EUF

Exame Unificado
das Pós-graduações em Física
Para o primeiro semestre de 2019

Gabarito
Q1.
a) Conservação do momento linear:
 
pi  p f  pix  p fx  m1v1i  m2 v2i  m1v1 f  m2v2 f
0  m(v0 )  2mv1 f  mv2 f

v2 f  v0  2v1 f 1

Conservação da energia:

1 1 1 1
Ec i  Ec f m1v12i  m2v22i  m1v12f  m2 v22 f
2 2 2 2
1 1 1
0  mv02  2mv12f  mv22 f
2 2 2

v02  2v12f  v22 f  2

(1) em (2):

v02  2v12f   v0  2v1 f 

2
 2v12f  v02  4v0v1 f  4v12f
6v12f  4v0v1 f  0
v1 f (3v1 f  2v0 )  0

v1 f  0 (o bloco 2 passa pelo bloco 1 sem colidir)

ou
2
v1 f   v0  3
3

(3) em (1):

 2  1
v2 f  v0  2v1 f  v0  2   v0   v0
 3  3

 2  1
Os vetores ficam: v1 f   v0 xˆ e v2 f  v0 xˆ
3 3

b) Conservação da energia:
2
1 2 1 1  2  2m 2
k xm  m1v12f  2m   v0   xm  v0
2 2 2  3  k 3
c) Teorema do trabalho-energia cinética:

W peso  Watrito  Ecf  Ei  0  Ei

1
m2 gh   Nd   m2 v22 f
2
N  mg cos 
 v02 
2   gh 
  h  v0  1
2
1 1  18
mgh   mgd cos   m  v0       
2 3  gd cos  d cos   18 gh 
 v02 
  tg   1
 18 gh 

d)
Q2.
a) Energia potencial:
  

r
  r  r 
V ( r )    F ( r )  d     m xˆ  d    m  xˆ  d 
ref ref ref

V (0)  0 :

x
V ( r )  m  dx  m x
0

b) Equação do vínculo:  (t )  t   ,   cte .

A força de vínculo é a força aplicada pela barra.
Note que a força é normal à barra, visto que não há atrito.

1 2 1 2 2 1 2 1 2 2
c) Energia cinética: T  mr  mr   mr  mr 
2 2 2 2
Energia potencial: V   m x   m r cos    m r cos t   
1 2 1 2 2
Lagrangiana: L  T  V  mr  mr    mr cos t   
2 2

L L
Equação de movimento:  mr;  mr 2   m cos t   
r r
d  L   L 
     0  mr  mr 2   m cos t     0
dt  r   r 

r   2 r   cos t   


d) Solução da equação de movimento:

 0  
r   2r  0
 2   2  0    
r (t )  Ae1t  Be2t  Aet  Be t
r (0)  a  A  B  a
r(0)  0    A  B   0  A  B  a 2

 et  e t 
r (t )  a    a cosh t 
 2 

Note que  (0)    0   (t )   t

Q3.
a) Equação de Schrödinger em duas dimensões:
2 2
    x , y   V ( x , y )   x , y   E   x, y 
2m

V  0 dentro da caixa.
 2     x, y     x, y  
2 2
     E   x, y 
2m  x 2 y 2 

b)
  x, y     x   ( y )
 2  1    x  1  2 ( y ) 
2

   E
2m   x 2  y 2 
1  2
  k x2    x   Asen( k x x)
 x 2

n
  0     a   0  k x  x , nx  1, 2...
a
1 2
 k y2    y   Bsen(k y y )
 y 2

n
  0     b   0  k y  y , n y  1, 2...
b

n x  n y y 
  x, y   AB sen  x  sen  
 a   b 

Normalização:

a b

 dx  dy   x, y    x, y   1
*

0 0
a
nx x 
b
n y
2 y
 AB   dx sen 2    dy sen 
2
 1
0  a 0  b 
 a  b  2
 AB 
2
    1  AB 
 2  2  ab

2 n x  n y y 
 nx n y  x , y   sen  x  sen   , nx , n y  1, 2...
ab  a   b 

2mE 2 2
k x2  k y2 
 2
 E 
2m
 k x  k y2 
  2 2  nx2 n y 
2

Enx ny    
2m  a 2 b 2 

c)
 2 2  1 1 
E11    
2m  a 2 b 2 
C2
Probabilidade11  2
C  D2
Se   x, y  estiver normalizada, então C 2  D 2  1, e
Probabilidade11  C 2

 2 2  1 4 
E12    
2m  a 2 b 2 
Probabilidade12  D 2

d) Não, pois é um estado de superposição de auto-estados de energias diferentes.

