Vous êtes sur la page 1sur 32

MARÇO DE 1961

EDIÇAO DE
PROGRESSO
a l i a h o n a

MARÇO DE 1961

VOL. X V — N.° 3

Ó rg ã o O ficia l das M issões B rasileiras da Ig r e ja de J esu s C risto d os Santos d os Ú ltim os Dias

Neste Número <

CRESCIMENTO DA IGREJA

Reportagem Especial de Progresso .......................... ........................................ 83

EDITORIAL

“ A Cidade de Deus” , Presidente Wm. Grant Bangerter ................................ 76

DE INTERÊSSE GERAL

A Ameaça do Comunismo, Ezra Taft Benson ........................................ ............ 78


Que Tenhamos Uma Boa Colheita, Rose Maurine Neeleman .......................... 80
A Morte, Sterling W. Sill ....................................................................................... 82
0 Caminho da Perfeição, Joseph Fielding Smith .......... .................................... 93

SEÇÕES ESPECIAIS

Jóias do Pensamento, Richard L. Evans ............................................................. 75


A Igreja no Mundo ................................................................................................. 75
Eu Gostaria de Saber, Joseph Fielding Smith Jr.................................................. 77
Suplemento da Lição para os Mestres Visitantes do Ramo, A Segurança é
do Senhor ......................................................................................................... 92
Seu Ramo ................................................................................................................ 97
Sacerdócio nas Missões . . ............................................................................... 98
Reminiscências .......................................................................................................... 103

Aceitam os suas contribuições mas não nos responsabilizamos pelos artigos


não solicitados.

REDAÇAO

E d ito re s — W m . G ran t B a n g e rte r, A sael T . S orensen

R edatores - - A rch J. W illis, Owen J. Stevens

Diretor G erente: M issão Brasileira


Ciarei M afra dos Santos
PREÇOS:
R. Itapeva, 378 - Bela Vista - C. Posta]
Registrado sob o N.° 93 do Livro 862 - S. P aulo - S . P . - F on e: 33-6761
E xterior: A no ................ USJ 3,50
B , N .° 1 e M atrículas de O ficinas M issão Brasileira do Sul
Impressoras. Jornais e P eriódicos, co n ­ N o B rasil: A no ............. Cr$ 150,00 R ua Gen. C arneiro, 490 - C. Postal,
forme DecretU N .° 4.857, de 9-11-1930. E xem p la r: ................... Cr$ 15.00 778 - Curitiba, Paraná - F on e: 4-8016
Jóias do Pensamento A IGREJA NO MUNDO

O TEMPLO DE OAKLAND

A construção de um tem plo dos Santos d os Últim os Dias em


O akland, C alifórn ia está program ado para 1962. 0 anúncio de que
a Ig reja intenta construir o T em p lo de O akland fo i feito a 23 de
S O M O S IN C U M B ID O S D E BUSCAR ja n eiro de 1961 por David 0 . M cK ay, Presidente da Ig reja de Jesus
A VERDADE Cristo dos Santos d os Ú ltim os Dias.
Em sua breve visita à região, reuniu-se com 63 líd eres de 19
Excertos de uma palestra oferecida
Estacas e da M issão da C alifórnia Setentrional as quais abrangem
pelo Elder Richard L. Evans, do
a área do T em p lo de Oakland. A área inclue a C alifórnia ao norte
Conselho dos Doze, na conferência
de B akersfield, O regon ao Sul de Klam ath Falls, e a parte oeste de
anual realizada em abril de 1956.
N evada. M ais de 100,000 m em bros da Ig reja residem nessa região.
A o ler as escrituras repetidam ente, é
E xpon do um desenho do p rojeta d o tem plo, o Presidente M cK ay
com um encontrar-se d epois de m uita le i­
avaliou seu custo num m ontante de dois m ilh ões de dólares. A soma
tura algum a palavra ou frase q u e nos
m ínim a de 500,000 dólares será levantada p ela área das 19 Estacas.
vem à con sciên cia com sentido novo e
A Igreja em geral p rovidenciará o restante.
p a r tic u la r .. .
E nquanto o T em p lo de O akland será o 15.° construido numa das
F oi o qu e se deu com esta escritura
partes do m undo, será o 13.° em uso atualmente, e o 10.° erigido nos
que lhes é tão fa m i l i a r ... uma das que
Estados Unidos. O T em p lo de Los A n geles foi d edicad o em 1956.
eu tenho lid o e ou v id o m ais frequente­
m ente, na verdade m ilhares de vêzes;
“ Q ualquer p rin cíp io de inteligência que
alcançarm os nesta vida surgirá con osco
na ressurreição. E se uma pessoa, por
sua d ilig ên cia e obed iência, (estas duas
palavras m e im pressionaram vivam ente)
adquirir m ais conhecim ento e inteligência
nesta vida do que uma outra, ela terá
tanto m ais vantagem no m undo fu tu ro.”
N ão apenas uma aqu isição desordenada
de conh ecim ento, m as conh ecim ento e
inteligência através de d iligên cia e o b e ­
diência.
Essas palavras são m uito significativas
— e eu não tem o o saber ou a bu sca de
conh ecim ento p or parte de qu alquer de
nossos jovens, se êstes m antiverem em
m ente a d ilig ên cia e a obed iên cia •—•
obed iên cia aos m andam entos de Deus,
d iligên cia em conservarem-se apegados à
Igreja, ativos, devotos, puros e circun s­
p ectos em sua conduta.
N ão é o saber ou o am or ao saber, o
conhecim ento ou a pesquisa de qualquer
O desenho m ostra um e d ifíc io m oderno com um vétice único
natureza que afastará de um hom em a
na tôrre central. Quatro ápices m enores cercam o vértice central que
sua fé, mas sim o seu fracasso no guar­
terá um fa rol em cim a, elevando-se a 180 pés da terra, a fim de
dar os m andam entos, a incom petência de
p rojeta r no céu um grande fa ch o de luz, à noite.
alguém em alim entar todos os aspectos
O tem plo m edirá 195 pés de com prim ento e 185 pés de largura.
de si m esm o.. . .
Calcula-se em 60,000 pés quadrados a sua área total.
“ A inteligência não perm ite que um
hom em p erca sua fé ao buscar a verda­
PROGRAMA DE CONSTRUÇÃO NA AMÉRICA DO SUL
d e.” . . . N ós som os com p elidos p ela reve­
lação contínua a um a busca infinita da O E lder W en d ell B. M endenhall, Presidente do C om itê de Cons­
verdade. trução da Ig reja chegou ao aeroporto de V iracop os situado em Cam­
. . . T hom as A . E dison d isse: “ N ão pinas no sábalo dia 28 de ja n eiro de 1961 a fim de com eçar prepara­
conhecem os a m ilionésim a parte de um tivos para as futuras construções na A m érica do Sul.
porcento de qualquer c o i s a . . . N ão sa­ D ep ois de visitar os sítios de construção em Cam pinas, São
bem os o que é á g u a . . . o que é a eletri­ P aulo, e C uritiba continuou para Buenos A ires onde fo i program ada
c i d a d e ... o qu e é o c a l o r . . . . (C on tin u a n a p á g in a 103)

Março de 1961 75
EDITORIAL
“ 0 ( S U B * D9 ] ) « “
Pelo Presidente

Wm. Grant. Bangerter


da Missão Brasileira

As páginas dêste exemplar estão repletas de realmente haver uma Cidade de Deus onde iremos
histórias e exemplos do crescimento da Igreja habitar precisamos ser na verdade Puros de Cora­
dentro do que chamamos a Nova Era. Agora nos ção- Nós necessitamos também compreender que
chegam as novas de que êsse avanço deverá tam­ nenhum homem nela entrará, que não tenha auxi­
bém incluir um grande programa de construção do liado a erguê-la. Visualizando essa possibilidade,
qual resultarão muitas novas capelas a serem edi- nós poderemos, por outro lado, compreender que
ficadas. Para realizar essa obra foi-nos avisado empregando nessa construção todo o nosso esfor­
que grandes números de jovens e mesmo alguns ço, estamos nos mostrando dignos de habitá-la.
outros serão chamados brevemente para se entre­ Alguns anos atrás, quando o Presidente
garem a um novo tipo de missão. A missão de de­ McKay, Profeta de Deus nestes dias, se encontrava
dicar seu tempo, trabalho e posses à construção na Nova Zelândia, estudando a localização de um
do Reino de Deus num sentido material. templo naquela região, muitos homens que não en-
É natural que os homens desejem pertencer a chergam através dos olhos da inspiração e da visão
uma organização de progresso. Uma das maravi­ de um Profeta disseram a êle: “ Esta não é oca­
lhas do anúncio da restauração do Evangelho por sião propícia para construir um templo aqui.
Joseph Smith, foi o fato de Deus haver assegurado 0 povo ainda não está preparado. Êles não são
que esta obra haveria de rolar avante até o pre­ dignos de entrar num templo.” A resposta do
enchimento de tôda a terra. Isto dá ao homem Presidente McKay foi olhar aquêles homens bem
confiança de que seguindo uma trilha de devoção à dentro de seus olhos e dizer, “ Parece-me que se
Igreja restaurada, estará trabalhando em causa dig­ êles são dignos de construí-lo é porque estão pre­
na de seu grande esforço. Desde os tempos da vin­ parados, não lhes parece?”
da do Anjo Moroni para revelar o próximo estabe­ Nós, na América do Sul temos também aguar­
lecimento da verdadeira Igreja de Cristo, os ho­ dado o dia em que a Casa do Senhor estará esta­
mens vêm se integrando nesta obra com ia certeza belecida no sul dêste Continente. Os profetas de
de que estavam para encontrar aquilo que Abraão Deus nos têm advertido de que algum dia teremos
buscava, “ Uma cidade com alicerces, cujo constru­ um Templo aqui. Estamos agora na ocasião em
tor e edificador era Deus.” que podemos provar ao Senhor que somos dignos
A “ Cidade de Deus” , visão dos corações hu­ de tal honra. Façamos como um povo “ Puro de
manos desde muito antes de Agostinho ter procu­ Coração” , labutando física e espiritualmente para
rado delinear suas características, tem sido também fazer o Reino crescer.
chamada Sião, uma Nova Jerusalém. Seu propó­
sito, dimensões e realidade foram revelados desde
os antigos tempos, assim também como continuam a
sê-lo nos modernos. Sabemos que deverá ser uma
cidade santa, local em que os justos habitarão em
felicidade e libertação. Nós conhecemos ainda que
não será um único lugar, incluindo finalmente tôda
a América, e extendendo seus ramos através do
mar, por outras terras, pois representa uma con­
dição e sistema de vida. “ Sião” , disse o Senhor,
“ significa OS PUROS DE CORAÇÃO.”
A fé que nos levou a cada um de nós para a
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
também nos aconselha a aguardar a habitação do
Lugar Santo. Estamos cientes de que se deverá

76 A. 1,1 A LIO NA
Pergunta: “ Desejo compreender o seguinte:
É possível que todos os membros de uma família,
incluindo-se pai e mãe, pertençam à tribo de
Efraim, e um filho da mesma família seja da
tribo de Manassés?”

Resposta: É bem possível que um patriarca,


ao abençoar uma família declare através da inspi­
ração recebida, que um ou mais membros de uma
família pertençam a tribos ou casas diferentes. Te­
mos em nossos arquivos muitas bênçãos que mos­
tram a existência dessas diferenças entre as famí­
lias. Não se considerando a questão com o devi­
do cuidado, pode-se chegar à conclusão que o pa­
triarca falou sem inspiração, porém isto seria bas­
tante incorreto.
0 fato é que nós, cada um e todos, nascemos
de uma geração mista. Ninguém pode reclamar
uma descendência perfeita de pai para filho através
de uma única geração. 0 Senhor abençoou Abraão
e disse:

EL
“ E farei de ti uma grande nação, e te aben­
çoarei sobremedida, e engrandecerei teu nome en­
tre todos os povos, e serás uma bênção para tua
semente depois de ti, que em suas mãos levarão
êste ministério e sacerdócio a tôdas as nações;
“ E os abençoarei através de teu nome; por­
que quantos receberão êste Evangelho, serão con­

GOSTARIA
tados entre tua semente, e se levantarão para aben­
çoar-te como seu pai;
“ E abençoarei os que te abençoarem e amal­
diçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti (isto é,
em teu sacerdócio) e em tua semente (em teu sa­
cerdócio) porque te dou a promessa de que êste

DE
direito continuará em ti e em tua semente depois
de ti (isto é tua semente literal ou a descedência
de teu corpo) serão abençoadas tôdas as famílias
da terra, com as próprias bênçãos do Evangelho,
que são as bênçãos da salvação, mesmo de vida
eterna.” (Abraão 2:9-11) :

SABER
Por isso, devido à dispersão de Israel entre
as nações o sangue de Israel foi misturado com o
sangue das nações gentias, cumprindo a promessa
dada a Abrão, e a maior parte dos membros da
Igreja, apesar de serem designados como descen­
dentes de Abraão através de Israel, também têm em
suas veias sangue gentio. Isto quer dizer que nin­
guém é descendente de Efraim ou Manassés atra­
vés de tôdas as gerações, ou de qualquer outro dos
filhos de Jacó, sem ter adquirido sangue de uma
outra tribo através das gerações. Quando Israel
saiu do Egito, Moisés o separou em doze tribos, e
em virtude desta herança, lhes foram atribuídas
certas partes do país da Palestina. Porém, os JOSEPH F IE L D IN G S M I T H Jr.
membros dessas tribos não eram compelidos a ca­
sarem-se dentro de sua tribo particular. Tampouco, Presidente do Conselho dos Doze
(C on tin u a n a p á g in a 1 0 0 ) Responde à sua pergunta

Março de 1961
c4 c4meaça do Comuniànto
Conferência Semi anual

6 de abril de 1960

Sessão da Manhã

Por Ezra Taft Benson


do Conselho dos Doze

Meus irmãos e irmãs, se o Senhor me aben­ Nós, aqui nos Estados Unidos, temos uma enor­
çoar, espero dizer algumas palavras a respeito de me responsabilidade de ajudar a manter a paz e
uma das mais sérias ameaças do mundo. No Velho a liberdade e fazermos recuar as núvens escuras de
Testamento lemos: “ Meu povo foi destruído por­ ameaça de guerra, causadas pela tensão interna­
que lhe faltou o conhecimento.” (Oseas 4:6.) cional.
Como nos dias do Velho Testamento, nós, O poder do comunismo depende, em grande
hoje, precisamos de conhecimento. Precisamos co­ parte, da ignorância do povo. O conhecimento é
nhecer nossos inimigos. Precisamos avaliar clara uma coisa perigosa -—- para estados totalitários;
e cuidadosamente os perigos que o mundo livre mas representa uma fôrça para um povo livre.
enfrenta. Ao mesmo tempo devemos assegurar-nos Existem alguns pontos fundamentais que nunca
o conhecimento que nos dá e a nossos amigos de se deve deixar de ter em conta, para que não seja
todo o mundo, coragem e confiança para encarar dito de nossia terra: “ O meu povo foi destruído
o futuro — não com terror mas sim vigilantes. Do porque lhe faltou conhecimento.”
conhecimento vem a fôrça, e da força vem o poder Nós nunca devemos esquecer o que é realmente
de preservar a liberdade tanto no lar quanto o comunismo. Êle está longe de ser um sistema
fora dêle. econômico, pois é um inteiro sistema de vida —
O Presidente Eisenhower es outros homens ateu e completamente contrário a tudo aquilo que
dedicados vem trabalhando incansavelmente para zelozamente defendemos.
ajudar o mundo livre a comprender melhor o im­ Nós cremos num Criador Todo-poderoso. O
placável conflito mundial entre o bem e o mal, que Comunismo ensina que tudo na vida é resultado
está cada vez mais tomando corpo. do movimento contínuo das fôrças da natureza-
Estamos agora começando um período de con­ Nós acreditamos na dignidade do homem. O
ferências. Em primeiro lugar em Summit, no mês comunismo prega que os sêres humanos nada mais
de maio, e novamente em junho quando o Presi­ são do que bestas graduadas, e portanto não hesita
dente viajará para Moscou a fim de visitar a Rús­ em destruir aquêles que se interpõem em seu ca­
sia por dez dias. (junho 1960) minho. Os comunistas russos em seu delírio de
Como disse o Presidente em sua mensagem conquista liquidaram milhões de seus próprios pa­
(State of the Union Message) de janeiro último, trícios, e os comunistas chineses aniquilaram de­
“ Continuemos em nossia busca pela paz, e com zenas de milhões — talvez uns 30 milhões.
nossos esforços chegaremos a “ acordos mutuamen­ Nós lacreditamos num código moral. O comu­
te fortalecidos.” nismo nega o certo ou o errado inato. Como disse

