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Integração Numérica
Ouro Preto
2009
Depto de Computação – Instituto de Ciências Exatas e Biológicas – Universidade Federal de Ouro Preto
Integração Numérica
1 - Introdução
No Cálculo Diferencial e Integral estuda-se o conceito de integral definida e como calculá-la
por meio de processos analíticos. Os resultados obtidos correspondem a áreas ou volumes
de figuras geométricas, dependendo do tipo de integral.
O objetivo deste capítulo é a apresentação de métodos numéricos para o cálculo de inte-
grais definidas próprias, ou seja, dada uma função y = f(x), avaliar
b
I(f ) f ( x ).dx (1.1)
a
b
I(f ) f ( x ).dx F(b) - F(a) (1.2)
a
2
p 4.b. 1 - k 2 .sen 2 ( t ) .dt
0
1 - k 2 .sen 2 ( t ) .dt
é conhecida como integral elíptica do primeiro tipo, e não admite uma primitiva que resulte
da combinação finita de funções elementares. Em outras palavras, não há uma fórmula fe-
chada para o perímetro da elipse.
A Física está repleta de conceitos definidos por meio de integração. Por exemplo, os movi-
mentos unidimensionais, isto é, movimentos num espaço cuja posição possa ser determinada
por apenas uma coordenada. Pode ser o movimento de uma partícula numa reta, um carro
numa estrada, um pêndulo simples, etc.
Para avaliar o período de um pêndulo em função da amplitude do movimento é necessário
resolver uma integral elíptica do segundo tipo, que não pode ser expressa como uma com-
binação finita de funções elementares. Portanto não há uma fórmula fechada para o período
do pêndulo em função da amplitude do movimento.
A integração numérica se presta, também, para calcular constantes matemáticas. Por exem-
plo, o número π, que é definido como sendo a área do círculo de raio unitário. Como para o
1
2. 1 - x 2 dx
1
Neste caso, é até possível determinar uma primitiva para o integrando, mas o problema é
que essa primitiva acabará sendo expressa em termos de π. Pode-se mostrar teoricamente
que o lado direito é igual ao esquerdo, obtendo-se a equação π = π!!!! O valor numérico de
π só poderá ser obtido, no entanto, se for feita a integração precisa da função no integran-
do.
Outro exemplo vem da Teoria das Probabilidades. A distribuição de probabilidades mais
comum na natureza é dada pela função
1 (t - ) 2
P, (t) exp -
. 2. 2. 2
b
P, (t).dt
a
2
Acontece que e x é uma função cuja primitiva não pode ser expressa como uma combi-
nação finita de funções elementares. Em probabilidade, como é muito freqüente o uso dessa
integral, adotam-se tabelas com precisão limitada, mas razoável, que servem para a maioria
dos propósitos. Essas tabelas podem ser facilmente montadas com a utilização dos métodos
de integração numérica que serão tratados neste texto.
Outro exemplo são os casos em que há a necessidade de se trabalhar com dados experimen-
tais. Nesta situação, não há funções matemáticas que descrevem um fenômeno físico, mas
apenas tabelas de dados que devem ser integrados para se analisar o problema. O tratamen-
to é feito, essencialmente, de forma numérica.
Os exemplos apresentados ilustram bem porque é necessário utilizar métodos numéricos no
cálculo de integrais definidas.
Por razões históricas, as fórmulas de integração numérica também são denominadas “qua-
dratura numérica”, pois foi com o problema da quadratura do círculo que Arquimedes fez
os primeiros cálculos usando a noção de integral.
Conforme ilustrado nos exemplos apresentados anteriormente, na resolução de uma integral
definida várias situações podem ocorrer:
(i) a determinação da primitiva F pode ser difícil;
(ii) a função a integrar pode não admitir uma primitiva F que possa ser escrita como uma
combinação finita de funções elementares;
(iii) a função a ser integrada pode não ser conhecida na sua forma analítica mas, apenas, em
um conjunto de pontos (xi, yi), i = 0, 1, ... n.
A chave para a solução do problema é, essencialmente, aproximar a função integranda, f,
por outra função cujo integral seja fácil de calcular. Este objetivo é alcançado substituindo f
pelo polinômio que a interpola em um conjunto de pontos (xi, yi), i = 0, 1, ..., n, pertencen-
tes ao intervalo [a, b]. Sendo p este polinômio, é razoável esperar que
b
I(p) px .dx
a
seja, sob certas condições, um valor aproximado de I(f). O erro cometido neste processo é
O resultado (1.3) se justifica pela linearidade do operador de integração. Como pode ser
observado, o erro depende da maior ou menor aproximação do polinômio p a f. Adiante
serão apresentadas estimativas desta importante grandeza.
