serve de alimento para um
rato-silvestre, que por sua vez pode ser ingerido
40%
por uma serpente. Esse esquema consta do
Caderno do Aluno, mas também poderá ser
Figura 35.
copiado na lousa para facilitar a visualização.
Ele tem a forma de uma pirâmide, em que cada
8. que signi ca a “matéria não assimilada” degrau representa a massa total dos organis-
do esquema? mos de determinada espécie. Esse esquema,
Trata-se da parte do capim que é ingerida e eliminada como representado na Figura 36, também é chamado
fezes ou urina. de pirâmide de biomassa.

35
enérico/SambaPhoto © Haroldo Palo Jr/Kino e © Fabio Colombini
Ilustração: © Lie Kobayashi
Fotos: © Tony

Figura 36 – Pirâmide de biomassa em um campo de pastagem.

12. O que acontece com a massa total de de serpentes é menor que a de ratos-
organismos à medida que subimos de -silvestres?
nível trófico? Dez vezes menor.
A biomassa dos organismos cai de acordo com o
aumento do nível trófico. 15. Por que a massa total de organismos não
se mantém constante à medida que os
13. Quantas vezes a massa total (biomassa) níveis tró cos aumentam? Dica: lembre-se
de ratos-silvestres é menor que a de dos últimos dois esquemas representados.
gafanhotos? Porque grande parte da matéria (aproximadamente 9/10
Dez vezes menor (basta dividir um pelo outro). ou 90%) é perdida na forma de fezes, urina, ou é conver-
tida em energia para o metabolismo dos seres ao longo da
14. Quantas vezes a massa total (biomassa) cadeia alimentar.

36
Biologia – 1a série – Volume 1

Etapa 3 – Resolução de problemas

1. A tabela (Quadro 9) a seguir mostra um exemplo de transferência de energia ao longo de uma


cadeia alimentar.

Transferência de energia ao longo de uma cadeia alimentar

Quantidade de energia (kcal/m2/ano)


Níveis tróàcos
Total assimilado Quantidade disponível para os
Diferença
pelos organismos níveis tróàcos seguintes

Produtores 21 11 1

Consumidores
9 48 42
primários

Consumidores
35 15 2
secundários

Consumidores
5 1 4
terciários
Quadro 9.

Com base nos dados da tabela (Quadro 9), da cadeia alimentar, maior será a energia
assinale a alternativa correta. disponível.

a) A quantidade de energia existente em d) A coluna “Diferença” indica a quanti-


um nível tró co é menor do que aquela dade de energia gasta em cada nível tró-
que será transferida para o nível tró co co e é utilizada para a manutenção da
seguinte. vida dos seus organismos.

b) A perda de energia, ao passar de um e) A transferência de energia na cadeia


nível tró co para outro, é na verdade alimentar é unidirecional, tendo início
muito reduzida, ao contrário da que pela ação dos decompositores.
está exempli cada.
Professor, talvez a questão 2 requeira algu-
c) Considerando-se cada transferência de mas explicações acerca da unidade de medida
utilizada (kcal/m2/ano). Ela informa a quanti-
energia de um nível tró co para outro,
dade de energia produzida (ou transferida) em
podemos a rmar que, quanto mais pró- determinada área, em determinado tempo.
ximos os organismos estiverem do m

37
2. Com base na tabela da questão anterior d) 4 calorias.
(Quadro 9), construa uma pirâmide de
energia. A escala a ser utilizada na sua pirâ- e) 6 calorias.
mide é a seguinte: cada 1 quilocalorias
por metro quadrado por ano (kcal/m2/ano) 4. Com base nos dados da questão anterior,
deverão ser representadas por uma barra imagine que um sabiá se alimentou da
de 1 cm de comprimento a única exceção lagarta. Construa uma pirâmide que repre-
é a barra correspondente aos produtores, sente a energia assimilada por esses dois
que não precisa estar em escala, pois será organismos durante a alimentação. Não é
muito maior que as outras. Dicas: você necessário representar o produtor na pirâ-
deve usar apenas a coluna “Total assimi- mide, e a escala a ser utilizada será a de 1
lado pelos organismos” e sua pirâmide calorias = barra de 1 cm de comprimento.
deverá ser semelhante, quanto ao formato,
à estudada “Pirâmide de biomassa em um Sabiá
campo de pastagem”.
Lagarta
É importante averiguar o comprimento de cada barra, que
Figura 37.
deverá estar de acordo com as instruções do problema.

3. (Fuvest–2 5) Uma lagarta de mariposa 1. (Fuvest–2 1) A tabela a seguir


absorve apenas metade das substân- mostra medidas, em massa seca
cias orgânicas que ingere, sendo a outra por metro quadrado (g/m2), dos
metade eliminada na forma de fezes. componentes de diversos níveis tró cos em
Cerca de 2/3 do material absorvido é uti- dado ecossistema.
lizado como combustível na respiração
celular, enquanto o 1/3 restante é conver- Massa seca
Níveis tróficos
tido em matéria orgânica da lagarta. (g/m2)
Considerando que uma lagarta tenha inge- Produtores 8 9
rido uma quantidade de folhas com matéria
Consumidores primários 37
orgânica equivalente a 6 calorias, quan-
to dessa energia estará disponível para um Consumidores secundários 11
predador da lagarta? Consumidores terciários 1,5
Quadro 1 .
a) 1 calorias.
a) Por que se usa a massa seca por unidade
b) 2 calorias. de área (g/m2), e não a massa fresca, para
comparar os organismos encontrados
c) 3 calorias. nos diversos níveis tró cos?

38
Biologia – 1a série – Volume 1

Porque a quantidade de água nos organismos de diferentes c) Nesse ecossistema, identi que os níveis
níveis tróficos é muito variável e, por isso, a massa seca pode tró cos ocupados por cobras, gafanho-
refletir melhor a quantidade de matéria orgânica presente tos, musgos e sapos.
em cada um dos níveis. Musgos: produtores; gafanhotos: consumidores primários; sapos:
consumidores secundários; cobras: consumidores terciários.
b) Explique por que a massa seca diminui
progressivamente em cada nível tró co. 2. (Fuvest–2 7) A ilustração mostra a pro-
Ela diminui porque a quantidade de matéria orgânica dutividade líquida de um ecossistema, isto
obtida em cada nível é consumida por ele e apenas o que é, o total de energia expressa em quilocalo-
sobra poderá ser incorporado e ficar disponível para o nível rias por m2/ano, após a respiração celular
seguinte. de seus componentes.

Consumidores terciários
(6 kcal/m2/ano)

Consumidores secundários
(67 kcal/m2/ano)

Consumidores primários
(1 478 kcal/m2/ano)

Produtores (8 833 kcal/m2/ano)

LUZ SOLAR

Figura 38.

a) Considerando-se que na fotossíntese a energia luminosa, ainda que não sejam produtores de
energia não é produzida, mas transfor- energia.
mada, é correto manter o nome de “pro-
dutores” para os organismos que estão b) De que nível(eis) da pirâmide os decom-
na base da pirâmide? Justi que. positores obtêm energia? Justi que.
Sim, é correto porque os organismos que estão na base De todos os níveis tróficos, já que os decompositores são
da pirâmide produzem matéria orgânica a partir de subs- capazes de utilizar os restos orgânicos de quaisquer orga-
tâncias inorgânicas presentes no ambiente, utilizando a nismos pertencentes aos diferentes níveis.

O krill e a vida marinha na Antártica

Krill é uma palavra de origem norueguesa que significa “peixe que acabou de nascer” e se refere a
um grupo de crustáceos muito parecidos com o camarão. Esses animais aparecem em grande quan-
tidade nos mares da Antártica, extremo sul do planeta, e podem atingir até 7 centímetros de compri-

39
mento. O krill alimenta-se de pequenas algas (fitoplâncton) e animais (zooplâncton). A excessiva pesca
do krill coloca em risco toda a vida marinha da Antártica, pois ele serve de alimento para muitas
espécies. Dessa forma, o krill é muito importante para a maior parte das cadeias alimentares, servindo
de alimento para lulas, peixes, focas, pinguins e outras aves. Quando o krill se desloca, todos os ani-
mais vão atrás dele: os que comem krill e os que comem quem come krill.
Esses crustáceos são especialmente importantes para as baleias. Sabe-se que, a cada nível trófico
de uma cadeia alimentar, perde-se cerca de 9 da energia presente no nível anterior, como conse-
quência de atividades do corpo, como o aquecimento, a movimentação e a eliminação de fezes, entre
outras. Assim, as enormes massas corporais das baleias, e das suas populações, só são possíveis
porque elas se alimentam diretamente de algumas espécies de krill, que são consumidores primários.
Uma baleia-azul, que é o maior animal existente no planeta, consome entre 2 e 3 toneladas de ali-
mento por dia. Elas não poderiam existir caso se alimentassem da mesma quantidade de animais
de níveis tróficos mais elevados. Se elas se alimentassem de focas, que são consumidores secundá-
rios, rapidamente o número de focas diminuiria e, consequentemente, o número de baleias.
Elaborado por Felipe Bandoni de Oliveira especialmente para o São Paulo faz escola.

1. Monte uma teia alimentar com todos os 2. Represente uma cadeia alimentar que con-
animais citados no texto. tenha krill, toplâncton e baleia-azul.
O esquema deverá conter: krill, pequenas algas (fitoplânc- Fitoplâncton krill baleia-azul.
ton), pequenos animais (zooplâncton), lulas, peixes, focas,
pinguins, outras aves, baleias. Alguns alunos poderão repre- 3. As baleias-azuis são animais muito grandes
sentar o ser humano na cadeia, por causa da menção à e têm grande apetite. Próximo da Antártica,
pesca, e os decompositores, que foram abordados anterior- ela pode comer, em um só dia, 2,5 milhões de
mente. Um exemplo de possível resposta vem a seguir. krills. De quantos milhões de krills precisaria
uma dúzia de baleias-azuis para se alimentar
fitoplâncton durante uma semana?
12 baleias-azuis . 7 dias . 2,5 milhões por dia = 210 milhões
de krills .

krill zooplâncton 4. Reveja o esquema da transformação da


energia e as pirâmides de biomassa que você
baleias
construiu anteriormente nesta Situação de
peixes Aprendizagem. Depois, construa a pirâmide
lulas de biomassa referente à cadeia alimentar que
você esquematizou na questão 2. Para isso,
considere que existam cerca de 15 mil tone-
focas pinguins outras aves ladas de toplâncton e que a cada nível tró-
co se perca 9 da massa, como informa o
Figura 39. texto (outra maneira de pensar nisso é imagi-

4
Biologia – 1a série – Volume 1

nar que apenas 1 estará presente no pró- de krill e 1 500 toneladas de baleias-azuis.
ximo nível tró co). A escala a ser utilizada
na sua pirâmide é a seguinte: cada 1 5. Considerando os mesmos valores do item
toneladas deverão ser representadas por uma anterior e que uma baleia-azul pesa em
barra de 1 cm de comprimento. média 15 toneladas, responda: Quantas
A pirâmide construída deverá ser semelhante, em termos baleias-azuis, no máximo, podem existir
do formato, à pirâmide de biomassa vista anteriormente. É em uma área onde haja 15 mil toneladas
importante averiguar o comprimento de cada barra, que de toplâncton?
deve estar de acordo com as instruções do problema. Como No máximo 10 baleias-azuis, pois a cada nível trófico perde-
a barra que representa a biomassa das baleias é proporcio- -se 90% da massa. Portanto, a massa de baleias-azuis deve
nalmente muito pequena, não se espera a precisão indicada ser 10% da de krills, que por sua vez é 10% da de fitoplânc-
(0,15 centímetro); o importante é que os alunos percebam tons. Como há 150 mil toneladas de fitoplâncton, deve
que essa barra é bem menor que as outras. A imagem a haver 15 mil toneladas de krill e 1 500 toneladas de baleias-
seguir está fora de escala, mas representa esquematicamente -azuis. Como cada baleia-azul pesa cerca de 150 toneladas,
como deverá ficar a figura depois de construída. essa massa corresponde a apenas 10 baleias-azuis.

Baleia-azul (0,15 cm)


6. Copie o trecho do texto que explica por
Krill (1,5 cm) que cerca de 9 da energia é perdida de
Fitoplâncton (15 cm) um nível tró co para outro.
“Sabe-se que, a cada nível trófico de uma cadeia alimentar,
Figura 4 .
perde-se cerca de 90% da energia presente no nível anterior,
O enunciado informa que, quando se passa de um nível como consequência de atividades do corpo, como o aqueci-
trófico a outro, perde-se 90% da massa, ou seja, apenas 10% mento, a movimentação e a eliminação de fezes, entre outras.”
da massa do nível anterior passa para o seguinte. Seguindo
esse raciocínio, a massa de baleias-azuis deve ser 10% da de Reforce com os alunos a importância dos
krill, que por sua vez é 10% da de fitoplâncton. Como há 150 esquemas que viram nesta Situação de Apren-
mil toneladas de fitoplâncton, deve haver 15 mil toneladas dizagem, discutindo as ideias a seguir.

Fique atento!
Nesta Situação de Aprendizagem, você pôde observar esquemas que são típicos da Biologia,
como as cadeias alimentares e as pirâmides de biomassa. Todas as outras disciplinas e áreas do
conhecimento, como a Física, a História e a Matemática, possuem também os seus esquemas espe-
cíficos (lembre-se, por exemplo, das linhas do tempo nas aulas de História ou dos diagramas de
conjuntos nas aulas de Matemática). Às vezes, esses esquemas usam um mesmo símbolo para repre-
sentar coisas muito diferentes, como as setas, por exemplo: elas aparecem em vários esquemas e,
mesmo dentro de uma mesma área, podem ter significados distintos.
Observe as figuras a seguir. Na figura que mostra os sapos, as setas querem dizer “mudança de
estágio” ou “dessa fase, muda para a seguinte” na cadeia alimentar, as setas querem dizer “serve de

41
alimento para”; na linha do tempo, elas indicam a direção em que o tempo passa, ou seja, de que
lado estão os fatos mais antigos e de que lado estão os mais recentes. E, em uma placa de trânsito,
podem significar algo totalmente diferente.
Esteja atento aos diferentes significados que os vários esquemas trazem e faça, mentalmente,
perguntas simples como esta: “O que quer dizer a seta neste esquema?”. Sempre que tiver dúvida,
procure perguntar a uma pessoa que já esteja familiarizada com o esquema, como os seus profes-
sores. Isso sem dúvida ajuda a entender melhor o seu livro didático, os jornais, as revistas e muitas
outras coisas que você verá fora da escola.

© Lie Kobayashi
o
in
K
na/
n
t’a
San
ia
an
Iv
© 1 500 1 822 1 888

Descobrimento Independência Abolição da


do Brasil do Brasil escravatura

Esquemas em que as setas têm signiàcados diferentes.

Figura 41.

42
Biologia – 1a série – Volume 1

SITUA O DE APRENDI A EM 4
AS MUITAS VOLTAS DO CARBONO

Os elementos químicos que compõem a maté- serão relacionados e deverão ser reconhecidos
ria dos ecossistemas participam de ciclos biogeo- pelos estudantes em situações distintas envol-
químicos. Dessa forma, esses elementos químicos, vendo a síntese de matéria orgânica pelos pro-
em certas situações, fazem parte dos compostos dutores, a produção de gás carbônico pelos
orgânicos que integram os seres vivos e, em outras seres vivos e pelas atividades humanas, bem
situações, fazem parte dos compostos inorgânicos como os mecanismos que permitem o retorno
na forma de gases, água ou sais minerais. do elemento químico carbono aos seres vivos.

Nesta Situação de Aprendizagem, os alunos Ao nal desta Situação de Aprendizagem,


terão a oportunidade de aplicar os conteúdos espera-se que os alunos tenham desenvolvido
tratados neste volume. Os diferentes conceitos as habilidades destacadas no quadro a seguir.

Conteúdos e temas: uxo de energia e matéria nos seres vivos; ciclo do carbono.

Competências e habilidades: resumir informações em esquemas; redigir textos a partir de esquemas;


reconhecer a continuidade do uxo de matéria e energia na natureza; reconhecer o processo de
fotossíntese em vários contextos.

Sugestão de estratégias: interpretação dirigida de diferentes esquemas; elaboração de textos.

Sugestão de recursos: lista de informações sobre o ciclo do carbono presente neste Caderno e no
Caderno do Aluno.

Sugestão de avaliação: análise dos esquemas construídos durante a Situação de Aprendizagem.

Roteiro para aplicação da Situação


© William Davis/Hulton Archive/
etty Images

de Aprendizagem 4

Etapa 1 – Sondagem inicial e sensibilização

Apresente a atividade pedindo aos


alunos que observem a foto ao lado e
leiam o texto a seguir, que se encon-
tram no Caderno do Aluno. Figura 42.

43
“Um poeta se emocionou ao ver uma cena Etapa 2 – Leitura de textos
como a que você vê na foto. Ao vê-la, ele imagi-
nou que o milho não cresce sozinho. Essa planta Nesta etapa, peça que os alunos leiam as
precisa que as pessoas cuidem dela para crescer. informações sobre o ciclo do carbono e, a
Ele pensou também que, de certa forma, as pró- partir delas, construam um esquema que resu-
prias pessoas são feitas de milho. Então, ele con- mirá os trechos mais importantes. Como
cluiu: é como se o milho cuidasse do milho.” sugestão, seria indicado que os alunos pri-
meiro conhecessem as questões a que vão
As questões a seguir são sugestões para que responder (lendo-as atentamente ou simples-
os alunos discutam as informações do texto. mente ouvindo-as), pois assim poderão dire-
cionar sua atenção para extrair informações
1. Por que o texto conclui que as pessoas são dos pequenos textos que ouvirão. A seguir
feitas de milho? estão as informações a serem lidas e as ques-
O objetivo é que os alunos reflitam sobre a transferência de tões para guiar os estudantes na construção
matéria de um ser vivo para outro, por meio da alimentação, do esquema.
um tema que será aprofundado em seguida.

Informações sobre o ciclo do carbono

a) A fotossíntese é um processo no qual uma planta, na presença de luz, transforma o gás carbônico do
ar em açúcares.
b) Todos os seres vivos são compostos, em grande parte, de carbono.
c) Quando um coelho come uma folha de alface, parte do carbono da alface passa a fazer parte do
corpo do coelho.
d) Cerca de 7 do nosso corpo é composto de água. Depois dela, as substâncias mais abundantes
são compostas de carbono.
e) Nossa respiração, assim como a de todos os outros animais e a das plantas, consome gás oxigênio
e libera gás carbônico.
f) O petróleo e seus derivados (como a gasolina) são compostos, em grande parte, de carbono. O
processo de formação de petróleo leva milhões de anos e acontece quando uma grande quantidade
de matéria orgânica (restos de algas, animais e plantas) acumula-se no fundo do oceano ou de um
lago e, pouco a pouco, é soterrada por sedimentos. A pressão que uma camada muito grande de
sedimentos exerce por vários milhões de anos acaba transformando a matéria orgânica em
petróleo.
g) As fezes dos animais contêm grande quantidade de carbono, na forma de matéria orgânica.
h) O motor de um carro usa a energia liberada pela queima controlada da gasolina para gerar movi-
mento. Nesse processo, o motor lança gás carbônico no ar.
i) Quando comemos qualquer alimento, parte do carbono presente nesse alimento torna-se parte do
nosso corpo, enquanto a outra parte é expelida nas fezes. Durante a respiração, parte do carbono
que assimilamos enquanto comemos é expelida como gás carbônico.

44
Biologia – 1a série – Volume 1

j) As árvores captam o gás carbônico do ar e o utilizam para produzir nutrientes que são usados em
seu desenvolvimento (crescimento, formação de folhas, flores, frutos etc.).
k) Nos oceanos, existe uma quantidade imensa de algas e animais microscópicos. Quando morrem,
esses seres progressivamente afundam e acabam depositados no fundo do mar.
l) A cana-de-açúcar faz fotossíntese, transformando o gás carbônico em açúcar. Esse açúcar pode
ser transformado em álcool nas destilarias e pode ser utilizado em motores de carro, da mesma
forma que a gasolina.
m) No oceano existem algas microscópicas capazes de fazer fotossíntese. Essas algas servem de ali-
mento para uma grande quantidade de animais, entre eles o krill, que é um pequeno crustáceo. O
krill serve de alimento para as maiores baleias do planeta, como a baleia-azul.
n) Quando uma árvore morre, muitas vezes, fungos e bactérias atuam sobre ela. Pouco a pouco,
eles digerem o carbono presente na árvore e, por meio da respiração, liberam gás carbônico
no ambiente.
o) As plantas, além de fazer fotossíntese, também respiram. Na respiração, assim como todos os
animais, as plantas liberam gás carbônico.
Elaborado por Felipe Bandoni de Oliveira especialmente para o São Paulo faz escola.

