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RICARDO J.

FERREIRA
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

CAPÍTULO 8

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

8.1 APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

Os procedimentos de auditoria são o conjunto de procedimentos técnicos com base nos quais o
auditor obtém evidências ou provas que sejam suficientes e adequadas para fundamentar o seu
parecer sobre as demonstrações contábeis auditadas.
Os procedimentos de auditoria são adotados: antes do encerramento do exercício; na data de seu
término; após o encerramento do exercício e antes da elaboração das demonstrações; depois da
elaboração das demonstrações.
Os procedimentos de auditoria são divididos em testes de observância (ou aderência) e testes
substantivos.
Na aplicação dos testes de observância, o auditor deve verificar a existência, efetividade e
continuidade dos controles internos.
Os testes substantivos têm por finalidade a obtenção de evidências quanto à suficiência, exatidão
e validade das informações produzidas pelo sistema contábil da entidade. Os testes substantivos
dividem-se em testes de transações e saldos e procedimentos de revisão analítica.

Na aplicação dos testes substantivos, o auditor deve objetivar as seguintes conclusões:

1- existência - se o componente patrimonial existe em certa data;


2- direitos e obrigações - se efetivamente existem em certa data;
3- ocorrência - se a transação de fato ocorreu;
4- abrangência - se todas as transações estão registradas;
5- mensuração, apresentação e divulgação - se os itens estão avaliados, divulgados,
classificados e descritos de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as
Normas Brasileiras de Contabilidade.

8.2 DETERMINAÇÃO DA AMPLITUDE DOS EXAMES DE AUDITORIA

A aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada, em razão da complexidade e


volume das operações, por meio de provas seletivas, testes e amostragens, cabendo ao auditor,
com base na análise de riscos de auditoria e outros elementos de que dispuser, determinar a
amplitude dos exames necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos
para o todo.
Não existe norma legal estabelecendo o percentual de testes substantivos que o auditor deve
efetuar no sentido de afastar os riscos de auditoria. Alguns autores, porém, com base na prática
dos serviços de auditoria, estabelecem percentuais mínimos e máximos, que variam de acordo
com a nota dada pelo auditor aos controles internos da entidade.

8.3 DIFERENÇA ENTRE TESTE E AMOSTRAGEM

Em sentido estrito, existe diferença entre teste e amostragem, muito embora os dois envolvam a
verificação de apenas uma parte das transações e saldos. Por meio do teste, o auditor procura
formar sua opinião apenas quanto aos itens examinados, sem que sua avaliação se estenda para
toda a população de que fazem parte os elementos verificados. Na amostragem, o auditor procura,
mediante o exame de alguns itens de uma população, elementos de convicção que sejam válidos

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para o todo. Se o auditor seleciona uma certa quantidade de duplicatas para exame, com o
objetivo de verificar se elas estão lançadas contabilmente, buscando identificar erros ou fraudes
apenas nas duplicatas examinadas, temos um teste. Mas se o seu objetivo é avaliar o
comportamento de todas as duplicatas a receber, mediante o exame de algumas duplicatas, temos
uma amostragem.
Devem ser adotadas medidas para que a amostra seja representativa da população que se
procura avaliar.

8.4 SELEÇÃO DIRECIONADA

Por meio da seleção direcionada, o auditor se limita a examinar as transações ou saldos que sejam
enquadrados em parâmetros previamente determinados. Por ser tratar de um teste, as avaliações
feitas pelo auditor se limitam às transações e saldos especificamente examinados.

Os testes em seleção direcionada podem ser baseados em:

1 - valor - o auditor examina um grupo de transações que esteja dentro de um certo limite de
valor. Por exemplo, a inspeção de todos os ativos com valor acima de determinado limite;
2 - tipo de atividade - o auditor direciona o teste para o exame de uma atividade ou evento
específico. Por exemplo, o exame dos registros e documentos relativos à despesa de pessoal;
3 - período de atividade - o auditor examina as atividades ou eventos ocorridos dentro de um
determinado período. Por exemplo, o exame de todas as notas fiscais emitidas no último mês
do exercício.

8.5 APLICAÇÃO DOS TESTES

Na aplicação dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar os seguintes


procedimentos técnicos básicos:

1 - inspeção - exame de registros, documentos e de ativos tangíveis;


2 - observação - acompanhamento de processo ou de procedimento quando de sua execução;
3 - investigação e confirmação - obtenção de informações junto a pessoas ou entidades
conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade;
4 - cálculo - conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e
demonstrações contábeis e outras circunstâncias;
5 - revisão analítica - verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices,
quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de situação ou
tendências atípicas.

8.6 INSPEÇÃO

A inspeção consiste no exame de registros, como é o caso da verificação dos lançamentos nos
Livros Diário e Razão; no exame de documentos, tais como notas fiscais, faturas, títulos de
créditos e extratos bancários que tenham servido como base para os lançamentos; e no exame de
ativos tangíveis (corpóreos), como a constatação da existência física de máquinas, equipamentos,
móveis e utensílios, registrados contabilmente.
Também são objeto de inspeção os ativos intangíveis ou incorpóreos, mas não por meio do exame
do ativo propriamente, uma vez que não existem fisicamente. Neste caso, a inspeção se dá pelo
exame dos documentos que comprovem os direitos sobre o bem incorpóreo.
De acordo com a Resolução CFC n° 820/97, item 11.2.6.7, alínea “b”, quando o valor envolvido for
expressivo em relação à posição patrimonial e financeira e ao resultado das operações, o auditor
deve acompanhar o inventário físico realizado pela entidade, executando os testes de contagem
física e procedimentos complementares aplicáveis.

