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FÍSICA

Professor Sérgio Gouveia

MÓDULO 5
Corrente Elétrica I
1. CORRENTE ELÉTRICA
Consideremos um condutor metálico. Os elétrons livres do condutor estão em
movimento desordenado (caótico, aleatório) entre os íons que constituem a
estrutura cristalina do metal. Se tomarmos uma seção reta do condutor, o
número de elétrons livres que a atravessará num sentido, em certo intervalo de
tempo será o mesmo que a atravessará no sentido oposto. O total de carga que
atravessa a seção em certo intervalo de tempo é zero. Se pudéssemos observar o
movimento de um único elétron livre durante algum tempo, observaríamos uma
trajetória como mostrada na figura abaixo.
As sucessivas mudanças de direção são provocadas pelos “choques” (interações)
com os íons da rede cristalina do metal.
Se, agora, aplicarmos um campo elétrico E ao condutor metálico, os elétrons
livres serão arrastados em sentido oposto ao do campo pela força elétrica
provocada pelo campo. A figura abaixo mostra, em linha cheia, a trajetória de um
elétron livre na ausência do campo e, em linha pontilhada a sua trajetória
quando o campo está presente.
Na ausência de campo, tendo partido de P no início do intervalo de tempo, ao
final, o elétron se encontra em A. Na presença do campo 𝐸, ao movimento
caótico se superpõe um movimento de arrastamento no sentido oposto ao do
campo e, ao final do intervalo de tempo o elétron se encontrará em B. deslocado
∆s
Δs em relação ao ponto A. Ao quociente chamaremos velocidade de
∆t
deslocamento dos elétrons de condução (elétrons livres).

s
Vd 
t
Na presença do campo E todos os elétrons livres adquirirão uma velocidade de
deslocamento em sentido oposto a E . A figura abaixo mostra apenas o
movimento de arrastamento com velocidade vd em sentido oposto a E, omitindo-
se o movimento caótico que se superpõe.

É este movimento ordenado que constitui o que chamamos de corrente elétrica.


OBSERVAÇÃO
Corrente elétrica é um movimento ordenado (não-caótico) de cargas elétricas;
Nos condutores metálicos as cargas móveis são os elétrons livres, também
chamados elétrons de condução;

Sendo 𝐄 constante a velocidade de deslocamento 𝐯𝐝 também será, devido aos


sucessivos choques com os íons da rede.
Uma seção reta de um condutor onde se estabeleceu uma corrente é atravessada
por uma certa quantidade de carga num determinado intervalo de tempo.
2. INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉTRICA
SENTIDO CONVENCIONAL DA CORRENTE
Seja Δq a carga que num intervalo de tempo Δt atravessa a seção reta de um
condutor. Definimos a intensidade de corrente em certo instante por:

q dq
i  im 
t0 t dt

Por convenção, o sentido da corrente é o de E.


3. CONDIÇÕES PARA A MANUTENÇÃO DE UMA CORRENTE
Se um pedaço de condutor for submetido a um campo E a corrente elétrica
rapidamente se extinguirá. Realmente, elétrons irão se acumular num extremo do
condutor, deixando o outro extremo com carga positiva. Estes acúmulos de carga
vão gerar um novo campo elétrico E′ em sentido oposto a E. Quando E′ atingir o
mesmo módulo de E o campo resultante Er = E + E′ se anulará e a corrente
cessará.

i  0 quando E'  E
Para manter uma corrente, estes acúmulos de carga não podem ocorrer, e a única
forma de evita-los é oferecer à corrente um caminho fechado, denominado
circuito elétrico.
São então necessárias duas condições.
• Oferecer um caminho fechado, ou circuito;
• Estabelecer um campo elétrico ao longo do circuito.

Chama-se a um dispositivo capaz de manter um campo elétrico aplicado


a um circuito (uma pilha de rádio ou lanterna é um exemplo).

Não descreveremos agora o funcionamento de um gerador. Simbolizaremos um


gerador das formas abaixo:
Num gerador a corrente passa sempre do “polo” negativo para o “polo” positivo.
A figura abaixo mostra um condutor AB, inserido num circuito com um gerador.
Em resumo, para manter uma corrente é necessário um circuito fechado
alimentado por um gerador.
Para você ter uma ideia do que um gerador faz vamos imaginar o circuito de bolas
de boliche esquematizado abaixo:

O gerador exerce função muito semelhante à do infatigável cavalheiro da figura,


na sua faina de recolher bolas da base da rampa 2 para coloca-las no topo da
rampa 1, para manter uma circulação permanente de bolas de boliche.
4. A INTENSIDADE DE CORRENTE UMA GRANDEZA ESCALAR
Considere os três condutores AB, CB e BD, percorridos pelas correntes i1, i2 e i3.

Qualquer que seja o ângulo formado por AB e CB, teremos sempre i1 + i2 = i3, o
que caracteriza a intensidade de corrente como uma grandeza escalar.
OBSERVAÇÃO
Num circuito elétrico chamamos NÓ a uma interseção de mais de dois
condutores. O ponto B na figura anterior é um NÓ. Carga elétrica não pode ser
criada ou destruída e, numa corrente todos os elétrons de condução estão sendo
arrastados pelo campo elétrico. Nenhum “estaciona”, e não há nenhum
“estacionado” que de repente se ponha em movimento. Exprimimos estes fatos
com a “Lei dos Nós”:
A soma das correntes que chegam a um nó é igual à soma das correntes que saem
do nó.
I1  I2  ...  Im  i  i  ...  i
'
1
'
2
'
n

i CHEGAM   iSAEM
5. RELAÇÃO ENTRE INTENSIDADE DE CORRENTE
E VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO
Considere de um condutor cuja área de seção reta é A, percorrido por
uma corrente i. Num intervalo de tempo Δt um número N de elétrons
atravessa a seção reta do condutor. Sendo e a carga de cada elétron, a
carga que atravessou a seção reta do condutor será Δq = Ne e a
corrente será expressa por: q Ne
i i
t t

Suponha que o condutor tenha uma densidade de elétrons livres δ.


 nº de elétrons contidos num volume V 
  
 volume V 
O valor de N será dado por N =δ AVd Δt e a corrente será então
 AVd te
i  i   AVd e Fórmula de Lorentz.
t
6. DENSIDADE DE CORRENTE
Seja i a intensidade de corrente em um condutor distribuída uniformemente
sobre sua seção reta de área A. A densidade de corrente em qualquer ponto da
seção é dada por:
i A
j unidadesi : 1 2
a m

i
A densidade de corrente é definida como uma grandeza vetorial, de módulo j = ,
a
direção do campo elétrico e sentido do campo.
Da fórmula de Lorentz se obtém
i
j    e vd
a

Ou vetorialmente: j   e v d

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