TH A LIAH O NA
W. Cleon Skousen em seu oportuno livro, “ 0 CO­ Poderíamos ser donos de nossas próprias fa­
MUNISMO A NÚ” : “ o comunista convenceu-se de zendas? Elas seriam agregadas e tornar-se-iam pro­
que nada que corresponda à oportunidade é mal.” priedades do estado e nós teríamos que trabalhar
Essa é uma das doutrinas mais abomináveis. As sob as ordens do govêrno.
pessoas que verdadeiramente aceitam tal filosofia Poderíamos estabelecer um negócio e empre­
são pessoas que nunca tiveram consiência ou gar pessoas a fim de trabalharem para nós? Isso
honra. Fôrça, astúcia, mentiras, promessas que­ nos tornaria criminosos.
bradas, tudo se justifica. Poderíamos trabalhar onde quiséssemos? Nós
Nós acreditamos na religião como um siste­ iriamos trabalhar quando, onde e como nos man­
ma de vida resultante de nossa fé em Deus. 0 co­ dassem — e o govêrno daria as ordens.
munismo afirma que tôdas as religiões devem ser Sindicatos de trabalhistas como os que conhe­
derrubadas pois elas inibem o espírito da revolu­ cemos agora não seriam permitidos, nem câmaras
ção mundial. de comércio, ministério da fazenda ou Rotary Clu­
Earl Browder, antigo líder do Partido Comu­ bes e outras organizações. Que aconteceria com
nista nos Estados Unidos disse, “ . . .nós comunistas nossas contas bancárias? Tudo que ficasse acima
não fazemos distinção entre religiões boas ou más, de uma pequena soma seria confiscado e o restan­
pois cremos serem elas tôdas más.” te seria do govêrno — controlado por nós. O govêr­
Essa filosofia ateísta e degradante, conquanto no aboliria nosso seguro.
militante é sustentada com a fôrça e os recursos de Com excessão de alguns poucos pertences pes­
um grande país de cêrca de 210 milhões de habi­ soais não teríamos nenhum imóvel para deixar às
tantes e uma sempre crescente economia. Em suma, nossas famílias quando morrêssemos.
o comunismo edificou um império de mais de 700 Somente poderíamos viajar pelo país com per­
milhões de pessoas, tendo além disso agentes em missão da polícia.
todos os países livres, cujo objetivo último é der­ Não poderíamos viajar para o exterior ou
rubar a ordem social existente a fim de colocá-los casar com um estrangeiro sem uma permisão espe­
sob a bandeira vermelha. cífica do govêrno.
O objetivo principal do comunismo, não temos Nem mesmo poderíamos escrever livremente a
dúvidas ia êsse respeito, é destruir qualquer socie­ nossos amigos em outros países.
dade que se atenha aos princípios de liberdade es­ Nossos filhos freqüentariam uma escola esco­
piritual econômica e política — a integridade do lhida por êles, e pelo tempo que o estado permitis­
homem. se. Lenin disse “ dê-nos uma criança de oito anos,
Como principal expoente da sociedade livre, e ela será um bolchevista para sempre.”
os Estados Unidos são, desta maneira, o alvo prin­ Aos professores só seria permitido lecionar o
cipal da filosofia marxista. que o estado autorizasse. William Z. Foster disse:
Internacionalmente, o comunismo procura iso­ “ Nossos professores deverão escrever novos livros
lar-nos do resto do mundo livre. Aqui no lar, o escolares e modificar a história conforme o ponto
comunismo busca continuamente a desintegração de vista marxista.”
do sistema de vida americana. Êle empenha-se em Pertencer a uma igreja seria a certeza de tra­
usar a instrução, a ciência, a literatura, a arte e zer discriminação e penalidades sôbre nós e nossas
até mesmo as Igrejas, a fim de destruir nossa so­ famílias. A grande totalidade das igrejas tornar-
ciedade livre- se-iam museus do estado ou armazéns.
Suponhamos, por um momento, que êste país Nenhum acôrdo é possível com um mal como
caia sob o domínio comunista Quais serão os êsse.
frutos dessa calaminade? Primeiramente, as verda­ Haverá algum perigo real de que tal calami­
deiras posições de nosso govêrno seriam imediata­ dade recaia sôbre nós? Minha resposta a isso é
mente removidas de Washington para Moscou. apenas a narrativa do seguinte e chocante fato:
William Z. Foster, o antigo líder do Partido Em quarenta anos, o comunismo, por trapaças
Comunista nos Estados Unidos, disse “ Quando o e fôrça, tem sublevado mais pessoas para seu domí­
comunismo dirigir o govêrno dos Estados Unidos nio do que o número total de cristãos agora
— ■e êsse dia virlá tão cêdo quanto o nascer do sol
viventes no mundo inteiro ■—•e o cristianismo tem
— o govêrno não mais será um govêrno capitalista
uma existência de quase dois mil anos.
mas sim um govêrno soviético, e atriás dêsse go­
Nós não nos atrevemos a subestimar o zêlo co­
vêrno irá ficar o exército vermelho papa assegurar
munista, nem suas aspirações de poder. Isso seria
a ditadura do proletariado.”
nossa destruição.
O que isso significaria para a minha ou a sua
Nós não ousamos aceitar promessas comunktas
vida diária?
pelo que valem.
Poderíamos nós ser donos de nossas próprias
A situação alemã é um dramático exemplo.
casas? Nossos domicílios seriam divididos, e te­
ríamos que pagar o aluguel que o estado fixasse. (C ontinua na página 101)

Março de 1961 79
Primária
Q u e te n h a m o ó

u m a b
v io a

c o Ik e ita

Por Rose Maurine Neeleman

.escolhei hoje a quem sirvais. . . porém eu membros ativos, vivendo as verdades que lhes tra­
e a minha casa serviremos ao Senhor.........” Sim rão vida eterna. Mas nunca pode haver colheita
Irmãos e Irmãs, ÊSTE é o dia para escolher­ sem plantio. Quando um fazendeiro espera uma
mos a quem servir .. eu, por mim, e meus filhos, rica colheita, planta primeiramente os grãos, du­
serviremos ao Senhor. Como uma jovem mãe de rante a primavera quando o solo está na melhor
três filhos... o último nascido apenas umas semanas das condições e as chuvas cálidas fazem brotar a
atíás, tenho pensado muito sèriamente no trabalho semente. Êle não espera até que o solo esteja tão
que está diante de mim. Que grande responsabi­ sêco que a semente não consiga brotar, nem até
lidade carregamos como pais. . . quão rápido essas que brotem as ervas daninhas e sufoquem as pe­
jovens mentes aprendem ... quão receptivas são quenas plantas. Êle não espera o inverno para
para ambos, o bem e o mal. Que poucas horas re­ plantar, pois o- solo está frio e coberto de geada.
cebem semanalmente de treino religioso organi­ 0 Pai Celestial deu-nos uma primavera na
zado. (Das 168 horas semanais de uma criança, vida, primavera em que se plantam as sementes
apenas 3 horas se passam na Escola Dominical e do evangelho. É durante os primeiros oito anos de
na Primária.) Há tanta coisa de bom que eu vida que isso se dá. Nessa ocasião as condições
desejo que meus filhos aprendam. . . mas qual é são perfeitas para o brotar e desenvolver das se­
a melhor forma de ensiná-los? mentes. Não há herva daninha ou geada para matar
Que desejamos para nossos filhos. Que desejo a semente, porque Satanás não tem poder sôbre as
eu para minhas crianças? Que deseja você para crianças em seus primeiros oito anos de vida. As
as suas. A Igreja nos ensina o que desejamos para sementes caem em solo rico, profundo e fértil. Essas
nossos filhos. Ela nos diz e nós compreendemos, crianças crêem na verdade e a aceitam sem reser­
que esperamos obter uma boa colheita com os que vas, tornando-se parte integrante de sua vida.
nascem de nós. Queremos que êles se tornem fiéis, Nosso Pai Celestial nos confiou o ensinamento de

A LIAHONA
Seus filhos a nós pais e mestres. E ainda nos deu lhes falta fé no evangelho. 0 Senhor disse que é
esta grande vantagem, êsses anos em que Satanás nosso dever ensinar o evangelho a nossos filhos, e
não coloca dúvidas em seus corações, anos em que eu prefiro atender a Suas palavras de preferência
as impressões que lhes damos da verdade permane­ às daqueles que não lhe seguem os mandamentos.”
cerão para sempre. A o ler o Livro de Mórmon, todos notamos o
Mas Satanás é sutil. Êle conhece que não tem quão inconstante era o povo em adorar o Senhor.
poder sôbre aquelas crianças. Sabe que durante Sempre que estavam em prosperidade O esqueciam.
êsse período podemos ensiná-los tão bem que êles Então, quando chegava a guerra, e parecia-lhes
podem nunca mais desviar-se, portanto, procura que seriam destruídos, voltavam-se outra vêz para
alcançar as crianças através dos adultos, pais e o Senhor e se arrependiam. O Senhor os abençoava
professores. Êle nos dá uma sensação de falsa se­ novamente e os deixava, prosperar, e assim, dentro
gurança, crendo que nossos filhos estarão bem sem de poucos anos voltavam a esquecê-lo.
muito ensinamento do evangelho- Êle nos influen­ Depois, Cristo visitou-os após Sua ressurreição,
cia a encher o tempo e a mente com outras coisas. . . e com isso o povo permaneceu fiel à Igreja por
coisas que sabemos serem menos importantes. duzentos anos — durante todos êles —- não havendo
Assim procura êle fechar as portas da vida eterna inatividade.
a nossos filhos, para que não ganhem o reino De que se constituiu a diferença? Certamente
celestial. um fator preponderante foi que os pequeninos —
centenas dêles — estavam lá quando Êle apareceu.
Durante os primeiros oito anos, podemos lan­
Êles o viram e ouviram, sentindo-lhe as mãos sô­
çar um firme alicerce sôbre o qual construir nos
bre si durante a bênção. Os anjos vieram entre
anos subsequentes da infância. Sem êsse firme
alicerce a estrutura pode ruir. Pensando em termos êles. As crianças foram impressionadas e inspira­
das até o âmago de seu ser. Após uma experiên­
de plantação, aos oito anos de idade as sementes se
tornarão plantas vigorosas e desenvolvidas. Os cia dessa natureza, o eviangelho seria suas vidas e
não uma parte delas. Quando cresceram e também
ensinamentos que se sucedem são a água, o sol e a
tiveram filhos, ensinaram-lhes aquela elevadora his­
umidade que amadurecem uma rica colheita. Se
tória muitas e muitas vêzes até que não duvidassem
o plantio não tivesse sido feito antecipadamente, a
de sua veracidade. As sementes plantadas nos co­
água, o sol e o> trato nada poderiam conseguir num
rações das criancinhas produziram seus frutos.
solo sem plantação.
Se enquanto está nas condições perfeitas, as E agora, qual será nossa responsabilidade. . .
sementes do evangelho não forem plantadas, o nosso privilégio como pais. Nós temos a oportu­
solo não permanecerá vazio. Outras sementes nidade de prestar êste testemunho a nossos filhos,
crescerão, porque a criança dessa idade anseia por ensinando-os a amar seu Pai dos Céus, e seu filho
conhecimento. O que quer que se plante crescerá. Jesus Cristo. Com vocês, pais, está a responsabili­
A criança inocente recebe a semente que vier. São dade. Contudo, podem ainda ser auxiliados, e um
os pais e mestres que se perderão por causa da dos maiores auxílios é a Associação da Primária.
“ tradição de seus pais.” (Doutrina e Convênios A Primária é uma organização mundial. Foi
93: 39) Seus pais crêem em coisas que não são a formada pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos
verdade, e as crianças recebem tais ensinamentos. dos Últimos Dias, e através do mundo, onde quer
O Senhor disse que não deu a Satanlás poder que ia Igreja tenha se estabelecido, a Primária
sôbre essas criancinhas, e que “ grandes coisas também está ocupada, ensinando às criancinhas o
serão requeridas das mãos de seus pais.” 0 Elder evangelho de Jesus Cristo- As lições e materiais
Harold B. Lee do Conselho dos Doze explica que usados no Brasil são também empregados através
as grandes coisas requeridas dos pais são' que ensi­ de todo o mundo. Os dirigentes, no campo da
nem a seus filhinhos o evangelho. educação infantil, estão atarefados criando êsse
Disse o Presidente Brigham Young, “ Seja sua material nos escritórios da Igreja, em Salt Lake
preocupação constante que as crianças que Deus City, Utah.
lhe confiou tão bondosamente sejam ensinadas nos A Associação da Primária teve sua origem em
primeiros anos. . . acêrca dos princípios de nossa Farmington Utah, em 1878. Uma adorável irmã de
religião, para que quando crescerem e chegarem à nome Aurelia Rogers foi inspirada com a idéia da
maturidade. . . não possam abandonar a verdade. Primária, após uma reunião na cidade, em que o
E o Presidente Heber J. Grant disse, “ Ouvi comportamento dos garotos foi discutido. A pri­
homens e mulheres dizendo que iam deixar que meira Presidência da Igreja e o Quorum dos Doze
seus filhos crescessem até a maturidade antes de aprovaram ia idéia. Desde aquela época a organi­
ensinar-lhes o evangelho, pois não pretendiam for­ zação prosperou sob a direção de amáveis senhoras
cá-lo em suas mentes ainda durante a infância, escolhidas pela Presidência da Igreja para o serviço.
antes de que fossem capazes de compreendê-lo. O programa da Primária foi entregue aos
Quando ouço pessoas dizendo isto, parece-me que (C o n tin u a n a p á g in a 10 2)