Após fornecer as informações de a a d, Após a informação i , estimule seus alu-


indague os alunos a respeito de como os ani- nos a pensar sobre quais são as formas pelas
mais conseguem o carbono que compõe seus quais o carbono é liberado dos compostos
corpos. orgânicos.

1. De que maneira o carbono pode ser incor- diferentes níveis tró cos. A seguir, explique
porado em uma planta? como o carbono é absorvido e eliminado
Pela fotossíntese. pelos seres vivos presentes no seu esquema.

2. De que maneira o animal pode obter carbono? 5. Há decompositores no seu esquema? Em


Por meio da alimentação. caso negativo, inclua-os, demonstrando
como é o uxo de carbono nesses seres. Em
3. De que forma a planta elimina o carbono? outras palavras, explique como o carbono
E o animal? entra e sai dos corpos dos decompositores.
Por meio da respiração ou da morte do vegetal (quando Cada aluno imaginará um esquema diferente; o impor-
o carbono gradualmente será transformado em gás carbô- tante é que as “entradas” e “saídas” de carbono estejam
nico pelos decompositores). O mesmo vale para um animal, bem representadas, como explicitado pelas respostas das
incluindo também a liberação de fezes. questões 1 a 3. Contudo, caso os alunos apresentem um
esquema em que não haja decompositores, lembre-os de
4. Monte um esquema que represente uma incluí-los e destacar como é o fluxo de carbono nesses
cadeia alimentar contendo organismos dos seres:

45
Fotos: © Fabio Colombini; © Haroldo Palo Jr/
Kino; © R-P/Kino e © Fabio Colombini

RESPIRAÇÃO RESPIRAÇÃO RESPIRAÇÃO RESPIRAÇÃO


FOTOSSÍNTESE

ALIMENTO
ALIMENTO ALIMENTO

FEZES
FEZES

Figura 43.

6. Imagine agora um novo esquema. Ele envol- represente corretamente a transferência de carbono entre
verá uma sequência de seres, semelhante à os seres, a começar pela captura de gás carbônico por um
do esquema que você fez, mas deve incluir vegetal e a transformação desse vegetal em combustível.
um combustível. Faça esse esquema no Existe a opção de incluir o petróleo ou o álcool de cana na
espaço a seguir. O caminho que o carbono sequência, que será imaginada de forma diferente por cada
faz de um ser para o outro (e no combustí- aluno. O importante é que a sequência de seres represente
vel) deverá ser indicado por uma seta. adequadamente o fluxo de carbono na natureza. A seguir
Neste exercício, os alunos vão montar um esquema que temos um exemplo de uma possível opção dos alunos:

fotossíntese respiração respiração respiração respiração

alimento alimento alimento


cana-de-açúcar inseto ave fungo

fezes fezes
álcool

queima

Figura 44.

46
Biologia – 1a série – Volume 1

7. O gás carbônico, apesar de ser encon- Etapa 3 – Elaboração de uma narrativa


trado naturalmente na atmosfera, é sobre o ciclo do carbono
liberado quando derivados do petróleo,
como a gasolina, são queimados para Até aqui, deve ter cado claro para os estu-
produzir energia. Isso tem um lado nega- dantes que “alguma coisa” passa de um ser
tivo, porque a emissão de gás carbônico vivo para outro ao longo de uma cadeia ali-
na atmosfera colabora para o aqueci- mentar. Essa “alguma coisa” vai ser formali-
mento global e coloca em risco a sobrevi- zada nesta etapa, mas, antes do início dos
vência de inúmeras espécies. trabalhos, é necessário que você faça alguns
Uma indústria que queima petróleo para esclarecimentos. Explique aos alunos que o
fabricar seus produtos imaginou que, nosso corpo, como o de todos os seres vivos, é
plantando uma grande quantidade de formado (além de por água) principalmente
árvores, compensaria esse prejuízo por uma substância: o carbono. Esclareça que
ambiental. Escreva um parágrafo expli- o carbono também está presente no ar, na
cando qual é a lógica por trás dessa com- forma de gás carbônico, e conduza os alunos a
pensação. Escreva também a sua opinião se lembrar da fotossíntese e da transformação
sobre o assunto, argumentando por que desse gás em glicose, processo realizado pelas
essa compensação funcionaria ou não. plantas e por outros produtores. A partir daí,
Resposta pessoal. Não importa qual a resposta exata do recorde o que é a cadeia alimentar; o impor-
aluno, contanto que seus argumentos mostrem que a tante, neste momento, é que os estudantes
queima de combustíveis fósseis lança gás carbônico na percebam que o que está sendo transmitido de
atmosfera, enquanto as plantas o retiram da atmosfera ser vivo para ser vivo é o carbono. Se julgar
durante a fotossíntese. necessário, faça uma abordagem mais deta-
lhada das propriedades químicas do elemento
8. Uma pessoa a rmou que a energia que carbono. Entretanto, atente-se ao conceito
movimenta os automóveis é, na realidade, central desta atividade, que é o uxo de matéria
energia que veio do Sol. Você concorda nos seres vivos.
com essa a rmação? Faça um esquema
indicando com setas o caminho da energia Em seguida, os alunos deverão elaborar um
até chegar aos combustíveis, con rmando texto narrativo descrevendo como é a viagem do
ou não essa a rmação. carbono pelos seres vivos. O texto deve ser em
A afirmação é correta. Um caminho possível: primeira pessoa (ou seja, o narrador é o átomo
de carbono) e iniciar no ar, com o gás carbônico,
Sol cana-de-açúcar  álcool automóvel passando por um organismo produtor, dois con-
sumidores e voltando a um produtor. As infor-
mações que foram lidas na etapa anterior podem
ser relidas aqui por você, professor, com a

47
intenção de dar mais alternativas para os alunos. em vídeo que deu ampla divulgação ao
Animais e plantas expelem gás carbônico gráfico a seguir. Ele mostra a mudança
enquanto respiram; o corpo de todos os animais na concentração de gás carbônico (CO2)
e plantas, até mesmo os aquáticos e marinhos, é na atmosfera terrestre ao longo do
composto em grande parte de carbono; fezes de século XX:
animais contêm carbono; fungos e bactérias tam-
bém são em grande parte compostos de carbono; Quantidade de gás carbônico na atmosfera
essas são a rmações que os estudantes possivel-
mente poderão incluir em sua narrativa. 420

Partes por milhão


400
380
Os alunos deverão respeitar as seguintes 360
340
regras para a elaboração do texto: 320
300

f deverá estar em primeira pessoa, ou seja, 1900 1920 1940 1960 1980 2000
Anos
o narrador tem de ser uma porção de
carbono; Figura 45 – Fonte dos dados: Intergovernmental Panel
on Climate Change (IPCC). Disponível em: <http:/www.
f o primeiro parágrafo deve abordar a vida ipcc.ch/pdf/assessment-report/ar4/syr/ar4 syr.pdf ,
do carbono no ar; p. 38. Acesso em: 17 maio 2 13.
f o segundo deve tratar da vida dentro de
um produtor; Segundo as previsões do IPCC, a concen-
f o terceiro deve tratar da vida dentro dos tração de CO2 vai continuar a aumentar
consumidores; no futuro. Entretanto, isso poderá ser
f o quarto tratará da volta ao produtor, ex- evitado:
plicando o que o futuro pode reservar para
essa porção de carbono; a) reduzindo o plantio de árvores;
f muita atenção aos aspectos formais do
texto, como ortografia, concordância b) impedindo o fenômeno de inversão
gramatical, pontuação, coerência e coesão térmica;
entre as frases etc.;
f o texto deverá ter um título criativo e c) aumentando a densidade da população
relacionado aos acontecimentos que ele humana na zona rural;
narra.
d) controlando a utilização de carros e
1. Em 2 6, o IPCC (sigla em motores a explosão;
inglês para “Painel Intergover-
namental sobre Mudanças Cli- e) diminuindo o crescimento do toplânc-
máticas”) produziu um documentário ton nos mares produtores.

48
Biologia – 1a série – Volume 1

2. O ciclo do carbono é um processo que ocorre Glicose é um tipo de açúcar fabricado pelas plantas durante
na Terra e envolve tanto os seres vivos como a fotossíntese. Ao longo deste Caderno, esse termo foi substi-
a atmosfera. Analise o esquema a seguir, tuído por outro mais genérico, “alimento”, mas é preciso que
que representa esse ciclo, e depois assinale os alunos conheçam a palavra “glicose”.
a alternativa que indica, respectivamente, o
nome correto dos processos A, B e C. 4. A gura a seguir mostra, resumidamente, o
esquema do ciclo do carbono na natureza:
CO2
atmosférico
CO2
A
I II
B 1o nível trófico C

2o e 3o níveis tróficos glicose


Figura 47.
Morte

Figura 46.

Com base nesse esquema, é possível con-


a) A, respiração; B, fotossíntese; C, cluir que:
decomposição.

b) A, respiração; B, decomposição; C, a) I pode representar a maioria dos


fotossíntese. seres vivos do planeta e II somente os
produtores;
c) A, fotossíntese; B, respiração; C,
decomposição. b) I representa apenas seres consumidores
e II os decompositores;
d) A, decomposição; B, fotossíntese; C,
respiração. c) I pode representar qualquer ser vivo e II
apenas os decompositores;
e) A, decomposição; B, respiração; C,
fotossíntese. d) I representa os consumidores primários
e II os seres fotossintetizantes;
3. O que signi ca a palavra “glicose”? Qual é
a relação dessa palavra com a fotossíntese? e) I representa os decompositores e II os
Procure a resposta no seu livro didático. seres vivos em geral.

49
Uma maneira de expandir seus conhecimentos sobre os ciclos da natureza é parar
para pensar sobre os processos que existem no seu dia a dia. Por exemplo: pense sobre
um pacote de biscoito que você comeu. De onde vieram os biscoitos? E a embalagem?
Para onde vai esse biscoito e essa embalagem? Será que esse processo pode ser com-
parado a um ciclo natural, como o ciclo do carbono que pode se repetir indefinidamente? Em
outras palavras, será que eles são sustentáveis? Em caso negativo, o que poderia ser feito para que
esse processo se tornasse sustentável?
Voltando aos processos naturais, outra reflexão pode ampliar ainda mais seus horizontes. Você
já parou para pensar que a mesma gota de água que você bebe pode já ter feito parte de uma geleira
na Antártica, ou do Oceano Pacífico, ou mesmo ter sido parte de um ser vivo que já não existe? A
mesma pergunta pode ser feita em uma escala maior: de onde veio o material que forma hoje as
rochas, os seres vivos e a água do nosso planeta? Veio de outros planetas? De estrelas? De que parte
do Universo? Será que esse também é um processo cíclico? Haverá um “ciclo dos planetas”?

Atividade complementar as diferentes possibilidades de trajetória do


nitrogênio na natureza. Esse jogo, o respectivo
O jogo Viagem do átomo de nitrogênio é um manual para o professor e as questões que
ótimo complemento para o trabalho com ciclos acompanham a atividade podem ser acessados
biogeoquímicos e uxo de matéria nos seres gratuitamente (disponível em: <http://www.icb.
vivos. Trata-se de uma atividade dinâmica em usp.br/bmm/jogos/nitrogenio 2 manual.pdf ,
que os alunos farão o papel de átomos e per- acesso em: 2 ago. 2 13), sendo possível tam-
correrão diversas “estações” que representam bém imprimi-los.

SITUA O DE APRENDI A EM 5
RELA ES ECOL ICAS ENTRE ESPÉCIES

O momento é o de compreender o modo relação ecológica sem a necessidade de


pelo qual uma população pode alterar a vida memorização automática do nome de cada
de outra e como organismos de uma mesma uma delas.
comunidade podem relacionar-se.
O aluno mostrará se compreendeu os concei-
O objetivo é propiciar ao aluno a percep- tos ao conseguir identi car o tipo de associação
ção das relações ecológicas entre seres vivos; conhecendo apenas suas características, mesmo
o reconhecimento das características dessas sem nunca haver estudado a associação proposta.
relações, tanto para os organismos envolvi- Queremos que o aluno saiba buscar e relacionar
dos quanto para as populações e o ambiente, informações por meio da interpretação das situ-
e a capacidade de identificar o tipo de ações apresentadas.

5
Biologia – 1a série – Volume 1

Discutiremos alguns casos da dinâmica que será retomado na próxima Situação de


entre populações cujos indivíduos mantêm Aprendizagem.
algum tipo de relação ecológica.
Ao final desta Situação de Aprendizagem,
Tal dinâmica provoca variação na densi- espera-se que os alunos tenham desenvolvido as
dade das populações desses organismos, tema habilidades destacadas no quadro a seguir.

Conteúdos e temas: relações ecológicas.

Competências e habilidades: ler e interpretar textos e imagens; fazer esquemas com base em
textos; pesquisar para buscar informações; relacionar informações fornecidas por diferentes
textos; ouvir os colegas e argumentar.

Sugestão de estratégias: leitura e construção de esquemas; discussão em grupo; pesquisa no


livro didático.

Sugestão de recursos: cartas para jogo das relações entre os seres da Mata Atlântica; livro
didático (e outros da biblioteca); imagens presentes neste Caderno.

Sugestão de avaliação: aplicação dos conceitos trabalhados; análise de resultados experimentais.

Roteiro para aplicação da Situação exemplos locais conhecidos dos alunos.


de Aprendizagem 5
Solicite que listem, no quadro a seguir, os
Etapa 1 – Sondagem inicial e sensibilização organismos envolvidos em cada uma das ima-
gens. Depois, proponha a questão apresen-
Por meio da interpretação de imagens, pode- tada na página seguinte.
mos conhecer as representações dos alunos acerca
do tema, direcionando nossas ações e aprofunda- Neste momento, você poderá identi car
mentos futuros. Para isso, peça aos alunos que quais relações são mais familiares aos alunos.
olhem com atenção as quatro imagens aqui apre- Desse modo, poderá aprofundar, na segunda
sentadas, que correspondem a situações envol- etapa, os conceitos em que houve maior di -
vendo seres da Mata Atlântica. Você pode usar culdade de apreensão.

51
© Visuals Unlimited/
Corbis/Latinstock

© Fabio Colombini

© Fabio Colombini

© Fabio Colombini
Figura 48 – Carrapato Figura 49 – Lagartas da Figura 5 – Bromélia sobre Figura 51 – Onça-pintada
adulto em pelo de mamífero borboleta-do-manacá tronco. (Panthera onca) comendo
da Mata Atlântica. (Methona themisto). peixe.

Figura 48 Figura 49 Figura 50 Figura 51

Carrapato Lagartas Bromélia Onça-pintada

Pode ser qualquer mamífero da


Mata Atlântica. Exemplos: tamanduá-mirim, Planta Árvore Peixe
cachorro-do-mato etc.

Liquens Planta

Quadro 11.

1. Por que eles foram fotografados juntos investigação sobre as relações entre seres da
nessas situações? Que situações essas ima- Mata Atlântica. Professor, faça cópias das
gens representam? cartas a seguir, recorte-as e cole-as em papel-
Resposta pessoal. Esta atividade serve para sensibilizar os estu- -cartão ou cartolina.
dantes para o assunto e a análise das imagens. É possível que
alguns deles já conheçam uma ou outra das relações ecoló- Coloque sobre a mesa as 13 cartas com as
gicas apresentadas. O importante, neste momento, é dire- informações viradas para baixo. Peça que um
cionar o olhar dos alunos para as interações entre seres vivos, representante de cada grupo escolha ao acaso
tema que será aprofundado em seguida. uma das cartas.

Etapa 2 – Reáetindo pesquisando e Oriente-os para que discutam sobre as


sistematizando informações apresentadas, explicando, nas
relações, quais seres são bene ciados, prejudi-
Professor, o texto a seguir trata das rela- cados ou indiferentes.
ções ecológicas que ocorrem na Mata Atlân-
tica. A partir dele, amplie sua explanação. Se Ao terminar o exame de uma das situações, o
achar conveniente, organize a atividade em grupo deverá devolver a carta e sortear outra, de
grupo, dividindo a classe em oito grupos e modo que, ao final, cada grupo analise pelo
explicando aos alunos que eles farão uma menos oito situações diferentes.

52
Biologia – 1a série – Volume 1

Relações ecológicas na Mata Atlântica

Você vai fazer agora uma investigação sobre as relações entre seres da Mata Atlântica. Antes da
chegada dos portugueses, em 15 , este bioma ocupava uma área estimada em 1 milhão de km 2 , mas
atualmente resta pouco da sua formação original: apenas cerca de 7 mil km2. Há, entretanto, áreas onde
a vegetação original ainda existe e os organismos vivem relativamente distantes das influências dos seres
humanos. Essas regiões são muito importantes sob o ponto de vista biológico, pois muitas das espécies
que ali vivem não existem em nenhum outro lugar do mundo.

Investigação das relações entre seres da Mata Atlântica

As situações apresentadas nas cartas do jogo são as seguintes:

1 2
Uma semente de uma planta
chamada cipó-chumbo germina
As corujas alimentam-se de uma sobre uma pitangueira.
espécie de perereca que vive às Aos poucos, as raízes do
margens de uma lagoa. cipó-chumbo vão penetrando
nos galhos da pitangueira,
absorvendo os nutrientes dela.
Corujas beneficiadas e pererecas prejudicadas. Cipó-chumbo beneficiado e pitangueira prejudicada.

3
Um carrapato alimenta-se do
sangue de uma capivara.

Carrapato beneficiado e capivara prejudicada.


4
Uma bactéria vive no
interior dos pulmões de um
macaco-prego, alimentando-se
de suas células.

Bactéria beneficiada e macaco-prego prejudicado.

5 6
Uma rêmora gruda no corpo de
Um gambá captura um
um tubarão com uma ventosa
besouro com suas patas
que há no alto da cabeça dela e
dianteiras e come o corpo dele,
se alimenta dos restos de peixes
deixando apenas as pernas.
deixados por ele.

Rêmora beneficiada e tubarão indiferente. Gambá beneficiado e besouro prejudicado.

53
7 8
Abelhas-sem-ferrão visitam as A perereca-verde e a
flores de goiabeira-brava para perereca-listrada põem ovos nas
se alimentar do néctar delas mesmas poças. Quando há muitos
e, como visitam muitas flores, girinos ocupando o mesmo lugar,
acabam levando pólen de uma não há comida para todos. E não
para outra flor. Isso facilita a há muitas poças na floresta.
reprodução da goiabeira-brava.

Abelhas-sem-ferrão e goiabeira-brava beneficiadas. Perereca-verde e perereca-listrada prejudicadas.

9 10
Uma bromélia vive sobre um
cedro, de onde consegue pegar O gambá e a cutia alimentam-se
mais luz que no chão dos frutos do palmito-juçara;
da floresta. As raízes da mas não há frutos suficientes
bromélia não penetram nos para todos.
galhos das árvores.

Bromélia beneficiada e cedro indiferente. Gambá e cutia prejudicados.

11 12
Uma sanguessuga que vive na Uma joaninha anda pelo
água sobe nas costas de um sapo galho de uma amoreira
para chegar a lagoas diferentes, devorando todos os pulgões
mas sem sugar seu sangue. que estão por ali.

Sanguessuga beneficiada e sapo indiferente. Joaninha e planta beneficiadas e pulgões prejudicados.

13
Um líquen é uma associação entre
uma alga e um fungo: a alga
produz alimento e o fungo retém
umidade. Essa associação é tão
íntima que algumas espécies de
algas e de fungos não conseguem
viver separadamente.
Fungo e alga beneficiados.