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O auditor é responsável pelo acompanhamento do levantamento físico dos estoques, mas a


contagem física é tarefa de responsabilidade do pessoal da entidade. Cabe ao auditor acompanhar
o inventário e executar contagens em base de testes, até convencer-se da correção das contagens
realizadas pela entidade.

8.7 OBSERVAÇÃO

A observação consiste no acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua


execução. Ao avaliar a possibilidade de mercadorias saírem de um estabelecimento industrial sem
a devida documentação, por exemplo, o auditor pode observar se os procedimentos de controle
interno previstos estão sendo cumpridos, no sentido de se identificar a circulação de mercadorias,
mediante a conferência das mercadorias e da documentação exigida, no momento da saída. Trata-
se de um teste de observância flagrante.

8.8 INVESTIGAÇÃO E CONFIRMAÇÃO

O procedimento técnico de investigação e confirmação consiste na obtenção de informações com


pessoas ou entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade, tais como
empregados, administradores, fornecedores, clientes e bancos.
A informação de fonte externa tende a ser mais confiável do que a obtida na entidade auditada.
Normalmente, quando esse procedimento é aplicado a pessoas conhecedoras da transação dentro
da entidade auditada, o auditor realiza entrevistas. Caso deseje entender melhor como funcionam
os controles internos previstos no manual de normas de controles internos da entidade, o auditor
pode, por exemplo, fazer entrevistas com empregados e administradores da entidade, solicitando
esclarecimentos.
Quando o procedimento técnico de investigação e confirmação é aplicado a pessoas de fora da
entidade auditada, como fornecedores, clientes, bancos, o auditor utiliza a circularização.
De acordo com a Resolução CFC n° 820/97, item 11.2.6.7., alínea “a”, quando o valor envolvido for
expressivo em relação à posição patrimonial e financeira e ao resultado das operações, o auditor
deve confirmar os valores das contas a receber e a pagar, por meio de comunicação direta com os
terceiros envolvidos.

Circularização - A circularização (ou pedido de confirmação) é o procedimento de auditoria que


consiste em fazer com que a entidade auditada expeça cartas dirigidas a empresas ou a pessoas
com as quais mantém relações de negócios, solicitando que confirmem, por meio de carta dirigida
diretamente ao auditor, a situação desses negócios, em data determinada. Consiste na obtenção
de declaração formal de pessoas não ligadas à entidade auditada, de fatos relativos a operações
realizadas pela entidade. O fato de as pessoas de quem as declarações são obtidas não serem
ligadas, isto é, não terem interesses a proteger perante a entidade auditada, permite que as
informações sejam fornecidas com isenção e possibilitem, portanto, um maior grau de confiança.

Pedido de Confirmação - O pedido de confirmação pode ser:

1 - positivo;
2 - negativo.

Pedido de Confirmação Positivo - O pedido de confirmação positivo é usado quando, por


intermédio da entidade, o auditor solicita uma resposta à pessoa de quem deseja a confirmação de
informações. Pode ser dividido em:

1 - branco - quando não são indicados no pedido valores ou saldos a serem confirmados;
2 - preto - quando são indicados no pedido valores ou saldos, de um determinado período, a
serem confirmados.

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Pedido de Confirmação Negativo - No pedido de confirmação negativo, na falta de confirmação


por parte da pessoa consultada, entende-se que ela concorda com os valores ou saldos a serem
confirmados. A falta de resposta significa a confirmação dos valores ou saldos consultados.
Normalmente, o pedido negativo é usado como complementação do pedido positivo. O uso de
carta registrada garante que a pessoa de quem se deseja obter a confirmação recebeu o pedido.

8.9 CÁLCULO

O procedimento técnico de cálculo consiste na conferência aritmética de documentos


comprobatórios, registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias.
Por meio do procedimento de cálculo, o auditor revisa as operações aritméticas realizadas na
elaboração dos registros contábeis. São exemplos a revisão dos cálculos de provisões,
depreciação, amortização, apuração de estoques.

8.10 REVISÃO ANALÍTICA

Por meio do procedimento técnico de revisão analítica, o auditor verifica o comportamento de


valores significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com
vista à identificação de situação ou tendências atípicas.
No procedimento de revisão analítica, o auditor utiliza a técnica de análise contábil.

8.11 APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE REVISÃO ANALÍTICA

Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor deve considerar:

1 - o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos resultados alcançáveis;


2 - a natureza da entidade e o conhecimento adquirido nas auditorias anteriores;
3 - a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e comparabilidade.

Se o auditor, durante a revisão analítica, não obtiver informações objetivas suficientes para dirimir
as questões suscitadas, ele deverá efetuar verificações adicionais, aplicando novos procedimentos
de auditoria, até alcançar conclusões satisfatórias.

8.12 AUDITORIA DAS CONTAS PATRIMONIAIS

Os procedimentos aplicáveis à auditoria das contas varia muito de acordo com o auditor. A título de
exemplificação, apresentamos alguns dos procedimentos básicos de auditoria que podem ser
aplicados aos principais elementos que compõem o balanço patrimonial. Além dos procedimentos
indicados, outros podem ser aplicados, de acordo com as circunstâncias.