2 – Fórmulas de Newton-Cotes
As fórmulas de Newton-Cotes podem ser:
(a) do tipo fechado: tais fórmulas são aquelas em que todos os pontos estão no intervalo
de integração [a, b], e x0 = a e xm = b são os extremos.
(b) do tipo aberto: nestas fórmulas todos os pontos estão no intervalo, [a, b], de integra-
ção, porém a função integranda, y = f(x), não é avaliada em ambas as extremidades do
intervalo, mas em pontos próximos. São utilizadas quando a função integranda apresen-
ta descontinuidades nos extremos do intervalo de integração, ou seja, têm utilidade na
análise de integrais impróprias.
Neste texto serão estudadas as Fórmulas de Newton-Cotes do tipo fechado. Estas fórmulas
permitem calcular, por aproximação, uma integral definida substituindo a função a ser inte-
grada pelo polinômio com diferenças finitas ascendentes que a interpola em um conjunto de
pontos (xi, yi), i = 0, 1, ..., n; onde a = x0 e b = xn. Sendo assim, é necessário que as abscis-
sas dos pontos sejam eqüidistantes. Sabe-se que este polinômio é dado por:
z( z 1) 2 z( z 1)(z 2) 3
p( x 0 h.z) y 0 z.y 0 y0 y 0 ...
2! 3!
z( z 1) ... [z (n 1)] n (2.1)
y0
n!
e que
x - x0
z .
h
x = x0 + h.z dx = h.dz.
x -x
Para x = x0 z 0 0 z 0
h
x n - x 0 n.h
Para x = xn z zn
h h
Notas de aulas de Cálculo Numérico – Integração Numérica 5
Depto de Computação – Instituto de Ciências Exatas e Biológicas – Universidade Federal de Ouro Preto
b
I f ( x ).dx onde a = x0 e b = xn
a
n
I p(x 0 h.z).h.dz
0
n
I h. p(x 0 h.z).dz (2.2)
0
Definição 2.1
Uma regra de integração diz-se de grau de exatidão n se integrar, exatamente, todos os
polinômios de grau menor ou igual a n e existir pelo menos um polinômio de grau n + 1 que
não é integrado exatamente por esta regra.
Teoricamente, existe um número infinito de regras de integração, uma vez que é possível
atribuir a n qualquer valor inteiro positivo maior ou igual um. Normalmente, por razões que
serão explicitadas mais adiante, são considerados os casos em que n é igual a um, dois e
três.
1
I h. [ y 0 zy 0 ] dz
0
1
z2 y 0
I h.zy 0 y 0 h y 0 (2.3)
2 0 2
Sabe-se que
y0 = y1 – y0 (2.4)
h
I y 0 y1 (2.5)
2
Que é a Regra dos Trapézios na sua fórmula simples. Na figura 2.1 é apresentada a inter-
pretação geométrica desta regra. Como se sabe, calcular uma integral definida corresponde
a avaliar a área sob a curva da função integrada, no intervalo de integração. No caso, a área
sob a curva de f, no intervalo [a = x0, b = x1] foi estimada com sendo a área sob uma reta e
que, conforme mostra a figura 2.1, é a área de um trapézio.
h 3 ''
ET f ( c) c [ x 0 , x 1 ] (2.6)
12
h
I y 0 y1 h y1 y 2 .......... h y n 1 y n
2 2 2
Resultando em:
h
I y 0 2.y1 2.y 2 ... 2.y n 1 y n (2.7)
2
O erro resultante é a soma dos erros cometidos na aplicação da Regra dos Trapézios em
cada uma das n partes na qual o intervalo de integração foi dividido, e é dado por:
(x n x 0 )3 ''
ET .f (c) x0 c xn (2.8)
12n 2
Note-se que a expressão do erro associado à Regra dos Trapézios permite afirmar, como já
era esperado, que esta tem grau de exatidão igual a um.
Ocorre que o número c não é conhecido, portanto, tal como é, o resultado (2.8) não pode
ser utilizado. Sendo assim, o erro cometido é estimado por meio de (2.8.a), ou seja, na for-
ma de erro de truncamento máximo.