54
Biologia – 1a série – Volume 1

Encaminhamento do jogo
Inicie a discussão de cada situação separadamente. Peça que um aluno de cada grupo que traba-
lhou com a situação 1 exponha suas conclusões. Em seguida, faça o mesmo com os grupos que
estudaram a situação 2, e assim por diante, até que as 13 situações tenham sido discutidas.
Anote na lousa a conclusão atingida para cada situação estudada, indicando com um sinal (+) a
espécie beneficiada, com (–) a espécie prejudicada e com ( ) a espécie indiferente; essas anotações
deverão ser copiadas por todos os alunos.
A sistematização, neste caso, poderá ser feita logo após a reflexão a respeito de cada situação.
Combine com a turma um tempo para cada resposta, colocando em discussão as opiniões dos alunos
e organizando na lousa as conclusões e as relações ecológicas abordadas.
Complete a construção dos conceitos com exemplos e outras relações ecológicas que você queira
incluir. Valorize a identificação correta das características das relações apontadas, nesta e na próxima
etapa. Neste momento, os nomes das relações não são importantes, pois serão tratados a seguir.

Número Seres Seres Seres Nome da


Seres citados
da frase prejudicados beneficiados indiferentes relação ecológica

João-de-barro,
Exemplo Mosca-varejeira João-de-barro – Predatismo
mosca-varejeira

1 Coruja, perereca Perereca Coruja Predatismo

2 Cipó-chumbo, pitangueira Pitangueira Cipó-chumbo Parasitismo

3 Carrapato, capivara Capivara Carrapato Parasitismo

4 Bactéria, macaco-prego Macaco-prego Bactéria Parasitismo

5 Tubarão, rêmora Rêmora Tubarão Comensalismo

6 Gambá, besouro Besouro Gambá Predatismo

Goiabeira-brava, Goiabeira-brava,
7 Mutualismo
abelha-sem-ferrão abelhas-sem-ferrão

Perereca-verde, Perereca-verde,
8 Competição
perereca-listrada perereca-listrada

9 Bromélia, cedro Bromélia Cedro Epifitismo

Gambá, cutia, Gambá, cutia,


10 Competição
palmito-juçara palmito-juçara

11 Sanguessuga, sapo Sanguessuga Sapo Inquilinismo

Joaninha, amoreira,
12 Pulgões Joaninha, amoreira Protocooperação
pulgões

13 Fungo, alga Fungo, alga Mutualismo

Quadro 12.

55
Etapa 3 – Pesquisa no livro didático a seguir, o nome da relação e tente encontrar
pelo menos um exemplo. Caso não encontre
1. No esquema que você montou exemplos no seu livro, pesquise em outros
na etapa anterior, escreva o livros da sua escola ou busque na internet.
nome técnico da relação que A resposta vai depender da pesquisa de cada aluno, que
existe em cada situação. Por exemplo, ao deverá encontrar pelo menos um exemplo para cada tipo
lado da frase “Um joão-de-barro alimenta- de relação.
-se de uma mosca-varejeira”, o termo téc-
nico a ser anotado seria “predatismo”. Etapa 4 – Ampliando os conhecimentos
relação 1, 6 – predatismo
relação 2, 3, 4 – parasitismo Proponha aos alunos que, individualmente,
relação 5 – comensalismo identi quem as relações ecológicas expostas no
relação 7, 13 – mutualismo texto a seguir, elaborando o esquema da teia
relação 8, 10 – competição alimentar correspondente a ele.
relação 9 – epifitismo
relação 11 – inquilinismo Peça que utilizem cores de caneta diferentes:
relação 12 – protocooperação uma para indicar a teia alimentar e outra para
mostrar as relações ecológicas. Depois, os alunos
2. No seu livro didático, deve haver exemplos deverão classificar, de acordo com os termos
para cada tipo de relação. Anote, no espaço técnicos corretos, as relações que identi caram.

O “pacto” entre o lobo e a árvore

De hábitos alimentares noturnos, o lobo-guará costuma atacar pequenos roedores e aves.


Embora seja carnívora, essa espécie precisa comer um fruto de uma árvore bastante particular, a
lobeira (Solanum lycocarpum).
Essa dieta é vital para o lobo-guará: se for privado de comer esses frutos regularmente, ele pode
morrer de complicações renais, que são causadas por vermes. A lobeira também é recompensada
nessa relação, pois o lobo contribui para a dispersão de suas sementes.
Elaborado por Felipe Bandoni de Oliveira especialmente para o São Paulo faz escola.

1. Lembrando do que você já aprendeu, mon- lobo-guará; frutos da lobeira; aves; pequenos mamíferos
te a teia alimentar que representa todos os roedores e vermes, com setas ligando-os corretamente
organismos citados no texto e indique o (na teia, a seta significa “serve de alimento para”). As rela-
tipo de relação estabelecida entre as espécies ções ecológicas que eles devem indicar e classificar são:
mencionadas. lobo-guará e vermes (parasitismo); lobo-guará e lobeira
Os alunos devem montar uma teia em que apareçam o (mutualismo ou protocooperação).

56
Biologia – 1a série – Volume 1

aves pequenos c) parasitismo e competição.


roedores
lobo-guará
d) parasitismo e mutualismo.
lobeira vermes
e) inquilinismo e mutualismo.
Figura 52.

1. (Vunesp – 2 5) Moradores 2. Assinale a opção que indica o tipo de rela-


dizem que há risco de queda de ção ecológica nos três exemplos a seguir:
árvores na zona norte.
“[...] Um dos moradores reclama de duas ár- I. Uma ovelha está cheia de pulgas, que
vores cheias de cupim, que cam em frente à vivem entre seus pelos, sugando seu
sua casa: – Quero ver quando a árvore cair sangue.
sobre um carro e matar alguém, o que a pre- II. A lombriga é um nematódeo que vive no
feitura vai dizer. [...]” (Folha de S.Paulo, 12 intestino de mamíferos.
jan. 2 5.) III. Os percevejos são insetos que retiram
seiva elaborada de certas plantas.
Embora se alimentem da madeira, os cupins
são incapazes de digerir a celulose, o que é fei- a) Mutualismo.
to por certos protozoários que vivem em seu
intestino. As relações interespecí cas cupim- b) Competição.
-árvore e cupim-protozoário podem ser clas-
si cadas, respectivamente, como casos de: c) Parasitismo.

a) predação e comensalismo. d) Sociedade.

b) comensalismo e parasitismo. e) Canibalismo.

Observe a imagem a seguir. Ela mostra dois pássaros comuns no Brasil: o tico-tico e
o chupim.
© Stephen Dalton/Minden
Pictures/Latinstock

Figura 53 – Tico-tico alimentando filhote de chupim.

57
O que é um chupim?
Veja algumas das definições do dicionário Houaiss:
Chupim: (1) ave passeriforme (Molothus bonariensis) da fam. dos emberizídeos, conhecida em todo o Brasil
[...] Põe os ovos nos ninhos de muitas spp., esp. no do tico-tico [...]. (5) homem que casa com mulher rica.
©Instituto Antônio Houaiss

1. Observe novamente a imagem e responda: 2. Escreva o nome das duas espécies repre-
Qual dos pássaros é o tico-tico e qual é o sentadas na foto, indicando com um sinal
chupim? Como você chegou a essa resposta? (+) a que é bene ciada e com um (–) a
O tico-tico é o pássaro marrom, menor, e o chupim é o pássaro que é prejudicada. Depois aponte o nome
escuro, maior. A definição informa que o tico-tico cuida do filhote da relação entre o tico-tico e o chupim.
de chupim; portanto, o pássaro que está dando a comida, na ima- Tico-tico (−) / chupim (+); esclavagismo. (Esclavagismo ou sin-
gem, é o tico-tico, e o que está recebendo é o chupim. Muitos alu- filia é uma relação ecológica desarmônica que ocorre entre
nos, que ainda não conhecem essa relação, podem ficar surpresos indivíduos de uma espécie que se beneficiam explorando as
com o fato de um pássaro pequeno, adulto, alimentar outro, que é atividades, o trabalho ou o que é produzido por outros animais
filhote, mas muito maior; porém, é isso o que acontece. – da mesma espécie ou não.)

As formigas-correição agitam a floresta

Predadoras vorazes, as formigas-correição vivem em florestas do Brasil. São formigas sem um


ninho fixo, que caminham em bandos transportando seus ovos e sua rainha pela mata. Elas são
carnívoras e se alimentam de grilos, aranhas e outros animais que encontram pelo caminho. Como
os bandos são enormes, muitas vezes chegando a dezenas de milhares de formigas, elas atacam
insetos bem maiores que elas, como baratas. Algumas espécies chegam a se alimentar de vertebrados,
como roedores e lagartos.
Os bandos de algumas espécies dessas formigas estendem-se como um tapete vivo no chão da
floresta. Os animais que podem saltar ou voar por cima delas tratam de escapar. Contudo, algu-
mas aves seguem as formigas-correição, aproveitando para capturar mariposas e moscas que
fogem voando enquanto o bando passa. Essas aves são bastante beneficiadas pelas formigas, mas
não se alimentam delas.
Já os animais que não voam nem saltam não têm muita chance de escapar vivos quando as
encontram. Mesmo os animais que voam, como alguns gafanhotos, desenvolveram uma estratégia
interessante para evitar ser devorados: ficam absolutamente imóveis, de maneira que as formigas
passam por eles, às vezes até por cima de seu corpo, e não os notam.
Contudo, algumas vespas se aproveitam dessa situação para botar seus ovos nos gafanhotos que
estão se fingindo de estátua. As larvas dessas vespas se alimentam e se desenvolvem no corpo do
gafanhoto. Às vezes, as larvas abandonam o corpo do gafanhoto e ele sobrevive.
Elaborado por Felipe Bandoni de Oliveira especialmente para o São Paulo faz escola.

58
Biologia – 1a série – Volume 1

1. Encontre e sublinhe no texto todos os Formiga-correição (+) / aranhas (−); predatismo


nomes de animais. Depois, liste todas Formiga-correição (+) / baratas (−); predatismo
as interações entre espécies e, para cada Formiga-correição (+) / roedores (−); predatismo
uma dessas interações, indique com um Formiga-correição (+) / lagartos (−); predatismo
sinal de (+) a espécie bene ciada, com (–) Formiga-correição (0) / aves (+); comensalismo
a prejudicada e com ( ) a indiferente. Por Aves (+) / moscas (−); predatismo
último, complete com o nome de cada Aves (+) / mariposas (−); predatismo
uma das interações. Gafanhoto (−) / vespas (+); parasitismo
Formiga-correição (+) / grilos (−); predatismo Formiga-correição (0) / vespas (+); comensalismo

Relações mais complexas


Nesta Situação de Aprendizagem, tratamos de maneira didática as relações entre seres vivos.
Quando analisamos diretamente a natureza, encontramos muitas vezes situações mais complexas
que podem dificultar nossa análise, mas também mostram o quanto a natureza pode ser
interessante.
As diferenças entre predatismo e parasitismo, por exemplo, podem ser muito sutis. Considere os
exemplos a seguir e responda em seu caderno:
1. Um ser vivo está com o organismo tão infestado de parasitas que acaba morrendo. Podemos con-
siderar essa situação um caso de predatismo?
Deve-se considerar este como um caso de parasitismo, que às vezes leva à morte do organismo hospedeiro. Alguns alunos
poderão confundi-lo com predatismo, por inferirem que esse tipo de relação envolve necessariamente a morte do organismo
predado.

2. Um louva-a-deus tenta capturar uma barata, mas consegue apenas comer uma das pernas e ela
escapa viva. Temos aí um caso de parasitismo?
Não, este não é um caso de parasitismo, e sim de predatismo, mesmo que a morte do organismo predado não se tenha con-
sumado (em ambos os casos, não é a morte que determina o tipo de relação). Em razão de a barata não ter morrido, alguns
alunos podem confundir esse caso com o de parasitismo. O objetivo dessas questões é levar os alunos a perceber que muitas
vezes as relações ecológicas não se encaixam perfeitamente em resoluções simples, mas podem ser o ponto de partida para
uma reflexão mais profunda sobre o fato de a natureza não se encaixar perfeitamente nas categorias e definições formuladas
por nós, seres humanos. Para abordar melhor essa questão, outros exemplos de situações de difícil classificação também
poderiam ser mencionados.

59
SITUA O DE APRENDI A EM 6
EQUIL BRIO DIN MICO DAS POPULA ES

Esta Situação de Aprendizagem trata da ser in uenciado pelos processos de interação


dinâmica de populações de espécies ao longo com outras populações, assim como pelas
das gerações. variações dos fatores abióticos locais.

Procuramos com ela estabelecer os parâmetros Ao nal desta Situação de Aprendizagem,


necessários para que os alunos compreendam de espera-se que os alunos tenham desenvolvido
que forma o tamanho de certa população pode as habilidades destacadas no quadro a seguir.

Conteúdos e temas: relações ecológicas; dinâmica populacional; controle biológico.


Competências e habilidades: ler e interpretar textos e grá cos; analisar séries temporais repre-
sentadas em tabelas e grá cos; visualizar grá ca e quantitativamente as relações ecológicas
estudadas; reconhecer o controle biológico em plantações; reconhecer fatores que afetam o
tamanho das populações de seres vivos.
Sugestão de estratégias: construção e análise de grá cos; análise de esquemas que represen-
tam resultados experimentais.
Sugestão de recursos: tabelas e esquemas com dados experimentais presentes neste Caderno.
Sugestão de avaliação: aplicação dos conceitos trabalhados em situações diferenciadas; avaliação dos
grá cos construídos ao longo da Situação de Aprendizagem; análise de resultados experimentais.

Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 6

Etapa 1 – Sondagem inicial e sensibilização

Coloque em discussão o texto a seguir e as questões que o acompanham.

Procriadores

Os ratos são animais que causam problemas em muitas cidades. Além de atacar plantações e arma-
zéns, transportam vírus e bactérias que causam doenças ao ser humano, por exemplo, a leptospirose.
Uma das características dos ratos, que lhes permite se espalharem por tantos lugares, é sua capacidade
de se reproduzirem rapidamente. Após atingir a maturidade sexual, com cinco semanas de idade, uma
fêmea dá à luz, em média, dez filhotes por mês.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

6
Biologia – 1a série – Volume 1

1. Sabendo-se que a vida de um rato pode Etapa 2 – Presas e predadores


durar dois anos após a maturidade sexual,
quantos lhotes um único casal de ratos Divida a classe em grupos de quatro alunos e
pode gerar ao longo de toda a vida? explique a atividade a seguir, orientando o
240 filhotes, em média (24 meses . 10 filhotes por mês). registro das respostas e das observações realiza-
das. O gráfico (Figura 54) e o texto seguintes
2. Suponha que uma população de ratos, em deverão ser analisados com os alunos.
uma cidade, seja composta por mil ratos.
Quantos ratos haveria após dois anos, con-
siderando que apenas esses mil ratos se Presas e predadores
reproduzam? Os ratos são as presas favoritas de deter-
Esta pergunta admite inúmeras respostas, dependendo da pro- minadas espécies de coruja. Pesquisadores
registraram anualmente, durante 1 anos, o
porção de machos e fêmeas na população de ratos selecio-
número de ninhos dessas corujas e a presença
nada pelo aluno. Supondo que aproximadamente metade dos de suas presas favoritas. O resultado dessa
ratos seja macho e outra metade seja fêmea, é esperado que investigação está representado no gráfico
a seguir.
ao final de dois anos haja cerca de 120 mil ratos (500 casais . 240
filhotes por casal). Essa resposta considera que as fêmeas dos Relação entre número de ratos e ninhos de coruja
ratos estejam férteis imediatamente após dar à luz.
120 50
100 40
3. Use sua resposta da questão anterior como
80
30
população inicial de ratos e calcule quan- 60
20
tos haveria após dez anos sem mortes. 40
10
Supondo uma população de 120 mil ratos (60 mil casais), ao 20
0 0
fim de dois anos teríamos 60 mil casais . 240 filhotes = 14,4 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Número de ratos Número anual de ninhos de coruja
milhões de ratos; portanto, em dez anos, teríamos 5 . 14,4
milhões = 72 milhões de ratos. Figura 54 – Número de ratos (colunas) e de ninhos de
coruja (linha) ao longo dos anos.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.


4. É fácil perceber que, em poucas décadas,
a população de ratos ocuparia todo o pla-
neta. Por que isso não acontece? 1. Determine o ano em que os ratos aparecem
Resposta pessoal, mas se espera que os estudantes mencio- em maior e menor quantidade.
nem fatores que possam controlar a população de ratos, Há mais ratos no ano 2000 e menos ratos no ano 2001.
como doenças, falta de alimento, extermínio realizado pelo
homem, predatismo por outros animais etc. Nesse momento, 2. Determine o ano em que a reprodução das
uma resposta exata não é importante; o principal é fazer que corujas foi maior e o ano em que foi menor.
os alunos reflitam sobre os fatores que podem influenciar o As corujas se reproduziram mais no ano 2000 e menos no
tamanho de uma população. ano 2001.

61
3. De acordo com o grá co, qual é a relação Explique como chegou a essa conclusão.
entre a população de corujas e a de ratos? Como os ratos servem de alimento para as corujas, eles
Como as corujas se alimentam de ratos, quanto maior a devem estar em maior número. Como a maior escala é
disponibilidade deles, maiores serão as condições de sobre- a do eixo da esquerda, ele se refere aos ratos, ou seja, às
vivência das corujas em termos de alimentação. O inverso colunas.
também é verdadeiro.
8. Você estudou um diagrama chamado Pirâ-
4. De acordo com o grá co, qual é o fator que mide de biomassa. Aprendeu com ele como
interfere no tamanho da população de ratos? a energia passa de um ser vivo para o outro,
O predatismo pelas corujas. bem como as perdas que acontecem nesse
processo. Pensando no que você já sabe
5. De acordo com o grá co, qual é o fator sobre isso, por que o número de corujas
que interfere no tamanho da população nunca é maior que o de ratos?
de corujas? Neste caso, o número não é maior porque são elas que se
A não disponibilidade de ratos para servir de alimento. alimentam dos ratos. São, portanto, consumidores secun-
dários. Como a energia disponível se reduz a cada nível tró-
6. O que aconteceria se os ratos desapareces- fico, por causa dos gastos com respiração, movimentação
sem desse local? etc., sempre há mais biomassa nos níveis tróficos inferiores
A população de corujas diminuiria ou até desapareceria. (no caso, os ratos) para sustentar poucos organismos em
níveis superiores (no caso, as corujas). Como se trata aqui
7. Este grá co é um pouco diferente dos que de uma pergunta, que visa conectar os conhecimentos já
você viu até aqui. Ele tem dois eixos y, adquiridos com os novos conteúdos, vale a pena discutir
cada um com uma escala diferente. O eixo essa questão detalhadamente.
y à esquerda do grá co refere-se aos dados
que são mostrados em colunas ou na linha? Etapa 3 – Controle biológico

Controle biológico de pragas: fungo versus cigarrinha

A cigarrinha-das-raízes, cujo nome científico é Mahanarva fimbriolata, é uma praga que ataca
as plantações de cana-de-açúcar em todo o Brasil. Essa cigarrinha é um inseto bem pequeno, mas
é capaz de se reproduzir rapidamente. Ela perfura as raízes e suga a seiva da cana e, quando em
grandes populações, reduz a quantidade de açúcar na planta, causando sérios prejuízos aos
fazendeiros.
Por esse motivo, muitos agricultores e cientistas buscaram maneiras de eliminar a cigarrinha-das-
-raízes dos canaviais. Uma primeira tentativa foi feita com inseticidas, o que reduziu as populações
de cigarrinhas e serviu para aumentar novamente a produção de açúcar. Entretanto, em alguns anos,
a cigarrinha voltou a atacar, só que, desta vez, o inseticida não era mais eficiente para eliminá-la.

62
Biologia – 1a série – Volume 1

Juntaram-se a isso os problemas causados


Tempo Número de cigarrinhas pela chegada do inseticida aos rios próximos
(dias) sem fungo com fungo aos canaviais: em primeiro lugar, havia o risco
de contaminação da água que abastecia as
5 1 comun idades v i z i n has às plantações; em
5 5 1 segundo lugar, o inseticida poderia causar a
morte da fauna original dos rios, o que é alta-
1 7 1
mente indesejável.
15 1 2 Os cientistas julgaram que o fungo Metarhi-
2 3 3 zium anisopliae poderia ser uma boa solução para
esse problema. Havia algumas evidências de que
25 5 6
as cigarrinhas não se reproduziam bem na pre-
3 7 1 sença do fungo. Para confirmar isso, eles criaram
35 9 12 as cigarrinhas em laboratório, tanto na presença
quanto na ausência desse fungo. Os dados que
4 1 16 obtiveram estão representados na tabela ao lado.
45 11 18
Elaborado por Felipe Bandoni de Oliveira especialmente
5 11 18 para o São Paulo faz escola.
Quadro 13.