Março de 1961
A MORTE
Por Sterling W . Sill
Assistente do Conselho dos Doze

A maioria das pessoas tem a bem freqüente Deveríamos dar alguma consideração à morte
experiência de comparecer ao funeral de algum quando nossos sentimentos pessoais não estão tão
amigo ou parente. Isto vem de encontro a uma fortemente envolvidos.
de nossas mais importantes necessidades, por ser a Há uma peça grega, escrita sôbre a que<^ da
única hora em que alguns de nós pensam séria- antiga Atenas, que conta sôbre um filósofo atenien­
mente na morte. Um dos interessantes traços hu­ se, capturado por um general romano. O romano
manos é o de não gostar de pensar nas coisas desa­ disse que breve êle seria morto. O ateniense pareceu
gradáveis, chegando mesmo a evitá-las. Temos uma não ter ficado muito perturbado com isso, e o
tendência natural de fugir das situações delicadas, romano pensou que com certeza êste não tinha
e com frequência seguimos o exemplo do avestruz, entendido e sugeriu que o ateniense talvez não sou­
enterrando nossa cabeça na areia quando o perigo besse o que significava morrer. O ateniense repli­
se aproxima. cou que muito pelo contrário; êle pensava entender
Verificamos essa tendência manifestada através a morte melhor ainda do que o romano, e então lhe
dos gestos. Quando alguém se sente atemorizado disse: “ Tu não sabes o que é morrer, pois não
ou fita alguma cena deprimente, costuma tapar os sabes o que é viver. Morrer é começar a viver.
olhos cum as mãos. Fazemos quase o mesmo gesto Morrer é deixar todo o trabalho insípido e enfa­
mentalmente, quando uma idéia que se nos afi­ donho e começar um outro, melhor e mais novo.
gura desagradável tenta penetrar em nossas mentes. É trocar todos os patifes e mentirosos pela sociedade
dos deuses e do bem-estar ”
Mas as infelicidades não cessam de existir pelo
simples fato de serem ignoradas. A morte continua Eu fico satisfeito ao pensar que depois da
morte encontraremos mais experiências agradáveis
em nosso encalço, com evidente indiferença pelo
do que nunoa antes havíamos imaginado que tería­
nosso desdém e inimizade por ela, e provavelmente
mos. E sendo a morte tão importante para cada
não irá adiar nenhuma de suas funções apenas
um, devemos compreendê-la o melhor possível.
porque apertamos fortemente as mãos sôbre os
Nossas vidas são comparáveis a uma peça em três
olhos- Os antigos egípcios tinham um modo intpres-
atos. A existência pre-mortal é o 1.° ato; ia morta­
sante e muito mais lógico de encarar esta situação.
lidade é o 2.° ato e a eternidade é o 3.°. Podemos
Conta-se que nas suas grandes festas nacionais, êles
notar que se alguém fôr ao teatro depois do 1.° ato
deixavam em exposição permanente diante do povo,
ter-se acabado e sair antes do início do 3.° não
um esqueleto humano. Isto é, êles queriam lembrar
entenderá muita coisa da peça. Exatamente por
continuamente a cada pessoa o fato de que ela
essa razão é que a vida não faz sentido para
morreria um dia.
muita gente.
Eu não quero assustar ninguém sem necessida­
A.ntes que possamos entender completamente o
de, senão sugerir que algum dia você vai morrer. A 2.° ato, devemos saber alguma coisa sôbre o que se
julgar-se pelo passado, muito poucos sairão dêste passou no 1.° ato, e depois acreditar e aguardar o
mundo ainda vivos. Sendo assim tão certa a morte, 3.° ato. Nada existe de mais claro nas escrituras
suponha que façamos como os antigos egípcios e a do que o fato de que a vida de Cristo não se iniciou
ponhamos bem à vista, com nossos olhos muito em Belém nem terminou no Calvário. Jesus disse
abertos. Pensamos muito na morte como uma ex­ claramente: “ Saí do Pai, e vim ao mundo; outra
periência infeliz, mas isso pode não ser tanto assim. vez deixo o mundo, e vou para o Pai,” Pouco antes
A morte é certamente a mais importante experiên­ de sua morte, Êle disse em oração: “ E agora glori-
cia da vida. É o portão aberto à imortalidade. fica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela
Vivemos para morrer, portanto, morreremos para glória que tinha contigo antes que o mundo exis­
viver. Se tivéssemos um pouco mais de conheci­ tisse.” (João 17:5.)
mento sôbre a morte, poderíamos encontrar nela 2.200 anos antes do seu nascimento em Belém
algumas coisas boas, especialmente se não a o Senhor mostrou-se ao grande profeta dos jaredi-
considerarmos com os olhos embaçados pelo pranto. (C o n tin u a na p á g in a 9 9 )

82 A LIAH O N A
REPORTAGEM ESPECIAL
DE PROGRESSO
Revisando a história passada da Igreja de Jesus
f
Cristo dos Santos dos Últimos DiaSj e comparando-a

com o período que conhecemos pelo nome de " Nova Era”,

verificamos que o ano de 1960 salienta-se entre todos

os outros, radiante de progresso e realizações sem pre­

cedentes.

Nós tentaremos através desta "Edição especial de

Progresso’’ da “A L i abona" retratar de maneira inte­

ressante o assombroso sucesso que a Igreja está alcan­

çando neste épico presente.

E ’ por vé%es difícil avaliar a magnitude do tra­

balho do Senhorenquanto não se lança uma vista de

olhos no panorama total, a fim de comparar, calcular

e rejubilar com os santos por se ter participado, ainda

que por um minuto, da grande tarefa que está ganhan­

do corpo.

Apresentaremos aqui a história da Igreja no M u n ­

do assim como a parte específica referente ao Brasil.

0 artigo foi dividido em vários tópicos, para fa ci­

litar referências posteriores e maior compreensão.

Possa o Senhor abençoar Sua Igreja como jamais

o fê ^

J
PRESIDENTE PRESIDENTE PRESIDENTE
J. R euben C lark Jr. D avid O. McKay H enry D. M oyle

UMA IGREJA LABORIOSA


A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últi­ Os oficiais dos 2.619 Quoruns do Sacerdócio
mos Dias é uma das igrejas mais ocupadas da fa­ de Melquizedek das estacas mais uns 200 das mis­
ce da terra. sões, colocam um total de 11.276 homens em tra­
Aproximadamente 900.000 membros preen­ balho ativo.
chem posições em bases não-assalariadas. Rapazes de 12 a 19 anos controlam as presi­
O dístico “ não se necessita ajuda” nunca es­ dências dos Quoruns do Sacerdócio Aarônico. Tais
tará afixado nas portas de suas estacas, alas ou responsabilidades repousam sôbre os ombros de
ramos. 6.696 sacerdotes 11.060 mestres e 13.025 diáconos,
Há tanto trabalho a ser feito na Igreja que considerando-se apenas as estacas.
milhares de membros ocupam mais do que uma po­ Os mestres visitantes, cuja função é visitar
sição. mensalmeste cada membro de sua ala, dando-lhe
As estatísticas sempre se aceleram. Os totais uma lição e averiguando seu bem-estar, aumentam
de hoje serão diferentes amanhã. de muito os que oficiam em cargos na Igreja. Êles
Contudo, uma análise das posições da Igreja, totalizam 144.198 — todos possuidores do sacer-
retirada de cifras e estimativas das várias organi­ dório Aarônico ou de Melquizedek.
zações, expõem um quadro de atividade não dupli­ Uma colméia de atividade caracteriza as auxi­
cado por qualquer outra organização. liares dos ramos e alas. Uma análise dêsses ofi­
A Igreja avança sob a direção do Presidente ciais e professores demonstra o seguinte, conside­
David O. McKay e seus conselheiros, o Presidente rando-se apenas as estacas e alas.
J. Reuben Clark Jr. e o Presidente Henry D. Moy­
Sociedade de Socorro, 46.432 oficiais e profes­
le; o Conselho dos Doze Apóstolos; 11 Assistentes
soras, mais um vigoroso exército de 87.592 profes­
do Conselho dos Doze; o Patriarca da Igreja, o
soras visitantes;
Primeiro Conselho dos Setenta e os três membros
Escola Dominical, 90.0 00 ; A. M. M. dos Ra­
do Bispado Presidente.
pazes, 34.1 44 ; A. M. M. das Moças, 41.936; Pri­
Êles contam com 313 membros da Junta Ge­
mária, 55.656, e Genealogia, 12 590.
ral sob sua direção, para guiar os destinos das
Em acréscimo aos deveres das auxiliares, . . . .
obras auxiliares, tais como a da Sociedade de So­
corro, da Escola Dominical, da Associação de Me­ 70.000 pessoas foram chamadas para integrar os
lhoramentos Mútuos, Primária e Genealogia. côros das estacas e alas. O programa de música da
As cifras principiam a se projetar quando con­ Igreja é dos mais proeminentes, com organizações
sideramos as 319 estacas e 63 missões da organi­ tais como o mundialmente famoso Côro do Taber-
zação da Igreja ao redor do mundo. náculo, o Côro das Mãezinhas Cantoras, da Socie­
Nas estacas registramos 975 membros da pre­ dade de Socorro, e o Côro Masculino de Portland,
sidência, mais 650 secretários; 3.820 membros do assim como outros grupos especializados em músi­
sumo conselho e 409 patriarcas. ca, que atraem atenção para a Igreja através da
Os bispados das alas, ultrapassando o número televisão, do rádio e dos concertos públicos.
de 2.760, totalizam estre presidências e secretários Outros milhares de trabalhadores servem em
um número de 13.000 homens- projetos de bem-estar que incluem moinhos, fazen­

I A L IA H O N A
1

das, curtumes, malharias, granjas, gado e dezenas po integral. Os missionários de tempo parcial totali­
de armazéns do bispo- Os últimos totais de traba­ zaram 6 .779 dentro das estacas, no ano passado.
lho por parte dos membros, tanto pago quanto Nova fôrça missionária se constitui de missio­
doado, elevam a 249.106 o número de homens com nários de trabalho, chamados para auxiliar no ex­
período de 8 horas de trabalho por dia, anualmen­ tenso programa de construção nas missões euro­
te. péias e dos Mares do Sul. Um total de 1.600 mis­
Uma das maiores fôrças nesta atividade esta­ sionários trabalhadores contribuíram para êsse
tística é o antigo corpo missionário da Igreja. programa.
A decisão da Primeira Presidência de permi­ Êste relato não estaria completo sem que se
tir que os rapazes partam para os campos missioná­ desse reconhecimento às centenas de trabalhadores
rios com a idade de 19 anos, elevou o presente to­ dos templos, guias e enfermeiras que são chamados
tal a aproximadamente 9 .00 0 missionários de tem­ para servir aos membros da Igreja.

3.200.000 Kilometros

As Autoridades Gerais da Igreja viajarão apro­ Algumas milagrosas cifras ilustram aproxima­
ximadamente 3.200.000 km em 1961 se completa­ damente o problema de viagens que as Autoridades
rem quatro visitas semestrais às 319 estacas, e fize­ Gerais têm que enfrentar todo o tempo.
rem a visita anual às 63 missões que a Igreja es­ Para atingir as estacas mais afastadas de seu
palhou por tôdas as partes do mundo. centro, faz-se necessário para os líderes da Igreja
Êstes números não prevêem as novas estacas e vencer as seguintes distâncias: Brisbane, Austra-
missões que certamente serão organizadas durante lia 23.800 km; Hamilton, Nova Zelândia, 22.800
o presente ano. km; Manchester, Inglaterra, 15.100 km; Oahu,
Reconhecendo as grandes responsabilidades Havaí, 8.000 km. As estacas dentro dos Estados
dêsses dirigentes, o Presidente David O. McKay Unidos vão desde Miami, Flórida, 7.100 km até
declarou: Seattle, a 3. 300 km de distância de Salt Lake City.
“ Sou de parecer que o Quorum dos Doze está As missões da Australia, África do Sul e Ilhas
dando um grande exemplo para tôda a Igreja, com
dos Mares do Sul exigem cifras identicamente ex­
sua eficiência, devoção e unidade, espalhando o
traordinárias para representá-las, acrescentando-se
Evangelho da forma que dêles se espera.
ainda as distâncias das outras missões as quais va­
“ Expresso minha grande apreciação e louvor riam de 3.200 a 6.400 km. Por tôdas elas é preciso
a êles por haverem colocado em tão boa ordem os que os irmãos excursionem, promovendo conferên­
ramos, estacas, alas e missões da Igreja.”
cias nos diversos distritos.
O próprio Presidente Mckay, um “ Moderno
Indicativas do problema que representa encon­
Apóstolo Paulo” , viajou 320.000 kilometros nos
passados cinco anos, fazendo a obra da Igreja, trar tempo para tudo isso são as recentes viagens
do Presidente Joseph Fielding Smith, do Conselho
além de todo grande trabalho que executa na sua
direção. dos Doze, com o Elder A. Theodore Tuttle, do Pri­
meiro Conselho dos Setenta à América do Sul, e
Como declarou o Elder Hugh B. Brown, do
a do Elder Spencer W. Kimball, que acompanhou
Conselho dos Doze, “ O Senhor em Sua sabedoria
membros da Junta Geral à Australia e Nova Zelân­
fêz os preparativos, quando disse a seus apóstolos
que fossem a todo mundo e pregassem o Evangelho dia, a fim de organizar novas estacas e visitar
missões.
a tôda criatura. Seria muito difícil nos velhos dias,
se não impossível, cobrir todo o território que ago­ Os aviões a jato que êsses grupos empregaram
ra abrangemos. Hoje um homem pode ir à Euro­ para alcançar os cantos mais distantes da terra es­
pa e aos Mares do Sul em um dia de viagem.” tão em agudo contraste com os métodos de viagem

Março de 1961 85
empregados por Pedro e Paulo assim como os de- dos Doze nos dias de Joseph Smith e Brigham
mais apóstolos de seus dias e também com os cava- Young. A mensagem que carregam persiste contu-
los, carroções e barcos de que se servia o Quorum do a mesma.

29 Novas estacas organizadas em 1960

Na adição de novas estacas e alas, a Igreja na inteira história da Igreja. O ano que o segue
continuou em andamento recorde durante 1960. imediatamente é o de 1958, quando 22 estacas fo ­
No ano que acaba de se encerrar, 29 novas ram organizadas.
estacas foram organizadas, o que integrou em 319
Durante 1960, aproximadamente 190 novas
o número total das estacas, em dezembro de 1960.
alas e 71 ramos foram abertos dentro dessas 319
Êsse número de 29 novas estacas registrado
estacas. Isto eleva o número total de alas a 2.501
em 1960 é o maior já constatado em um só ano,
e de ramos a 375, apenas dentro das estacas, resul­
QUADRO DE ESTATÍSTICA DAS ESTACAS tando num total combinado de 2.876 unidades.