(x n x 0 ) 3
ET max f ' ' ( x ) x0 x xn (2.8.a)
2
12n
Exemplo 2.1
3,2
Sendo f(x) = ln(x + 2) -1, estime I f(x).dx , utilizando a Regra dos Trapézios, de modo
2
Solução
1
Tem-se que f ' ' ( x ) - cujo módulo é máximo, no intervalo [2; 3,2], para x = 2 e
(x 2) 2
|f ‘’(2)| = 0,0625. Fazendo as substituições em (2.8.a), vem:
(3,2 2) 3
ET .0,0625 0,0004 n 4,7 n = 5
12n 2
Portanto, o intervalo de integração deve ser dividido em 5 partes, sendo assim, h = 0,24.
i xi yi ci
0 2,00 0,3863 1
Tendo em vista que:
1 2,24 0,4446 2
2 2,48 0,4996 2 h
3 2,72 0,5518 2
I y 0 2.y1 2.y 2 2.y 3 2.y 4 y 5
2
4 2.96 0,6014 2
5 3,20 0,6487 1
Obtém-se que:
5
c i .y i 5,2298
i0
Como
h 5 0,24
I
2 i0
c i .y i I
2
.5,2298 I = 0,6276
Observação
Utilizando o Cálculo Diferencial e Integral e quatro casas decimais, é obtido o seguinte re-
sultado:
3,2
2
z(z 1) 2
I h. [ y 0 zy 0 y 0 ] dz
2
0
Tem-se, então:
2
z2 z3 z 2 2
I h z.y 0 .y 0 . y 0
2 6 4
0
1
I h 2 y 0 2 y 0 2 y 0 (2.9)
3
Tem-se que:
y 0 y 1 y 0 (2.10)
2 y 0 y1 y 0 y 2 y1 ( y1 y 0 )
2 y 0 y 2 2 y1 y 0 (2.10.a)
h
I f ( x 0 ) 4f ( x1 ) f ( x 2 ) (2.11)
3
h 5 ( IV )
E S1 f (c ) c [ x 0 , x 2 ] (2.12)
90
h
I y 0 ) 4.y1 y 2 h y 2 4.y 3 y 4 ........ h y n 2 4.y n 1 y n
3 3 3
Resultando em:
h
I .[ y 0 4.y1 2.y 2 4.y 3 2.y 4 ....... 2.y n 2 4.y n 1 y n ] (2.13)
3
O Erro de truncamento resultante da integração pela Primeira Regra de Simpson – Fórmula
Composta é dado por:
(x n x 0 ) 5 ( IV )
E S1 - f (c ) c [ x 0 , x n ] (2.14)
180n 4
Uma vez que ponto c não é conhecido, a expressão (2.14) é aproximada pela expressão
(2.15). ), ou seja, na forma de erro de truncamento máximo.
(x n x 0 ) 5
E S1 max f ( IV ) ( x ) x [x 0 , x n ] (2.15)
4
180n
Uma vez que a Primeira Regra de Simpson foi obtida pela aproximação da função integran-
da por um polinômio de segundo grau, seria de esperar que tivesse grau de exatidão dois.
No entanto, a expressão obtida para o erro mostra que esta regra tem grau de exatidão três,
isto é, é exata sempre que a função a integrar é um polinômio de grau menor ou igual a três.
Exemplo 2.2
O PROCON tem recebido reclamações com relação ao peso dos pacotes de açúcar de 5kg.
Com a finalidade de verificar a validade das reclamações, foi coletada uma amostra de 100
pacotes. Com isto, chegou-se à conclusão de que para determinar a probabilidade de um
pacote de um açúcar pesar menos do que 5kg deve ser avaliada a expressão a seguir.
2
1,8 x
1
F 0,5 . e 2 .dx
2. 0
i xi yi ci
0 0,0 1 1
Tendo em vista que:
1 0,3 0,9560 4
2 0,6 0,8353 2 h
3 0,9 0,6670 4
I y 0 4.y1 2.y 2 4.y 3 2.y 4 4.y 5 y 6
3
4 1,2 0,4868 2
5 1,5 0,3247 4
6 1,8 0,1979 1
Obtém-se que:
6
c i .y i 11,6325
i0
Como
Notas de aulas de Cálculo Numérico – Integração Numérica 13
Depto de Computação – Instituto de Ciências Exatas e Biológicas – Universidade Federal de Ouro Preto
h 6 0,3
I
3 i0
c i .y i I
3
.11,6325 I = 1,1633
1
F 0,5 .1,1633 F = 0,9640
2.
