Vous êtes sur la page 1sur 26

TERATOGÊNESE NA GESTAÇÃO

DRA ELIZA CANGUSSU

Dra Eliza Cangussu


@draelizacangussu
Teratologia
Como teratologia entende-se o ramo da ciência médica
preocupado com o estudo da contribuição ambiental no
desenvolvimento pré-natal alterado.

> estudos na década de 1960 - tragédia talidomida


teratologia
> Estima-se que um ser humano possa estar exposto a
aproximadamente 5 milhões de diferentes substâncias
químicas, mas destas, cerca de 1.500 foram testadas em
animais e pouco mais de 30 são comprovadamente teratogênicas
no homem.
teratologia
> Dificuldades de investigação da teratogenicidade nos
humanos.

> A raridade da maioria dos defeitos congênitos torna


difícil a rápida identificação de um novo teratógeno.
teratogênico
Um agente teratogênico é definido como qualquer substância,
organismo, agente físico ou estado de deficiência que,
estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz
uma alteração na estrutura ou função da descendência.

> químico: fármacos, drogas, tabaco.

> físico: radiação ionizante, altas temperaturas.

> biológico: microorganismos, principalmente os vírus.

> estado de deficiência: baixas taxas de acido fólico.


Uma fração significativa das crianças com defeitos
congênitos têm etiologia ambiental. Desta forma, é muito
importante que se tenha conhecimento destas causas não
herdadas de defeitos congênitos bem como suas potenciais
interações com os fatores genéticos e suas implicações para
a saúde humana,crescimento e desenvolvimento.
Estima-se que cerca de 15% de todas as gestações
reconhecidas terminem em aborto e que de 3% de todos os
recém-nascidos vivos apresentem algum defeito congênito.

Nas perdas gestacionais estima-se uma contribuição de causas


cromossômicas em mais de 50% dos abortamentos espontâneos.

Com relação aos defeitos congênitos causas genéticas parecem


ser responsáveis por 15-20% destes, fatores ambientais são
reconhecidamente responsáveis por 7%, 20% são de etiologia
multifatorial mas em mais de 50% dos casos a causa permanece
desconhecida
agente teratogênico
É externo ao genoma. Produz uma alteração na estrutura ou na
função da descendência.

É tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto


durante a gravidez e causar:

> perda da gestação

> malformações ou alterações funcionais (restrição de


crescimento, por exemplo)

> distúrbios neuro-comportamentais, como retardo mental.


Consequências de um teratógeno
Os teratógenos agem através de um número relativamente limitado
de mecanismos patogênicos, produzindo:

> morte celular

> alterações no crescimento dos tecidos

> interferência na diferenciação celular ou em outros processos


morfogenéticos.

Estes mecanismos afetam eventos básicos do organismo em


desenvolvimento e geralmente suas conseqüências atingirão mais
de um tecido ou órgão.
QUE AGENTES PODEM SER TERATOGÊNICOS ?
- Medicamentos: talidomida, ácido retinóico, hidantoinatos

- Drogas: álcool, tabaco, cocaína

- Físicos: radiações tipo raio-X, hipertermia (febre)

- Doenças maternas: diabetes, epilepsia, fenilcetonúria

- Outros agentes: vacinas, poluição ambiental, algumas


ocupações
Princípios básicos de teratologia:
A ação de um agente teratogênico sobre o embrião ou feto em
desenvolvimento dependerá de diversos fatores destacando-se
(Wilson, 1977):