Hˆ E11 E12
i t i t i t
  x, y , t   e 
  x, y, t  0   Ce 
11  x, y   De 
12  x, y 
Q4.
a) Lei de Wien:
max1T1  W  2,898 10 3 m  K

Do gráfico,
max1  3000 nm  3, 0 10-6 m
2,898 10 3 m  K
T1   966 K
3, 0 10-6 m

b)
RT   T 4
W W
  966 K   4, 9 104 2
4
RT  5, 67  108 2 4
mK m

c)
W
4, 9 10 4
R6000 8000  área grf 60008000 m2
área grf total
área grf 6000 8000  4 
área grf total  31

4 W W
R6000 8000   4, 9  10 4 2  6, 3  103 2
31 m m

d)
T2  3T1

A Lei de Wien resulta em:

T1 1
max T1  max 2T2  max 2  max1  max1
1
T2 3
3000 nm
max 2   1000 nm
3
Q5.
a) Expansão livre: Q  0,W  0  U  0
Gás ideal: U  U (T )  T  0
T  cte  PV 1 1  P1  5V0 
0 0  PV

P1  P0 5

b) Processo reversível ligando (0) a (1): expansão isotérmica

dQ PdV
dS   , pois dU  0.
T T
P nR dV V 
  dS  nR  S 01  nR ln  1 
T V V  V0 
J
S 01   2 mols  R ln  5   16, 6 ln  5 
K

c)
 
1 1  Pf V f
PV
P0
 5V0   52 / 5 P0 V0 
 

5
5 1  52 / 5    1  2 / 5

  7 5  1, 4 . O gás é diatômico.

d)
Uf Tf
U  CV T  ncV T  
Ui Ti
Uf Pf V f 52 / 5 PV
  0 0

Ui PV
0 0 PV 0 0

Uf
 52/ 5  1, 9
Ui
Q6.
a)
 dB
I ;   ;
R dt
 t   4  d  B  a 2 B a 2 B
 B   a 2   B   
 2  dt 2 2
a 2 B
I
2R

b)
- sentido horário: + (corrente positiva);
- sentido anti-horário: - (corrente negativa)
- espira entrando na região de campo
magnético:  B aumenta  I  0
- espira saindo na região de campo magnético:
 B diminiu  I  0
2
T


c)
a 4 2 B 2
P  RI 2  nos trechos em que I  0
4R
T PT a 4 2 B 2 2 1
T
Edissipada   P (t ) dt  2 P  
0
8 4 4R  4
 a 4 B 2
Edissipada 
8R

d)  

dF  Id   B
  
dN  r  dF (o vetor torque entra no plano do papel)
No arco o torque é nulo. No raio d   dr.

dN  rdF  r Id  B  IBrdr

 a
IBa 2 B 2 a 4
N  IB  rdr  
0
2 4R
 Ba 4 
N B
4R
Q7.
a)

No interior do condutor, E  0 [0,1 pt] e V  cte .
Por continuidade, V ( r  R )  V ( r  R  )  A R .

b)
    A  A
E ( r )  V (r )     2 rˆ   2 rˆ
 r  r
     A
D1 ( r )  1 E ( r )  1 2 rˆ
r
    2 A
D2 ( r )   2 E ( r )  2 rˆ
r

c)
Lei de Gauss para o vetor deslocamento elétrico:
  
 D  ˆ
nda  Q  D fora  D 
dentro  n   
ˆ 
S
  
Ddentro  0     D fora  nˆ  D fora  rˆ
rR r R

 1 A
 1  D1  rˆ 
rR R2
  A
  2  D2  rˆ  22
rR R

d)

 Pi  Pi  nˆ

Como Pi  rˆ e nˆ  rˆ ,  Pi  0
Q8.
a)
 E1 0 W
O elemento ij da matriz Ĥ é dado por i H j . Assim, H   0
ˆ ˆ E2 0  .
W 0 E1 
b)
Autovalores:
E1   0 W
 E1     E2     W 2  E2     0
2
0 E2   0 0 
W 0 E1  
1  E1  W

 2  E2
  E  W
 3 1

Autovetores:
Hˆ     ;    1   2   3

  1  E1  W :
 E1 0 W       E1  W    E1  W       qq.
0      
 E2 0       E1  W       E2    E1  W      0
W   E1   E1  W       qq.
W 0 E1        