8.12.1 AUDITORIA DAS CONTAS DO ATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

8.12.1.1 DISPONIBILIDADES

Caixa - inspeção física (contagem do dinheiro); inspeção documental para exame da


documentação de pagamento e recebimento.

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Bancos Conta Movimento – inspeção documental (extratos bancários); investigação e


confirmação, pela solicitação de informações ao banco (circularização); revisão dos cálculos de
conciliações bancárias.

Aplicações de Liquidez Imediata - inspeção documental (extratos bancários, certificados,


recibos) e investigação e confirmação, pela solicitação de informações ao banco (circularização).

8.12.1.2 CRÉDITOS

Duplicatas e Outros Títulos a Receber – inspeção documental dos títulos; investigação e


confirmação mediante circularização junto de devedores.

Provisão para Devedores Duvidosos – revisão dos cálculos por meio da conferência da exatidão
aritmética do valor e inspeção para verificação dos documentos que serviram como base para a
fixação dos critérios de cálculo.

8.12.1.3 ESTOQUES

Mercadorias e Matérias-Primas – acompanhamento de inventário; inspeção física; inspeção


documental das notas fiscais, faturas, duplicatas; conferência dos cálculos na apuração das saídas
e dos estoques finais.

Produtos Acabados e em Elaboração – acompanhamento do inventário; inspeção física;


inspeção e revisão dos cálculos dos documentos e registros da contabilidade de custos.

8.12.1.4 DESPESAS ANTECIPADAS

Juros, Seguros, Salários e Outras Despesas Antecipadas – inspeção dos documentos e


revisão dos cálculos para a verificação dos valores apropriados como despesa do exercício.
Também são aplicáveis os procedimentos de investigação e confirmação, por intermédio da
circularização de pessoas que receberam os valores antecipadamente.

8.12.2 AUDITORIA DAS CONTAS DO ATIVO PERMANENTE

8.12.2.1 INVESTIMENTOS

Participações Permanentes em Outras Sociedades – inspeção documental para a verificação


de contratos, estatutos e suas alterações, certificados de ações, estratos de ações escriturais etc.;
revisão dos cálculos de provisões para perdas, da aplicação do método da equivalência patrimonial
e do custo de aquisição.

8.12.2.2 IMOBILIZADO

Bens de Uso Permanente – inspeção dos documentos de aquisição de bens tangíveis e contratos
representativos de bens intangíveis; investigação e confirmação com fornecedores de bens móveis
e no Registro Imóveis, para comprovar a propriedade de imóveis; inspeção física para constatar a
existência dos bens; revisão dos cálculos nos casos de depreciação, amortização e exaustão
acumuladas.

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8.12.2.3 DIFERIDO

Despesas Pré-Operacionas e Outras Despesas Diferidas - inspeção dos documentos e revisão


dos cálculos para a verificação dos valores apropriados como despesa do exercício; revisão dos
cálculos no caso da amortização acumulada.

8.12.3 AUDITORIA DAS CONTAS DO PASSIVO CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Fornecedores - inspeção pelo exame dos documentos de compra e investigação e confirmação


mediante circularização de fornecedores.

Empréstimos e Financiamentos Bancários - inspeção pelo exame dos contratos e títulos


representativos das dívidas e investigação e confirmação, por meio de circularização de bancos.

8.12.4 AUDITORIA DAS CONTAS DE RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS

Receitas de Exercícios Futuros - inspeção dos documentos relativos a recebimentos antecipados


e revisão dos cálculos para a verificação dos valores apropriados ao resultado do exercício;
revisão dos cálculos e verificação dos documentos no caso dos custos e despesas
correspondentes às receitas de exercícios futuros.

8.12.5 AUDITORIA DAS CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital Social – inspeção pelo exame de contrato ou estatuto e suas alterações; investigação e
confirmação na junta comercial do registro dos atos de constituição e alterações.

Reservas de Capital - inspeção pelo exame dos documentos (títulos, contratos, escrituras etc.) e
investigação e confirmação mediante circularização de pessoas relacionadas aos fatos geradores
das reservas.

Reserva de Reavaliação – inspeção pelo exame de documentos (atas de assembléias de


acionistas, laudos de peritos etc.).

Reservas de Lucros – verificação dos cálculos feitos na constituição das reservas; inspeção de
atas, relatórios e demais documentos que justifiquem a constituição.

8.13 AUDITORIA DAS CONTAS DE RESULTADO

A auditoria das contas de resultado tem como objetivo verificar se:

1 - as receitas e despesas foram apropriadas de acordo com os Princípios Fundamentais de


Contabilidade, aplicados uniformemente em relação ao exercício anterior;
2 - as despesas e receitas antecipadas ou diferidas estão corretamente apresentadas em contas
patrimoniais;
3 - as notas explicativas esclarecem os principais critérios adotados em relação à apropriação das
receitas e despesas;
4 - foram apropriadas todas as despesas correspondentes às receitas realizadas no período.

O auditor deve fazer a análise do comportamento das receitas e despesas (revisão analítica),
procurando identificar variações que lhe parecem anormais e que mereçam uma verificação mais
detalhada dos documentos.