Os estudantes construirão os grá cos refe- nem de escrever os nomes do que está repre-
rentes às variações populacionais de uma sentado em cada eixo.
cigarrinha (Mahanarva fimbriolata) na pre- Os gráficos resultantes deverão ser semelhantes ao represen-
sença e na ausência de um fungo (Metarhizium tado a seguir (Figura 55), dentro do mesmo sistema de eixos.
anisopliae). A classe será dividida em dois
grandes grupos, sendo que um deles construirá Ináuência dos fungos na população de cigarrinhas
o grá co correspondente à variação da popu-
lação de cigarrinhas na ausência do fungo e o 120
110
outro, na presença do fungo. 100
90
Número de cigarrinhas

80
Os alunos de ambos os grupos deverão utili-
70
zar a mesma escala: o eixo x deverá variar de a 60
5 , sendo que cada cinco dias corresponderão a 50
40
1 centímetro, e o eixo y deverá variar de a 12 , 30
sendo que cada 1 cigarrinhas corresponderão a 20
10
1 centímetro (a escala comum permitirá uma 0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
comparação mais clara dos dois grá cos).
Tempo (dias)
Sem fungo Com fungo
1. Construa o grá co correspondente à tabela.
Figura 55 – Variação no número de cigarrinhas (Mahanar-
Não se esqueça de dar um título ao grá co va fimbriolata) na presença e na ausência do fungo.

63
2. Agora você se reunirá em dupla com um f Hipótese 1: o fungo, apesar de ser micros-
colega que tenha feito o grá co comple- cópico, é um predador de cigarrinhas.
mentar ao seu. Analise o grá co que ele f Hipótese 2: o fungo compete com as ci-
construiu e veri que se os aspectos a seguir garrinhas pelas folhas de cana-de-açúcar
estão corretamente representados; em caso e também prejudica a planta.
negativo, seu colega deverá corrigir o que f Hipótese 3: o fungo é um parasita das
for necessário. cigarrinhas e não prejudica as plantas.
Hipótese 1: o fungo prejudica as cigarrinhas, mas não as
a) O eixo x varia de a 5 e cada intervalo plantas. Apenas com os dados do gráfico seria possível
de cinco dias corresponde a 1 cm? dizer que ele é um predador de cigarrinhas. Contudo,
nesse caso, esse não é o termo mais adequado, pois se
b) O eixo y varia de a 12 e cada grupo trata de um parasita. Essa hipótese é plausível; apenas o
de dez cigarrinhas corresponde a 1 cm? termo “predação” não é o mais adequado. Hipótese 2: o
fungo não prejudica a cana-de-açúcar, pois o enunciado
c) Con ra se os pontos estão corretamente da questão diz que a produção de cana aumentou. Por-
colocados no grá co. tanto, essa hipótese não se sustenta. Hipótese 3: essa hipó-
tese é a mais aceitável/razoável, pois o fungo prejudica as
d) Con ra se o acabamento do grá co está cigarrinhas, mas não a cana. Além disso, ela usa a termino-
adequado (capricho). logia adequada, apontando o fungo como parasita.

3. Você diria que a presença do fungo inter- 5. Essa cigarrinha é uma praga da cana-de-
fere no tamanho da população de cigar- -açúcar, pois, ao sugar a seiva das folhas
rinhas? Explique com base nos grá cos para se alimentar, ela injeta toxinas na
construídos. planta, prejudicando a fotossíntese. O cien-
Sim, pois a população de cigarrinhas é muito menor na pre- tista teve a ideia de misturar o fungo (que é
sença do fungo. microscópico) em água e lançar jatos com
a mistura sobre a plantação. A intenção
4. Um cientista, observando esses resultados era diminuir a população de cigarrinhas.
e vendo que a produção de cana aumentou Você acha que isso aumentará a produção
na presença do fungo, levantou três hipó- de cana-de-açúcar? Explique por quê.
teses. Analise-as e comente, argumentando Sim, essa estratégia provavelmente funcionará, pois a popu-
por que cada uma delas é plausível ou não. lação de cigarrinhas é menor na presença dos fungos, que
Dica: use os dados dos grá cos construí- as parasitam. Na realidade, esta é uma das maneiras pelas
dos na questão 1 e do texto sobre controle quais os agricultores do Estado de São Paulo combatem a
biológico de pragas para sustentar seus cigarrinha de cana-de-açúcar.
argumentos.

64
Biologia – 1a série – Volume 1

6. Releia o texto Controle biológico de pragas: a) Pela análise do grá co, como se explica
fungo versus cigarrinha. Ele menciona três o elevado número de predadores nos
organismos e as relações entre eles. Anote pontos I, II e III? Justi que sua resposta.
a seguir que relações são essas, marcando Um pouco antes dos pontos I, II e III, havia uma grande quan-
com (+) o organismo bene ciado e com (-) tidade de presas, o que beneficiou os predadores, cuja popu-
o prejudicado. Escreva também como cada lação pôde se alimentar mais e crescer.
uma dessas relações é denominada.
Cana-de-açúcar (-) / cigarrinha (+): parasitismo b) Se, a partir de 1935, os predadores tives-
Cigarrinha (-) / fungo (+): parasitismo sem sido retirados da região, o que se
Fungo (0) / cana-de-açúcar (0): não estabelecem relação esperaria que acontecesse com a popula-
ção de herbívoros? Justi que sua resposta.
7. Represente a seguir a cadeia alimentar que Inicialmente, a população de herbívoros iria aumentar,
inclui esses três seres vivos. devido ao desaparecimento dos predadores. Depois, em
Cana-de-açúcar cigarrinha fungo razão da ampliação do número de indivíduos (presas), cres-
ceria a competição dentro da mesma espécie por alimento
8. Se você fosse um plantador de cana, que e espaço. Desse modo, o tamanho da população de presas
método usaria para eliminar a cigarri- poderia se estabilizar ou até diminuir.
nha: o inseticida ou o fungo? Justi que
sua escolha. 2. Suponha que o grá co da questão anterior
O fungo, já que ele é eficiente na redução das popula- não trouxesse a indicação de qual linha
ções de cigarrinhas e tem a vantagem de não contaminar representa os herbívoros e de qual linha
o ambiente. representa os predadores (carnívoros). Seria
possível descobrir qual linha se refere a cada
1. (Fuvest – 2 3) O grá co a se- tipo de animal? Explique como. (Dica: pense
guir representa o crescimento de nas pirâmides de energia!)
uma população de herbívoros e da Sim, pois a quantidade de herbívoros sempre será maior
população de seus predadores: que a de predadores (carnívoros), devido à perda de
energia e de biomassa de um nível trófico para o outro;
herbívoros
bastaria observar qual das linhas apresenta os maiores
predadores
Número de indivíduos (x1000)

100 valores no gráfico.


80
II III
I
60 Etapa 4
40

20 O momento é de retomar o problema pro-


0
1895 1905 1915 1925 1935
posto na etapa 1 e relembrar com os alunos
Ano
fatores que poderiam in uenciar o tamanho de
Figura 56. uma população de ratos (questão 4).

65
Em seguida, proponha a análise de um caso Se achar necessário, proponha uma leitura
que mostra os resultados de um experimento conjunta do texto. Depois, solicite aos estudan-
cujo objeto de estudo foi a competição entre tes que respondam às questões propostas.
duas espécies de plantas.

Estudando a influência do milho sobre a ervilha

O experimento a seguir foi conduzido para entender como as plantas de milho e de ervilha influen-
ciam umas às outras. Foram testadas quatro situações envolvendo essas plantas. Os cientistas estavam
interessados em entender dois pontos: se a ervilha e o milho afetavam o crescimento um do outro e,
caso afetassem, quais partes das plantas eram responsáveis por isso (folhas ou raízes). Na ilustração,
estão representadas as diferentes situações em que essas plantas foram cultivadas.

Situação inicial do experimento


© Hudson Calasans

1. Somente plantas 2. Plantas de ervilha e milho 3. Plantas de ervilha e milho 4. Plantas de ervilha e
de ervilha foram cultivadas com as raízes cultivadas com as raízes em milho cultivadas no
cultivadas. no mesmo solo mas com solos separados mas com as mesmo solo e com as
as folhas separadas. folhas juntas. folhas juntas.
Figura 57.

secadas
Massa seca dasplantas
plantasdedeervilha
ervilhaem
emdiferentes
diferentes Os cientistas que executaram o experimento cons-
situações
situações truíram o gráfico Massa seca das plantas de ervilha
em diferentes situações, que resume os resultados
250
obtidos para as plantas de ervilha: estão represen-
tadas as massas secas de plantas de ervilha após 46
Massa seca (gramas)

200
200 180 dias de cultivo.
150
114 106
100

50
0 Dados de SEMERE, T.; FROUD-WILLIAMS, R. J., 2 1.
1 2 3 4 In: BE ON, M.; TOWNSEND, C. R.; HARPER, J. L.
Número do vaso Biologia: de indivíduos a ecossistemas. Porto Alegre:
Artmed, 2 7. p. 232.
Figura 58 – Experimento com plantas de ervilha: mas-
sa seca após 46 dias de cultivo.

66
Biologia – 1a série – Volume 1

1. Em qual dos vasos as plantas de ervilha alterado (180 g comparados a 200 g), mesmo que as folhas
cresceram mais? das plantas cresçam juntas.
No vaso 1, onde foram plantadas separadas.
7. O que causa mais alteração na massa
2. Em qual dos vasos as plantas de ervilha final da planta de ervilha: compartilhar
cresceram menos? o mesmo solo com plantas de milho ou o
No vaso 4. É importante socializar as hipóteses dos alunos. mesmo recipiente para as folhas? Justifi-
que com dados do gráfico.
3. As plantas de milho in uenciam o cresci- Compartilhar o mesmo solo; nessa situação, a massa seca
mento das plantas de ervilha? O que per- das plantas de ervilha é de apenas 106 g ou 114 g, ou seja,
mite chegar a essa conclusão? 53% ou 57% da massa do controle. Compartilhar apenas o
Sim, há influência, pois a massa seca das plantas de ervilha recipiente para as folhas não reduziu muito o peso (180 g,
em cada situação foi diferente. ou seja, 90% da massa do controle).

4. Por que os cientistas montaram o vaso 1, 8. O experimento mostra que as plantas estão
que é chamado de controle? competindo. Você diria que elas estão com-
Para terem uma referência, a fim de poderem comparar aos petindo por alguma coisa presente no solo
outros vasos. ou alguma coisa presente no ar? O que
seria essa “alguma coisa” em sua opinião?
5. Por que os cientistas montaram um vaso Elas competem por algo presente no solo, provavelmente
em que as plantas de ervilha e de milho água ou sais minerais (nutrientes) absorvidos pelas raízes.
compartilhavam o ar, mas não a terra,
e outros em que elas compartilhavam a Professor, o quadro a seguir, presente no
terra, mas não o ar? Caderno do Aluno, contém alguns destaques
Para verificarem que partes das plantas influenciavam as sobre os gráficos que eles construíram,
outras plantas: as partes que estão expostas ao ar (folhas) ou ajudando a reforçar a importância deles.
as que estão na terra (raízes).

6. Quais partes das plantas são mais res-


ponsáveis pela diminuição do cresci-
Você conheceu nas últimas aulas um tipo
mento quando ervilha e milho estão jun- muito específico de gráfico: o de cresci-
tos: as folhas ou as raízes? Explique com mento de populações. Esses gráficos sempre
base no gráfico. trazem o tempo no eixo x e o número de
indivíduos no eixo y.
As raízes, pois, quando elas estão juntas, a massa seca das
O interessante é que todos os gráficos
plantas de ervilha é de apenas 114 g ou 106 g (vasos 2 e apresentam um formato parecido, como se
4). As plantas de ervilha que crescem em solo separado fossem uma letra “S” um pouco inclinada.
Mais interessante ainda é que esse formato
das plantas de milho, todavia, têm o crescimento pouco

67
não depende de quais seres vivos estão Atividades complementares
sendo analisados: se forem seres humanos
ou bactérias, o formato é o mesmo.
É fácil imaginar por que isso acontece. Parte A
Toda população começa com um número
pequeno de indivíduos; se não houver res- Os estudantes que não tiveram bom desem-
trições, ou seja, se não houver nada que
impeça a reprodução, o número de indiví- penho nas atividades desta Situação de Apren-
duos subirá rapidamente. dizagem deverão analisar o gráfico a seguir
Entretanto, logo após esse crescimento (Figura 59), que será copiado na lousa ou pro-
inicial, os recursos de que a população
jetado (é importante que o formato geral do
precisa para viver (água, alimento, espaço
e outros) começam a ficar escassos. O padrão formado pelas barras seja mantido,
tamanho da população então se estabiliza, mas os valores não precisam ser exatos). Em
sem crescer mais.
seguida, eles responderão às questões.

Variação em números absolutos no tamanho de duas populações

100
90 A
B
80
Número de indivíduos

70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Tempo (semanas)

Figura 59.

1. Qual das populações apresenta, de maneira A representa as presas e B, os predadores.


geral, o maior número de indivíduos?
A população A. 3. O que aconteceria com a população A se
eliminássemos B do ambiente?
2. O grá co representa a variação do tama- Provavelmente A aumentaria em número de indivíduos.
nho de uma população de presas e outra de
predadores. Qual população (A ou B) repre- 4. O que aconteceria com a população B se
senta a população de presas e qual repre- eliminássemos A do ambiente?
senta a de predadores? Provavelmente B diminuiria em número de indivíduos.

68
Biologia – 1a série – Volume 1

Parte B 1. Comparando as linhas do grá co, estabe-


leça uma relação entre o número de ovos
Outra proposta é apresentarmos mais um postos pela joaninha e o número de pul-
grá co (veja Figura 6 ) para os alunos inter- gões por planta.
pretarem sobre fatores que interferem no Quanto maior for o número de pulgões por planta, maior será
tamanho de uma população. Escolha as ques- o número de ovos postos pelas joaninhas. Logo, mais joaninhas
tões em virtude das di culdades apresentadas nascerão, aumentando sua população nessa comunidade.
pela turma. Sugerimos a seguinte abordagem:
explique a eles que as joaninhas são predado- 2. Apresente uma justi cativa para a relação
ras dos pulgões, que, por sua vez, são parasi- estabelecida na questão anterior.
tas de plantas. Elas põem seus ovos sobre Uma justificativa possível é a seguinte: quanto mais alimento
plantas invadidas por pulgões, pois suas lar- houver para as joaninhas, mais joaninhas sobreviverão e mais
vas também se alimentam desses parasitas. delas vão se reproduzir, aumentando a população de joani-
Baseando-se nessas informações e no grá co nhas. Assim, quando há poucos pulgões na planta, poucos
(Figura 6 ), peça que os alunos respondam ovos são postos e a população de joaninhas diminui.
às questões sugeridas.
3. Por que as joaninhas são particularmente
Produção de ovos de joaninha em três situações numerosas nos períodos em que os pulgões
são abundantes?
100
Os pulgões servem de alimento às joaninhas, favorecendo o
Número médio de ovos

80
aumento dessa população.
de joaninha

60

40 4. Os pulgões são pragas em alguns tipos de


plantações. Você acha que as joaninhas
20
poderiam ajudar os fazendeiros? Expli-
0
1 2 3 4 dias que como.
300 pulgões 200 pulgões nenhum pulgão
por planta por planta por planta Sim, pois as joaninhas se alimentam dos pulgões, reduzindo
a população deles. Para isso, bastaria colocar algumas joani-
Figura 6 – Variação do número de ovos postos por joaninhas
por quatro dias em três situações de disponibilidade de alimento. nhas na plantação.

69
TEMA – A INTERDEPENDÊNCIA DA VIDA –
A INTERVENÇÃO HUMANA E OS DESEQUILÍBRIOS
AMBIENTAIS

O crescimento da população humana nos para que possamos nos conscientizar da


últimos dois séculos, aliado a mudanças em importância de cuidarmos do meio ambiente
nossos hábitos de vida, por exemplo, o aumento e de desenvolvermos atitudes mais responsáveis
da concentração de pessoas nas cidades, desen- diante da natureza.
cadeou profundas mudanças na natureza.
É com esse intuito que foi realizado o pla-
Por isso, reconhecer os efeitos de nossa nejamento das duas próximas Situações de
espécie ao meio ambiente é um primeiro passo Aprendizagem.

SITUA O DE APRENDI A EM 7
CRESCIMENTO POPULACIONAL E AMBIENTE

Nesta Situação de Aprendizagem, os alunos Seguindo essa linha de raciocínio, são dadas
terão a oportunidade de discutir alguns aspectos condições para os alunos confrontarem o
do aumento populacional através dos tempos. aumento da população com as variações nos
hábitos de vida das pessoas e outras situações
É importante que os alunos entendam como consequentes desse aumento, iniciando uma re-
esse crescimento tem acontecido no mundo e exão que permita identi car alterações ambien-
no Brasil. tais também relacionadas à qualidade de vida.

O objetivo principal é fazer que percebam que Ao nal desta Situação de Aprendizagem,
o crescimento populacional tem consequências espera-se que os alunos tenham desenvolvido as
ambientais sérias. habilidades destacadas no quadro a seguir.

Conteúdos e temas: dinâmica populacional; impactos humanos no ambiente.

Competências e habilidades: ler e interpretar textos e grá cos; construir grá cos; confrontar
ideias anteriores a dados de experimentos; analisar dados representados em mapas; analisar
séries temporais representadas em tabelas e grá cos; reconhecer atividades humanas que
afetam o ambiente; identi car o desmatamento como problema ambiental sério, recorrente

7
Biologia – 1a série – Volume 1

e próximo de sua realidade; planejar, conduzir e interpretar um experimento; relacionar


dados experimentais a outros já estudados.

Sugestão de estratégias: construção e análise de grá cos sobre crescimento populacional;


análise de fatos relacionados ao desmatamento da Mata Atlântica e sua relação com o cres-
cimento populacional; realização de experimento sobre efeito da matéria orgânica na con-
centração de oxigênio.

Sugestão de recursos: tabelas com dados experimentais e mapas da Mata Atlântica presentes
neste Caderno; recipientes, água, azul de metileno e pão para realizar o experimento proposto.

Sugestão de avaliação: aplicação dos conceitos trabalhados em situações diferenciadas; ava-


liação de todos os grá cos e textos produzidos nesta Situação de Aprendizagem; avaliação
da qualidade das opiniões expostas e da atitude dos alunos durante as discussões; avaliação
do comportamento durante a realização do experimento.

Roteiro para aplicação da Situação 2. Quantas pessoas você acha que havia no
de Aprendizagem 7 mundo há cem anos? Escreva o número
por extenso e com algarismos.
Etapa 1 – Sondagem inicial e Cerca de um bilhão e setecentos milhões (1 700 000 000).
sensibilização
3. Você acha que, hoje, a população do
Inicie a aula sondando os alunos a respeito mundo está aumentando, diminuindo ou
do que sabem sobre o crescimento populacio- está constante? Por que você pensa assim?
nal mundial e peça a eles que registrem suas A resposta precisa estar coerente com o que o aluno indi-
ideias. Oriente-os com as questões seguintes. cou nas respostas anteriores. A população do mundo está
aumentando, principalmente nos países pobres.
1. Quantas pessoas você acha que há no
mundo hoje? Escreva esse número por 4. Imagine como deve ter sido o crescimento
extenso e também com algarismos (por da população humana na Terra desde
exemplo: se você acha que há um milhão de o surgimento da nossa espécie até hoje.
pessoas, escreva “um milhão – 1 ”). Como seria um grá co que representasse
Quantas pessoas você acha que há no Bra- esse crescimento? Faça um esboço desse
sil hoje? Escreva o número por extenso e grá co a lápis.
com algarismos. Trata-se de uma ocasião para verificar qual ideia os alunos têm
Cerca de sete bilhões (7 000 000 000). sobre a tendência geral da população humana no planeta,
Cento e noventa e dois milhões (192 000 000). além de observar se há coerência com as respostas anteriores.