O erro de truncamento máximo cometido no cálculo da integral é dado por (2.15). Verifica-
se que:
x2
'
-
f ( x ) - x.e 2
x2
-
f ' ' (x ) e 2 .( x 2 - 1)
x2
-
f ' ' ' (x ) e 2 .(3 - x 3 )
x2
( IV )
-
f ( x) e 2 .( x 4 - 6.x 2 3) (2.16)
Gráfico 2.1
Conforme pode ser observado no gráfico 2.1, |f(IV)(x)| atinge o seu máximo no intervalo [0;
1,8], para x = 0. Verifica-se que | f ( IV ) (0) | 3
(1,8 0) 5
E S1 3 E S1 0,000243
180.6 4
3
z( z 1) 2 z( z 1)( z 2) 3
I h. y 0 z.y 0 y0 y 0 .dz
2! 3! (2.17)
0
Tem-se que:
y 0 y 1 y 0 (2.18)
2 y 0 y 2 2 y1 y 0 (2.19)
3 y 0 y 2 2 y1 y 0 y 3 y 2 2.( y 2 y1 ) y1 y 0
3h
I y 0 3y1 3y 2 y 3 (2.21)
8
O erro de truncamento resultante da integração pela Segunda Regra de Simpson é dado
por:
3h 5 ( IV )
E S2 - f ( c) c [ x 0 , x 3 ] (2.22)
80
3h
I y 0 3.y1 3.y 2 y 3 3h y 3 3.y 4 3.y 5 y 6 ... 3h y n 3 3.y n 2 3.y n 1 y n
8 8 8
Resultando em:
3h
I [ y 0 3.y1 3.y 2 2.y 3 3.y 4 3.y 5 2.y 6 .... 3.y n 2 3.y n 1 y n ] (2.18)
8
( x n x 0 ) 5 ( IV)
E S2 - f ( c) c [ x 0 , x n ] (2.23)
80n 4
Como o ponto c não é conhecido, a expressão (2.23) pode ser aproximada pela expressão
(2.24).
(x n x 0 ) 5
E S2 max f ( IV ) ( x ) x [x 0 , x n ] (2.24)
4
80n
Este resultado mostra que a Segunda Regra de Simpson tem grau de exatidão igual a três.
Exemplo 2.3
Um tanque esférico de raio R = 5 m está cheio com água.. A água será drenada através de
um orifício de raio r = 0,1 m situado no fundo do tanque. A variação do nível, h, da água
com o tempo, t, em segundos, é dada pela relação:
R2 - h2
dt dh
r 2 2g h R
Solução
Fazendo as substituições tem-se que
25 - h 2
dt dh
0,01 19,62h 5
Como o raio do tanque é 5m, inicialmente o nível da água, em relação ao fundo, é 10m.
Portanto, a integral a ser calculada é
1
25 - h 2
t 0,01 dh
10
19,62h 5
i zi yi ci
0 10 - 437,19 1
1 9 -337,89 3
2 8 -244,20 3
3 7 -156,41 2 9
4 6 -74,88 3 c i .y i - 1.443,56
5 5 0,00 3 i0
6 4 67,73 2
7 3 127,71 3
8 2 179,19 3
9 1 221,20 1
3.h
t y 0 3.y1 3.y 2 2.y 3 3.y 4 3.y 5 2.y 6 3.y 7 3.y 8 y 9 , então
8
3.h 9 3.(- 1)
t
8 i0
c i .y i t
8
. (-1.443,56) t = 541,34s
3 – Integração dupla
Sendo z = f(x , y), uma função tabelada nos intervalos x0 x xn e y0 y ym , pode-se
calcular a integral dupla
xn y m
I f ( x , y) dydx
x 0 y0
x ym
I n dx f ( x , y)dy (3.1)
x0 y0
Faça-se, então:
ym
G(x) f ( x, y)dy (3.2)
y0
x
I n G ( x )dx (3.3)
x0
Observe-se que (3.2) e (3.3) são duas integrais simples. Portanto, podem ser resolvidas uti-
lizando-se as regras de integração estudadas. Resolver (3.3) corresponde a integrar em x, e
o resultado é da forma:
n
I kx a i G (x i ) (3.4)
i0
Para determinar G(xi), i = 0, 1, 2, ..., n basta resolver (3.2), o que corresponde a integrar em
y, e o resultado é:
G(xi) = ky[b0f(xi, y0) + b 1f(xi, y1) + b2f(xi, y2) +… b mf(xi, ym)], i = 0, 1, ..., n
m
G(x i ) k y b j .f ( x i , y j ) (3.5)
j0
n
m
I k x .k y a i .b j .f ( x i .y j ) (3.6)
j0
i0
A expressão (3.6) mostra que o valor da integral é igual ao produto das frações de h, de
cada regra de integração utilizada, que multiplica a soma dos produtos dos coeficientes de
cada regra de integração pela imagem da função nos pontos (x , y) tabelados.