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Os procedimentos aplicados sobre as contas patrimoniais também têm reflexos sobre as contas de
resultado. Quando o auditor examina as duplicatas a receber, os elementos obtidos na
confirmação (circularização) servem também para a auditoria da receita de vendas a prazo, em
função do uso do método das partidas dobradas. Ao auditar os estoques, o auditor obtém
elementos que servem para a auditoria do custo das mercadorias vendidas. Ao revisar os cálculos
das provisões e da depreciação acumulada, auditor estará também verificando a correção dos
saldos das despesas com provisões e depreciação.
Normalmente, a confirmação e a observação não são feitas propriamente para as contas de
resultados. As informações obtidas por meio desses procedimentos se destinam, mais diretamente,
às contas patrimoniais.
A inspeção é adotado em relação às contas de resultado no que diz respeito ao exame de
documentos e livros. Em geral, não envolve a verificação da existência de ativos tangíveis.
Quando os controles internos da entidade auditada forem considerados inadequados, a melhor
ocasião para a adoção dos procedimentos de auditoria das contas de resultado é a data do
encerramento do exercício.

8.14 TESTES DE CORTE (“CUT-OFF”)

As demonstrações contábeis objeto da opinião do auditor devem contemplar a situação do


patrimônio da entidade na data do encerramento de cada exercício auditado, bem como os
elementos de resultado de cada exercício específico. O corte das transações é feito principalmente
para a verificação da observância do Princípio da Competência, de forma a se constatar se as
receitas e despesas foram registradas no período ao qual pertencem. Todavia, existem elementos
patrimoniais em relação aos quais os procedimentos de corte também são aplicáveis. É o caso, por
exemplo, dos estoques de mercadorias e das duplicatas a receber. Para se assegurar de que não
existem valores de um exercício registrados em exercício anterior ou posterior, o auditor deve
realizar os testes de corte, que podem incluir:

1 - determinação do momento em que os registros contábeis auxiliares e os documentos a eles


relacionados refletem o levantamento do inventário. As mercadorias adquiridas no ano 2, por
exemplo, não podem constar do inventário do ano 1;
2 - pedido de informação a clientes, fornecedores e bancos quanto a direitos e obrigações que
devem estar indicados nas demonstrações de determinado exercício;
3 - confronto das notas fiscais de venda emitidas até a data do encerramento do exercício com os
documentos de despacho, com vistas à confirmação da remessa das mercadorias aos clientes
até a data do balanço. A realização da receita de vendas ocorre no momento da entrega das
mercadorias ao cliente.

8.15 TERMINOLOGIA CONTÁBIL

As definições de algumas das expressões usuais em Contabilidade são apresentadas em seguida.

Capital Autorizado - no caso das sociedades anônimas, é um limite previsto no estatuto para
novas subscrições de capital sem a necessidade de alteração estatutária. É uma autorização
prévia para novas subscrições de capital, dentro de certo limite.

Capital Social ou Capital Social Subscrito - é o capital social fixado no estatuto ou contrato
social. Os sócios devem subscrever (assumir o compromisso de realizar) todas as ações ou cotas
em que se divide o capital social, ainda que seja realizada apenas uma parte do capital subscrito.

Capital Nominal ou Capital Declarado - é o capital social fixado no estatuto ou contrato social.
Também é conhecido como capital social ou capital social subscrito.

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Subscrição - ato pelo qual os sócios assumem o compromisso de realizar determinado valor a
título de capital social. A subscrição pode ser relativa a compromisso de realização do capital social
inicial ou a aumento do capital.

Capital a Realizar - é a parte do capital social subscrito que os sócios ainda não realizaram.

Capital Realizado - é a parte do capital social subscrito que os sócios já realizaram, em dinheiro,
outros bens ou créditos. É calculado pela diferença entre o capital social subscrito e o capital social
a realizar: Capital Realizado = Capital Subscrito - Capital a Realizar.

Capital Próprio - o mesmo que recursos próprios. É representado pelo patrimônio líquido.

Capital de Terceiros ou Capital Alheio - o mesmo que recursos de terceiros. É o passivo


exigível. No balanço patrimonial de uma empresa, corresponde à soma do passivo circulante
(dívidas de curto prazo) com o passivo exigível a longo prazo (dívidas de longo prazo).

Capital Total à Disposição - é a soma do capital próprio com o capital de terceiros.

Capital Aplicado - é o ativo total.

Capital Imobilizado - é o ativo permanente imobilizado, quer dizer, são os bens de uso que têm
valor relevante e vida útil superior a 1 ano.

Capital Fixo - é o ativo permanente. Para alguns autores, o capital fixo é formado apenas pelo
ativo imobilizado.

Ativo Oculto - a expressão pode ser utilizada para indicar um elemento do ativo que não foi
reconhecido contabilmente ou a subavaliação do ativo. O ativo oculto representa os bens de
titularidade da empresa que não foram lançados em seus registros contábeis.

Ativo Líquido ou Capital Líquido - é o ativo total menos o passivo exigível. É equivalente ao
patrimônio líquido.

Ativo Real - são os elementos do ativo que efetivamente representam moeda ou que nela podem
ser convertidos. Normalmente, é o ativo total menos as despesas antecipadas e diferidas, uma vez
que estas, em regra, não são conversíveis em dinheiro.

Ativo Operacional - corresponde aos elementos do ativo que são aplicados nas atividades usuais
da empresa. É o ativo total menos os investimentos temporários e permanentes, adiantamentos,
empréstimos e demais ativos não usuais na exploração das atividades da sociedade.

Ativo Fixo ou Bens Fixos - é o ativo imobilizado. Alguns autores entendem que é o ativo
permanente total.

Ativo Médio ou Ativo Total Médio - é a média aritmética do ativo num determinado período. Pode
ser anual, semestral, mensal etc.