71
Combine com eles a melhor forma de que a população mundial cresceu, qual o seu
escala para que o esboço caiba no espaço estado atual, se sabem o que é escala e se a
disponível no Caderno do Aluno. Em seguida, usam corretamente.
delimite o tempo para que todos façam, indi-
vidualmente, o que foi pedido, usando a Valorize as participações dos alunos, mas
escala comum. No traçado nal da linha do que atento a confusões comuns, como mis-
grá co, podem utilizar caneta colorida. Não turar crescimento de uma pessoa ao longo da
devem fazer consultas nesse momento. vida com crescimento da população.

Quando terminarem, convide alguns alu- Etapa 2 – Buscando dados para avaliar as
nos para apresentar e explicar os gráficos representações dos alunos
construí dos. Reserve um tempo para que
possam observar os grá cos dos colegas, esta- Comece esta etapa com a seguinte pergunta:
belecendo comparações entre eles e questio-
nando a explicação dos alunos acerca do 1. Que fonte de informação você consultaria
esboço que criaram. Depois, passe às ques- para saber se os grá cos estão corretos?
tões seguintes. Em outras palavras, onde você buscaria
informações sobre a população do mundo
5. Observe os esboços feitos por pelo menos e do Brasil?
três outros colegas. Eles são todos iguais? Podem ser consultados os dados do IBGE (Instituto Brasi-
Faça uma lista em seu caderno com as dife- leiro de Geografia e Estatística) para o Brasil e os da ONU
renças, se houver. (Organização das Nações Unidas) para o mundo, assim
como os dos governos de todos os países. Também é pos-
6. Depois de observar os esboços de seus sível buscar informações na internet, mas apenas em sites
colegas, você mudaria alguma coisa no confiáveis, e em almanaques e anuários estatísticos. Nesta
seu grá co? Se sim, refaça seu esboço de questão, o importante é que os alunos reflitam sobre a
acordo com essas modi cações. qualidade e a confiabilidade da informação que buscam.
As respostas a essas questões dependem dos trabalhos dos
alunos, com base nos quais eles devem fazer uma discussão As respostas lhe permitirão observar se eles
sobre a qualidade dos gráficos e sua capacidade de represen- sentem necessidade da pesquisa, da busca por
tar as mudanças que imaginam terem ocorrido na população informações sobre o assunto.
do mundo ao longo do tempo.
Na sequência, divida a classe em
Os registros são importantes neste momento dois grupos e explique que os alu-
e devem ser conservados. São esperados grá - nos de cada grupo construirão um
cos com linhas diferentes, mas o tipo de linha grá co diferente, baseado na tabela a seguir
que zerem indicará como seus alunos acham (Quadro 14).

72
Biologia – 1a série – Volume 1

Número aproximado de habitantes lação variou ao longo dos dois últimos


(em milhões) séculos. Metade da classe vai fazer o grá-
co que representa a população do mundo
Ano Mundo (*) Brasil (**) e a outra metade, a do Brasil. Antes de
construir seu grá co, preste atenção para
18 98 3
veri car qual é sua tarefa. Não se esqueça
1 85 1 26 8 de dar um título ao grá co, nem de escre-
ver o nome do que está representado em
19 1 65 18
cada eixo.
1 95 2 52 52 Os alunos devem produzir gráficos semelhantes a estes:

1 96 3 2 7
Mundo

Número de habitantes (em milhões)


1 97 37 93 8000
7000
1 98 4 44 119 6000
5000
1 99 5 27 147 4000
3000
2000
2 6 6 169
1000
0
2 1 7 192 1800 1850 1900 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Anos
Quadro 14.
Figura 61 – População mundial, em milhões de habitan-
Fontes: (*) Organização das Nações Unidas (ONU). tes. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
(**) Instituto Brasileiro de eogra a e Estatística
(IB E)

Brasil
Número de habitantes (em milhões)

Peça a um aluno que leia, em voz alta, o 200


180
título da tabela (Quadro 14) e as fontes dos 160
dados. Se houver necessidade, explique a eles 140
120
o significado das siglas ONU e IB E e o 100
papel dessas instituições. Em seguida, propo- 80
60
nha as questões a seguir. 40
20
0
2. Você acha que os dados da tabela são con- 1800 1850 1900 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
Anos
áveis? Justi que.
Sim, pois são provenientes de órgãos oficiais, que contam com Figura 62 – População brasileira, em milhões de
equipes especializadas para obter esses dados e organizá-los. habitantes. Dados do Instituto Brasileiro de eogra a
e Estatística (IB E).

3. Com base nessa tabela, construa um grá- Chame a atenção dos estudantes para os
co de barras que represente como a popu- seguintes aspectos.

73
Instruções para elaboração dos gráàcos f A escala do grá co é adequada, ou seja, os
dados “cabem” dentro da escala?
f A escala deve ser diferente para cada f O nome de cada eixo do gráfico está
grá co (observe que os dados mundiais indicado?
a partir de 196 são em torno de 4 vezes f Os valores dos eixos estão indicados?
maiores que os brasileiros). f Os dados estão corretamente represen-
f Para os dados mundiais, construa um tados? (Con ra com a tabela.)
eixo y variando entre e 8 bilhões, sendo f O acabamento do grá co está adequado?
que 1 bilhão corresponderá a 1 cm. Para (Capricho.)
os dados do Brasil, o eixo y deverá variar
de a 2 , e cada centímetro correspon- 5. A população mundial aumentou ou dimi-
derá a 2 milhões. nuiu ao longo do tempo? E a brasileira?
f O eixo x pode ser o mesmo para os dois As duas populações aumentaram.
grá cos, sendo cada ano correspondente
a uma barra de 1 cm de largura. Os alunos 6. Você diria que a população brasileira segue
devem estar atentos ao fato de que os in- a mesma tendência da mundial? Explique,
tervalos de tempo não são os mesmos ao justi cando com o que você vê nos grá cos.
longo de todo o grá co (começam de 5 Sim, as duas aumentaram mais ou menos no mesmo ritmo,
em 5 anos, depois de 1 em 1 anos). como mostra o aumento progressivo das barras ao longo
f Os alunos deverão pintar as barras de do tempo.
uma mesma cor, que seja diferente do
restante do gráfico, para facilitar a 7. Como você imagina que estará a popu-
visualização. lação brasileira em 2 2 ? Como chegou
f O acabamento do grá co, assim como a a essa conclusão? Faça o mesmo para a
correção dos dados que ele contém, serão população mundial.
avaliados. As duas populações provavelmente estarão maiores em 2020;
o número de habitantes vem aumentando nos últimos anos
Depois de construírem os grá cos, os alu- e não há sinal de que ele vai diminuir até 2020.
nos se reunirão em duplas, sendo que cada
integrante da dupla deverá ter construído um 8. Esqueça, por um momento, os dados dos
grá co diferente. anos 196 até 199 , imaginando que o grá co
tenha apenas informações para intervalos de
4. Analise o grá co do seu colega e veri que 5 anos. Você diria que o ritmo de crescimento
se os aspectos a seguir estão corretamente dessas populações aumentou de 195 para cá?
representados; em relação a cada aspecto, Justi que com dados do grá co e da tabela.
dê uma nota de a 1 e escreva um comen- Sim. As duas populações aumentaram mais em tamanho de
tário ao lado do grá co: 1950 a 2000 que nos períodos anteriores.

74
Biologia – 1a série – Volume 1

9. Con rme a resposta da questão anterior informações geradas pelos gráficos da etapa
calculando quantas vezes a população anterior ao desmatamento na Mata Atlântica.
mundial aumentou de 19 para 195 e Esta é um bioma que ocupa grande parte do
de 195 para 2 . Faça o mesmo para a Leste e do Sudeste do Brasil, onde vivem algu-
população brasileira. Seus cálculos con- mas espécies que não existem em nenhum outro
rmam sua resposta à questão anterior? lugar do mundo. As espécies dessa oresta esta-
Dica: para fazer esse cálculo, basta dividir belecem entre si várias relações interessantes,
o número de habitantes de um ano pelo como predatismo, mutualismo e comensalismo.
número de habitantes do outro ano. Agora, os alunos estudarão a relação dos seres
Mundo: 1900-1950: 1,5 vez; humanos com a Mata Atlântica.
1950-2000: 2,4 vezes.
Brasil: 1900-1950: 2,9 vezes; No primeiro mapa, estão representa-
1950-2000: 3,2 vezes. das as áreas originais da Mata Atlân-
Esses cálculos confirmam a resposta da questão 5 e mos- tica, ou seja, antes da chegada dos
tram que proporcionalmente o Brasil cresceu mais que o portugueses, em 15 . No segundo mapa, estão
restante do mundo nos dois períodos. representadas em verde as áreas onde ainda
restavam orestas em 2 .
10. Que consequências esse crescimento popu-
lacional pode ter trazido em relação ao 1. Compare a região inicialmente ocupada
meio ambiente? pela Mata Atlântica com o que resta da
Resposta pessoal, mas se espera que os alunos lembrem-se mata atualmente. Quais foram as áreas
da produção de lixo, do desmatamento, da poluição, entre mais devastadas? É possível estimar a
outras. Essas questões serão tratadas daqui para a frente. porcentagem que restou da oresta após
a devastação? Explique.
11. Compare seu grá co com o esboço que As áreas mais devastadas de Mata Atlântica estão presentes
você fez anteriormente. A ideia que você no interior do Brasil – no sul do Piauí, na Bahia, em Minas
tinha anteriormente se modi cou? Por quê? Gerais, São Paulo, no Espírito Santo, Mato Grosso do Sul,
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos tenham modi- Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul – e em
ficado suas percepções acerca do tamanho da popu- grande parte do litoral leste de alguns Estados, principal-
lação mundial e do Brasil, bem como do seu ritmo de mente na região Nordeste.
crescimento. Essas áreas desmatadas têm em comum o relevo pouco
acidentado e mais propício à agricultura, o que facilitou
Etapa 3 – Crescimento populacional e a devastação, enquanto as matas remanescentes são jus-
desmatamento tamente aquelas de relevo acidentado e de acesso mais
difícil. A fração da floresta que restou é de cerca de 10% ou
Nesta etapa, os estudantes relacionarão as um décimo da original (o valor mais preciso é 7%).

75
2. O que aconteceu nesse período que explica Nesta questão, os alunos devem indicar que tal perda foi pro-
essas diferenças entre as áreas cobertas vocada pelo aumento da população, acompanhado do incre-
pela Mata Atlântica em 15 e em 2 ? mento das áreas cultivadas e da crescente urbanização.

Variação da extensão da Mata Atlântica


Situação original Situação atual
(1500 - 2000)

© Fundação SOS Mata Atlântica


Domínio da Mata Atlântica Mata
Decreto 750/93
Mangue
 )ORU2PEUy¿OD'HQVD Flor. Estacional Semidecidual
 )ORU2PEUy¿OD$EHUWD Formações Pioneiras Restinga
(restinga, manguezal, campo Área Original do DMA*
salino, vegetação com
LQÀXrQFLDÀXYLDORXODFXVWUH
 )ORU2PEUy¿OD0LVWD Campos de Altitude, encraves
de cerrado, zonas de tensão
ecológica, contatos
Flor. Estacional Decidual

Figura 63 – SOSMA/Inpe. Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Mapa original (sem indicação de norte
geográfico). Adaptado (supressão de escala numérica).
* DMA significa Domínio da Mata Atlântica

Em seguida, explique que os alunos ouvirão Sugerimos que, após a leitura de cada fato, os
pequenos textos sobre fatos que in uenciaram a alunos anotem as explicações correspondentes.
área ocupada pela Mata Atlântica. Essas informa- Depois, peça que alguns deles leiam o que anota-
ções, retiradas de publicações sobre esse bioma, ram e, se necessário, complemente o raciocínio.
servirão para re nar as respostas dadas às questões
anteriores. Alguns alunos poderão ser sorteados Selecionamos esses dez fatos por considerar
para ler em voz alta os trechos selecionados. que eles resumem os principais fatores que cau-
saram a redução da Mata Atlântica ao longo da
Para cada um dos fatos lidos, todos os história. Contudo, é altamente recomendável
estudantes deverão explicar por que esse fato que você incremente essa lista com os fatores que
leva à redução da área ocupada pela mata. são importantes tendo em vista a realidade da

76
Biologia – 1a série – Volume 1

sua escola (exemplos: as plantações de cana-de- orestas, como ao redor de represas).


-açúcar e de laranja, comuns em muitas regiões
do Estado, causaram reduções grandes das o- Com isso, os alunos perceberão que a
restas; em outras áreas, foi o gado; e, em outras, destruição da Mata Atlântica aconteceu, e
a ocupação irregular de áreas de mananciais e ainda acontece, muito próximo a eles.

1. Em 1532, Martim Afonso de Souza trouxe cana-de-açúcar para o Brasil. Antes de 154 , todas as
capitanias, de Pernambuco a São Vicente, já possuíam engenhos. As construções de engenhos e o
funcionamento de fornalhas exigiam grandes quantidades de madeira.
As plantações de cana foram organizadas em áreas de Mata Atlântica, contribuindo para a redução das áreas florestadas, e a madeira
usada nos engenhos também era proveniente da floresta.

2. Os bandeirantes paulistas descobriram ouro em Minas erais, oiás e Mato rosso, o que atraiu
para o interior um grande número de portugueses. As cidades do interior começaram a aumentar de
tamanho, e muitas fazendas apareceram ao redor delas, produzindo alimentos para abastecê-las.
O deslocamento dos bandeirantes pelo interior adentro, a formação das primeiras estradas, a fundação de novas cidades e o esta-
belecimento de fazendas acabaram reduzindo a área de mata nativa.

3. Em 18 , a população brasileira atingiu cerca de 3 milhões de habitantes. As maiores cidades, na


época, estavam no litoral (por exemplo, Recife, Salvador, Rio de Janeiro).
O aumento das populações das cidades litorâneas fez com que novas áreas de Mata Atlântica, que estavam presentes em quase
todo o litoral do Brasil, fossem desmatadas em razão da construção de casas e do estabelecimento de sítios e de fazendas.

4. Por volta de 182 , agricultores começaram a plantar café, principalmente nos Estados de São Paulo
e Rio de Janeiro, uma atividade que se manteve forte até 193 . As plantações de café ocuparam todo
o Vale do Paraíba (região entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro).
As plantações de café se espalharam por áreas originalmente ocupadas pela Mata Atlântica, principalmente nos Estados do Rio de
Janeiro e de São Paulo. Toda a extensão ao longo do Vale do Paraíba foi completamente devastada nesse período para dar lugar a
grandes cafezais.

5. Na metade do século XX, intensi cou-se a extração de madeira no Espírito Santo para produzir
papel e celulose.
O Estado do Espírito Santo, quase inteiramente ocupado por Mata Atlântica, promoveu a extração de madeira para a produção de
papel e celulose e, assim, reduziu sua área de floresta.

6. Em 1953 e nos anos seguintes, instalou-se em Cubatão o Polo Petroquímico, com várias indústrias e
re narias de petróleo.
A instalação de indústrias em áreas de Mata Atlântica contribuiu triplamente para a devastação da floresta: primeiro, porque os
terrenos precisaram ser desmatados para a montagem das fábricas e das cidades onde se assentariam os operários; depois, porque
se queimavam as árvores da própria floresta para produzir energia para as fábricas. Por último, a poluição originada nas fábricas
também contribuiu para a destruição daquela área de floresta.

7. No início da década de 197 , a cidade de São Paulo atingiu a marca de 6 milhões de habitantes. Com
a industrialização e a geração de empregos, milhões de migrantes vindos de várias partes do Brasil
mudaram-se para essa cidade. Atualmente a população da região metropolitana de São Paulo beira
os 2 milhões de habitantes.

77
A migração maciça para a região de São Paulo levou ao desmatamento de grandes áreas da periferia da cidade para o estabe-
lecimento de novos bairros e estradas. A área original de florestas nessa região foi drasticamente reduzida.

8. Em 1989, a oresta nativa supria 6 dos fornos das indústrias do Sudeste que utilizavam carvão
vegetal.
A retirada de árvores para produzir carvão contribuiu enormemente para a redução das áreas de Mata Atlântica, uma vez que
o número de indústrias que se utilizavam de carvão vegetal era muito grande em 1989.

9. Em 19 3, as primeiras mudas de eucalipto foram trazidas da Austrália para o Brasil. Atualmente,


cerca de 3,23 milhões de hectares foram plantados nas regiões Sul e Sudeste visando à produção
de papel e celulose (isso corresponde a cerca de 15 de toda a área do Estado de São Paulo).
O plantio de eucalipto, principalmente no interior de São Paulo e Paraná, ocupou áreas imensas de Mata Atlântica, substi-
tuindo a cobertura vegetal original de floresta.

10. Em 1992 havia quase 3 usinas hidrelétricas funcionando em São Paulo, Minas erais e Rio de
Janeiro. Uma área enorme, de cerca de 17 13 km2, foi alagada para a construção dessas usinas.
Para se ter uma ideia, essa área é quase metade de todo o Estado do Rio de Janeiro.
A implantação de hidrelétricas provoca a redução da área de mata, porque é preciso construir reservatórios enormes para o
armazenamento de água, que inundam áreas de leitos de rios e vales e submergem a floresta.

Fontes dos dados: Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Alumbramento, 1991-92. p. 88. World Wildlife Foundation (WWF – Brasil).
Disponível em: <www.wwf.org.br . Acesso em: 22 maio 2 13. A comida do país em cores, sabores e temperos. O Estado
de S. Paulo, São Paulo, 2 abr. 2 . Caderno Especial. DEAN, Warren. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata
Atlântica brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

Por último, os alunos deverão retomar o Etapa 4 – Roteiro de experimentação:


grá co do crescimento populacional brasileiro, matéria orgânica e gás oxigênio
que alguns construíram na etapa anterior. Com
base nesse grá co, nos mapas e nos fatos que A pressão dos seres humanos sobre a Mata
acabaram de ler, deverão escrever um pará- Atlântica não se limita à fundação de cidades,
grafo analisando como o grá co explica o que ao estabelecimento de plantações e às inunda-
é visto nos mapas. ções causadas por hidrelétricas. Outros aspec-
tos também são importantes, como a produção
Nesse texto curto, espera-se que os estudan- de lixo, a utilização de água e a contaminação
tes resumam a ideia central de que o cresci- por esgoto.
mento populacional causou redução na Mata
Atlântica porque as áreas que antes eram de Para buscar informações sobre o tema e
mata passaram a ser usadas para outras ativi- organizar o conhecimento dos alunos, propo-
dades humanas (extrativismo, plantações, mos um experimento simples em que poderão
hidrelétricas, indústrias, cidades etc.). Esse visualizar mudanças causadas na água por
pequeno texto pode ser utilizado para avalia- matéria orgânica. Sugerimos iniciar essa etapa
ção da aprendizagem. colocando o seguinte problema:

78
Biologia – 1a série – Volume 1

1. Os especialistas em aquários dizem que, Questione os estudantes, coletivamente,


quando os peixes são alimentados com miga- sobre como montariam esse experimento. A
lhas de pão ou comida em excesso, é comum seguir, algumas sugestões de questões que
que eles morram. Por que isso acontece? podem ser feitas para fomentar a discussão:
Resposta pessoal. É possível que os alunos imaginem que Como descobrir se a matéria orgânica afeta a
os peixes morram por indigestão, por ingerirem comida quantidade de gás oxigênio na água? Qual o
em excesso. Também podem pensar na possibilidade de a papel do azul de metileno nesse experimento? O
comida apodrecer e os peixes se intoxicarem com ela. que usariam como fonte de matéria orgânica?
Que tipo de água usariam? Em que recipiente
O experimento propiciará aos alunos a sugerem montar o experimento? É necessário
seguinte observação: quando a água contém vedar os recipientes? Quanto tempo é necessário
matéria orgânica (no caso, migalhas de pão), ela para obter os resultados? Em que local deixarão
“perde” gás oxigênio e, ao ser agitada, “recu- os recipientes? Quantas réplicas do experimento
pera” oxigênio do ar, como acontece em um rio são necessárias (uma para toda a classe, uma
que possua cachoeira. por grupo)? Que consequências haveria em fazer
apenas uma réplica? Esses questionamentos
Para fazer o experimento, utilizaremos azul são importantes para que os alunos possam
de metileno, que pode ser facilmente encon- antecipar o experimento.
trado em farmácias e é um indicador químico
da presença de gás oxigênio na água: quando Para conduzir adequadamente a discussão,
há gás oxigênio, esse corante mantém sua colo- é importante, professor, que você saiba que a
ração azul característica; na ausência de oxigê- ideia do experimento é que, na presença de
nio, ele se torna incolor. É preciso que os matéria orgânica, as bactérias presentes na
alunos tenham essa informação antes mesmo água se multiplicarão e consumirão o oxigênio
de montar o experimento. dissolvido na água, tornando o azul de meti-
leno incolor. Induza os alunos a perceber que
Oriente o planejamento do experimento é esse fenômeno que pretendem detectar. Na
antes da montagem. Explique que o objetivo é medida do possível, incorpore as sugestões e
descobrir se a matéria orgânica, quando jogada os comentários dos alunos na montagem do
na água, causa alguma mudança em relação ao experimento. Converse com os alunos sobre o
gás oxigênio que está dissolvido. conceito de hipótese.