N .° DE S.Ü.D. Foram precisos aproximadamente cem anos


N .° DE ALAS POPULAÇÃO
para alcançar as primeiras 100 estacas. Havia 101
E stacas nos e .u .a . e stacas ram os ( e stacas) estacas no fim de 1921. As próximas 100 aparece­
ram num período de 29 anos, mas foram sufi­
A rizona 14 155 58,635
216,375
cientes sete anos e meio para alcançarmos as ter­
C alifórnia 47 410
C olorado 5 40 16,957 ceiras 100 estacas. No período de cinco meses,
F lórida 4 39 9,413 desde o primeiro domingo de agôsto quando a tre-
G eórgia 1 14 3,060 centéssima estaca, Toronto, foi criada da Missão
Havaí 2 20 12.394
40 363 169,523 Canadense, até o término de dezembro, 19 esta­
Idaho
Illinois 1 15 5,029 cas se formaram.
Indiana 1 10 2.426
2 30 6,232 A 23 de novembro de 1952 a 200a estaca ha­
Louisiana
M ichigan 1 12 4,120 via sido organizada, a de East Sharon, no Conda­
M innesota 1 11 2,630 do de Utah.
M issouri 2 14 5,358
M ontana 3 38 10,483 Como se indicou anteriormente, depois de
N ebraska 1 11 2,800 1960, o ano que registrou maior número de esta­
N evada 7 60 26.438
cas criadas foi o de 1858. A seguir, encontramos
N ew Jersey 1 7 2,390
N ew M éx ico 2 25 8,331 os anos de 1956 e 1959, com o idêntico número de
N ew Y ork 1 7 2,530 17 novas estacas. Durante o primeiro século da
Ohio 1 9 2.851
Igreja nesta dispensação, o ano de 1877 salienta-
O regon 6 62 28,204
O klahom a 2 24 4,411 se como o que viu a organização de mais estacas,
Pennsylvania 1 10 1.992 ou seja um número de 10.
South C arolina 1 14 4.016
T exas 4 49 12,475 A estaca mais antiga da Igreja é hoje a de
Utah 137 1,114 647,043 Salt Lake, formada em outubro de 1847, três me­
V irgin ia 1 10 3,102 ses após terem os pioneiros entrado no vale.
W ashington 8 83 40,028
W ashintongton, D.C. 1 13 6.738 A Estaca de Juarez, no México, organizada
W yom ing 5 55 21,182 em dezembro do mesmo ano, é a mais antiga esta­
ca para além das froteiras dos Estados Unidos.
Total 303 2,724 1,337,166
A primeira estaca da Igreja na Europa foi
ESTACAS EM OUTROS PAISES: criada em março último (1960), em Manchester,
Austrália 3 27 4,819 Inglaterra. Contudo, no mesmo dia, a Igreja criou
Canadá 8 80 24,484 sua primeira estaca na Austrália, denominada Syd-
Inglaterra 1 12 2,600
ney.
M éx ico 1 4 1,139
N ova Zelândia 3 27 9.158 A Nova Zelândia se ufana de sua primeira es­
taca organizada a 15 de maio de 1958, e a primei­
T otal 16 150 42,200
ra estaca que se estabeleceu no Canadá foi a de
T ota l Geral 319 2,876 1,379,366 Alberta, a 9 de junho de 1885.

A LIAH O N A
Nos 130 anos que se sucederam à organização O Presidente Brigham Young estabeleceu a
da Igreja, pelo Profeta Joseph Smith, a 6 de abril Igreja no vale, sôbre uma firme fundação, em ci­
de 1830, ela cresceu até mais de um milhão e ma da qual ela cresceu como um sustentáculo con­
duzentos e cinqüenta mil membros considerando-se tra o mal, tendo logrado continuar avançando.
apenas as estacas. E o final do crescimento da Brigham Young viveu 30 anos após haver chegado
Igreja não está ainda à vista. a Utah, e quando morreu, em 1877 já existiam 20
Em 1831, o Profeta Joseph Smith recebeu a estacas. Todo o Vale do Lago Salgado foi denomi­
revelação de que esta obra cresceria para preen­ nado Salt Lake Stake; o Vale de Utah chamou-se
cher tôda a terra. Utah Stake. O vale Cache foi chamado Cachs
Stake. Naqueles mesmos vales encontramos hoje
“ . . As chaves do reino de Deus são entre­
em dia muitas estacas.
gues aos homens na terra, e como a pedra que, sen­
John Taylor, terceiro presidente da Igreja, di­
do cortada da montanha, sem mãos, rolará adian­
rigiu a organização de 10 estacas durante os 10
te até que encha tôda a terra. . .
anos em que presidiu.
“ Portanto, que o reino de Deus vá, avante para O Presidente W oodruff organizou 12. Lorenzo
que tu, ó Deus, sejas glorificado nos céus e na ter­ Snow, quinto presidente da Igreja iniciou mais 11
ra, e os Teus inimigos sejam subjugados; pois Tua estacas, e o Presidente Joseph F. Smith, sexto pre­
é a honra o poder e a glória para todo o sempre- sidente, que dirigiu os santos por 18 anos, logrou
Amém.” (D. & C. 65: 2, 6.) formar 26 estacas.
Quando os pioneiros entram no Vale do Lago O Presidente Heber J. Grant, cabeça da Igreja
Salgado via Emigration Canyon, após sua longa e por 26 anos, assistiu o estabelecimento de 85 esta­
extenuante marcha através das planícies e mon­ cas.
tanhas, não havia mais qualquer estaca na Igreja. Georgel Albert Smith, oitavo presidente da
As poucas que haviam sido estabelecidas pelo Pro­ Igreja, aprovou 37 novas estacas.
feta Joseph precisaram ser abandonadas devido à Sob a direção do Presidente David O. Mcky,
perseguição, quando vagavam de um lugar para desde 9 de abril de 1951, cento e quarenta e duas
outro na região do centro-leste. estacas foram criadas.

O crescimento da Igreja impulsiona os planos


de construção
O ano de 1960 presenciou os preparativos da mente o Quarteirão Administrativo em Salt Lake
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias City.
para o maior impulso de construção da sua histó­ Os planos incluem:
ria. Um edifício de escritórios, contando 38
O número real dos novos edifícios iniciados andares — o mais elevado da cidade — o qual
ou completados pode não ter estabelecido um re­ será a realização mais arrojada do programa,
corde, mas na categoria do planejamento e deci­ (Fotografia na capa dêste exemplar da “ A Liaho-
sões tomadas, é um período sem paralelo. na” .) será erguido na ala de nordeste, reservando
Impulsionado por um crescimento sem prece­ espaço para uma escola missionária, escritórios,
dentes no número de afiliados, o Departamento de locais administrativos e outras agências. Os escri­
Construções da Igreja desdobrou-se para prover os tórios eclesiásticos se conservarão no atual Edifício
lugares de adoração, ensino, treino, habitação e dos Escritórios da Igreja.
administração que devem acomodar a crescente po­ — Um moderno edifício de arquivos, com
pulação da Igreja. 11 andares. (Fotografia na Última capa.)
O ano demarcou também uma extensão no — Um Edifício do Anexo do Templo, maior
programa de trabalho missionário da Igreja, com e mais funcional.
a obra que vem fazendo no Pacífico Sul e Central. — Um anexo ao Hotel Utah, de 17 andares.
Tomou-se a decisão de empregar o mesmo — • Nova deímarcação e construção de um
“ implemento” na Europa e na América do Sul, aperfeiçoado Ginásio Deseret.
registrando-se assim um extraordinário crescimento — Remoção do Colégio de Administração da
no programa de construção daqueles países. Universidade de Brigham Young. O novo local
Talvez o mais sensacional desenvolvimento de ainda não foi anunciado.
1960 tenha sido o anúncio feito pela Igreja de que — Uma lárea de estacionamento de 4> andares,
um projeto de construção transformará completa­ no subsolo, com capacidade para 2000 carros.

Março de 1961 87
Como sempre, a construção de novas capelas dos Últimos Dias de terras estrangeiras, constam
é a etapa mais urgente do plano de construção. do programa dos missionários de trabalho.
O ano registrou cêrca de 800 capelas em fase de Em uso já por quatro anos nas áreas do
construção ou planejamento, acomodando-se aos Pacífico, êsse trabalho prosseguirá avante, para
esforços globais da Igreja para prover locais de satisfazer à sempre crescente urgência de novas
adoração adequados. capelas e outros edifícios da Igreja.
O número real das capelas iniciadas — 135 Cêrca de 1.600 missionários de trabalho estão
— é consideràvelmente menor do que o dos dois correntemente integrados no programa. Dêsses,
anos anteriores, mas isto nos conta apenas uma 400 foram chamados dos Estados Unidos, e 1.200
parte da história. de várias áreas em que os edifícios estão sendo
De acôrdo com J. Howard Dunn, encarregado erigidos.
do projeto de desenvolvimento, 239 estavam em Nos primeiros cinco anos os seguintes edifí­
construção em 1960; planos para mais 83 ficaram cios foram completados no Pacífico: Um templo
na Nova Zelândia, 150 capelas, e cinco grandes
completados, aguardando o início da construção;
escolas como a Escola da Igreja, no Havaí, e o
acordos com arquitetos vinham em andamento pa­
ra outras 155 capelas, e de 250 a 300 encontravam- Liahona College em Tonga; diversas escolas
se na fase de planejamento do projeto. menores, inclusive dois colégios em Samoa;
e muitos abrigos para professores e missionários
“ Característico da extensão do programa,” ficaram também completos.
disse o Snr. Dunn, “ é o fato da Igreja manter O novo programa tem estado em uso no Ha­
atualmente contratos ativos com 105 firmas arqui­ vaí, Samoa, Tonga, Ilhas Fiji, Tahiti, Ilhas Cook,
tetônicas. ” Nova Zelândia e Austrália.
Espera-se que em poucos anos o programa de Os missionários são chamados para um perío­
construção na Europa esteja quase tão grande do de pelo menos dois anos, prevendo-se que per­
quanto nos Estados Unidos e no Canadá. No maneçam no campo até que dois projetos sejam
decorrer do ano, o Elder Wendell B. Mendenhall, completados, se possível.
Encarregado do Comitê de Construção da Igreja, Os missionários de trabalho chamados dos
visitou a Europa e retornou com um relatório de Estados Unidos servem na capacidade de consul­
que 100 novas capelas são necessitadas lá, imedia­ tores. Êles recebem uma quantia para subsistência
tamente. a qual varia de acôrdo com o custo de vida nos
vários países.
O Snr. Dunn disse que 37 estarão em cons­
. Aqueles que são chamados para servir nos
trução a 1.° de junho e mais 25 se encontrarão em
locais em que se executa o projeto, recebem alimen­
processo de acabamento pelo fim de 1961- Estão
to, roupas e habitação dos membros da região.
completos os planos para 20 capelas na América do
O programa de missionários de trabalho foi
Sul, disse êle. Dentro de cinco anos, 300 novas
adotado na Europa em julho de 1960. Em novem­
capelas terão sido iniciadas na Europa.
bro último tomou-se a decisão de extender o pro­
Além das capelas que estão em construção ou grama à América do Sul. Completaram-se os pla­
planejamento, diversos institutos de religião, semi­ nos para que 20 novas capelas se construam lá, e
nários e centros de abrigo aos estudantes Santos espera-se que sua construção se inicie logo.

Atividades Missionárias marcam novo tento em 1960


Talvez o crescimento mais espetacular alcan­ tiva de 6.828 para o mês de dezembro, fornecido
çado pela Igreja durante 1960 tenha sido em nú­ ao “ Church News” pelos presidentes das missões
mero de conversos resultantes de intensiva ativida­ em particular.
de missionária. Acrescentando-se a êsse total nas missões,
Apesar dos totais não estarem ainda prontos
NAS MISSÕES DA IGREJA, CRESCIMENTO
ao tempo desta reportagem, o número de batismos
CONSTANTE
nas missões demonstrará um crescimento de apro­
A no A deptos N .° DE N .° DE
ximadamente 69 porcento para 1960, em relação
E stacas M is s õ e s
a 1959.
1900 32,000 43 16
Uma pesquisa em 60 missões, dirigida pelo 1910 68,250 62 21
“ Church News” , indicou que os batismos nessas 1920 99,820 83 24
missões, durante 1960 se aproximaram do fenome­ 1930 139,611 104 30
1940 159 647 134 35
nal resultado de 39.000 comparados com os 23.026
1950 212,836 180 43
do último ano. Isto se baseia no relatório correto 1960 300,000 319 63
de 32.203 conversos até novembro, e uma estima­ (a p rox .)

88 A LIAH O NA
constatamos a estimativa de 10.000 conversos bati­ um resultado de mais de 100 porcento durante o
zados pelas missões das estacas durante 1960. Isto ano, para indicar que o “ espírito de conversão”
elevará o total de batismos até muito próximo de está largamente disseminado pelo mundo.
50.000, em comparação com os 33.060 do ano As Missões Européias combinadas, conforme
anterior, o qual foi o total mais elevado dentre um relatório do Presidente Alvin R. Dyer enviado
todos os anos até aquela época. de seus escritórios em Frankfurt, Alemanha, a Salt
Reunindo-se a êsse tremendo aumento de ba­ Lake City, em dezembro, registrarão um total de
tismos encontramos diversas missões apresentando 10.700 batismos para 1960. Isto representa, em
comparação com os 2.700 de 1959, um aumento de
quase 300 porcento.
A maior porcentagem de desenvolvimento em
BATISMOS DE CONVERSOS tôdas as missões da Igreja ocorreu na Misão Fran­
NAS M IS S Õ ES DA I G R E J A cesa a qual esperava encerrar o ano com 1.000 ba­
4Q000 tismos, comparando-se com os 144 do ano de 1959.
O propósito original dessa missão era de 400 ba­
jrçooo tismos, propósito que conseguiram ultrapassar por
35,000 volta de julho- Revisaram portanto a meta, alte­
rando-a para 800. Tal número êles o lograram ex­
ceder no mês de novembro, com um total de 833
50,000 batismos.
O maior total de batismos por missão foi re­
gistrado na Missão Britânica. Essa missão contava
25.000 em novembro 2.471 batismos, estimando um total
de mais 400 para dezembro, o que resultaria num
toial anual de 2.871 conversos.
20.000 22j>72 21,026 Êsse acréscimo fenomenal em conversos bati­
zados deve-se não apenas ao número maior de mis­
20,952
sionários, mas também à aumentada eficiência na
15.000 obra missionária, métodos novíssimos, ênfase no
15,932 sistema de apresentações, e “ o espírito de conver­
são” que também progride, uma vêz que a média
iqooo anual de batismos por misionário continua a au­
12,100
mentar progressivamente.
No contrSle dos esforços missionários encon­
5.000 tramos o Comitê Missionário da Igreja, sob direção
da Primeira Presidência. O Presidente Henry D.
Moyle é o encarregado geral do comitê, tendo o
| 1955 1 1956 | 195711955 1 1959 11960 | Elder Gordon B. Hinckley como secretário exe­
cutivo.

8 000 Missionários
Aproximadamente 8.000 missionários de
8000 —
tempo integral levavam a mensagem do Evangelho
a tôdas as partes do mundo, ao encerramento de 7000 — N U U C I 0 OC U I 5 S I 0 N A K IO S
OE T E M P O I N T E t R A L
1960.
6000 —
Êste foi o maior corpo missionário de tempo
integral de tôda a historia da Igreja.
O avançado programa de 1960 contemplou .0 0 0
414 rapazes e moças passando em um só grupo
jo o o -
pela Casa da Missão, na rua 31 North State, para
treinamento, antes de embarcarem para suas ibou i r
missões. 1000 -
Sob a orientação do Dr. e Snra. Lorin L. Ri-
chards, êsses missionários receberam o preparo
1955 1956 1957 1956 1959 1960
para seu chamado. As sessões na Casa da Missão,

Março de 1961 89
antes levadas a efeito duas vêzes por mês, durando Após a guerra o número resgistrou um grande
de uma semana a dez dias, foram agora estabele­ salto quando, em 1955, 4.687 missionários entra­
cidas em uma por semana- ram em trabalho. Em 1956 o número cresceu para
As classes apresentaram uma média de 225 5.103; 1957 — 5.387; 1958 — 5.739 e 1959 —
membros durante o ano, com a maior sessão leva­ 5.890.
da a cabo em junho, quando estavam presentes 0 Dr. e Snra. Richards esperavam que uma
os 414 missionários que se preparavam para o nova Casa da Missão fosse localizada no colossal
trabalho em todos os continentes e ilhas do mar. edifício da Administração da Igreja com 38 anda­
Mais de 3 .000 missionários passaram pela res, o qual será erigido na Rua North Temple.
Casa da Missão dentre os meses de agôsto até o Contudo, não podem aguardar até que esteja com­
ano novo. pleto o referido edifício para formar missionários.
Um grande reforço integrou o trabalho quan­ O primeiro grupo de 1961 foi chamado para o
do o limite de idade missionária foi alterado para princípio de janeiro, dois mais para fevereiro, dois
19 anos, élderes, e 21 anos sisters. para março e dois para abril, e assim por diante,
Refletiu-se grande crescimento no programa crescendo o programa com grupos de dezenas e
desde a guerra, quando de 2.000 a 3.000 missioná­ centenas de conversos vindo integrar as fileiras da
rios espalhavam o Evangelho. Igreja através do esforço missionário-

Os Membros do Sacerdócio aumentam de 18.000


Com um aumento permanente em número e Não possuímos ainda cifras acuradas para de­
atividade, o sacerdócio manteve-se em dia com o monstrar o crescimento do sacerdócio nas missões,
crescimento recorde da Igreja em 1960. mas por todos os relatórios, parece ser considerá­
As duas divisões do sacerdócio demonstraram vel.
uma sólida progressão e muitas realizações. E não apenas o número se expandiu, mas
Mesmo em números o resultado é impressio­ também a atividade aumentou bastante durante o
nante. ano.
Por exemplo, em 1960 havia uns 2.000 sumo-
No Sacerdócio Aarônico o crescimento elevou-
sacerdotes a mais nas estacas da Igreja do que em
se também, com mais de 10 000 novos portadores
1959.
dessa autoridade dentro das estacas.
Os setentas também demonstraram aumento
em afiliação, e os élderes das estacas aumentaram Além disso, os reconhecimentos individuais
de mais de 5.000 durante o ano. entregues em 1960 sobrepujaram todos os recordes
Assim sendo, apenas nas estacas encontramos anteriores, demonstrando que os jovens portadores
mais de 8.000 possuidores do sacerdócio a mais do sacerdócio estão se tornando mais e mais ativos,
do que em 1959. a cada ano.

