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RAZÃO DE ELONGAÇÃO
De acordo com Lopes (2016, p. 24), a razão de elongação relaciona a área bacia e
o seu comprimento axial. Este índice determina o quão alongada é a bacia, sendo que
quanto maior for o seu valor mais alongada será a bacia. Determina-se a razão de
elongação a partir de:
DENSIDADE DE DRENAGEM
Expressa a relação entre o comprimento total dos cursos d’água e a área da bacia.
Serve como um indicativo da eficiência do sistema de drenagem e pode ser usado como
um parâmetro de avaliação do tempo de concentração. Nota-se que, quanto maior for a
densidade de drenagem, mais eficiente será o sistema de drenagem, consequentemente,
mais rápido a água chegará ao exutório da bacia, e menor será o tempo de concentração.
A densidade de drenagem é dada por:
Segundo Villela e Mattos (1975, p. 16), esse índice varia de 0,5 Km/Km2, para
bacias com drenagem pobre, a 3,5 ou mais, para bacias excepcionalmente bem drenadas.
ÍNDICE DE RUGOSIDADE
Indicativo da relação entre o escoamento superficial e o potencial erosivo da área
estudada. De acordo com Trajano (2012), quanto maior for esse valor mais a bacia estará
sujeita a degradação por erosão. O cálculo do índice de rugosidade é feito a partir da
expressão:
𝐾𝑚
𝐼𝑟 = 𝑎𝑚𝑝𝑙𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑡𝑖𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 (𝐾𝑚) 𝑥 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚( )
𝐾𝑚2
Onde: Lrp: comprimento do rio principal Dv: distância vetorial entre os pontos
extremos do curso principal
𝐼𝑠 = 100𝑥(𝐿𝑟𝑝 − 𝐷𝑣)/𝐿𝑟𝑝
Onde: Lrp: comprimento do rio principal Dv: distância vetorial entre os pontos
extremos do curso principal
TEXTURA DE TOPOGRAFIA
“Este parâmetro apresenta o grau de dissecação ou entalhamento de uma
superfície do terreno.” (CARVALHO, 2017, p. 56). Dessa forma, nota-se que à medida
que o valor da textura de topografia aumenta, a distância entre os canais de drenagem
também aumenta, e se diz que a textura é considerada “grosseira”. Além disso, segundo
Freitas (1952, p. 56), o seu valor determina o estágio do ciclo de erosão, sendo que valores
menores indicam que o ciclo de erosão ainda se encontra em estágio inicial. A textura de
topografia é calculada a partir de:
COEFICIENTE DE MANUTENÇÃO
De acordo com Christofoletti (1980, p. 117), “esse índice representa a área mínima
necessária para a manutenção de um metro de canal de escoamento”; sendo considerado
um dos parâmetros mais relevantes na caracterização do sistema de drenagem. A
expressão para o cálculo do coeficiente de manutenção é dada por:
1
𝐶𝑚 = . 1000
𝐷𝑑
1
𝐸𝑝𝑠 =
2𝐷𝑑
TEMPO DE CONCENTRAÇÃO
De acordo com Silveira (2005, p. 5), o tempo de concentração é o tempo
necessário para que a toda a bacia esteja contribuindo na seção de saída. Utilizando a
fórmula de Kirpich Modificada, que segundo Silva (2011, p. 59) é indicada para bacias
com mais de 100 ha, temos que o tempo de concentração é dado por:
0,385
𝐿3
𝑡𝑐 = 85,2 ( )
𝐻
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Ana Paula Pereira. Mapeamento geoambiental do município de
Delfinópolis (MG). Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. 2ed. São Paulo: Edgard Blucher Ltda, 1980
DA SILVEIRA, André Luiz Lopes. Desempenho de formulas de tempo de
concentração em bacias urbanas e rurais. 2005.
DE GOUVEIA SOUZA, Celia Regina. Suscetibilidade morfométrica de bacias de
drenagem ao desenvolvimento de inundações em áreas costeiras. Revista Brasileira
de Geomorfologia, v. 6, n. 1, 2005.
DE SOUZA, Camila Furlan et al. Caracterização Morfométrica da bacia
hidrográfica do Rio Ivaí-Paraná. Geoambiente On-line, n. 29
LOPES, Iug. Caracterização morfométrica e uso do solo da Bacia Hidrográfica Do
Rio Pontal. 2016. 59f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Agrícola) - Universidade
Federal do Vale do São Francisco, Campus Juazeiro, Juazeiro-BA, 2016..
SILVA, Rafael Cerqueira. Análises morfométricas e hidrológicas das bacias
hidrográficas do Córrego Teixeiras, Ribeirão das Rosas e Ribeirão Yung, afluentes
do Rio Paraibuna, município de Juiz de Fora/MG. Monografia (Especialização).
Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, 2011.
TRAJANO, S. R. R. S.; SPADOTTO, C. A.; HOLLER, W. A.; DALTIO, J.;
MARTINHO, P. R. R.; FOIS, N. S.; SANTOS, B. B.O.;TOSCHI, H. H.; LISBOA F. S.
Análise morfométrica de bacia hidrográfica – subsídio à gestão territorial estudo
de caso no alto e médio Mamanguape. Campinas, SP: EMBRAPA, 2012. 35p.
(Boletim).
VILLELA, Swami Marcondes; VILLELA, Swami Marcondes. Hidrologia
aplicada. São Paulo: McGraw-Hill, Inc. c1975. 245p. ISBN 007 090149 (broch.).