O que é uma hipótese?


Antes de iniciar um experimento, é preciso ter uma ideia do que se espera que aconteça. Essa
expectativa será chamada de hipótese. Esse é um termo muito usado pelos cientistas, principal-
mente quando fazem experimentos.

79
2. Pensando no objetivo do experimento, serão importantes para a discussão do experimento e reto-
escreva a sua hipótese. Para isso, basta res- madas após sua execução.
ponder com detalhes à pergunta: Como a
matéria orgânica deve afetar a quantidade A seguir, veja as instruções detalhadas de
de gás oxigênio na água? como proceder.
Resposta pessoal. As informações apresentadas pelos alunos

Materiais
f Quatro recipientes transparentes (plástico ou vidro; por exemplo, pote de azeitonas); água; três
pedaços de papel-alumínio para cobrir os recipientes (ou a tampa do próprio recipiente); um
pão amanhecido; azul de metileno; conta-gotas; quatro etiquetas; lápis; duas colheres de sopa.

Procedimento
© Lie Kobayashi

água água água vazio


azul de metileno azul de metileno azul de metileno
(controle) migalhas de pão migalhas de pão
Figura 64.

Passo 1
f Coloque a mesma quantidade de água da torneira em três recipientes, sem enchê-los total-
mente. Em seguida, acrescente de três a cinco gotas de azul de metileno em cada recipiente,
até obter um tom azulado claro, perceptível num fundo branco (uma folha de papel, por
exemplo). Um deles será o “recipiente-controle”, que chamaremos de 1, e receberá uma etiqueta
com esse número.
Passo 2
f Coloque as migalhas de pão nos outros dois recipientes, mexendo a mistura com a colher. Esses
serão os recipientes 2 e 3. Faça etiquetas para eles.
Passo 3
f O recipiente número 4 deverá permanecer vazio, pois ele será usado apenas posteriormente no
experimento.
Passo 4
f Cubra os recipientes 1, 2 e 3 com papel-alumínio e deixe-os em um local onde você possa
observá-los no dia seguinte. Nas etiquetas deve haver também a data e o nome (ou número) da
equipe.

8
Biologia – 1a série – Volume 1

Passo 5
f Depois de montado o experimento, anote como estão a cor da água, o aspecto do recipiente (por
exemplo: há pedaços de pão flutuando? A água está turva?) e tudo o mais que julgar importante.
Registre essas observações logo após a montagem.
Passo 6
f Aproximadamente 24 horas depois, examine e anote a cor
dos recipientes e tudo o que estiver diferente do dia ante-
rior. Faça suas anotações na tabela a seguir (Quadro 15).
Passo 7
f Depois disso, use o recipiente 4 para, repetidas vezes,

© Lie Kobayashi
receber e devolver todo o conteúdo do recipiente 3,
como indicado na figura (Figura 65). Faça isso dentro
de uma pia e tome muito cuidado para não derramar a
mistura. Se houver alguma mudança na água do reci-
piente 3, anote-a na tabela a seguir (Quadro 15).

Figura 65 – Agitar a água do recipiente 3 após


24 horas da montagem inicial.

Tempo de execução
Esta atividade poderá, ao todo, durar uma aula e meia. Sugerimos planejar e montar o experimento
em metade de uma aula e checar os resultados e discutir as questões em outra aula.

1. Preencha a tabela a seguir com os resulta- gradativamente até não percebermos mais essa cor, o que fica
dos observados. bem nítido após 24 horas. Quando se agita a água, ao mudá-la
do recipiente 3 para o 4, a mistura volta a ter a cor azulada, para

Cor Cor Cor após perdê-la outra vez depois de um tempo, e assim sucessivamente.
Recipiente
inicial após 24h agitar Também se pode notar que essa mistura começa a ter um
1 azul azul – cheiro desagradável depois de uns dois dias. É muito provável

2 azul incolor – que aconteça o que está descrito anteriormente, mas o resul-
tado de todo o experimento pode ser influenciado por algum
3 azul incolor azul
fator desconhecido (por exemplo: temperatura do ambiente),
Quadro 15.
que não deve ser excluído, mas discutido com os alunos.

2. Com base nas informações da tabela 3. Por que o recipiente 1 foi chamado “reci-
(Quadro 15), elabore um texto sobre os piente-controle”? Qual foi sua utilidade no
resultados do experimento. experimento?
O recipiente 1 permanece com a mesma tonalidade de azul do O recipiente-controle serve para a comparação da tona-
início ao fim das observações. O recipiente 2 perde o azulado lidade de azul, mantendo-se as condições iniciais, sem a

81
variável que queremos investigar (influência das migalhas de a) considerando a quantidade de gás oxigê-
pão na quantidade de gás oxigênio dissolvido). nio na água;
A quantidade de gás oxigênio deverá diminuir.
4. Você poderia substituir as migalhas de pão
por quais outros materiais para que os b) considerando os peixes que vivem na
resultados fossem parecidos? Dê exemplos água;
e justi que por que os resultados seriam Os peixes deverão morrer devido à falta de gás oxigênio.
semelhantes.
Resposta pessoal, porém esperamos que os alunos digam ser c) considerando as aves que utilizam os
possível a substituição por outra matéria orgânica (restos de peixes como alimento.
plantas, pedaço de carne, um inseto morto etc.) que também As aves deverão morrer devido à falta de peixes.
possa ser decomposta na água pelos micro-organismos.
9. Releia a hipótese sobre a relação entre maté-
5. Explique por que a água dos recipientes 2 ria orgânica e gás oxigênio formulada antes
e 3 mudou de cor, considerando o compor- mesmo de o experimento ser feito. Rees-
tamento do corante na ausência e na pre- creva a sua hipótese, explicando se ela foi
sença de gás oxigênio. sustentada ou rejeitada pelo experimento.
A água dos recipientes 2 e 3 mudou de cor porque a maté- Nesta questão, é importante que os alunos efetuem as ade-
ria orgânica causou o desaparecimento do gás oxigênio. Na quações em suas hipóteses, caso elas sejam necessárias.
ausência de gás oxigênio, o azul de metileno torna-se incolor.
10. Pensando nos resultados do experimento,
6. Algum organismo presente na água causou explique como o lançamento de esgoto
a mudança na quantidade de gás oxigênio. nos rios próximos às cidades pode ter
Quais organismos você imagina existirem na contribuído para o desaparecimento de
água e que possam ter causado esse resultado? espécies da Mata Atlântica.
Bactérias e outros seres microscópicos. O esgoto certamente causou a morte de espécies aquáticas
devido à redução nos níveis de gás oxigênio dissolvido.
7. Explique por que a água do recipiente 3
mudou de cor ao ser agitada. Termine a discussão retomando a pergunta
Ao agitar o recipiente, o gás oxigênio do ar é dissolvido na inicial a respeito da morte dos peixes, compa-
água e o corante volta a ter a cor azul. rando as respostas dadas inicialmente com os
conhecimentos que adquiriram. Caso haja
8. Sabendo que o esgoto doméstico é com- tempo disponível, uma possibilidade é desdo-
posto, em grande parte, de matéria orgâ- brar ainda mais o experimento: você pode
nica (fezes, restos de comida etc.), imagine usar um produto comercializado em lojas de
o que aconteceria com um rio que rece- aquário para medir a porcentagem de gás
besse esse esgoto: oxigênio dissolvido na amostra de água.

82
Biologia – 1a série – Volume 1

Com esse produto, você pode fazer até cem redução de orestas ao longo da história.
testes: poderá veri car com os alunos que a
quantidade de gás oxigênio dissolvido antes Contudo, estas não são as únicas causas da
do experimento é de aproximadamente 8 ppma destruição da oresta. Em cada região do Brasil,
e, depois de um dia na presença de migalhas houve fatores especí cos que levaram ao desma-
de pão, é de 3 ppm. No recipiente-controle, tamento. Em alguns lugares do Estado de São
entretanto, quase não há variação. Nesse Paulo, as plantações de cana-de-açúcar e de
caso, recomendamos que o experimento seja laranja causaram reduções grandes das orestas.
realizado por você, já que as substâncias uti- Em outros, foi o gado e, em outras localidades, a
lizadas para os testes são tóxicas. ocupação irregular de áreas de mananciais e o-
restas, como ao redor de represas.
Nesta Situação de Aprendizagem,
você conheceu alguns fatos que con- Apresente aos alunos o gráfico da
tribuíram para a redução da área próxima página (Figura 66), que
original da Mata Atlântica no Brasil. Esses representa dados coletados em um
acontecimentos foram selecionados porque rio no qual ocorre lançamento de esgoto; peça,
resumem os principais fatores responsáveis pela ainda, que respondam às questões subsequentes.

1. Releia os excertos de 1 a 1 sobre as principais causas do desmatamento da Mata Atlântica,


apresentados anteriormente nesta Situação de Aprendizagem.
2. Pense agora na região onde você vive e escreva em seu caderno quais os principais fatores que
devem ter contribuído para a redução da vegetação original nessa área.
Resposta pessoal, de acordo com o levantamento de causas específicas da localidade onde cada aluno vive.

3. Você acha que existe destruição de vegetação original no seu município atualmente? Quais as
causas dessa destruição?
Provavelmente sim, mas a resposta será específica para cada região. O desmatamento é mais difícil de perceber em regiões
muito urbanizadas, como a Grande São Paulo, mas mesmo nessas regiões há desmatamento (por exemplo, nas áreas de
mananciais ao redor das represas).

4. Você considera que é importante reduzir essa destruição? Explique por quê.
Resposta pessoal. É importante para verificar se os alunos acham que as florestas devem ser preservadas. Vale ressaltar que
nem sempre a preservação da natureza é o mais importante: imagine, por exemplo, uma região carente de luz elétrica que
necessita de uma usina.

a
ppm é a abreviatura de “parte por milhão”, medida de concentração utilizada quando as soluções são muito diluídas. É
expressa pela massa de soluto (certa substância dispersa) em μg (micrograma), presente em 1 g (1 milhão de μg) de solução (sistema).
Por exemplo: quando se afirma que a água poluída de um rio contém 5 ppm em massa de mercúrio significa que 1 g da água desse rio
contém 5 μg de mercúrio.

83
Impacto
Impacto do do esgoto
esgoto emem
umum
rio rio 5. O grá co apresentado está de acordo com
os resultados do experimento com o azul de
metileno? Justi que.
oxigênio (O2) dissolvido

Número de bactérias
Concentração de

Sim. O experimento mostrou que, na presença de matéria


orgânica, a quantidade de gás oxigênio dissolvido na água é
reduzida, o que provavelmente foi causado por bactérias. O
gráfico apresenta algo parecido, mas, em vez de migalhas, a

lançamento de região depois do


matéria orgânica é o esgoto.
região antes do
lançamento de esgoto esgoto no rio lançamento de esgoto

6. Os peixes e outros animais podem morrer


Figura 66 – Quantidade de bactérias e gás oxigênio
dissolvido na água ao longo do curso de um rio.
quando excesso de esgoto é despejado em
um rio. Por que isso acontece?
Porque, na falta de gás oxigênio dissolvido na água, os animais
1. O que signi cam as linhas laranja e verde não podem respirar e morrem asfixiados. Professor, é impor-
representadas no grá co? tante verificar se os alunos compreendem que o esgoto em si
A linha laranja representa a concentração de gás oxigênio não é poluente, pois pode ser decomposto pelas bactérias, sem
e a verde, a quantidade de bactérias. que haja consequências para os outros organismos desse ecos-
sistema, desde que lançado em quantidades compatíveis com
2. Descreva a concentração de gás oxigê- a atividade de decomposição, não diminuindo a quantidade de
nio e a quantidade de bactérias no rio na gás oxigênio dissolvida na água. É preciso esclarecer que é a
região anterior ao lançamento de esgoto. quantidade alta de matéria orgânica despejada que desequi-
A concentração de gás oxigênio é alta e a quantidade de libra o ambiente aquático, matando peixes e interrompendo a
bactérias é baixa. teia alimentar desse ecossistema. Dependendo da quantidade
de esgoto, todos os peixes podem morrer.
3. Descreva a concentração de gás oxigê-
nio e a quantidade de bactérias no rio na 7. Um fazendeiro, após processar a cana-de-
região logo após o lançamento de esgoto. -açúcar em sua usina, despeja o resíduo
A concentração de gás oxigênio começa a diminuir e a (vinhoto) nos rios que cruzam sua proprie-
quantidade de bactérias é alta. dade. Os pescadores, que trabalham alguns
quilômetros rio abaixo, culpam o fazendeiro
4. Descreva a concentração de gás oxigênio e pela grande mortandade de peixes da região.
a quantidade de bactérias no rio na região O fazendeiro se defende dizendo que não
posterior ao lançamento de esgoto. despejou esgoto algum nos rios, e que não
A concentração de gás oxigênio é relativamente mais pode ser responsabilizado pela morte dos
baixa e a quantidade de bactérias é relativamente mais peixes. Escreva uma carta de poucas linhas
alta em comparação com a região antes do lançamento em seu caderno explicando ao fazendeiro
do esgoto. o que provavelmente aconteceu. Seu texto

84
Biologia – 1a série – Volume 1

deverá conter obrigatoriamente as seguintes f Analise o texto escrito pelos alunos ao nal
palavras: vinhoto, matéria orgânica, gás oxi- da etapa 3. O texto contém erros na forma
gênio e bactérias. (ortogra a, gramática etc.)? Contém erros
Resposta pessoal, mas o texto deverá explicar que o vinhoto é de coerência na argumentação? Os estu-
matéria orgânica e, portanto, causou a proliferação de bacté- dantes souberam integrar os dados de
rias, a redução do gás oxigênio dissolvido na água e a morte crescimento populacional com os mapas
dos peixes. e os fatos lidos? O texto deixa transparecer
a compreensão, por parte dos alunos, de
Sobre a avaliação que o crescimento populacional está inti-
mamente ligado ao desmatamento?
Além de observar as respostas às questões f Anote dados a respeito da qualidade da
propostas, seria bastante desejável que você discussão sobre os fatos da Mata Atlântica
avaliasse o desempenho dos alunos ao longo (etapa 3). Há coerência entre o fato exposto
de toda a Situação de Aprendizagem, anali- e a relação que cada aluno estabeleceu com
sando tudo o que foi produzido. a devastação da mata? Como sugestão, você
poderá manter, nesta aula, uma cha com
Embora seja mais trabalhoso e, muitas vezes, o nome de todos os alunos e anotar comen-
difícil de ser conduzido devido ao grande número tários feitos por eles durante a atividade.
de alunos por turma, não resta dúvida de que Isso servirá também para manter um controle
esse tipo de avaliação é mais completo e fornece de quais alunos se manifestam bastante e
uma ideia muito mais precisa do caminho per- quais não se manifestam, o que é importante
corrido pelos alunos durante o trabalho. para balancear as discussões e garantir a
expressão da opinião de todos.
Algumas sugestões de como avaliar cada f Avalie o desempenho dos estudantes durante
uma das etapas vistas anteriormente: o experimento. Souberam planejar o ex-
perimento? Fizeram sugestões que buscaram
f Observe a participação de cada estudante melhorar a atividade (por exemplo: subs-
na etapa 1. Ele construiu o esboço? Apre- tituir o pão por outra fonte de matéria
sentou suas ideias? Soube ouvir a dos orgânica)? Como foi o comportamento de
colegas? Soube comparar o esboço ao cada um durante a montagem? Souberam
grá co (Figura 62) construído na etapa 2? observar os resultados cuidadosamente
f Analise o grá co (Figura 62) construído (ver resposta à questão 1 da etapa 4)?
na etapa 2. Os mesmos critérios utilizados Souberam extrair as conclusões do expe-
pelos estudantes na avaliação em dupla rimento (respostas às questões 5, 6 e 7)?
podem ser usados por você, professor, Souberam extrapolar as conclusões para
para avaliar o gráfico feito por cada outras situações (questão 7 da etapa 4 e
estudante. questões 5 e 7 do Você aprendeu?)?

85
SITUA O DE APRENDI A EM 8
CADEIA ALIMENTAR, CICLO DE CARBONO
E OS SERES HUMANOS

Estabelecer a relação entre atividades minhamentos desta Situação de Aprendiza-


humanas e processos naturais, como o ciclo gem. Ao nal, espera-se que os alunos tenham
biogeoquímico do carbono e diferentes desenvolvido as habilidades destacadas no
cadeias alimentares, é a proposta dos enca- quadro a seguir.

Conteúdos e temas: fotossíntese; ciclo do carbono; impactos humanos no ambiente.

Competências e habilidades: ler e interpretar textos e esquemas; reconhecer atividades huma-


nas que afetam o ambiente; identi car atitudes individuais que possam minimizar o impacto am-
biental; mobilizar e relacionar conceitos estudados em outras situações; integrar informações
em textos.

Sugestão de estratégias: leitura, interpretação e produção de textos; análise de esquemas.

Sugestão de recursos: textos e esquemas presentes neste Caderno.

Sugestão de avaliação: questões durante a atividade; análise da produção de texto do aluno.

Roteiro para aplicação da Situação de Aprendizagem 8

Etapa 1 – Sondagem inicial e Resposta pessoal. Os estudantes devem lembrar-se dos “res-
sensibilização tos” que deixamos no nosso dia a dia: os restos de comida em
uma refeição, as embalagens, o lixo, as sobras de materiais de
Peça que, por alguns minutos, os estudantes um trabalho na escola etc.
tentem se lembrar do dia que tiveram ontem.
Em seguida, proponha a seguinte questão: Feita a lista, peça que os alunos mencionem
alguns dos itens que anotaram e registre-os na
1. Procurando manter a ordem cronológica, lousa. Para agilizar o processo, uma sugestão é
faça uma lista, em seu caderno, com tudo categorizar as respostas dos alunos (por exem-
o que sobrou das atividades que você rea- plo: lixo, restos de comida etc.) e contar quantos
lizou. Por exemplo, se fez uma refeição, outros responderam a mesma coisa. É provável
informe se sobrou alguma comida. Procure que a maior parte dos estudantes se lembre do
se lembrar do máximo de detalhes possível. lixo que produziram e de restos de comida.

86
Biologia – 1a série – Volume 1

Caso nenhum dos alunos se manifeste, Em seguida, peça que leiam o texto CO2,
recorde-os sobre o esgoto e toda a água que todo mundo emite. Uma sugestão é pedir que
usam diariamente. cada aluno leia um parágrafo, o que pode esti-
mular toda a classe a manter a atenção no texto.

CO2 todo mundo emite

Imagine a vida que você leva. Chega da escola, liga o rádio, acende as luzes da sua casa, vai tomar
um banho de 8 minutos. Usa o fogão a gás para fazer sua comida (hoje tem bife acebolado!!!), ou, se
já está pronta, usa o micro-ondas para esquentá-la. Senta em frente à televisão, assiste a algum
programa e depois a um filme. Desliga tudo e vai estudar ou, dependendo do horário, dormir (mas
a TV, o DVD ficam em stand-by). O reloginho do micro-ondas também permanece aceso, assim como
a geladeira.
No dia seguinte acorda, toma um café da manhã rápido e vai para a escola ou para o trabalho de
ônibus, lotação ou trem.
No trabalho ou na escola utiliza o computador. Aproveita e manda imprimir alguns arquivos (mas
imprimir usando a frente e o verso das folhas de papel vai consumir o dobro do tempo). Muitas vezes
nem desligamos o computador quando terminamos a tarefa, nem mesmo o monitor a gente se lembra
de desligar. Na volta para casa, gastamos mais alguns minutos no transporte. Chegando em casa o
ciclo recomeça.
[...]
Nesta vida simples, sem viagens de avião e considerando que a maior parte da energia elétrica que
chega a nossa casa é renovável (vinda das hidrelétricas), você, sozinho, terá emitido pelo menos 4
toneladas de carbono em um ano. E isso é só a média de quem vive em grandes centros urbanos no
Brasil. A média nacional era de ,5 tonelada CO2/ano em 1994 e passou para 1,6 tonelada CO2/ano em
2 3.
Isso tudo sem contar o consumo das empresas, que também adiciona muitas toneladas neste cálculo
pessoal, pelas quais somos indiretamente responsáveis.