Cumprimento das Promessas no Brasil


O progresso de 1960, se fêz notar principal­ os desejos de Deus têm sido dados a conhecer a
mente aqui no Brasil, onde o “ espírito de conver­ seus filhos, para que com diligência e obediência
são” vem sendo verdadeiramente sentido. Em cada possiam realizar aquilo que se espera dêles.
distrito, em cada ramo e nos lares dos membros e Os relatórios provenientes dos vários escri­
investigadores honestos da Igrejas, algo de novo e tórios da Igreja demonstram claramente a recep­
maravilhoso está se realizando. Os corações dos tividade e desejo do povo, de ouvir a advertência
obstinados e duros são tocados, para que possam que lhe é dirigida-
compreender as maravilhosas bênçãos que os Durante o ano passado, 'aqui no Brasil, mais
aguardam, simplesmente se seguirem e obedecerem de 1500 seguidores da verdade entraram nas águas
aos mandamentos do Todo Poderoso. do batismo. Êsse total representa quase 50 por­
Através das várias eras, e mesmo antes da­ cento de aumento da congregação da Igreja no
quelas que estamos em condições de compreender, Brasil.

90 A LIAH O NA
0 corpo governativo da Igreja, o sacerdócio, 5000

provou também um aumento de cêrca de 100 por­


CRESCIMENTO ANUAL
cento. Existem agora mais de 500 homens da
DA IGREJA NO BRASIL
Igreja que provaram-se dignos de ser chamados
para assumir a tarefa de dirigir os trabalhos do
Senhor em 15 distritos e 68 ramos. 4000

O ano de 1960 assistiu ainda a abertura de


um novo si&tema de trabalho missionário. Em
adição aos atuais 270 missioniários de tempo in­
tegral que servem no Brasil, existem agora 40 3000
“ Missionários Distritais” que foram chamados e
ordenados para dedicar suas horas livres à dispsr- lo
são do Evangelho. Apesar de iniciado apenas no (O
mês de maio, êsse grupo de missionários já ar­ 00
rebanhou 48 conversos à Igreja. 2000
O programa de construção da Igreja no Bra­ O
cg IO
sil está também principiando a contemplar um
<0
S l-O
novo horizonte. Em dezembro de 1959 existiam
NO ho
em uso pelos vários ramos, 8 capelas; em dezembro CVJ <NJ
de 1960, 10, mais 3 em estágio de construção. 1000 ''t
»o C\J
Constam ainda do planejamento diversas outras. CO
ro O) K)
Existe apenas uma resposta à razão de todo O)
t"-
êsse progresso. O Senhor assim o deseja. Êle or­ O)
cO oO
denou a seus servos na terra, que fossem adiante
e realizassem esta obra em seu nome. 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 1959 1960
No princípio do ano de 1960 foi feito um
anúncio especial a tôdas as estacas, missões, alas notado. Cada membro da Igreja recebeu a respon­
e ramos, de Salt Lake City, introduzindo a “ Nova sabilidade de atrair para ela um membro por ano.
Era” dentro da Igreja. Prometeu-se que daquele O sistema de apresentações foi reavivado en­
tempo em diante, um tremendo crescimento seria quanto os membros tomavam tal chamado como

Março de 1961 91
uma oprtunidade de levar seus amigos e parentes do os velhos exemplos dos missionários verdadei­
para a Igreja. Os amigos foram apresentados aos ramente grandes do passado, obedecendo e vivendo
missionários e marcaram-se visitas nos lares para as regras e mandamentos estabelecidos pelas auto­
que todos se encontrassem. Descobriu-se que os
ridades, orando e jejuando, e especialmente aten­
parentes não eram “ tão antagonistas, no fim das
contas.” dendo ao Espírito do Senhor, aquêles que buscam
Atendendo à voz de um profeta do Senhor e o reino de Deus estão recebendo rapidamente a
crendo em suas palavras, relembrando e empregan- oportunidade de entrar para êste rebanho.

A Segurança é do Senhor
Suplemento da Jtyção para oi Jíeitreâ Viiitantei do J^amo

LIÇÃO NP 4
Preparado como suplemento à mensagem dos mestres visitantes de Abril de 1961

O homem nêste mundo está cercado por uma nar nossos filhos a serem conscientes de sua se­
variedade de coisas que possuem ao mesmo tempo gurança, e a respeitar a pessoa e posses alheias.
um potencial tremendo de utilidade, e grande capa­ Mais de um bola de neve atirada a um carro resul­
cidade de destruição. tou em sério dano. Atirar pedras não deve tam­
Facas, armas, escadas, veneno, fogo, água e pouco ser tolerado, por razões evidentes.
coisas assim nos vêm imediatamente à imaginação. As crianças são notoriamente desatentas a sua
Outras coisas, no entanto, são menos evidentes mas própria segurança, assim como à dos outros. Elas
da mesma forma perigosas. devem ser ensinadas que há meios bons e maus de
Por todo lado vemos acidentes desnecessários tratar bicicletas, telhados, árvores, facas, armas e
(e não existe acidente que seja necessário) resul­ coisas assim.
tante de deficiência no prevenir, paciência ou sa­ Também estão presentes perigos que ameaçam
bedoria. Os “ causadores” de tais acidentes estão não nossas vidas mortais, mas sim nossas vidas
sempre presentes. eternas. Êsses são ainda mais insiodiosos. A segu­
Considere por exemplo as ruas geladas • — ■ou rança exige que usemos de vigilância e sabedoria
os lagos perigosos os utensílios elétricos que não no tratar os imprevistos espirituais bem como fí­
compreendemos bem — cêrcas ponteagudas — ou sicos.
ainda automóveis sob quase qualquer circunstância.
O Senhor manda que nos amemos uns aos ou­
Até o lar está cheio de perigos. Escadas al-
tros. Não é desarrazoado supôr que êle espera que
cantiladas, utensílios defeituosos, láreas de armaze­
adotemos precauções especiais para impelir um nos­
nagem impropriamente iluminadas, sacos de plásti­
so irmão para a eternidade, em vêz de deixá-lo fi­
co ou tesouras deixadas ao alcance de crianças. . . é
car mutilado, deformado e irrealizado para a vida.
uma lista bem longa e depressiva.
E o Senhor espera que sejamos tão cuidadosos co­
Nem todos os perigos são inanimados. Ten­
nosco mesmos como com os outros.
tativas desnecessárias de brincar com cobras, ara­
nhas e cachorros estranhos, resultam freqüente­ Foram criadas leis para nos ajudar a tanto.
mente em desastre. Até animais domésticos e bem Elas são guias para conduzir, não desafios à
conhecidos, revelam por vêzes características pes­ ingenuidade- Onde quer que estejamos, o quer que
soais insuspeitadas. façamos, sejamos ou não vistos — devemos obede­
Duas ameaças a nossa segurança merecem cê-las. E devemos obedecê-las como uma obriga­
atenção especial: o vigarista e a criança sem orien­ ção religiosa.
tação. 0 primeiro é problema próprio, o segundo Cuidado. Nós somos os guardadores de nos­
dos pais. Nós temos a responsabilidade de ensi- sos irmãos.

92 A LIAHONA
O CAMINHO DA PERFEIÇÃO
Por Joseph Fielding Smith

PREFÁCIO

Durante as últimas duas décadas, têm sido prepa­ cípios de doutrina e dos temas históricos que jus­
radas pela Sociedade Genealógica de Utah, lições tificam o lugar de destaque ocupado pela salvação
de pesquisa genealógica e trabalhos no templo, em dos vivos e dos mortos na vida de todo Santo dos
benefício e assistência de todos os membros da Últimos Dias. Após muita hesitação de sua parte, o
Igreja que se encontram interessados na salvação autor foi finalmente persuadido, e nomeado pela
de seus mortos. diretoria da SOCIEDADE GENEALÓGICA DE
Grande parte do material constante destas li­ UTAH, a fim de empreender tal trabalho.
ções tem sido repetido, necessariamente, de ano
Os princípios do Evangelho não sofrem modi­
para ano, pois o estudo de genealogia é de natureza
ficações. Assim como nas lições prèviamente pu­
tal que os seus respectivos trabalhos são largamente
blicadas, as doutrinas da Igreja são também aqui
governados por princípios definidos e imutáveis. A
levadas em consideração. O presente texto não
pesquisa, que se relaciona à descoberta de nomes em
constitue tentativa de oferecer algo de novo aos
documentos antigos e frequentemente mofados, ar­
santos. As ordenanças do batismo, da imposição
quivos paroquiais, pedras sepulcrais, Bíblias usadas
das mãos, a ordenação, etc., continuam sendo hoje
pelas famílias, oartas, testamentos, escrituras de
aquilo que têm sido durante tôdas as gerações,
venda, e mil e uma outras fontes que ligam famílias
desde o comêço dos tempos. Entretanto, como todo
de geração em geração, está se desenvolvendo agora
Santo dos Últimos Dias poderá atestar, é bem ver­
a ponto de se constituir em uma arte. Durante os
dade que êsses princípios imutáveis são, num outro
últimos oitenta anos, ou seja, desde que o espírito
sentido, sempre novos.
de pesquisa nos anais dos mortos conquistou ver­
dadeiramente o coração dos homens, métodos de Todos os que se deleitam em cumprir os man­
pesquisa têm sido idealizados e melhorados até que damentos do Senhor rejubilam-se com todo e qual­
a genealogia, em muitos pontos, já alcançou prà- quer debate acêrca dêsses princípios. Êles nunca
ticamente a categoria de ciência exata. Em tais se cansam de ouvi-los. Entretanto, assuntos velhos
condições, as aulas relacionadas a tal assunto de e conhecidos podem trajar-se com novas vestes;
pesquisa devem seguir essas mesmas diretrizes nem sempre precisam ser apresentados da mesma
gerais. Além disso, as normas e os regulamentos maneira; e é sempre a aplicação das verdades do
que governam os trabalhos do templo são cons­ Evangelho nas vidas humanas que lhes emprestam
tantes e raramente sofrem modificações. Portanto, o seu significado vital. Espera-se que o estudo e
as obras didáticas referentes ao trabalho nos tem­ debate dos princípios aqui apresentados inspire
plos e à genealogia, na maior parte de seus deta­ os Santos dos Últimos Dias a se compenetrarem de
lhes, permanecem análogas de ano para ano. De seus privilégios e deveres, e a viverem vidas mais
fato, torna-se possível preparar, em tal matéria, dignas, sendo mais valorosos no serviço do Senhor.
uma obra didática que seria, então, quase que Êste livro foi preparado não só a fim de ser
permanente. estudado por trabalhadores de genealogia, como
A publicação da presente obra, O CAMINHO também para uso generalizado de tôda a Igreja.
DA PERFEIÇÃO resultou das repetidas solicita­
Joseph Fielding Smith
ções de nossos trabalhadores no sentido de prover­
mos uma discussão promovedora da fé, dos prin­ Salt Lake City, 1.° de agôsto de 1931.

Março de 1961 93
C A P Í T U L O I

O CAMINHO DA PERFEIÇÃO

“ Porque nos regozijamos de estar fracos, fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamen­
quando vós estais fortes; e o que desejamos é a tos; porque êste é o dever de todo homem. Porque
vossa perfeição.” —- II Cor. 13:9. Deus há de trazer a juízo tôda a obra, e até tudo
As palavras do Senhor no seu sermão da o que está encoberto, quer seja bom quer seja
montanha, “ Sêde vós pois perfeitos, como é per­ mau.” Ecles. 12:13-14. E aquêle que escreveu diri­
feito o vosso Pai que está nos céus,” têm servido gindo-se aos hebreus falou: “ Pelo que, não dei­
de texto para muitos sermões. Temos sido infor­ xando os rudimentos da doutrina de Cristo, pros­
mados de que o seu significado é que, nesta vida, sigamos até à perfeição, não lançando de novo o
devemos tentar cumprir todos os deveres e tôdas fundamento do arrependimento de obras mortas e
as leis, e assim aspirar a sermos tão perfeitos dentro de fé em Deus.” Heb. 6:1, Versão Inspirada.
de nossa esfera quanto o Pai é na dêle. Isto tudo Não devemos então continuar em busca da
está certo e é bem a verdade, mas será o suficiente? perfeição, após a ressurreição? Não nos é dada a
Terá o Senhor limitado sua advertência às nossas promessa de que, se formos fiéis em tôdas as coisas,
ações diárias? Naturalmente não podemos achar chegaremos a ser COMO Jesus Cristo e o Pai?
defeitos dentro desta interpretação e seus limites, “ Vêde quão grande caridade nos tem concedido o
pois as escrituras de fato nos inspiram à perfeição Pai: que fôssemos chamados de Deus. Por isso o
em nossas vidas mortais. Paulo, por exemplo, ao mundo não nos conhece: porque o não conhece a
falar aos Santos de Éfeso, os informa de que o êle.”
Salvador colocou, na Igreja, apóstolos, profetas, “ Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda
evangelistas, pastores e mestres, “ Querendo o aper­ não é manifestado o que havemos de ser. Mas
feiçoamento dos santos, para a obra do ministério, sabemos que, quando Êle se manifestar, estaremos
para a edificação do corpo de Cristo; Até que todos semelhantes a Êle: porque assim como é o veremos.
cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do E qualquer que nÊle tem esta esperança purifica-se
Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da esta­ a si mesmo, como também Êle é puro.” — I João
tura completa de Cristo.” — Efésios 4:11-13. 3:1-3. Isto foi dito àqueles que contrataram com
Além disso, êle disse aos coríntios: “ Portanto, es­ o Senhor para servi-lo e se tornaram, pela sua obe­
crevo estas coisas estando ausente, para que, es­ diência, filhos de Deus. Informou-os João de que,
tando presente, não use de rigor, segundo o poder ao chegar Cristo, êles serão, então, assim como Êle,
que o Senhor me deu para edificação, e não para puros e santos. E depois, ao passarmos pela res­
destruição. Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, surreição, continuaremos, conforme podemos ler em
sêde perfeitos, sêde consolados, sêde de um mesmo Hebreus, em direção à perfeição por intermédio da
parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz fidelidade continuada.
será convosco.” — II Cor. 13:10-11.
PROGRESSÃO NA ETERNIDADE
PROSSIGAMOS POIS, À PERFEIÇÃO
Os Santos dos Últimos Dias acreditam numa
Mas devemos limitar o significado destas pa­ progressão eterna até o ponto em que, eventual­
lavras ditas por Nosso Senhor aos discípulos, a mente, torne-nos dignos, pelo conhecimento, sabe­
ESTA vida? Eu gosto de pensar nelas em relação doria, humildade e obediência, de ser como Deus,
a uma outra observação do mesmo sermão, pois e então receber o privilégio de sermos feitos iguais
me parecem estar intimamente ligadas: “ Mas buscai a Êle em poder, fôrça e domínio (D. C. 76:95.), e
primeiramente o reino de Deus, e a sua justiça, e de possuir tudo aquilo que o Pai tem, (D. C.
tôdas estas coisas vos serão acrescentadas.” A 84:38) como membros da “ Igreja do Primogêni­
maior parte da humanidade procura de preferência to.” (D. C. 76:54,94) Dado que bênçãos tão pode­
as coisas desta vida, e não o reino de Deus e a rosas são prometidas àqueles que desejam manter
sua justiça, mas como membros da Igreja, é nosso tôda a lei até o fim, não deverão êles continuar no
dever procurar-nos preparar para a eternidade. caminho da perfeição após a ressurreição até que
Quanto mais perfeitas nossas vidas forem AQUI, alcancem a plenitude e sejam como nosso Pai
tanto mais perfeitas elas serão LÁ. Se tivermos Eterno?
praticado princípios de perfeição, e procurado o O Presidente Brigham Young declarou que
desejo do Pai aqui, então acharemos menor difi­ “ todo homem e tôda mulher que tiver talento e o
culdade em continuar pelo mesmo caminho quando esconder, será chamado de criado indolente. Dia
passarmos para além desta esfera terrena. Agora, após dia, aumente o cabedal que lhe é confiado. O
qual é a medida exata dos deveres do homem? nosso dever de agir está na proporção de nossa
Diz o Pregador: “ De tudo o que se tem ouvido, o capacidade de receber.” Êle disse também, “ Não