(1) estágio de desenvolvimento do concepto

(2) relação entre dose e efeito

(3) genótipo materno-fetal

(4) mecanismo patogênico específico de cada agente


estágio de desenvolvimento do concepto
A susceptibilidade a agentes teratogênicos varia segundo o
estágio de desenvolvimento do concepto no momento da
exposição. Se esta ocorre nas duas primeiras semanas após a
concepção, produz-se um efeito de tudo-ou-nada, ou seja,
pode haver letalidade do embrião ou nenhuma anomalia; o
período de organogênese entre a 3a. e a 8a. semana é o mais
crítico com relação às malformações; após isto, os efeitos
se produzem principalmente em sistema nervoso central (que
continua se diferenciando), como também sobre o crescimento
fetal.
relação entre dose e efeito
As manifestações do desenvolvimento anormal aumentam à
medida que se incrementa a dose do agente, variando desde
nenhum efeito, passando pelos danos funcionais e
malformações até a morte do concepto;
genótipo materno-fetal
A heterogeneidade genética, tanto da mãe como do feto, pode
conferir maior susceptibilidade ou resistência à
manifestação de um determinado agente. Os defeitos de
fechamento de tubo neural (espinha bífida) são um bom
exemplo de defeitos nos quais a susceptibilidade genética
desempenha importante fator.
mecanismo patogênico específico de cada agente
Os agentes teratogênicos atuam por mecanismos específicos
sobre as células e tecidos em desenvolvimento, por exemplo:

> alterando o crescimento de um tecido,

> interferindo com a diferenciação celular ou morfogênese


fetal

> provocando a morte celular.


food and drug administration
Dificuldade de se
estabelecer, ainda com
precisão a ação e a
repercussão das drogas,
como quer a medicina
baseada em evidências, a
FDA(Federal Register, 1980;
44:37434-67) distribuiu os
medicamentos nas seguintes
categorias:
food and drug administration
> Cateroria A: Estudos controlados em mulheres não
demonstraram risco para o feto no primeiro ou demais
trimestres. A possibilidade de teratogênese é remota.

> Categoria B: Estudos de reprodução animal não demonstraram


risco fetal, mas não há estudos controlados no ser humano;
ou estudos em reprodução animal demonstraram efeitos
adversos que não foram confirmados em estudos controlados no
ser humano nos vários trimestres.
drug and food administration
> Categoria C: Relatos em animais revelaram efeitos adversos
no feto. Não há estudos controlados em mulheres ou em
animais. As drogas podem ser ministradas somente se o
benefício justificar o potencial teratogênico.

> Categoria D: Há evidência positiva de risco fetal humano,


porém, os benefícios do uso em gestantes podem ser
aceitáveis.

> Categoria X: Estudos em animais ou seres humanos revelaram


efeitos deletérios sobre o concepto que ultrapassam os
benefícios. O fármaco está contra-indicado durante a
gestação e em mulheres que pretendam engravidar.
Risco de teratogênese:
A – Estudos controlados não mostraram risco: 0,7% dos
medicamentos

B – Não há evidência de risco no ser humano: 19% dos


medicamentos

C – O risco não pode ser afastado; aqui estão incluídos


fármacos recentemente lançados no mercado e/ou ainda não
estudados: 66% dos medicamentos

D – Há evidência positiva de risco: 7,0% dos medicamentos

X – Contra-indicados na gravidez: 7,0% dos medicamentos


gestação - queixas frequentes:
Dores

Dispepsia

Náuseas

Vômitos

Febre

Edema

Infecções
na prática...
> Categorias A e B usadas com
tranquilidade.

> Categoria C - efeito x


benefício - ex: antirretrovirais
em gestantes HIV positivas.

> Categoria D - raramente usar -


ex: fenitoína, fenobarbital,
carbamazepina em gestantes
epilépticas.

> Categoria X - nunca usar


mais informações
No Brasil, existe uma rede nacional, o Sistema Nacional de
Informações sobre Agentes Teratogênicos (SIAT), operando
desde 1990 com serviços gratuitos em Porto Alegre, Rio de
Janeiro, Campinas, Salvador, Fortaleza e Juazeiro do Norte.

Alguns sites úteis para consulta:

SIAT Porto Alegre: http://gravidez-segura.org

Motherisk (Canadá): www.motherisk.org

Organization of Teratology Information Specialists:


http://otispregnancy.org/hm/
> 436 paginas

- uso de plantas na gravidez


- exposição ocupacional
- fórmulas emagrecedores
- infecções congênitas
- radiação
- contaminantes ambientais
- exposição paterna
- doenças maternas crônicas
- vacinação

Vous aimerez peut-être aussi