Mas de onde vem este carbono todo?


Nossa emissão pessoal é resultado do consumo direto de luz e combustíveis, e do consumo indireto
de fertilizantes e agrotóxicos que vão para os nossos vegetais, do metano liberado pelos animais (de
onde tiramos carnes, leites e derivados), da energia gasta para produzir as embalagens de papel e
plástico que protegem a comida que compramos, da energia gasta para produzir nossas roupas,
sapatos.
Acrescente a isso a energia gasta para construir e manter patrimônio público (escolas, hospitais,
prédios do governo, bibliotecas públicas, museus, estações de trem e metrô etc.), o banco e os caixas
eletrônicos, o supermercado, a usina hidrelétrica e todo metano que foi liberado do alagamento de
áreas verdes onde agora está a represa. A lista é grande e não para por aqui. E isso porque nem somos
grandes poluidores (lembre-se de que a média de carbono emitido por um americano é 2 toneladas
de carbono por ano – bem maior que a média brasileira).
Basicamente, tudo o que fazemos dentro de casa e dentro de uma cidade gera, direta ou indireta-
mente, gases do efeito estufa. Somos 6 bilhões de seres humanos na Terra, todos lançando toneladas

87
de gases de efeito estufa na atmosfera todos os dias do ano e ao longo de muitos anos. E este é o custo
ambiental de estarmos vivos.
Diminuir nossas emissões nem é tão difícil assim. E depois, quando não há mais nada que possa
ser reduzido, vale a pena pensar em projetos para neutralizar o carbono restante. O nosso rastro de
carbono será bem menor, a um custo bem baixo. E isso sem pensar no que os governos e as empresas
podem fazer. No fim, é possível passar por aqui e deixar nossa pegada. E ela nem precisa ser de
carbono.
SI NORINI, Paula. CO2, todo mundo emite. Blog Rastro de Carbono. Disponível em: <http://scienceblogs.com.br/
rastrodecarbono/2 7/ 9/co2-todo-mundo-emite/ . Acesso em: 22 maio 2 13.

Depois da leitura, proponha as questões Estimule a discussão entre os alunos no sen-


a seguir. tido de se esforçarem para incrementar a lista.

1. De certa forma, esse texto fala dos restos que Etapa 2 – Bioacumulação
deixamos, da nossa “pegada” no mundo. Você
mencionou esse tipo de “pegada” na resposta Explique aos alunos que vão ampliar o que
à questão anterior ao texto? Você acha que já aprenderam, retomando conteúdos de
esse tipo de resto deveria ter sido mencionado? outros temas. Esclareça que esta etapa será
A resposta depende do cotidiano de cada aluno, que deve acres- feita primeiro individualmente e depois discu-
centar os dados relativos à emissão de carbono e de energia. tida em equipe, para realizarem uma pequena
síntese. Primeiro, um aluno lerá em voz alta o
2. Faça mais um esforço e procure completar a texto Os pesticidas e as cadeias alimentares.
lista que você iniciou com suas “pegadas”. Depois, os estudantes analisarão uma gura
Depois, dê um título para essa lista. sobre a propagação dos pesticidas nas cadeias
O título dado à lista dos “restos” deverá ser coerente com o alimentares (Figura 67) e a tabela sobre bioa-
conteúdo dela. cumulação de DDT (Quadro 16).

Os pesticidas e as cadeias alimentares


Nos anos 196 , a bióloga estadunidense Rachel Carson alertou o público sobre os perigos que
representam os pesticidas para a biosfera e para a humanidade. O DDT, um pesticida organoclorado,
foi muito usado na Segunda uerra Mundial para proteger soldados contra insetos causadores da
malária e do tifo.
A partir daí, tornou-se um pesticida popular, tanto para combater insetos transmissores de doenças
quanto para ajudar fazendeiros a controlar pestes agrícolas, o que contribuiu para a produção de
alimentos, atendendo às necessidades provocadas pelo aumento da população mundial. Porém, ele é
tóxico e se degrada muito lentamente na natureza, fixando-se nos tecidos dos organismos.
Elaborado por Felipe Bandoni de Oliveira especialmente para o São Paulo faz escola.

88
Biologia – 1a série – Volume 1

A gura a seguir mostra os organismos que formam uma cadeia alimentar pró-
xima a uma plantação que é tratada com DDT. Repare que as setas não têm o
signi cado de “serve de alimento para”, como nos esquemas de cadeia alimentar;
elas apenas mostram o caminho do DDT no ambiente e como ele passa de um organismo
para o outro.

A tabela (Quadro 16) Bioacumulação de DDT mostra a quantidade de DDT em cada um


dos pontos desse ambiente. Observe a gura e a tabela e responda às questões.

Propagação dos pesticidas na cadeia alimentar

© Renan Leema/Conexão Editorial

Figura 67 – Esquema de uma cadeia alimentar próxima de plantação onde havia utilização de DDT. Os elementos
da figura estão sem escala e com cores-fantasia.

Bioacumulação de DDT

Local ou organismo Vegetais Peixes Peixes


Água Mergulhões
medido aquáticos herbívoros carnívoros

Quantidade de
1 36 14 55 15
DDT (ppm)

Quadro 16.

89
1. Represente por meio de um esquema, esquema da questão 1, incluindo o ser
usando setas, a cadeia alimentar ilustrada. humano. Você acha que ele corre risco de
Vegetais aquáticos ¤ peixes herbívoros ¤ peixe carnívoro ¤ envenenamento por DDT? Explique.
mergulhão. Atenção: existe a possibilidade de os alunos serem O ser humano se incluiria como predador dos peixes (ou
influenciados pelas setas vermelhas da ilustração, que indicam até das aves). E, nesse caso, ele também correria o risco de
o caminho do DDT, e cometerem erro no início da cadeia. A envenenamento.
água não faz parte da cadeia alimentar.
6. O uso de DDT foi proibido na agricultura
2. O que acontece com a quantidade de DDT depois que suas consequências foram des-
à medida que o nível tró co aumenta? cobertas, mas outros pesticidas são usados
Onde você encontrou essa resposta? até hoje. Você acha que os pesticidas que se
A quantidade de DDT aumenta a cada nível trófico. A res- acumulam no ambiente podem ser conside-
posta está no Quadro 16. rados “restos” da população das cidades,
que consome o alimento que vem dos cam-
3. O fenômeno ilustrado na tabela anterior pos? Escreva um parágrafo explicando sua
chama-se bioacumulação. Neste caso, opinião.
o que está se “acumulando” na cadeia Resposta pessoal. Essa é uma provocação para que os alunos
alimentar? reflitam sobre os “restos” que deixamos, conscientizando-os
O DDT. de que nossa influência no ambiente vai muito além dos
limites da cidade em que vivemos.
4. O DDT não causa problemas em peque-
nas concentrações, mas é fatal em grandes Etapa 3 – Ciclo do carbono
quantidades. Pensando nisso, explique os
seguintes fatos: a população de peixes her- Os alunos deverão pesquisar, no seu mate-
bívoros é aproximadamente constante há rial ou em um livro didático, o que é o ciclo do
dez anos, mas a população de mergulhões carbono.
caiu 97 nos mesmos dez anos.
A quantidade de DDT no corpo dos peixes herbívoros não é Se produziram algum texto ou responderam
suficiente para matá-los, mas ela se acumula na cadeia ali- a alguma pergunta a respeito, agora é o momento
mentar e acaba envenenando os mergulhões. de reler esse material. Baseados nessa pesquisa,
que deverá ser feita rapidamente, eles observarão
5. Imagine que um ser humano também faça atentamente a Figura 68 a seguir, que servirá de
parte dessa teia alimentar. Refaça o seu apoio para as questões subsequentes.

9
Biologia – 1a série – Volume 1

O ciclo do carbono hoje

© Hudson Calasans
Figura 68.

1. Sem a interferência humana, quais eram os carbônico para a atmosfera), as trocas entre os oceanos e o
principais mecanismos que faziam o car- ar, além da incorporação de gás carbônico em rochas.
bono circular na natureza?
A respiração de todos os seres vivos, incluindo as plantas, 2. Que atividades humanas causam alterações
libera gás carbônico para a atmosfera, enquanto a fotossín- no ciclo do carbono?
tese, realizada na presença de luz pelos organismos clorofila- Queima de combustíveis fósseis (carvão e petróleo) na
dos (como as plantas e algas), retira gás carbônico da atmos- indústria e transportes. As queimadas e os desmatamentos
fera e libera gás oxigênio. Além disso, o carbono passa de um intensivos também contribuem com o aumento da concen-
organismo para o outro na cadeia alimentar (por ex.: insetos tração de gás carbônico na atmosfera.
que comem uma planta retiram dela o carbono que formará
os corpos deles), e a fossilização é resultado de um processo 3. Um cientista a rmou que queimar orestas
que mantém o carbono que foi capturado da atmosfera é “prejuízo duplo” para a atmosfera. Pen-
pelos seres vivos no interior de rochas. Outros processos que sando no papel das árvores no ciclo do car-
também propiciam a circulação de carbono independem de bono, explique o que ele quis dizer com isso.
seres vivos, tais como a erupção de vulcões (que libera gás Queimar florestas não só libera o carbono das árvores no ar

91
como também mata os organismos que estavam retirando pela atmosfera da Terra. O efeito estufa foi e é fundamental
esse carbono do ar; daí a expressão “prejuízo duplo”. para a manutenção da vida, mas ele tem sido exacerbado
pelo recente aumento na quantidade de gás carbônico na
4. Algumas empresas que utilizam a queima atmosfera. O incremento do efeito estufa está causando um
de petróleo em suas fábricas estão plan- aumento de toda a temperatura da Terra, um fenômeno que
tando grandes quantidades de árvores com tem sido chamado de “aquecimento global”.
a intenção de reduzir os efeitos que causam
no ambiente. Explique como o plantio de Nesta atividade, você escreverá um
árvores pode compensar a queima de petró- texto mostrando o que aprendeu
leo e indique que outras soluções você pro- sobre Ecologia e as alterações que
poria para reduzir a quantidade de gás car- os seres humanos causam no ambiente. Para
bônico na atmosfera. isso, precisará da lista com os “restos” de suas
A liberação de gás carbônico pela queima do petróleo é atividades do dia a dia, elaborada no começo
compensada pela fotossíntese das novas árvores plantadas. desta Situação de Aprendizagem.
Espera-se que os alunos mencionem redução do consumo
de combustíveis fósseis e das queimadas. Releia sua lista. Lembre-se também do que
aprendeu sobre desmatamento na Mata Atlân-
5. Pesquise também duas consequências que tica, poluição da água (experimento com o azul
são esperadas com o “aquecimento glo- de metileno), contaminação por pesticidas,
bal”. Você pode encontrar essa informação emissão de gás carbônico para o ar e as conse-
em seu livro didático ou na internet. quências de todos esses processos para o
Derretimento das calotas polares, aumento do nível do ambiente em que você vive.
mar, inundações em cidades litorâneas, mudanças climáti-
cas (regime de ventos, de chuvas, de temperaturas médias), Com tudo isso em mente, escreva um texto
extinção de espécies. Nesta questão, recomenda-se que você dissertativo (caso não saiba o que é, procure
solicite que os estudantes exponham suas respostas, para que a palavra “dissertação” em um dicionário
todos conheçam o maior número possível de consequências. antes de prosseguir). É muito importante que
você pratique a sua habilidade de escrever esse
6. Escreva um parágrafo explicando a rela- tipo de texto, pois é por meio dele que conse-
ção entre três expressões muito comuns guirá expressar sua opinião sobre qualquer
hoje em dia: “gás carbônico”, “aqueci- assunto.
mento global” e “efeito estufa”. Para isso,
você deverá fazer uma pesquisa rápida, O tema do seu texto será: A interferência
na internet ou em seu livro didático. humana no ambiente. Você deverá apresentar e
O gás carbônico é um dos gases que causam o efeito estufa – explicar vários aspectos de um problema e, por
fenômeno de retenção de calor solar (raios infravermelhos) último, dizer o que você pensa.

92
Biologia – 1a série – Volume 1

Instruções para produção da dissertação todo mundo emite seja relido antes que os alu-
nos iniciem a tarefa. É importante que você
f O primeiro parágrafo deverá conter uma acrescente textos, imagens ou mesmo comen-
introdução ao assunto, trazendo infor- tários sobre situações que deixem claro, na
mações sobre o crescimento populacional realidade diária vista pelos alunos, os impactos
humano. Uma dica é utilizar as informa- que temos sobre nosso ambiente.
ções trabalhadas na Situação de Apren-
dizagem 7. Algumas sugestões: uma foto de um rio poluí-
do próximo à escola, lixo espalhado na própria
f No segundo parágrafo, os estudantes escola, desmatamentos no município onde
deverão tratar de qualquer um dos pro- vivem, ocupação irregular de mananciais.
blemas listados. O problema deverá ser
mencionado (por exemplo: lixo, gás O texto produzido pelos alunos é um ótimo
carbônico), suas causas deverão ser re- instrumento para avaliá-los. Sugerimos que os
veladas (por exemplo: o lixo aumentou próprios alunos avaliem a produção dos cole-
porque as pessoas consomem mais que gas, pois é uma maneira de perceberem suas
no passado; a quantidade de CO 2 au- próprias de ciências em leitura e escrita; além
mentou porque aumentaram as queimas disso, muitas vezes o comentário de um colega
de combustíveis) e suas consequências causa mais mudança do que muitas recomen-
para o ambiente deverão ser explicadas. dações do professor.
Por que o lixo é um problema? Por que
o gás carbônico na atmosfera é um Dê instruções aos alunos de como
problema? fazer a leitura do texto do colega.

f No terceiro parágrafo, os alunos exporão 1. Leia o texto completo de seu colega uma
como um cidadão comum poderia con- vez, sem interrupções.
tribuir para reduzir o problema. Baseados
em sua própria experiência, deverão ex- 2. Para cada um dos critérios a seguir, faça
plicar de que maneira uma pessoa pode comentários sobre o desempenho do
mudar os seus hábitos de forma a reduzir texto do seu colega em uma folha à parte
o seu impacto no ambiente. e depois a entregue a ele. Você pode indi-
car se há erros de ortogra a, gramática
f Ao final, inventarão um título para o ou concordância. Pode também dizer se
texto, que deverá sintetizar os argumentos falta clareza nesse ou naquele parágrafo.
e atrair o leitor. Lembre-se de que a intenção é sempre
colaborar para o seu colega escrever cada
Como estímulo, sugerimos que o texto CO2, vez melhor.

93
f O texto segue a estrutura proposta: 1 Peça que os alunos-avaliadores atribuam
parágrafo – introdução; 2 parágrafo – conceitos a cada um desses aspectos (por exem-
apresentação dos problemas; 3 parágrafo plo: notas de a 1 ) e que teçam comentários
– apresentação da opinião? curtos a respeito de cada um.

f Os argumentos estão claramente expostos? Esses comentários deverão começar com a


São coerentes entre si e com o que vocês frase “você pode melhorar se...”. Depois, leia
aprenderam nas aulas de Biologia? os textos e reveja as avaliações, seguindo os
mesmos critérios.
f Os temas estão bem desenvolvidos? Os
parágrafos são demasiadamente curtos Não se esqueça de devolver todas essas
ou longos? anotações aos autores dos textos, para que
eles tenham conhecimento dos pontos em que
f As soluções apresentadas no terceiro pa- há problemas. Além disso, peça que releiam
rágrafo estão coerentes com o resto do esses comentários todas as vezes que tiverem
texto? Elas podem ser executadas por de produzir novos textos.
qualquer pessoa?

94
Biologia – 1a série – Volume 1

RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA


DO PROFESSOR E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO
DOS TEMAS

Livros ção da Mata Atlântica no dia a dia das pes-


soas: a escassez de recursos básicos da
BRANCO, Samuel M. Ecologia da cidade. São natureza, como água limpa, ar puro e a conse-
Paulo: Moderna, 2 6. quente diminuição da qualidade de vida.

. Natureza e seres vivos. São Paulo: MATTOS, Neide S.; MA ALH ES, Nícia W.;
Moderna, 199 . ABR O, Salete M. A. M. Nós e o ambiente. São
Paulo: Ática, 1991.
DEAN, Warren. A ferro e fogo: a história e a
devastação da Mata Atlântica brasileira. São ODUM, Eugene P. Ecologia. Rio de Janeiro:
Paulo: Companhia das Letras, 1996. O livro uanabara, 1988.
conta os principais acontecimentos históricos
que levaram à destruição de um dos biomas TOWNSEND, Colin R. et al. Fundamentos em
mais exuberantes do Brasil. Explica o papel de Ecologia. Porto Alegre: Artmed, 2 6.
governos, empresas e até de pessoas especí cas
na devastação deste bioma. . Ecologia: de indivíduos a ecos-
sistemas. Porto Alegre: Artmed, 2 7.
DIAS, enebaldo Freire. Educação ambiental:
princípios e práticas. São Paulo: aia, 1992. Sites
Com atividades
FELDMAN, F.; ROCHA, A. A. A Mata
Atlântica é aqui. E daí? – história e luta da Jogo sobre cadeia alimentar em que os alunos
Fundação SOS Mata Atlântica. São Paulo: desempenham o papel de plantas, capivaras,
Terra Virgem, 2 6. Os autores apresentam os onças e homem. Disponível em: <http://sites.
principais problemas ambientais enfrentados unisanta.br/teiadosaber/apostila/biologia/
pelo país, da década de 195 até hoje. Narram Cadeia alimentar-Pratica28 8.pdf . Acesso
também a iniciativa de um grupo de jovens em: 17 maio 2 13.
idealistas que, em 1986, organizaram a Funda-
ção SOS Mata Atlântica, que, desde então, Software com três atividades em que o aluno
atua na preservação dessa oresta. Textos e simula alterações nos fatores abióticos e
fotos mostram alguns dos impactos da destrui- verifica os impactos sobre as populações.

95
Disponível em: <http://rived.mec.gov.br/ BIOTA-FAPESP. Disponível em: <http://www.
modulos/biologia/dinamicapopulacional/ . biota.org.br . Acesso em: 23 maio 2 13.
Acesso em: 17 maio 2 13.
CANTORES BOM DE BICO. Disponível
Softwares sobre o ciclo do nitrogênio, em em: <http://www.radio.usp.br/especial.
que as diversas substâncias produzidas php?id=3 edicao=cantodasaves . Acesso
durante o ciclo são apresentadas ao aluno. em: 17 maio 2 13. Página da Rádio USP
Disponível em: <http://rived.mec.gov.br/ que explica a função do canto das aves. Pro-
atividades/biologia/nitrogenio/atividade1/ grama muito interessante, em que a narra-
bio4 ativ1.htm . Acesso em: 17 maio 2 13. ção sobre o comportamento das aves é
intercalada com músicas populares sobre o
Software relacionado ao ciclo do nitrogênio canto das aves, além de seu próprio canto e
que procura mostrar quais são os alimentos vocalização.
ricos em compostos nitrogenados. Disponível
em: <http://rived.mec.gov.br/atividades/ CEBIMAR. Disponível em: <http://www.usp.
biologia/nitrogenio/atividade2bio4 ativ3. br/cbm/ . Acesso em: 17 maio 2 13. Centro
htm . Acesso em: 17 maio 2 13. de Biologia Marinha da USP, localizado em
São Sebastião, realiza visitas monitoradas,
Software que tem o objetivo de relacionar as exposições e minicursos.
relações tró cas e o ciclo do nitrogênio. Dis-
ponível em: <http://rived.mec.gov.br/ativida- CENTRO DE DIVUL A O CIENT FICA
des/biologia/nitrogenio/atividade5/bio4 ativ8. E CULTURAL DA USP DE S O CARLOS.
htm . Acesso em: 17 maio 2 13. Disponível em: <http://cdcc.sc.usp.br/bio/
index.html . Acesso em: 17 maio 2 13. Realiza
Sugestões de diversas atividades, como a exposições e o cinas sobre educação ambien-
construção de um ecossistema e uma drama- tal, além de visitas monitoradas.
tização sobre cadeia alimentar. Disponível
em: <http://educar.sc.usp.br/ciencias/ecologia/ CENTRO DE REFER NCIA EM INFOR-
ativida.html . Acesso em: 17 maio 2 13. MA O AMBIENTAL (CRIA). Disponível
em: <http://www.cria.org.br . Acesso em: 23
Para consultas maio 2 13.