94 A LIAHONA
deixarei de aprender enquanto estiver vivo, nem de sabedoria; procurai conhecimento, sim, pelo
depois que chegar ao mundo espiritual, mas lá é estudo e também pela fé.
que aprenderei com maior facilidade; e quando de “ Organizai-vos; preparai tôdas as coisas neces­
novo receber o meu corpo, aprenderei mil vêzes sárias; e estabelecei uma oasa, sim uma casa de
mais em mil vêzes menos tempo; e ainda então oração, de jejum, de fé, de ensino, de glória, de
não pretendo deixar de aprender.” Some a tôda ordem, uma casa de Deus.” D. C. 88:118-119.
esta ilimitada possibilidade o fato de que nosso Tôda esta instrução nos é dada a fim de nos
prévio conhecimento, que nos foi tirado, será res- auxiliar a tornarmo-nos perfeitos, e os santos ainda
tituido, conforme ensinado pelo Presidente Joseph foram instruídos a cessar tôda conversa profana,
F. Smith. (Veja Saturday Night Thoughts.) Sendo assim como as risadas ruidosas e desordeiras, os
assim, e já que não há raciocínio razoável em opo­ desejos luxuriosos, o orgulho e as ações perversas.
sição, teremos então um maravilhoso fundo de in­ Êles deviam manter-se moral, espiritual e fisica­
formações sôbre o qual podemos edificar, pois mente puros, através de uma correta observância
quem sabe durante quanto tempo estivemos a das leis fornecidas a êles. Dessa forma seriam san­
aprender na eternidade já passada, quando andáva­ tificados, a fim de poder habitar na presença do
mos com Deus nosso Pai? Senhor. Se formos capazes de fazer tudo isso, po­
Outro pensamento do Presidente Brigham deremos certamente ser considerados perfeitos
Young é digno de consideração: dentro de nossa esfera, e obter uma conseqüente
vantagem inicial com relação à perfeição no reino
“ Eu creio em Deus que tem poder para exaltar
celeste. “ Todo aquêle que fôr imbuído desta espe­
e glorificar a todos que nÊle crêem e são fiéis
rança, purificar-se-á, assim como Êle (Cristo)
no servi-lo até o fim de suas vidas, pois isto os
é puro,” disse João. E ainda, “ Todo aquêle que
faz deuses, e mesmo filhos de Deus, e também,
se sustentar em seu íntimo, não pecará; tudo que
nesse sentido, existem muitos deuses, mas para nós
continuar dentro do pecado, não o terá visto, nem
não híá senão um Deus, e um Senhor Jesus Cristo
conhecido.”
— Salvador que veio no Meridiano dos Tempos
para redimir a terra e os filhos dos homens do pe­
cado original que foi cometido por nossos primeiros ÊLES CONHECERÃO AS MARAVILHAS DA
pais, e trazendo a restauração de tôdas as coisas ETERNIDADE
através de sua morte e sofrimentos, abrindo a todos 0 Senhor prometeu revelar àqueles que o es­
os crentes os portões da vida salvação, e exalta­ tiveram procurando diligentemente, todos os mis­
ção na presença do Pai e do Filho, para habitar térios do seu reino. “ Sim, até as maravilhas da
com Êles por todo o sempre. — Discouses p. 31-2. eternidade êles conhecerão, e coisas ainda por vir
Eu lhes mostrarei, até mesmo as coisas de muitas
COMO CRESCER PARA A PERFEIÇÃO gerações.
“ E a sua sabedoria será grande, e o seu enten­
Em Provérbios lemos, “ Para o sábio ouvir
dimento alcançará os céus; e diante dêles a sabe­
e crescer em sabedoria, e o entendido ad­
doria dos sábios perecerá e o entendimento do
quirir sábios conselhos,” e “ 0 temor do Senhor
prudente se desfará. Pois pelo Meu Espírito os
é o princípio da ciência: os loucos desprezam a
iluminarei, e pelo Meu poder Eu lhes farei conhe­
sabedoria e a instrução.” Prov. 1:5,7.
cer os segrêdos da Minha vontade — sim, mesmo
Por revelação a Joseph Smith, o Senhor en­ as coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouvi­
sinou os Santos a persistir em orações e jejum. ram, nem ainda entraram no coração do homem.”
“ E vos dou o mandamento de que ensineis a — D. C. 76:8-10.
doutrina do reino uns aos outros. Não é dado ao homem compreender total­
“ Ensinai diligentemente, e a Minha graça vos mente a grandeza destas promessas AGORA, pois
atenderá para qu3 sejais instruídos mais perfeita­ muitas das “ maravilhas escondidas” estão além
mente em teoria, em princípio, em doutrina, na lei do alcance de compreensão; mas eventualmente tu­
do evangelho e em tôdas as coisas que pertencem do será revelado aos fiéis. Entretanto, conhecemos
ao reino de Deus e que vos é necessário compreen­ a promessa de que aquêle que andar na luz do
der; ” D. C. 88:77-78. Espírito não será enganado, e ser-lhe-ão revelados
Para que isro se realizasse com maior proveito, muitos dos mistérios de Deus, isto é, coisas que
os santos foram instruídos a construir uma casa e os infiéis não estão capacitados a compreender.
promover assembléias solenes onde pudessem apren­ Linha por linha alcançamos conhecimento e sabe­
der as coisas do reino. Mais adiante, o Senhor doria. “ Pois se guardardes os Meus mandamentos,”
disse: disse o Senhor, “ recebereis da Sua plenitude e
“ E como nem todos têm fé, buscai diligente­ sereis glorificados em Mim como Eu sou nò Pai;
mente e ensinai-vos uns aos outros palavras de sa­ portanto, vos digo, vós recebereis graça por graça.
bedoria; sim, nos melhores livros procurai palavras *** O Espírito da verdade é de Deus. Eu sou o

Março de 1961 95
Espírito da verdade *** E nenhum homem rece­ zando a plenitude de sua glória na vida abundante
berá a plenitude a não ser que guarde os Seus e perfeita que Jesus Cristo veio ao mundo para
mandamentos. Aquêle que guarda os Seus man­ mostrar.
damentos recebe verdade e luz até que seja glori- Nestas páginas abordaremos os princípios do
ficado em verdade, e conheça tôdas as coisas.” Evangelho, os convênios e o curso de vida exigido
— D. C. 93:20-22, 26-28. daqueles que procuram chegar à presença do Pai
e do Filho. APENAS PERMANECENDO NO CA­
HERDEIROS UNIDOS EM CRISTO
MINHO ESTREITO ENCONTRAREMOS AQUE­
Portanto, aqui temos a promessa de que, pela LA PLENITUDE DE JÚBILO E VIDA QUE É A
obediência e pela fé, obteremos a plenitude de PERFEIÇÃO. Esta e a meta ambicionada pelos que
tôda a verdade e seremos como Cristo, a fim de verdadeiramente amam o Senhor; e êles a alcan
com êle dividir, como herdeiros unidos, “ tudo que çarão pelo serviço diligente e fiel, e pela perseve­
o Pai tem.” Seremos filhos e filhas de Deus, go­ rança até o fim.

C A P Í T U L O II

ENTRE DUAS CORTINAS


Recentemente um desenhista retratou um ho­ UM PANORAMA MAIS PROMISSOR
mem em sua vida mortal, dando-lhe o aspecto de
Se bem que seja verdade que todos devemos
um andarilho solitário e desnorteado, num caminho
eventualmente passar pelo mistério do túmulo, “ de
estreito entre duas enormes cortinas pretas. A
onde nenhum viajante pode voltar” como disse
cortina atrlás dêle trazia a inscrição duvidosa,
Lehi, entretanto, e devido à misericórdia divina,
“ ANTES DO NASCIMENTO, O Q U E ?” E a cor­
abre-se-nos um panorama mais promissor e agradá­
tina da frente, “ DEPOIS DA MORTE, O Q U E ?”
vel do que êsse, que foi expressado por quem
Acompanhando o desenho, um artigo declarava
não fala guiado pelo espírito do Evangelho.
que o homem nada sabe quanto à sua existência
Sabemos muita coisa da vida anterior ao nosso
antes do nascimento, e que, ao terminar a sua
nascimento mortal e da vida que se segue à dissolu­
vida mortal, forçosamente penetrará no domínio do
ção do corpo. “ Se apenas nesta vida tivermos espe­
mistério, que não é conhecido de ninguém.
rança em Cristo,” disse Paulo, “ somos então de to­
O Dr. James R. Nichols escreveu: “ Os sêres
dos os homens os mais miseráveis.” Todos os ho­
humanos surpreendem-se existindo sôbre um pe­
mens amam a vida; é a maior dádiva de Deus à
queno corpo celeste que gira pelo espaço, mas de
onde vieram continua sendo um mistério impene­ criatura. Até os insetos lutam pela vida, protegendo-
trável. Exceto as crônicas hebráicas, nenhum livro, se contra os inimigos mortais. O desejo de viver é
por antigo que seja, fornece qualquer relato do uma dádiva inerente de Deus; e êste desejo não se
gênesis do homem, o qual mereça nossa considera­ limita à existência mortal. É verdade que existe
çã o; e nenhuma inscrição em rocha ou metal, gra­ quem não espere por uma vida após a morte; mas
vada em qualquer parte do mundo, fornece uma êstes, podemos afirmar com segurança, são apenas
pista para a solução do intrincado problema da aquêles que por sua corrução temem enfrentar a
origem da raça. Aquêles estranhos visitantes do penalidade de seus atos perversos. Aquêles que vi­
espaço celestial, os meteoritos, que são projetados vem honesta e virtuosamente, compreenderão mui­
incandescentes sôbre a crosta da terra, podem for­ to bem as palavras de Ruskin: “ Não há riqueza
necer respostas tão imediatas a nossas indagações senão a Vida —■ a Vida, com todo o seu poder de
quanto os mais evoluídos filósofos.” — “ Whence, amor, alegria e admiração.” Montgomery expressa
What, Where, p. 1.” o desejo de vida imortal nas seguintes palavras:
E o poeta assim se expressou: Suportará deixar de ser alguém
“ Pequena temporada de luzes e vida, Quem nesta vida jamais existiu?
De amor e sorriso, prazeres e dor. Mas voltaria a palmilhar porém
De horror pelas trevas que vêm em seguida A velha estrada que já concluiu?
E então volta o pó a ser pó sem valor
A vida menor será pois como a grande VIVEMOS O UTR OR A NA PRESENÇA DE
E aquêle que a ama como quem a odeia. DEUS
Ninguém sabe ao certo se ganha ou se perde, Quando Adão foi posto nesta terra, todo o
Mas ela virá, cêdo ou tarde, sim, creia.” seu conhecimento prévio lhe foi tirado. Entretanto,
A. L. Gordon. o Senhor nos informou de que Adão tinha vivido
E assim poderíamos continuar expressando antes, e que havia tido experiências como Miguel,
nosso parecer acêrca do homem em suas meditações o grande príncipe, escolhido para encabeçar a fa­
quanto à vida e a morte, o que veio antes e o que mília humana nesta terra, como Ancião de Dias.
se seguirá depois. Também nós, tivémos esperiências e vivemos na

96 A LIAH O N A
S e u . E £l m o
REORGANIZAÇÃO DO DISTRITO DE PÔRTO ALEGRE após a sua chegada a P ôrto A leg re no ano passado.
T rabalh a com o T h e F irst N ational City Bank o f New
Y ork.

PÔRTO ALEGRE 4 ."


OS P R IM E IR O S B A T IS M O S D O N O V O R A M O
H á uns p oucos m eses o Irm ão G otthilf Bauer e a
sua fa m ília m udaram -se de Ipom éia para a V ila Santa
Isabel em P ôrto A legre, escolhen do êsse lugar porque lhes
lem brava Ipom éia. L og o depois de se estabelecerem ,
convidaram os m issionários a fazerem uma visita para a
fam ília com o propósito d e con h ecer os seus m uitos novos
am igos e vizinhos. Essa prim eira visita se realizou a 19
de novem bro de 1960. C om o resultado m uitos se interes­
saram pela Igreja e pediram batism o.
A g ora existe lá um ram o ativo com mais de 25
m em bros.

D epois de servirem fielm ente por mais de um ano, o


Presidente H enrique Esteves Cavalheiro e seus d ois co n ­
selheiros, A lfre d o Zahn e Flávio Freitas, foram d esobriga­
dos com uma votação calorosa d e agradecim ento pelo
m uito que fizeram em p rol do distrito.
O Irm ão W alm ir Silva fo i escolh id o para assum ir a
P residên cia do Distrito com o Irm ão W e ld o n R obert Co-
lem an com o 1.° conselheiro, o Irm ão Gunther W erth com o
2 .° conselheiro, sendo o Irm ão E uclides Paz o novo secre­
tário.
O P residente W a lm ir Silva é m em bro de m uito tem po
na Igreja. A sua am pla experiên cia o preparou para êste
cham ado im portante. Já serviu com o presidente de ramo
duas vêzes em P ôrto A leg re e uma vez em C uritiba. É
atualm ente gerente da General E letric em P ôrto A legre.
Êle e a sua espôsa, Irm ã Y edd a C oelho d a Silva têm três
filhos.
O Irm ão W eld on R obert Colem an é norte-am ericano. Na foto vemos os É lderes Clayton e Easter com os
Serviu com o m issionário no U ruguai e tem sido conselheiro Irm ãos Bauer e os prim eiros conversos d o novo 4.° Ram o
na p residên cia do 1.° Ram o de P ôrto A leg re desde lo g o de P ôrto A legre.