Bens de Venda - são os bens que a empresa mantém em constante rotatividade no desempenho
de suas atividades, destinando-os à comercialização. É o caso das matérias-primas, dos produtos
em elaboração, dos produtos acabados e das mercadorias.

Bens Numerários - são as disponibilidades financeiras, como, por exemplo, dinheiro em


tesouraria, depósitos bancários de livre movimentação, aplicações de liquidez imediata, cheques
em cobrança.

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Bens de Renda - são os ativos destinados a atividades não usuais da empresa que podem gerar
renda. É o caso dos imóveis destinados à locação e das participações no capital de outras
sociedades.

Patrimônio Bruto - é o ativo total.

Passivo Real - é o passivo total menos o patrimônio líquido. Corresponde ao passivo exigível,
representando as obrigações efetivas da sociedade.

Passivo Fictício - a expressão é utilizada para indicar o valor registrado no passivo exigível que
não corresponde efetivamente a uma obrigação. Exemplo: um valor registrado no passivo exigível
como empréstimo bancário, quando de fato não existiu o empréstimo.

Passivo Não Exigível - é o patrimônio líquido. O passivo não exigível são os recursos do passivo
total que não representam obrigações efetivas.

Créditos de Funcionamento - são as contas a receber, os adiantamentos concedidos e os


valores a compensar decorrentes das atividades normais da empresa. É o caso das duplicatas a
receber por vendas a prazo de mercadorias, dos adiantamentos a fornecedores de mercadorias,
do ICMS e IPI a recuperar.

Créditos de Financiamento - são as contas a receber, os adiantamentos concedidos e os valores


a compensar decorrentes das operações estranhas às atividades da empresa. É o caso de
empréstimos a diretores e adiantamentos a acionistas.

Capital Circulante ou Capital de Giro - é o ativo circulante, vale dizer, os bens e direitos
realizáveis a curto prazo.

Capital Circulante Líquido ou Capital de Giro Líquido- é a diferença entre o ativo circulante e o
passivo circulante (CCL = AC - PC).

Capital Circulante Próprio ou Capital de Giro Próprio - é a diferença positiva entre o ativo
circulante e o passivo circulante.

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EXERCÍCIOS

01- (AFRF/2002/ESAF) Quando a administração de uma entidade solicita, por carta postal, aos
seus clientes que respondam diretamente aos seus auditores independentes, caso não
concorde com o saldo em aberto informado, numa determinada data, tem-se uma
circularização:

a) branca
b) preta
c) positiva
d) negativa
e) atestatória

02- (AFRF/2002/ESAF) No momento da circularização de advogados da empresa auditada, o


objetivo do auditor é

a) identificar todos os compromissos.


b) questionar os ativos e passivos contingentes.
c) identificar todos os passivos contingentes.
d) questionar as chances de sucesso das ações.
e) identificar os valores a serem divulgados.

03- (AFRF/2002/ESAF) Durante o acompanhamento de um inventário físico de estoques, o auditor


deve efetuar o cut-off para:

a) determinar o momento em que os registros contábeis auxiliares, bem como os documentos


com eles relacionados, refletem o levantamento do inventário.
b) comprovar que efetivamente todos os itens a serem inventariados estão adequadamente
acondicionados no almoxarifado da empresa.
c) determinar o momento em que as três últimas compras e as três últimas vendas de
mercadorias ocorreram durante o inventário.
d) comprovar que os procedimentos adotados pela administração para a contagem de
estoques são adequados às práticas usuais.
e) comprovar que os documentos de compras de mercadorias estão suportados por
documentação suporte às necessidades da empresa.

04- (AFRF/2002/ESAF) Durante o trabalho final de auditoria, o auditor identificou algumas


diferenças numéricas em determinadas áreas testadas. Assinale, entre os pontos relacionados
abaixo, o de maior relevância.

a) Diferença de 2% no valor da depreciação anual do imobilizado.


b) Ausência de apropriação pro-rata temporis de receita financeira.
c) Diferença de 5% no valor da provisão para devedores duvidosos.
d) Ausência de contratos de seguros dos veículos e caminhões.
e) Diferença de 5%, considerado imaterial, de conciliação bancária.

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05- (AFC/2002/ESAF) A revisão analítica vem a ser a(o)

a) análise de desvios anormais constatados durante o período de auditoria de acordo com os


valores projetados pelo auditor.
b) obtenção de informação junto à administração com o objetivo de confrontar a exatidão
aritmética dos valores apresentados.
c) acompanhamento de um determinado processo ou procedimento quando de sua execução
por parte da empresa auditada.
d) verificação de comportamento de valores significativos com vistas à identificação de
situação ou tendências atípicas.
e) obtenção de informação junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, dentro
ou fora da entidade auditada.

06- (AFC/2002/ESAF) Os procedimentos de auditoria descritos no programa de trabalho devem ser


aplicados em termos de:

a) oportunidade, controle interno e relevância.


b) volume de saldo, relevância e extensão.
c) natureza, oportunidade e extensão.
d) risco, complexidade e relevância.
e) volume de operações, relevância e saldo.