ALIAN A PARA A CONSERVA O DA COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO


MATA ATL NTICA. Disponível em: DE S O PAULO (CETESB). Disponível em:
<http://www.aliancamataatlantica.org.br . <http://www.cetesb.sp.gov.br/ . Acesso em:
Acesso em: 23 maio 2 13. 2 maio 2 13.

96
Biologia – 1a série – Volume 1

COMPANHIA ENER ÉTICA DE S O UIA INTERATIVO DE AVES URBANAS.


PAULO (CESP). Disponível em: <http://www. Disponível em: <http://www.giau.ib.unicamp.
cesp.com.br/ . Acesso em: 2 maio 2 13. Pro- br . Acesso em: 2 maio 2 13.
grama de visitas monitoradas por pro ssionais
especializados que recepcionam, atendem e expli- INSTITUTO BRASILEIRO DE EO RAFIA
cam todo o processo de funcionamento de suas E ESTAT STICA (IB E). Disponível em:
instalações: usinas; reservatórios; instalações <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/popula-
destinadas à preservação do meio ambiente e cao/condicaodevida/pnsb/default.shtm . Acesso
ações sociais. Informações: inform cesp.com.br em: 23 maio 2 13. Apresenta os resultados da
mais recente pesquisa nacional de saneamento
COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA básico realizada pelo instituto, em 2 , que
RECICLA EM (CEMPRE). Disponível incluem o abastecimento de água, o esgotamento
em: <http://www.cempre.org.br . Acesso sanitário, a drenagem urbana e a limpeza urbana.
em: 23 maio 2 13. O Cempre é uma associa-
ção sem ns lucrativos dedicada à promoção INSTITUTO DE BOT NICA. Disponível em:
da reciclagem dentro do conceito de gerencia- <http://www.ibot.sp.gov.br . Acesso em: 2
mento integrado do lixo. maio 2 13. Recebe escolas para visitas monito-
radas e oferece cursos de educação ambiental.
CORREDORES DE BIODIVERSIDADE Em 2 6, foi inaugurada uma trilha suspensa de
DA MATA ATL NTICA. Disponível em: 36 metros de comprimento, que passa pelo inte-
<http://www.corredores.org.br . Acesso em: rior da Mata Atlântica e termina em uma das
23 maio 2 13. nascentes do riacho do Ipiranga.

FUNDA O MAR. Disponível em: <http:// MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Dis-


www.fundacaomar.org.br/index.asp . Acesso ponível em: <http://www.mma.gov.br/ .
em: 2 maio 2 13. Desenvolve projetos de edu- Acesso em: 2 maio 2 13.
cação ambiental, preservação do meio ambiente,
conservação e estudos de mamíferos marinhos. PESQUISA NACIONAL DE SANEAMENTO
BÁSICO. Disponível em: <http://www.ibge.gov.
FUNDA O SOS MATA ATL NTICA. br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/
Disponível em: <http://www.sosmatatlantica. pnsb/default.shtm . Acesso em: 2 maio 2 13.
org.br . Acesso em: 2 maio 2 13. O site da Relatório de pesquisa publicada pelo IB E em
Fundação SOS Mata Atlântica traz informa- 2 . Contém resultados sobre o abastecimento
ções sobre a fauna, ora e unidades de con- de água, o esgotamento sanitário, a drenagem
servação de Mata Atlântica. urbana e a limpeza urbana e coleta de lixo.

97
RASTRO DE CARBONO. Disponível em: SOS MATA ATL NTICA. Disponível em:
<http://scienceblogs.com.br/rastrodecarbono/ . <http://www.sosma.org.br/ . Acesso em: 23
Acesso em: 23 maio 2 13. Traz notícias sobre maio 2 13. Portal da Fundação SOS Mata
a “pegada” ambiental que deixamos no pla- Atlântica, traz referências de bibliotecas virtuais
neta, com muitas dicas simples para reduzi-la. e sites de pesquisa sobre educação ambiental e
Inclui notícias e textos de opinião sobre diver- temas a ns. No link <http://mapas.sosma.org.
sas questões ambientais. br (acesso em: 23 maio 2 13), está disponível o
Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata
REDE DAS Á UAS. Disponível em: <http:// Atlântica, publicado em 2 5. São diversos tipos
www.rededasaguas.org.br . Acesso em: 23 de mapas, e é possível procurar a incidência da
maio 2 13. Apresenta muitas informações Mata Atlântica em qualquer Estado ou cidade.
sobre os problemas da água no Brasil. Espe-
cialmente interessante é o projeto de monito- WWF-Brasil. Disponível em: <http://www.
ramento das águas do Rio Tietê. Se sua wwf.org.br/ . Acesso em: 22 maio 2 13. Traz
comunidade está próxima do Rio Tietê ou de informações bastante atuais sobre problemas
algum afluente dele, você pode participar e projetos ambientais, principalmente brasilei-
analisando se a água está poluída. ros. Há também informações sobre os biomas
brasileiros, além de peças publicitárias (vídeo
SABESP (Companhia de Saneamento Básico do e áudio) de campanhas de preservação do meio
Estado de São Paulo). Disponível em: <http:// ambiente que podem ser baixadas e usadas na
www2.sabesp.com.br/html/agendamento/ . sensibilização dos alunos.
Acesso em: 22 maio 2 13. A Sabesp atende a
escolas para visitas monitoradas em algumas de OO SAFÁRI. Disponível em: <http://www.
suas estações de tratamento de água e de esgoto z o o l og i c o. c o m . b r / p ag i n a . p h p ? p =
na região metropolitana de São Paulo. zoo id=2 1 . Acesso em: 22 maio 2 13. Ao
lado do oológico de São Paulo, possibilita a
SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DO realização de um percurso de 4 quilômetros
ESTADO DE S O PAULO. Disponível em: (cerca de 1 hora) em veículo do zoológico, ou
<http://www.ambiente.sp.gov.br/ . Acesso em: então em carro particular, sendo possível a inte-
22 maio 2 13. ração direta com animais de diversas espécies.

SOCIEDADE PAULISTA DE OOL ICOS. OOL ICO DE S O PAULO. Disponível em:


Disponível em: <http://www.spzoo.org.br . <http://www.zoologico.sp.gov.br . Acesso em: 22
Acesso em: 22 maio 2 13. Contém links para os maio 2 13. Há diversas atividades monitoradas e
zoológicos de diversas cidades paulistas. também a possibilidade de visitação noturna.

98
Biologia – 1a série – Volume 1

Visitas e consultas SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE. Av.


Professor Frederico Hermann Jr., 345 – Alto
ESTA O DA LU . Praça da Luz, 1 – Bom de Pinheiros, São Paulo (SP).
Retiro, São Paulo (SP). Con rmar os horários
e percursos dos trens. SOS MATA ATL NTICA. Av. Paulista, 2 73,
cj. 2 4 7 – Bela Vista, São Paulo (SP).
HORTO FLORESTAL. R. do Horto, 931 –
Tremembé, São Paulo (SP). Agendar visitas de Filmes
segunda-feira a domingo, das 6h às 18h. Pas-
seios monitorados para escolas. Água: um bem limitado. TV Cultura/Sabesp,
1996.
JARDIM BOT NICO DE S O PAULO.
Av. Miguel Stéfano, 3 31/3 687 – Água Funda, Microcosmos: fantástica aventura da natureza.
São Paulo (SP). Agendar visitas de terça-feira (Microcosmos: Le peuple de l’herbe). Direção:
a sábado, das 9h às 17h. Claude Nuridsany e Marie Pérennou. França,
1996, 8 min.
JARDIM OOL ICO DE S O PAULO.
Av. Miguel Stéfano, 4 241 – Água Funda, São O pesadelo de Darwin (Darwin’s Nightmare).
Paulo (SP). Visitas de terça-feira a domingo, Direção: Hubert Sauper. Suécia, Finlândia,
das 9h às 17h. Canadá, Bélgica, França e Áustria, 2 4, 1 7 min.

99
QUADRO DE CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
1 série 2 série 3 série

Tema: A interdependência da vida Tema: A identidade dos seres vivos Tema: Diversidade da vida
f Os seres vivos e suas interações f Organização celular e funções básicas f O desaào da classiàcação biológica
– Manutenção da vida, uxos de energia e – Organização celular da vida – Bases biológicas da classi cação
matéria Organização celular como característica Critérios de classi cação, regras de
Processo da fotossíntese: condições e fundamental de todas as formas vivas; Organização nomenclatura e categorias taxonômicas
substâncias necessárias; Cadeias e teias e funcionamento dos tipos básicos de células. reconhecidas; Taxonomia e conceito de
alimentares; Níveis tró cos: produtores, – As funções vitais básicas espécie; Os cinco reinos – níveis de
consumidores e decompositores; Circulação de O papel da membrana na interação entre célula e organização, obtenção de energia,
energia e matéria ao longo das cadeias ambiente – tipos de transporte; Processos de estruturas, importância econômica e
alimentares; Pirâmide de biomassa e energia; obtenção de energia pelos seres vivos – fotossíntese ecológica; Relação de parentesco entre
Ciclo biogeoquímico do carbono; Relações e respiração celular; Mitose, mecanismo básico de seres – árvores logenéticas.
ecológicas entre espécies: predação, reprodução celular; Cânceres, mitoses
parasitismo, mutualismo ou cooperação, descontroladas; Prevenção contra o câncer e f As especiàcidades dos seres vivos
epi tismo, inquilinismo e competição; Fatores tecnologias de seu tratamento. – Biologia das plantas
bióticos e abióticos que promovem o equilíbrio Aspectos comparativos da evolução das
dinâmico das populações de seres vivos; Tema: Transmissão da vida e mecanismos de plantas; Adaptação das angiospermas
Volume 1

Controle biológico em plantações. variabilidade genética quanto à organização, ao crescimento, ao


f Variabilidade genética e hereditariedade desenvolvimento e à nutrição.
f A intervenção humana e os desequilíbrios
– Mecanismos de variabilidade genética – Biologia dos animais
ambientais
Reprodução sexuada e processo meiótico; Os Diversidade no Reino Animal;
Ciclo do carbono: deslocamentos do carbono Características principais dos animais;
no ambiente (fotossíntese e respiração) e fundamentos da hereditariedade; Características
hereditárias congênitas e adquiridas; Concepções sistemas especializados; função e
emissão de CO2 na atmosfera pelo ser humano; comparação entre os diferentes los;
Crescimento populacional e as consequências pré-mendelianas e as leis de Mendel; Teoria
cromossômica da herança; Determinação do sexo e Aspectos da Biologia Humana; Fisiologia
socioambientais: produção de lixo, humana: metabolismo energético; Nutrição;
desmatamento e poluição da água por matéria herança ligada ao sexo; Cariótipo normal e
alterações cromossômicas, como Down, Turner e Integração dos sistemas digestório,
orgânica; Pegada ecológica; Impactos humanos respiratório e cardiovascular; Sistema
no ciclo do carbono: aquecimento global e Klinefelter
digestório: órgãos e nutrientes; Aparelho
efeito estufa; Ações individuais e coletivas para – enética humana e saúde reprodutor feminino e masculino – órgãos e
minimizar a interferência humana no ambiente. rupos sanguíneos (ABO e Rh) – transfusões e funções.
incompatibilidade; Distúrbios metabólicos – albi-
nismo e fenilcetonúria; Tecnologias na prevenção
de doenças metabólicas; transplantes e doenças
autoimunes; Importância e acesso ao aconselha-
mento genético.

Tema: Qualidade de vida das populações Tema: DNA Tema: Origem e evolução da vida
humanas f A receita da vida e seu código f Hipóteses e teorias
f A saúde coletiva e ambiental – O DNA – estrutura e atuação – A origem da vida
– Agressão à saúde das populações Estrutura química; Modelo de duplicação do Hipóteses sobre a origem da vida; Vida
Vulnerabilidade; Principais doenças no Brasil de DNA e história de sua descoberta; RNA – a primitiva.
acordo com sexo, renda e idade; Doenças tradução da mensagem; Código genético e – As ideias evolucionistas e evolução
infectocontagiosas, parasitárias, degenerativas, fabricação de proteínas; Integração entre os biológica
ocupacionais, carenciais, sexualmente conceitos da enética Clássica e da Biologia As ideias evolucionistas de Darwin e
transmissíveis e por intoxicação ambiental; Molecular. Lamarck; Mecanismos da evolução das
ravidez na adolescência como risco à saúde; espécies – mutação, recombinação gênica e
Medidas de promoção da saúde e prevenção de f Tecnologias de manipulação seleção natural; Fatores que interferem na
doenças; Impacto de tecnologias na melhoria da – Biotecnologia constituição genética das populações –
saúde – vacinas, medicamentos, exames, alimentos Tecnologias de transferência do DNA – enzimas migração, seleção e deriva genética; randes
Volume 2

enriquecidos, adoçantes etc. de restrição, vetores e clonagem molecular; linhas da evolução dos seres vivos – árvores
– Saúde ambiental Engenharia genética e produtos geneticamente logenéticas.
Saneamento básico e impacto da mortalidade modi cados – alimentos, produtos médico-
infantil e em doenças contagiosas e parasitárias. -farmacêuticos, hormônios; riscos e benefícios de f Evolução biológica e cultural
produtos geneticamente modi cados. – A origem do ser humano e a evolução
f A saúde individual e coletiva cultural
– O que é saúde A árvore logenética e a evolução cultural;
Saúde como bem-estar físico, mental e social; seus Evolução do ser humano – desenvolvimento
condicionantes, como alimentação, moradia, da inteligência, da linguagem e da capacidade
saneamento, meio ambiente, renda, trabalho, de aprendizagem; A transformação do
educação, transporte e lazer. ambiente pelo ser humano e a adaptação de
espécies animais e vegetais a seus interesses;
– A distribuição desigual da saúde
O futuro da espécie humana.
Condições socioeconômicas e qualidade de vida
em diferentes regiões do Brasil e do mundo; – Intervenção humana na evolução
Indicadores de desenvolvimento humano e de Processos de seleção animal e vegetal;
saúde pública, como mortalidade infantil, Impactos da medicina, agricultura e
esperança de vida, saneamento e acesso a serviços. farmacologia.

1
CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares
NOVA EDIÇÃO 2014-2017 Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda
Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus. Meira de Aguiar Gomes.
COORDENADORIA DE GESTÃO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Área de Ciências Humanas Área de Ciências da Natureza
Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro
Coordenadora
Teônia de Abreu Ferreira.
Maria Elizabete da Costa Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende
Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara
Diretor do Departamento de Desenvolvimento Santana da Silva Alves.
Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.
Curricular de Gestão da Educação Básica
João Freitas da Silva História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio
Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline
Diretora do Centro de Ensino Fundamental Fernandez. de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto
dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação
Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson
Profissional – CEFAF Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de
Luís Prati.
Valéria Tarantello de Georgel Almeida e Tony Shigueki Nakatani.

Coordenadora Geral do Programa São Paulo PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula
faz escola PEDAGÓGICO Vieira Costa, André Henrique GhelÅ RuÅno,
Valéria Tarantello de Georgel Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes
Área de Linguagens
M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio
Coordenação Técnica Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine
Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael
Roberto Canossa Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel
Plana Simões e Rui Buosi.
Roberto Liberato Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes
Smelq Cristina de 9lbmimerime :oeÅe e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali
Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila
Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da
EQUIPES CURRICULARES Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S.
Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes,
Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura
Área de Linguagens Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves
C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko
Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.
S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M.
Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.
Ventrela. Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva,
Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Área de Ciências Humanas
Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria
Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson
Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt,
dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio
Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto
Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.
Silveira.
dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos,
Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio
Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire BomÅm, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza,
de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez,
Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos,
Nogueira. Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de
José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório,
Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria
Campos e Silmara Santade Masiero. Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato
Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos
e Sonia Maria M. Romano.
Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene
Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves
Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. História: Aparecida de Fátima dos Santos
Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.
de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete
Área de Matemática Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina
Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso
Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana
Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de
Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo,
Aparecido Cornatione. Sílvia Regina Peres. Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria
Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.
Área de Ciências da Natureza Área de Matemática
Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves,
Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e
Rodrigo Ponce. Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Tânia Fetchir.
Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima,
Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Apoio:
Maria da Graça de Jesus Mendes. Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Fundação para o Desenvolvimento da Educação
Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, - FDE
Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina
Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, CTP, Impressão e acabamento
Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte. Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Log  Print GráÅca e Logística S. A.
GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís
EDITORIAL 2014-2017 CONTEÚDOS ORIGINAIS Martins e Renê José Trentin Silveira.

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu


FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e
CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS Sérgio Adas.
Presidente da Diretoria Executiva CADERNOS DOS ALUNOS
Antonio Rafael Namur Muscat Ghisleine Trigo Silveira História: Paulo Miceli, Diego López Silva,
Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e
CONCEPÇÃO
Vice-presidente da Diretoria Executiva Raquel dos Santos Funari.
Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo,
Alberto Wunderler Ramos Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza
coordenadora! e Ruy Berger em memória!.
Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe,
GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS
Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina
À EDUCAÇÃO AUTORES
Schrijnemaekers.

Direção da Área Linguagens


Coordenador de área: Alice Vieira. Ciências da Natureza
Guilherme Ary Plonski
Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes.
Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo
Coordenação Executiva do Projeto
Makino e Sayonara Pereira. Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene
Angela Sprenger e Beatriz Scavazza
Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta
Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana,
Gestão Editorial
Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso
Denise Blanes
Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo.
Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira.
Equipe de Produção
Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite,
LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto,
Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos
Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida
Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina
Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria
Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina Fidalgo. Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo
H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão,
Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro,
Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel
Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão,
Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues
Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.
Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia
Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb González.
Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol,
Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo
Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet
Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti,
Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar,
Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell
José Luís Marques López Landeira e João
Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Roger da PuriÅcação Siqueira, Sonia Salem e
Henrique Nogueira Mateos.
Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Yassuko Hosoume.
Tiago Jonas de Almeida. Matemática
Coordenador de área: Nílson José Machado. Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse
Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Matemática: Nílson José Machado, Carlos Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe
Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa
Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda
Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.
Vanessa Leite Rios. Walter Spinelli.
Caderno do Gestor
Edição e Produção editorial: Adesign, Jairo Souza Ciências Humanas Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de
Design GráÅco e Occy Design projeto gráÅco!. Coordenador de área: Paulo Miceli. Felice Murrie.

Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas

* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são São Paulo Estado! Secretaria da Educação.
indicados sites para o aprofundamento de conhecimen-
tos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados S239m Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; biologia, ensino médio,
e como referências bibliográficas. Todos esses endereços 1a série / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Felipe Bandoni de Oliveira,
eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é Ghisleine Trigo Silveira, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga
um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira. - São Paulo: SE, 2014.
Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites v. 1, 104 p.
indicados permaneçam acessíveis ou inalterados.
Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino
* Os mapas reproduzidos no material são de autoria de Médio e Educação ProÅssional ¹ CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB.
terceiros e mantêm as características dos originais, no que
diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos ISBN 978-85-7849-574-9
elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos). 1. Ensino médio 2. Biologia 3. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês. II. Oliveira, Felipe Bandoni de. III.
Silveira, Ghisleine Trigo. IV. Limp, Lucilene Aparecida Esperante. V. Pereira, Maria Augusta Querubim Rodrigues.
* Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no
VI. Santana, Olga Aguilar. VII. Cunha, Paulo Roberto da. VIII. Silveira, Rodrigo Venturoso Mendes da. IX. Título.
Caderno do Professor para apoiar na identificação das
atividades. CDU: 371.3:806.90
Validade: 2014 – 2017

Vous aimerez peut-être aussi