1 3
1 
2

   2  E2 :
 E1 0 W       E1  W   E2      0
0      
 E2 0      E2      E2   E2    qq.

W 0 E1        W   E1  E2      0 
2  2

   3  E1  W :
 E1 0 W       E1  W    E1  W       qq.
0      
E2 0   E1  W    E2    E1  W      0
    
W   E1   E1  W       qq.
W 0 E1        

1 3
3 
2
c)
Na base   1 ,  2 ,  3  o elemento ij da matriz Ĥ 0 é dado por  i Hˆ 0  j .

Partindo da base  1 , 2 , 3  :
 E1 0 0   1 2   E1 2  1 2 
     
Hˆ 0  1   0 E2 
0   0    0   E1  0   E1  1
 0 0 E1  1 2   E1 2  1 2 
 

 E1 0 0  0  0  0 
Hˆ 0  2   0 E2 0   1    E2   E2 1   E2  2
    
 0 0 E1   0   0  0 

 E1 0 0  1 2   E1 2  1 2 
     
Hˆ 0  3   0 E2 0   0  0   E1  0   E1  3
 0 0 E1   1 2   E
  1 2
  1 2




Assim, na base ortonormal  1 , 2 , 3 ,

 E1 0 0
Hˆ 0   0 E2 0  , ou Ĥ 0  E1  1  1  E2  2  2  E1  3  3
 0 0 E1 

d)
Possibilidades de degenerescência:
1   2  E1  W  E2  W  E2  E1
1   3  E1  W  E1  W  W  0
 2   3  E2  E1  W  W  E1  E2

Os valores não nulos de W que geram degenerescência são

W   E2  E1  e W   E1  E2  .
Q9.
a)
E 5  1012 eV
E   mc 2   E0      5000
E0 1 109 eV
1/ 2
  v 2  v 1
  1   2   1   2  1  
1/ 2
  1    
   
c c 2
1 1
   2   5000   2  108
2

2 2

b)
Conservação do momento:
     
Pi  Pf ; Pi  piA  piB  0  Pf  0
X está em repouso em S.

Conservação da energia:
E X  E A  EB  2 E A
E X  mX c 2 (repouso)
2EA
mX 
c2

c)
Conservação do momento:  m0 v0   mY vY (1)
Conservação da energia:
   1 m
 m0 c 2  m0 c 2   mY c 2     1 m0   mY  mY  (2)

0


(2) em (1):  m0v0     1 m0 vY  vY  v0
 1
 2  v0  
2 2

  vY 
Mas   1     1 
2
2   
 c     1  c     2  1   2  2  1  1    1  2

   1   1  1
2 2 2
 v0   2 1 
e    1   2 2

c  

2
  1 
 1

Novamente em (2): mY 
  1 m     1
2
m
 0
 1 0
mY  2    1m0
Q10.
a)
Energia dos microestados para um par de íons:
E  1 ,  2 
1  2
1 1  J  2 B h
E   J  1 2   B h  1   2  1 1  J  2  B h
1 1 J
1 1 J

  2e   J  2e  J  e  J  e 2 B h  e 2  B h 
  E1 , 2      J  2 B h      J  2 B h
Z par  e e e
  
1, 2 

Z par  2 e   J  e  J cosh  2  B h 

b)
Para 2 pares de íons:

 
  E1 , 2 , 3 , 4     E 1 , 2   E  3 , 4 
Z 2 pares  e  e 
    
1, 2 , 3 , 4      
1, 2 , 3, 4 
2
   E  , 
  e
  E  1 , 2 
 e
  E  3 , 4 
   e  1 2   Z par
  ,  
2

1 , 2   3 , 4   1 2 

Para N/2 pares de íons:

Z N / 2 pares   Z par 
N /2

 
N /2
Z N / 2 pares  2 e   J  e  J cosh  2  B h 

c)
 ln Z N
M  k BT
h
 k BT
2

h
 
ln 2 e   J  e  J cosh  2  B h   
N 2e  J senh  2 B h  2  B
M  k BT
2 2  e   J  e  J cosh  2  B h  

e  J senh  2  B h 
M  N B
e   J  e  J cosh  2 B h  

d)
Como sinh(0)  0, lim M  0
h 0

Não pode representar um material ferromagnético, pois não há magnetização residual

(ou espontânea).