07- (AFC/2002/ESAF) O pedido de uma confirmação externa, denominada circularização, quando


solicita a confirmação de todas as operações em aberto é denominada:

a) positiva
b) negativa
c) preta
d) branca
e) aberta

08- (AFRF/2001/ESAF) O pedido de confirmação (circularização) no qual o auditor solicita que o


destinatário responda apenas se a informação está errada é usualmente denominado na
atividade de auditoria independente:

a) Positivo
b) Em branco
c) Negativo
d) Em preto
e) Com divergência

09- (AFRF/2001/ESAF) O procedimento de auditoria de verificação do comportamento de valores


relevantes, mediante índices, quocientes e outros meios, visando identificar tendências ou
situações anormais, denomina-se:

a) Revisão analítica
b) Observação
c) Investigação e confirmação
d) Conferência de cálculo
e) Inspeção

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10- (AFRF/2001/ESAF) Para certificar-se que direitos de crédito efetivamente existem em


determinada data, o auditor independente utiliza, principalmente, o procedimento de:

a) conferência de cálculo dos créditos


b) observação de processo de controle
c) inspeção de ativos tangíveis
d) confirmação junto aos devedores
e) revisão analítica dos recebíveis

11- (AFRF/2001/ESAF) A confirmação de assinaturas autorizadas é um procedimento usual de


auditoria aplicado:

a) nos Investimentos
b) nas Contas a Receber
c) nas Contas a Pagar
d) no Ativo Imobilizado
e) no Disponível

12- (AFRF/2001/ESAF) A auditoria das doações e subvenções para investimentos é realizada na


seguinte área do balanço:

a) Despesas Antecipadas
b) Ativo Diferido
c) Contas a Pagar
d) Patrimônio Líquido
e) Receitas e Despesas

13- (AFRF/2001/ESAF) A empresa auditada possui investimento permanente relevante em


subsidiária integral. O principal procedimento de auditoria aplicável é:

a) conferência do cálculo da correção monetária integral


b) conferência do cálculo de equivalência patrimonial
c) confirmação dos investimentos através de circularizações
d) acompanhamento de inventário físico das cautelas de ações
e) exame dos subsídios recebidos para investimentos

14- (AFRF/2001/ESAF) Assinale o melhor procedimento técnico de auditoria para certificar a


adequação do saldo contábil da depreciação acumulada:

a) Inspeção
b) Observação
c) Investigação e Confirmação
d) Revisão Analítica
e) Cálculo

15- (AFRF/2001/ESAF) A confirmação, por escrito, de um fornecedor que mantém estoques da


empresa auditada em seu poder na data-base do balanço:

a) É um procedimento que não deve ser aplicado na auditoria contábil de estoques.


b) Não pode ser aceito pelo auditor como prova de propriedade e existência do ativo.
c) Deve obrigatoriamente ser validado com a realização de inspeção física no local.
d) É um procedimento usual de auditoria independente das demonstrações contábeis.
e) Deve gerar uma ressalva no parecer dos auditores e constar das notas explicativas.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

16- (ISS/NATAL/2001/ESAF) Em razão do método de partida dobrada, diversas contas


patrimoniais e de resultado são inter-relacionadas. Das opções abaixo, assinale a que não
corresponde a esta afirmativa.

a) Vendas - Contas a Receber


b) Compras - Contas a Pagar
c) Estoques - Custo das Mercadorias Vendidas
d) Investimentos - Resultado da Equivalência Pa-trimonial
e) Imobilizado - Provisão para Devedores Duvidosos

17- (ISS/NATAL/2001/ESAF) O sócio-diretor pagou diversos compromissos pessoais com


recursos financeiros da empresa e determinou que tais valores fossem contabilizados como
duplicatas a receber de um determinado cliente. A situação descrita caracteriza-se como:

a) Ativo fictício
b) Ativo oculto
c) Passivo fictício
d) Passivo oculto
e) Ativo intangível

18- (ISS/NATAL/2001/ESAF) No processo de acompanhamento do inventário físico de estoques


de matéria-prima, o auditor constatou a existência de quantidades relevantes de itens que não
constavam dos registros físico-financeiros e contábeis. Neste caso, o auditor pode ter
descoberto

a) ativos e passivos fictícios


b) ativos e passivos ocultos
c) ativos ocultos e passivos fictícios
d) ativos fictícios e passivos ocultos
e) ativos obsoletos e passivos a descoberto

19- (ISS/NATAL/2001/ESAF) No encerramento do exercício social, o balanço patrimonial


apresentava a rubrica contábil “Caixa” com saldo credor. Indique a opção que pode justificar
essa situação.

a) pagamentos a fornecedores não contabilizados


b) empréstimos concedidos não contabilizados
c) recebimentos de numerários não contabilizados
d) adiantamentos recebidos de clientes
e) compras a prazo canceladas

20- (ISS/NATAL/2001/ESAF) Um ajuste contábil proposto pelo auditor independente afetou de


maneira relevante a relação entre capital de terceiros e capital próprio. Assinale a opção que
apresenta os grupos contábeis do balanço patrimonial que poderiam estar envolvidos nesse
evento.

a) Passivo Circulante, Exigível a Longo Prazo e Patrimônio Líquido.


b) Ativo Circulante, Realizável a Longo Prazo e Ativo Permanente.
c) Ativo Circulante e Passivo Circulante.
d) Ativo Permanente e Ativo Total.
e) Passivo Circulante e Ativo Permanente.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

21- (ISS/NATAL/2001/ESAF) Efetuando análises verticais e horizontais das demonstrações de


resultados mensais de uma empresa, o auditor constatou expressivas variações nas margens
operacionais em determinados meses. A fórmula de cálculo utilizada para obter tal margem foi:

a) Lucro Líquido/Vendas Líquidas


b) Lucro Operacional/Vendas Brutas
c) Lucro Líquido/Despesas Operacionais
d) Lucro Operacional/Vendas Líquidas
e) Despesas Operacionais/Vendas Brutas

22- (ISS/NATAL/2001/ESAF) O auditor constatou que o balanço patrimonial da empresa foi


manipulado para apresentar melhor Índice de Liquidez Seca. Indique a opção que apresenta a
evidência do fato.

a) Reclassificação de contas a pagar de curto prazo para longo prazo.


b) Reclassificação de realizável a longo prazo para ativo permanente.
c) Reclassificação de duplicatas descontadas do ativo circulante para passivo circulante.
d) Contabilização de resultado negativo de equivalência patrimonial de investimentos.
e) Avaliação dos estoques pelo princípio contábil do registro pelo valor original.