O Caminho da Perfeição “ Mas, eis que vos digo que Eu, o Senhor Deus,
(C on tin u ação da página an terior) prometi a Adão e a sua semente, que não sofreriam
a morte temporal, até que Eu, o Senhor Deus,
presença de Deus, onde andávamos pela visão.
mandasse anjos para lhes declarar o arrependimento
Quando chegamos a êste mundo, nós também es­
e a redenção pela fé no nome do Meu Unigênito
quecemos nossas experiências, devendo começar de
Filho.
novo. Nesta vida precisamos andar pela fé, e não
“ E assim, Eu o Senhor Deus, prescrevi aos
pela visão, e as bênçãos de uma presença direta do
homens os dias da sua provação — que pela sua
Pai nos são negadas.
morte natural êles pudessem ser ressuscitados em
HOJE É O NOSSO DIA DE PROVAÇÃO imortalidade para a vida eterna, sim, todos os que
Apesar disso, e do cerrar das cortinas ao nosso cressem;
redor, o Senhor em sua afetuosa misericórdia e em “ E os que não cressem, para a condenação
seus cuidados por nós, vem enviando mensageiros eterna; pois êles não podem ser redimidos da sua
de sua presença a fim de nos dar as necessárias queda espiritual, porque não se arrependem.” — ■
instruções para que possamos ser fiéis e voltar D. C. 29:42-44.
eventualmente à sua presença. Mas, se formos Não somos abandonados conforme pretendeu
infiéis e obstinados em não ouvir a voz de seus o desenhista, para naufragar em confusão e sem
mensageiros ou procurar a assistência do Espírito informações sôbre o que aconteceu antes ou aquilo
que Êle prometeu a todos aquêles que o procurarem que virá depois. O conhecimento que temos do que
diligentemente, então estaremos sem desculpa. houve antes e do que está para vir será, em parte,
Somos testados como ouro no cadinho, mas as o tema de nossas lições futuras.
imperezas serão atiradas fora. (C on tin u a no p róx im o m ês)

Março de 1961 97
spceRDócio nos missOQS
O PRESIDENTE MOSYLE INSISTE NO EXERCÍCIO DO SACERDÓCIO

(O seguinte artigo foi extraído do Church Até que isso se realize, não pode ser atingida
News de 1.° de outubro de 1960, depois da con­ na Igreja a oportunidade completa.
ferência dos membros de língua espanhola das
Êle mencionou o grande programa missioná­
missões hispano-americana, e hispano-americana
rio de referência na Igreja. Êste programa recém-
d’oeste.)
adotado abriu uma nova era para o proselitismo da
“ A maior necessidade da Igreja no campo
Igreja. Sob tal programa, cada membro fica en­
missionário é a de que o povo exerça seu pró­
carregado com a responsabilidade de trazer alguém
prio Sacerdócio e presida seus próprios ramos.”
para ser membro na Igreja a cada ano.
Assim falou o Presidente Henry D. Moyle da Pri­
meira Presidência às 600 pessoas que assistiam à O trabalho do templo também foi acentua­
conferência em Mesa, Arizona. do pelo presidente Moyle. Êle falou que apesar
Êle declarou que os presidentes dos ramos pos­ de ser isto importante também, é mais maravi­
suem as chaves do progresso das missões. Adian­ lhoso converter os vivos. “ Nós não cumprimos
tou ainda que o Senhor pretende que cada mem­ nossas responsabilidades apenas cuidando de nós
bro seja independente e capaz de desempenhar to­ mesmos.”
dos os deveres e responsabilidades do Sacerdócio.
O Presidente Moyle prometeu a seus ouvintes “ É assombroso,” disse o Presidente Moyle,
latinos que quando tivessem presidentes de ramo e “ pertencer à verdadeira Igreja onde todos têm o
distrito qualificados a dirigirem e serem presiden­ direito, quando dignos, de receber o Sacerdócio.
tes de estaca, o Senhor inspiraria o Presidente Da­ E quando recebemos o Sacerdócio, temos a obriga­
vid O. McKay a organizar estacas nas missões- Êle ção de ganhar inteligência, não a inteligência do
disse que então serão chamados irmãos locais para mundo, mas concernente ao modo de usar o Sa­
presidir sôbre suas próprias estacas. cerdócio.”

CONHECE ALGUÉM NESTA SITUAÇÃO?

Há na Igreja hoje milhares de irmãos que não ra apenas por orgulho. Em outros casos ainda,
possuem o Sacerdócio, ou que não possuem den­ vê-se preguiça, transgressão, mal-entendidos, vida
tro dentro dêle um cargo compatível com sua ida­ distante do centro da igreja durante muito tem­
de e experiência do mundo. po, ou dificuldade com afins — os motivos são mui­
Êste problema — o grande número de mem­ tos, mas os resultados idênticos: êles permanecem
bros senior do Sacerdócio Aarônico e os adultos afastados.
não ordenados — é preocupação de cada membro A Igreja tem um programa para os membros
da Igreja. Em tal grupo, encontra-se um grande senior do Sacerdócio Aarônico. Escolas e diver­
potencial de liderança e uma multidão de talentos sas atividades sociais e religiosas trazem muitos
de cada natureza imaginável. É perda grande de volta ao rebanho. Os missioriários ajudam
para a Igreja e também para as famílias, que es­ também, mas isto é um desafio a cada membro da
tejam inativos. Igreja e não apenas a algum de seus grupos. T o­
Êstes irmãos estão inativos porque alguém fa­ dos conhecemos pessoas, boas pessoas que cabem
lhou. Muitos são de lares onde nenhum parente é nesta classificação. . . pessoas que necessitam da
membro ativo, e assim receberam pouco incentivo Igreja, assim como a Igreja delas necessita. Nós
de participar. Muitos escolheram erradamente todos podemos ajudar, sendo bons Santos dos Últi­
sua roda de amigos e companheiros, ou foram mos Dias (estamos sendo observados) e tirando
ofendidos ou magoados uma vêz e permanecem fo ­ partido das oportunidades que se apresentam.

98 A LIAH O NA
A Morte vêzes, quando um automóvel está sendo formado, é
(C on tin u a çã o d a p á g in a 8 2 ) preciso que seja desmontado em suas peças de
origem.
tas, conhecido como o irmão de Jared- Introduzin­
É muito interessante ler nas escrituras sagra­
do-se o Senhor disse: “ Eis que sou Aquêle que foi
das acêrca das condições que existirão durante êste
preparado desde a fundação do mundo para remir
período em que o espírito sai do corpo. O Profeta
Meu povo.” Então completou: “ Vê que fôste
criado segundo Minha própria imagem.” O irmão Alma disse: “ Relativamente ao estado das almas no
de Jared expressou surpresa de ser o Senhor tão período compreendido entre a morte e a ressurrei­
parecido com êle em aparência. Então o Senhor ção, foi-me dado saber, por um anjo, que os espí­
disse: “ Eis que êste corpo que agora vês, é o ritos de todos os homens, logo que deixam êste
corpo do Meu espírito; e o homem foi por Mim corpo mortal, sim, os espíritos de todos os homens,
criado segundo o corpo do Meu espírito; e assim sejam êles bons ou maus, são levados para aquêle
como te apareço em espírito, aparecerei ao meu Deus que lhes deu a vida.
povo em carne.” (Éter 3:16.) “ E deverá suceder que os espíritos daquêles
Então, mais ou menos vinte e dois séculos que são justos, serão recebidos num estado de feli­
depois disso, o Senhor nasceu como criancinha, no cidade, que é chamado paraíso, um estado de des­
presépio de Belém, e por trinta e três anos trilhou canso e de paz, onde êles terão descanso para tôdas
os caminhos arenosos desta terra. Quando êsse as suas aflições, cuidados e dôres.
tempo cumpriu-se Êle foi levado à morte sôbre “ E sucederá que os espíritos perversos, sim,
uma cruz. Seu espírito e Seu corpo foram separa­ aquêles que são maus, não terão parte no Espírito
dos novamente, e enquanto o corpo descansava no do Senhor; pois êles preferiram praticar o mal e
túmulo de José de Arimatéia, o espírito ministrava não o bem, e, por conseguinte, o espírito do demô­
no mundo espiritual àqueles que tinham sido deso­ nio entrou nêles e tomou-os para si. E êsses serão
bedientes nos dias de Noé. Então Seu espírito e atirados na escuridão exterior: haverá pranto, la­
Seu corpo foram novamente unidos pela ressurrei­ mentos e ranger de dentes, e isto em virtude da
ção, para nunca mais serem separados. sua própria iniqüidade, tornando-se cativos da von­
A vida de Jesus foi uma vida modêlo, e nós tade do demônio.
seguiremos seu exemplo. Mas, de uma coisa pode­
“ E êste será o lugar designado para as almas
mos ter certeza: é de que a morte é uma coisa boa,
perversas, sim, na escuridão e num estado de ex­
pois do contrário não teria sido incluída no plano
pectativa espantosa e terrível, da ardente indignação
universal de Salvação, atingindo até mesmo o Filho
da ira de Deus sôbre êles. E assim permanecerão,
de Deus. Nada do que Deus faz é supérfluo ou
desnecessário. E provavelmente recebemos mais como os justos permanecerão no paraíso, até a hora
bênçãos como conseqüência de nossa morte do que da sua ressurreição. “ (Alm-a 40:11-14.)
em conseqüência do nascimento. O próprio Salvador mostrou-nos as cenas e
O Senhor não nos deu a conhecer todos os falou-nos das condições uue vão existir durante
detalhes de suas obras nem o modo com que pre­ êsse período. Êle ilustrou estas instruções contando
tende proceder em todos os instantes; não nos a história de dois homens que morreram. Um dêles
apresentou ainda tôdas as razões que tem para era homem rico que viveu aparentemente cometen­
fazer as coisas exatamente como as faz. Mas pode­ do pecados. O outro era um pobre chamado Lá­
mos estar certos de que Deus controla firmemente zaro. O Salvador disse: “ E aconteceu que o men­
em Suas mãos os segrêdos da vida eterna, e Êle é digo morreu e foi levado pelos anj os para o seio de
capaz de cumprir qualquer promessa que já nos Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
tenha feito. Na primeira regra de fé dizemos que E no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos,
“ Cremos em Deus.” Isto significa que acreditamos e viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio. E,
que Êle existe e que compreendemos alguma coisa clamando, disse: “ Pai Abraão, tem misericórdia de
sôbre a espécie de pessoa que Êle é, mas isto tam­ mim, e manda a Lázaro que molhe na água a ponta
bém significa que confiamos nÊle e que cremos do seu dedo e me refresque a língua, porque estou
que Êle conhece os Seus caminhos. atormentado nesta chama.” Disse, Abraão: “ Filho,
lembra-te de que recebeste os teus bens em tua
Um dos maiores profetas declarou: “ Necessa­
vida, e Lázaro somente males; e, agora, êste é con­
riamente haverá um espaço de tempo entre a hora
da morte e a da ressurreição. “ (Alma 40:6) Êste solado e tu atormentado. E, além disso, está pôsto
período é necessário para nêle limparmos, purifi­ um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os
carmos e educarmos nosso espírito antes de que o que quizessem passar daqui para vós não poderiam,
corpo seja novamente reunido a êle, para a eter­ nem tão pouco os de lá passar para cá.
nidade. É lógico que esta parte do processo será “ E disse êle: Rogo-te pois, ó pai, que o mandes
melhor desenvolvida durante o tempo em que o à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para
espírito e o corpo estiveram saparados. Algumas que lhes dê testemunho, a fim de que não venham

Março de 1961 99
também para êste lugar de tormento.” Disse-lhe O nosso iamigo encontraremos face a face
Abraão: “ Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.” Não estava morto; só vivia em outra vida.
E disse êle: “ Não, pai Abraão; mas, se algum dos E alguém mais deu-nos uma outra perspectiva
mortos fôsse ter com êles, arrepender-se-iam. ” Porém interessante do nosso terceiro estado, dizendo:
Abraão lhe disse: “ Se não ouvem a Moisés e aos “ Em pé, a beiramar, vejo a brisa matutina
profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum enfunar as velas brancas do barco ao meu lado, que
dos mortos ressuscite.” (Lucas 16:22-31.) parte pelo oceano azul. De fato, ela é bela, é forte,
e eu a fico olhando até que finalmente ela parece
Podemos saber algo sôbre nosso próprio fu­
apenas um fiapo pendente de uma branca núvem;
turo entendendo o estado dêstes três homens. Êles
lá, onde o céu se curva para juntar-se ao mar que
estavam conversando; e se reconheceram tanto
se ergue ao seu encontro. Então, alguém ao meu
quanto se fossem mortais. Podiam falar, ouvir e
lado diz: ‘ Lá se foi ela.’
entender. Podiam lembrar-se dos acontecimentos
“ Foi aonde? Desapareceu apenas de minha
de suas vidas terrenas, e sentir prazer e mêdo, ale­
vista, nada mais. Ela é tão larga no mastro, no
gria e tristeza. E quando o rico soube que não po­
casco e na verga como quando saiu de ao meu lado
deria fazer mais nada para aliviar seu próprio so­
e continua ainda bem capaz de levar a sua carga
frimento presente, a primeira coisa em que pensou
em pêso vivo ao lugar de destino. O tamanho di-
foi no bem-estar de sua família na terra; e queria
minuido que aparenta está na minha impressão e
que Lázaro fôsse mandado para ensinar-lhes o Evan­
não nela, realmente. E ao mesmo tempo em que
gelho para que assim não viessem a cometer os alguém ao meu lado diz: ‘ Ela se fo i,’ outros olhos
mesmos êrros que havia feito. Estas mesmas há que aguardam-lhe a chegada, e outras vozes
condições serão válidas para nós. Isto é, você estão prontas a elevar-se em brado feliz, dizendo:
será você mesmo e eu serei eu mesmo, por tôda a ‘ Lá vem e la !’ Assim é a morte.”
eternidade, não apenas antes, mas também depois Em 1822 John Howard Payne compôs sua
da ressurreição.
grande obra prima musical “ Lar Doce Lar.”
Como o profeta Nefi disse, “ o espírito e o Quando esta canção foi escrita, John Haward
corpo serão restaurados um no outro novamente, Payne estava em Paris, bem distante da velha
e todos os homens se tornarão incorruptíveis e mansão que tanto conhecia e amava, mas êle ia
imortais, e serão almas vivas, tendo um perfeito voltar para umas férias. Sabia que as melhores
conhecimento, como nós o temos em nosso estado férias são aquelas que passamos em nossa própria
corporal, com a diferença de que então o nosso casa. O Lar é onde estão nosso pai e nossa mãe,
conhecimento será perfeito.” Mas, num sentido mais o local onde crescemos e John Howard Payne
completo, não há mortos. Jesus não estava mais estava em casa, de volta. Mas depois de alguns anos
morto depois do Calvário do que o era antes de todos nós voltaremos a casa. Retornaremos ao lugar
Belém ou em qualquer estágio entre êsses tempos. onde crescemos, local em que Deus está. Voltare­
mos para onde nossos pais, nossa família e nossos
Como o poeta disse:
amigos estão.
Não, não está morto, meu amigo não morreu.
Que Deus, portanto, conduza nossas vidas, a
Mas das sendas que trilhamos nós mortais, fim de que todos nós possamos cantar com John
Adiantou-se uns passos mais Howard Payne “ Não há lugar como o Lar” , eu
Perto está de nossa estrada ao fim ; nos precedeu. oro em nome de Jesus Cristo, Amém.
Pois quando a curva do caminho fôr vencida, Tradu zido por R icardo Bastos