Exemplo 3.1
sen(x.y) 0,9 0,5
Sendo f ( x , y) estime I = 0,1 0,2 f(x, y) dy.dx com h x 0, 2 e h y 0,1 . Con-
x2 y
sidere, nos cálculos, quatro casas decimais.
Solução:
0,5 0,2
m 3 (subdivisões em y) 2a regra de Simpson
0,1
b) O quadro a seguir apresenta uma forma de organizar os cálculos.
j 0 1 2 3
yj 0,2 0,3 0,4 0,5
bj
i xi ai 1 3 3 1
1 3 3 1
0 0,1 1
0,0952 0,0968 0,0975 0,0980
4 12 12 4
1 0,3 4
0,2068 0,2305 0,2443 0,2533
2 6 6 2
2 0,5 2
0,2219 0,2717 0,3056 0,3299
4 12 12 4
3 0,7 4
0,2022 0,2639 0,3105 0,3464
1 3 3 1
4 0,9 1
0,1773 0,2403 0,2911 0,3320
= 24,0722
ai x bj
f(xi, yj)
Tem-se então
0,2 3
c) I h x . 3 .h y . = . .0,1.[24,0722] I 0,0602
3 8 3 8
Exemplo 3.2
1 4 2
Sendo f ( x , y) estime I f (x, y) dy.dx com h x 0,2 e h y 0,25 . Consi-
( x y) 2 3 1
2 1
m 4 (subdivisões em y) 1a regra de Simpson
0,25
j 0 1 2 3 4
yj 1,0 1,25 1,50 1,75 2
bj
i xi ai 1 4 2 4 1
1 4 2 4 1
0 3 1 0,0625 0,0554 0,0494 0,0443 0,0400
2 8 4 8 2
1 3,2 2 0,0567 0,0505 0,0453 0,0408 0,0370
2 8 4 8 2
2 3,4 2 0,0517 0,0463 0,0417 0,0377 0,0343
2 8 4 8 2
3 3,6 2 0,0473 0,0425 0,0385 0,0349 0,0319
2 8 4 8 2
4 3,8 2 0,0434 0,0392 0,0356 0,0325 0,0297
1 4 2 4 1
5 4,0 1 0.0400 0,0363 0,0331 0,0303 0,0278
= 4,9027
Tem-se então
h 1 0,2 0,25
I x . .h y . = . .[ 4,9027] I = 0,0409
2 3 2 3
Comentários finais
(i) Comparando as expressões dos erros, verifica-se que as fórmulas de Simpson têm ordem
de convergência h4, enquanto que a Regra dos Trapézios é da ordem h2. Assim, as regras
de Simpson possuem a mesma ordem de convergência e, portanto, ambas convergem pa-
ra o resultado exato da integral com a mesma velocidade, e mais rapidamente do que a
regra dos Trapézios, quando h → 0.
(ii) Embora a Primeira Regra de Simpson tenha sido obtida por meio da integração do poli-
nômio interpolador de grau dois, ela é exata, também, para polinômios de grau três, visto
que, na fórmula do erro, aparece a derivada quarta da função. Pode ser demonstrado
que, se n é par, então as fórmulas de Newton-Cotes do tipo fechado têm grau de exati-
dão (n + 1).
(iii) Para obter o resultado de uma integral com uma determinada precisão, pode-se impor
que o erro, em módulo, seja menor que 0,5 x 10 - k, onde k é o número de casas decimais
corretas que se deseja e, assim, determinar em quantas partes deverá se dividido o inter-
valo de integração. Outra alternativa é ir aumentando o número de pontos e comparando
dois resultados consecutivos até que seja obtida a precisão desejada. Este segundo pro-
cedimento é o mais comumente utilizado.