23- (ISS/NATAL/2001/ESAF) Na análise dos indicadores de atividade da empresa, o auditor


constatou significativa variação no prazo médio de estocagem. Indique a fórmula que o
profissional utilizou para mensurar esse prazo em dias.

a) (Estoque Final/Custo dos Produtos Vendidos Final) x 360


b) (Estoque Inicial/Custo dos Produtos Vendidos do Ano Anterior) x 360
c) (Estoque Médio Anual/Custo dos Produtos Vendidos do Ano) x 360
d) (Estoque Final/Custo dos Produtos Vendidos do Ano) x 12
e) (Estoque Inicial/Custo dos Produtos Vendidos no Ano) x 360

24- (ISS/NATAL/2001/ESAF) O procedimento de auditoria independente que consiste na


obtenção de informações junto às instituições que emprestaram recursos financeiros à
entidade auditada é denominado:

a) revisão analítica
b) testes de observância
c) investigação e confirmação
d) eventos subseqüentes
e) carta de gerência

25- (ISS/NATAL/2001/ESAF) Os exames efetuados por um auditor nos documentos


comprobatórios de despesas de hospedagens e transportes, caracterizam-se como:

a) testes de observância
b) testes de indagação
c) procedimentos analíticos
d) testes substantivos
e) procedimentos de cálculo

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

26- (ISS/NATAL/2001/ESAF) O auditor comparou os valores constantes no orçamento anual,


elaborado pela administração da entidade auditada, com os valores realizados, apresentados
nos balancetes analíticos contábeis. O procedimento de auditoria aplicado, nesse caso,
denomina-se:

a) revisão analítica
b) cálculo
c) observação
d) investigação e confirmação
e) inspeção

27- (AFC/SFC/2000/ESAF) A técnica de auditoria utilizada na obtenção de declaração formal e


independente de pessoas não ligadas à entidade auditada denomina-se:

a) circulação
b) carta de conforto
c) carta gerencial
d) circularização
e) carta de responsabilidade da administração

28- (AFC/SFC/2000/ESAF) Os procedimentos de auditoria mais eficazes para detectar a omissão


de passivos nas demonstrações contábeis são:

a) exame das conciliações bancárias e análise das pendências relevantes


b) confirmação de contas a pagar e inventário físico de mercadorias
c) exames de pagamentos subseqüentes e inventário físico de mercadorias
d) análise da composição dos saldos de fornecedores e outras contas a pagar
e) confirmação de contas a pagar e exames de pagamentos subseqüentes

29- (AFC/SFC/2000/ESAF) No acompanhamento dos inventários físicos de estoques de


materiais, o auditor observou a existência de diversos itens obsoletos. Qual procedimento
deve adotar?

a) Propor a imediata baixa dos estoques para despesas não-operacionais.


b) Propor reclassificação dos itens para outros valores a receber.
c) Propor a imediata baixa dos estoques para o custo dos produtos vendidos.
d) Propor a constituição de provisão para perdas em estoques.
e) Propor a constituição de provisão de créditos de liquidação duvidosa.

30- (AFTN/98/ESAF) A obtenção de informações junto a pessoas ou entidades, para confirmação


de transações, conhecida na atividade de auditoria como "circularização", pode ser de dois
tipos, quanto à forma de resposta:

a) branca e preta
b) aberta e fechada
c) positiva e negativa
d) interna e externa
e) ativa e passiva

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

31- (AFTN/98/ESAF) Os procedimentos de auditoria de conferência de cálculo da equivalência


patrimonial aplicam-se às contas contábeis que registram

a) capital social subscrito e integralizado


b) investimentos permanentes relevantes em controladas
c) capital social subscrito e a subscrever
d) importação de bens do imobilizado em andamento
e) investimentos temporários em ações de empresas

32- (AFTN/98/ESAF) Assinale a opção abaixo que não corresponde a um procedimento


geralmente empregado na auditoria das disponibilidades financeiras das entidades.

a) confirmação de assinaturas autorizadas


b) análise do fluxo de caixa projetado
c) contagem de fundo fixo de caixa
d) confirmação de contas bancárias paralisadas
e) exame documental dos avisos bancários

33- (AFTN/98/ESAF) O procedimento técnico de confirmação não se aplica nos exames de


auditoria de

a) reavaliação de imobilizado
b) saldos de fornecedores
c) saldos de clientes
d) cobertura de seguros
e) passivos contingentes

34- (AFTN/98/ESAF) O auditor realiza o procedimento técnico de inspeção para

a) verificação do comportamento de valores relevantes


b) acompanhamento de processos, no momento da execução
c) conferência da exatidão aritmética de documentos e registros
d) exame de registros, documentos e de ativos tangíveis
e) obtenção de informações junto a terceiros

35- (AFTN/98/ESAF) Assinale a opção que apresenta um procedimento não aplicável à auditoria
dos estoques de materiais de uma entidade.

a) Coordenação e responsabilidade pela realização de contagens físicas.


b) Revisão preliminar das instruções de inventário físico.
c) Exame do "corte" dos documentos de movimentação dos estoques.
d) Verificação da existência de penhoras e/ou hipotecas de itens.
e) Confirmação de materiais em poder de terceiros.