Eu Gostaria de Saber de se deslocar de lugar em lugar, à vontade, e de


(C o n tin u a çã o da p á g in a 7 7 ) se casar conforme seu gôsto entre as tribos de Is­
rael. Por isto, talvez ninguém descenda através
os Israelitas foram ordenados a permanecer em das idades com linhagem pura de qualquer dos fi­
sua herança, dentro dos limites do território dis­ lhos de Israel- Sem dúvida, houve quem se casasse
tribuído a sua tribo particular. na tribo de Efraim com alguém de Judá ou de
Manassés, e membros da tribo de Manassés podiam
Não há questão quanto ao fato de que tinham
ter se casado com os de Efraim ou qualquer das
liberdade para se locomover de lugar em lugar e
outras tribos de Israel.
de se casarem conforme sua escolha, dentro das di­
ferentes tribos. Quando as dez tribos foram de­ Além disso, aprendemos que o Senhor disse
portadas para a Assíria, isto não significou que que espalharia Israel entre as nações gentias, e as­
todos os seus membros tivessem sido mudados e sim fazendo, abençoaria os gentios com o sangue
que nenhum ficasse. Os Israelitas tinham o direito de Abraão. Hoje, nós pregamos o Evangelho em

100 A LIAH O NA
todo o mundo e estamos separando e juntando as veias de muitos de nós, assim como de outras das
ovelhas dispersas da casa de Israel, de acôrdo com doze tribos de Israel, e que nenhum de nós veio
as revelações dadas a Isaias, Jeremias e outros pro­ através das épocas com uma descendência clara e
fetas. Estas ovelhas espalhadas apareceram com o exclusiva de pai para filho em qualquer das tribos.
sangue misturado com o sangue gentio de seus an­
A o dar a bênção, o patriarca indica a gera­
tecessores. Nestas circunstâncias, é muito provável
que a quase maioria dos que entraram para a Igreja ção pelo sangue predominante, e pode bem extistir
nesta dispensação tenham o sangue de duas ou mais um filho indicado como de Efraim, e seu irmão, do
tribos de Israel junto com o sangue dos gentios. mesmo pai e da mesma mãe pode corretamente ser
indicado como sendo de Manassés ou de Ben-
0 Livro de Mórmon indica que Joseph Smith, jamin, ou de qualquer outra tribo de Israel. Um
o profeta foi descendente de José, filho de Jacó.
dos melhores exemplos desta diferença em sangue
Por revelação sabemos também que êle pertence
está registrado no livro de Gênesis. É o nas­
à tribo de Efraim, mas é evidente que tinha ainda
algum sangue gentio, pois está escrito no Livro de cimento de Esáu e Jacó. Êles eram irmãos
Mórmon que êsse livro apareceria “ através dos gêmeos, porém de acôrdo com o que foi revelado,
gentios,” e êle veio por intermédio de Jo­ eiam tão separados como se tivessem nascido de
seph Smith. É pois razoável depreender que nas­ pais de diferentes nacionalidades. Talvez isto seja
cemos através de parentescos mistos, e que o san­ explicado pela Lei de Mendel que governa as di­
gue de Efraim e o de Manassés podem estar nas ferenças na descendência dos pais.

A Ameaça do Comunismo Estados Unidos. Porém, êles têm um potente e subs­


(C o n tin u a çã o da p á g in a 7 9 ) tancial crescimento-
Mediante grandes esforços, iclusive melhor
A União Soviética separou em 1940 sua zona incentivo econômico, a agricultura soviética tem
de ocupação alemã — quebrando uma promessa. aumentado sua produção, de cinqüenta ou mais por
Ela organizou uma poderosa fôrça policial cento nos seis anos passados.
semi-militar na Alemanha Oriental —- quebrando Cêrca de cinqüenta milhões de pessoas traba­
outra promessa. lham na agricultura e sivicultura russa •
— mais de
A União Soviética concordou com um govêr­ quarenta porcento de sua fôrça de trabalho —
no de quatro autoridades em Berlim, e em seguida comparadas com pouco mais de sete milhões de
estabeleceu uma Berlim Oriental autônoma — que­ pessoas nos Estados Unidos, ou seja menos de dez
brando sua promessa. porcento de nossa fôrça de trabalho.
Visitei no último inverno a União Soviética, Êles têm relativamente poucas máquinas para
dispendendo a maior parte do meu tempo com a agricultura, comparando-se com os Estados Unidos
bondosa, honesta e laboriosa gente do campo. e em grande escala o trabalho é manual, a maioria
Estou certo de que o povo russo anseia pela paz, feito por mulheres.
e de que podemos antever uma era de paz se os Enquanto que um trabalhador nos Estados
govérnos do mundo corresponderem aos anseios do Unidos produz suficiente alimento e fibra para
povo. Mas não vejo demonstrações de que os lí­ cêrca de vinte e cinco pessoias — um trabalhador
deres comunistas tenham alterado seus intentos de na Rússia produz o bastante para cinco ou seis
conquista mundial ■ —■por meios econômicos se não pessoas.
militares. O trabalhador típico russo possui um par de
Não obstante, essa curta visita à União Sovié­ sapatos e uma muda de roupa. Isso porque tem
tica revelou-me claramente o quão desigual e ins­ que dispender um mês de salário para comprar um
tável é atualmente seu progreso econômico. Seu par de sapatos e 2 meses ou mais para comprar um
sucesso no campo de “ aviões interplanetários” está novo traje.
em violento contraste com a negligência de seus Êles apresentam uma fachada ousada com re­
padrões gerais da vida. Uma recente piada sovié­ lação a suas capacidades. Vi centenas de cartazes
tica expressa-se como segue: “ No ano passado ti­ na URSS incitando os fazendeiros a suplantar a
vemos um sputnik e nêste ano um lunik. Num dê- produção dos Estados Unidos. Vi, também nume­
ses dias poderemos iaté conseguir um par de sapa­ rosos cartazes predizendo a vitória final do sistema
tos.” comunista.
No que concerne à eficácia e produtividade Mas nós, neste país, estamos indo para diante
agricultural, a União Soviética está muito atrás dos também.

Março de 1961 101


Eu sinto que os soviéticos não irão igualar o propósito de Deus é construir um povo de caráter
ou suplantar nossa produção, agora ou em qual­ livre não monumentos físicos de acúmulo material.
quer tempo, sob seus sistemas de agricultura. Por­ Nações que amam verdadeiramente a liberda­
que? Porque êles nunca poderão reproduzir os de amam a Deus. A história está repleta de exem­
planos de eficiência e fértil habilidade que podem plos de poderosas nações antigas que esqueceram
ser levados avante em uma sociedade livre. a Deus. Nenhuma nação amadurecida na iniqüi­
Mas não os menosprezemos. Pelo contrário, dade pode subsistir por longo tempo. “ A justiça
esforçemo-nos firmemente para tornar cada vêz mais exalta as nações; mas o pecado é o opróbio dos
eficiente nosso próprio sistema livre de agricultura povos.” (Provérbios 14:34.)
e indústria. E fiquemos cada vêz mais vigilantes. Nós, nesta terra, temos uma rica herança de
0 que podem vocês ou o que posso eu fazer liberdade- Ela nos tem recompensado além das ex­
para ajudar a enfrentar êsse grave desafio de um pectativas — chave da segurança nacional — e é a
sistema ímpio, ateu e cruelmente materialista? preservação da iniciativa, da vitalidade, energia, e
Primeiro, avaliemos os tesouros que estamos abundância de recursos de nosso povo. Nosso pro­
de posse. — Esta é uma terra escolhida — a Amé­ gresso material é simplesmente um sub-produto de
rica inteira — escolhida acima de tôdas ias demais. nossa liberdade. A liberdade dada por Deus, um
Abençoada pelo Todo Poderoso. Nossos antepas­ princípio básico da verdade religiosa, é ainda a
sados assim a fizeram e conservaram. Ela continua­ fôrça mais poderosa na face da terra.
rá sendo uma terra de liberdade e paz, por tanto Os povos do mundo anseiam pela paz — e eu
tempo quanto nos mostremos capazes e desejosos incluo especialmente o povo da Rússia.
de prosseguir na luz dos princípios fiéis e duradou­
Eis porque podemos levar estas palavras aos
ros da verdade.
russos com fôrça íntima porém sem nenhuma ilusão.
Segundo, façamos todos a nossa parte para Sabemos que o conhecimento do inimigo ensina-
estarmos livres —■ Estejamos enternamente atentos nos a ter cautela e precaução; sabemos também
contra o acúmulo demasiado de poder no govêrno.
que falamos a milhões de povos oprimidos no lado
Preservemos aqui em nosso país livre um clima
soviético da Cortina de Ferro, tcdos aquêles que
genuíno no qual o homem possa evoluir. desejam paz com dignidade humana.
Terceiro, reafirmemos nosso patriotismo, nosso Eu gostaria de concluir dizendo que qualquer
amor pelo país. O patriotismo é mais do que uma sistema que prive os homens de seu livre arbítrio,
bandeira ondulante ou palavras bombásticas. É a que debilite o lar e a família, que dependa da
forma pela qual respondemos às necessidades pú­ mortandade para alcançar poder, que negue tôda
blicas. Reafirmemo-nos como patriotas no mais responsabilidade moral, e assegure que o homem
elevado sentido da palavra. vive somente para seu pão, negando a existência
Quarto, ajudemos todos a edificar a paz — de Deus, é do diabo.
A verdadeira paz brota, nasce internamente. Seu Essa é a filosofia comunista. Não há evidên­
preço é a honestidade, e para obtermos honestidade cia positiva de que tenha mudado nos últimos
devemos conhecer a forma de nos portar, indivi­ quarenta anos.
dual e coletivamente para assim ganharmos a
O conhecimento do inimigo e de nós mesmos
lealdade e devoção de outros homens.
dá-nos fôrça para lutar, a luta benéfica da liber­
Finalmente, redediquemos todas nossas vidas dade e da paz mundial.
e nossa nação a fazer a vontade de Nosso Pai. — Que nunca venha a ser dito de nossa terra:
Como cada um de vocês, eu amo esta nação. É “ O meu povo foi destruído porque lhe faltou co­
minha firme crença que o Deus do céu guiou os nhecimento ; ” eu humildemente oro, em nome de
nossos “ Pais Pioneiros” no estabelecimento desta Jesus Cristo. Amém.
nação, para Seu propósito particular. Não obstante, T radu zido p o r L ilian S. Silveira.

. . . Uma Boa Colheita mos especificamente preocupados em ensinar êste


(C on tin u a çã o d a p á g in a 81 ) belo evangelho às crianças brasileiras. O progra­
ma da Primária é muito adaptável. Pode ser leva­
primeiros pioneiros de Utah para auxiliá-los a en­
do a cabo num ramo, onde as crianças são nume­
sinar a seus filhos os princípios do evangelho. Nós,
rosas, ou num humilde lar, com uma mãe devotada
membros da Igreja aqui no Brasil, somos na reali­
a treinar seus pequeninos
dade pioneiros também. Apesar de nosso número
ser talvez pequeno, como o dos pioneiros de Utah As crianças se dividem em três classes. Se
muito tempo atrás, somos bastante fortes, como êles possível, tôdas as três classes funcionam. Quando
também o eram. Temos uma obra a fazer e sa­ o número é muito pequeno, as classes são selecio­
bemos qual é ela. Nós, da Junta da Primária, esta- nadas e determinadas pela idade das crianças. O

102 A LIAH O N A
grupo mais jovem (de 4, 5 e 6) aprende aprecia­ Sim, Irmãos e Irmãs, o encargo é n o s s o ...
ção pelos dons de seu Pai Celestial. O grupo se­ nosso como pais e como mestres desses jovens es­
guinte, (de 7 e 8) é preparado para o batismo. píritos a nosso cuidado. Que o Senhor os abençoe
No grupo mais velho, (de 9, 10 e 11) os meninos com o desejo de ensiná-los, com a noção da impor­
sao preparados para receber o Sacerdócio e as tância dessa responsabilidade, e então, que o Se­
meninas para se tornarem donas de casa e adquiri­ nhor os abençoe a realizar a obra que têm diante
rem apreciação pelo Sacerdócio. de si-

A Igreja no Mundo
(C o n tin u a ç ã o da p á g in a 7 5 )

uma conferên cia especial. N o dia prim eiro de fevereiro,


nessa reunião, achavam-se presentes, além dos m em bros
do C om itê de C onstrução da Igreja, todos os Presidentes
das M issões da A m érica do Sul com suas esposas.
O Com itê de C onstrução ex p licou em detalhes os p la­
nos da Igreja para construção na A m érica d o Sul. Êsses
planos envolvem o enviar de vários supervisores de pro­
je to s às m issões onde êles com eçarão a agir com o P resi­
dentes de M issões para os “ M issionários de T ra balh o” .
Êsses m issionários d e trabalho consistirão de um corp o
de homens joven s cham ados de vários ramos da m issão
para trabalhar num projeto especificam en te designado,
por um p eríod o de dois anos ou mais. A li receb erã o seu
sustento e outras necessidades da vida, mas servirão sem
salário, exatam ente com o o fazem os m issionários prega­
dores. A pren derão os vários o fíc io s de construção e co n ­
tribuirão, através de seu serviço, com um m ínim o estim ado
de 20 porcento do custo da construção. Isto substituirá
a con trib u içã o monetária de 10 porcento a qual tem sido Em pé, os Presidentes das missões na América do Sul, da
tao d ifíc il para os m em bros produzirem . esquerda para a direita: Wm. Grant Bangerter, Missão
T al program a já tem alcan çado sucesso no P a cífico , Brasileira; C. Laird Snelgrove, Missão Argentina; Asael T.
Austrália, e certas áreas dos Estados U nidos e M é x ico , e Sorensen, Missão Brasileira do Sul; J. Thomas Fyans, Mis­
está sendo presentem ente p rojeta do através d e tôda Euro­ são Uruguaia; J. Vernon Sharp, Missão dos Andes. Sen­
pa. Estima-se que num futuro próxim o, m ais d o que tados, o Comitê de Construção da Igreja, da esquerda para
20 capelas possam ser construídas roo Brasil, dentro de a direita; H, Dyke Walton; W endell B. Mendenhall, Pre­
um esquema assim. sidente do Comitê; e William F. Jackson

M ISSIONÁRIOS DESOBRIGADOS DAS MISSÕES BRASILEIRAS

ELDER ELDER ELDER ELDER ELDER


Robert A. Baird Yale I. Rogers Thomas E. Young Michael M. Norton Nelson Carlos
Aidukaitis
Vfe.sK ACIMA O EDIrtCIO DK AKyriV OS GBNKALAUIC0 8 . (OMPOSTO IIK
í l ANDABKB, À SKR ro.NSTHl i n o HRKVEMKNTK KM «ALT I.AKK (MTV

CA PA:
REPORTAGEM N A PÁGIN A 87

Devolver a
A LIA H O N A
Caixa Postal «62 — S ío Paulo, E*t. S. P. PORTE PAGO
Não sendo rcclam»da dentro de 30 diaa.

Vous aimerez peut-être aussi