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Ficha Catalográfica
M663c
Minas Gerais. Governo do Estado.
Justiça de transição e comissões da verdade [recurso eletrônico] /
Governo do Estado, Fernanda Nalon Sanglard, Vanessa Veiga de Oliveira
e Thelma Yanagisawa Shimomura (org.).- Belo Horizonte: Arquivo Público
Mineiro, 2018.
34p. ; il. - (Coleção direitos humanos e ditadura; v. 2).
CDD: 323.8104
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Ana Cláudia Ribeiro CRB 6/2868.
Autoras: Fernanda Nalon Sanglard, Vanessa Veiga de Oliveira
Organizadora: Thelma Yanagisawa Shimomura
Setembro de 2018,
Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos
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Sumário
Página
1. O que é justiça de transição? 09
1.1. Quanto tempo dura o processo transicional? 13
1.2. Justiça de transição no Brasil 15
2. A Comissão Nacional da Verdade 24
3. Afinal, o que são as comissões da verdade? 29
Referências bibliográficas 31
9
Apesar de ter surgido no fim do século XX, na interface dos campos re-
ferentes à ciência política e ao direito, solidificando-se como conceito teórico no
âmbito dos direitos humanos, Renan Quinalha (2012, p.9) ressalta que a expressão
“tem delimitado um novo campo de reflexões e uma profícua agenda de pesquisas
interdisciplinares na teoria social contemporânea”. Desse modo, a justiça de tran-
sição pode ser considerada como um campo multidisciplinar que integra o tópico
mais amplo dos direitos humanos, englobando aspectos do direito, das ciências
políticas, da ética e das ciências sociais (FREEMAN, 2006).
O conceito de justiça de transição também se fortalece quando avança em
relação aos estudos anteriores, como aqueles chamados de “transitologia”, consi-
derando alguns aspectos da tradição passada, bem como incluindo e problemati-
zando outras questões até então desconsideradas (QUINALHA, 2012). Uma das
questões em que se avançou foi a compreensão de que as transições são processos
que ocorrem em geral não de maneira espontânea e livre, mas sim dependente de
políticas públicas que estimulam a convivência pacífica e respeitosa.
2 A lei reconhece a existência de pessoas mortas devido a atividades políticas durante a ditadura e
possui um anexo com a lista dos nomes dos mortos pela ditadura (ao total o país reconheceu 136
nomes dos 152 apresentados pelo dossiê da Comissão de Familiares de Presos Políticos, Mortos e
Desaparecidos).
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FIG. 4 – Capa do Livro BRASIL: NUNCA MAIS
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Referências bibliográficas
ARNS, Dom Paulo Evaristo (Org.). Brasil: nunca mais. Vozes, 1985.
BARAZAL, Neusa R. A versão brasileira dos direitos humanos: uma reflexão polí-
tica-antropológica dos PNDH I e II. Cadernos Prolam/USP, ano 4, v.1, 2005.
ELSTER, Jon. Closing the books: transitional justice in historical perspective. New
York: Cambridge University Press, 2004.
FREEMAN, Mark. Truth commissions and procedural fairness. New York: Cam-
bridge University Press, 2006.