36- (AFTN/98/ESAF) Nos exames de auditoria das contas da demonstração de resultados, os


seguintes procedimentos técnicos não são usualmente aplicados pelos auditores:

a) inspeção e cálculo
b) confirmação e observação
c) conferência de cálculo e registros
d) revisão analítica e inspeção
e) revisão analítica e cálculo

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

o
37- (ISS/FORTALEZA/1998/ESAF) De acordo com a Resolução CFC n 700/91, a obtenção de
informações junto a pessoas ou entidades, externas ou internas, conhecedoras de
determinadas transações ou eventos da entidade auditada, é um procedimento técnico de
auditoria denominado

a) testes de observância
b) revisão analítica
c) transações com partes relacionadas
d) investigação e confirmação
e) carta de responsabilidade da administração

38- (AFTN/1996/ESAF) Das opções abaixo, assinale a que não corresponde a um procedimento
usual de auditoria.

a) Exame físico, inspeção e conferência de cálculo


b) Conferência de cálculo e exame da escrituração
c) Exames dos documentos originais e confirmação
d) Análise do balanço e análise do fluxo de caixa
e) Inspeção, investigação minuciosa e observação

39- (AFTN/1996/ESAF) Assinale a opção que representa alguns procedimentos técnicos básicos
de auditoria, conforme as normas de auditoria independente das demonstrações contábeis.

a) Inspeção, observação, investigação e confirmação.


b) Inspeção, observação e composição de saldos contábeis.
c) Revisão analítica, cálculo e conciliação bancária.
d) Investigação e confirmação, inventário de estoques.
e) Composição e conciliação de saldos de fornecedores.

40- (AFTN/1996/ESAF) A investigação constitui-se em um dos procedimentos da auditoria. Este


deve ser utilizado em qual caso abaixo?

a) Exame do saldo contábil de duplicatas a receber e dos contratos.


b) Exame dos saldos bancários de livre movimentação e dos contratos.
c) Exame de contratos e do saldo de contas a pagar.
d) Exame da variação de saldo de contas a pagar e dos contratos.
e) Exame detalhado das aprovações de baixas de duplicatas incobráveis.

41- (AFTN/1996/ESAF) Para realização da contagem de Caixa, o auditor deverá tomar os cuidados
necessários para que o resultado seja válido. Indique a opção que não representa uma atitude
de zelo do auditor.

a) Realização de contagem sem prévio aviso.


b) Obter declaração formal de devolução dos numerários contados.
c) Anotações da contagem em papel de trabalho.
d) Certificar-se do número de caixas existentes na empresa.
e) Dispensa da presença do responsável pelo caixa, no ato da contagem.

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PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

42- (AFTN/1996/ESAF) A confirmação implica a obtenção de declaração formal e isenta de


pessoas independentes à companhia. Quais dos procedimentos abaixo não estão relacionados
com os exames de confirmação.

a) Seleção criteriosa dos itens, por serem examinados através do procedimento de


confirmação.
b) Controle dos pedidos de confirmação, por serem despachados aos destinatários.
c) Procedimento alternativo de verificação para as respostas de confirmações não recebidas.
d) As respostas do pedido de confirmação devem ser endereçadas à empresa auditada.
e) Confirmações obtidas pessoalmente, nos casos julgados apropriados pelo auditor.

43- (AFTN/1996/ESAF) Assinale a opção que representa um objetivo exclusivo de auditoria das
contas contábeis representativas do Ativo Imobilizado de uma empresa.

a) determinar a existência física e estado geral de conservação.


b) determinar se pertence à empresa ou a terceiros.
c) verificar se foram aplicados os princípios fundamentais de contabilidade.
d) constatar e divulgar a existência de itens penhorados ou de uso restrito.
e) constatar a adequação dos cálculos e registros contábeis das depreciações.

44- (AFTN/1996/ESAF) Indique a opção que não representa um ponto forte dos controles internos
das disponibilidades financeiras da empresa, considerando a execução dos trabalhos de
auditoria das demonstrações contábeis.

a) Segregação de funções entre controles bancários e registros contábeis.


b) Sistema formal de autorizações de emissões de ordens de pagamento.
c) Sistema de fundo fixo de caixa para pagamentos de pequena monta.
d) Contagem física dos cheques emitidos no exercício social auditado.
e) Assinatura dos cheques, sempre, por duas pessoas independentes.

GABARITO

01 - D 12 - D 23 - C 34 - D
02 - C 13 - B 24 - C 35 - A
03 - A 14 - E 25 - D 36 - B
04 - E 15 - D 26 - A 37 - D
05 - D 16 - E 27 - D 38 - D
06 - C 17 - A 28 - E 39 - A
07 - E 18 - B 29 - D 40 - E
08 - C 19 - C 30 - C 41 - E
09 - A 20 - A 31 - B 42 - D
10 - D 21 - D 32 - B 43 - E
11 - E 22 - A 33 - A 44 - D

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