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DIAGNÓSTICO DA ACESSIBILIDADE DA AVENIDA GUARARAPES,

EM RECIFE-PE.

AMORIM, Emanoel Silva (1);


BAPTISTA, Arthur Henrique Neves (2)
(1) Faculdade de Ciências Humanas - ESUDA, Estudante de Arquitetura e Urbanismo
e-mail:emanoel.s.amorim@gmail.com
(2) Faculdade de Ciências Humanas - ESUDA, Doutor em Desenvolvimento Urbano
e-mail:arthurbap@gmail.com

RESUMO

Este trabalho apresenta um diagnóstico comparativo de experiências de acessibilidade vivenciadas


por pessoas com capacidades distintas de locomoção. A avaliação da acessibilidade foi feita na
Avenida Guararapes na cidade do Recife-PE, com o intuito de mostrar a importância da aplicação dos
princípios do Desenho Universal em vias urbanas.

ABSTRACT

This paper presents a comparative diagnosis of accessibility experiences lived by people with different
mobility skills. The accessibility’s evaluation was performed on Guararapes Avenue in the city of
Recife-PE, aiming to show the importance of implement the Universal Design’s principles on streets.

1. INTRODUÇÃO

A expansão urbana acompanhada de um planejamento inconsistente produz um


crescimento desordenado das cidades o que dificulta a mobilidade dos pedestres que é fator
chave para toda a mobilidade urbana. Este é um grande e atual problema das cidades, pois
envolve o deslocamento de pessoas e bens no espaço urbano através de veículos, vias e
toda infraestrutura de mobilidade. O planejamento de uma cidade deve está voltado ao
direito de ir e vir de todo cidadão desde o momento que ele sai de sua casa até alcançar o
seu destino.
A dificuldade do pedestre de se movimentar em passeios públicos e travessias urbanas, de
utilizar mobiliários e equipamentos urbanos é o resultado de diversas barreias, sejam elas
físicas, tecnológicas ou de atitudes, que resultam em segregação de pessoas. Portanto,
deve haver intervenções no meio urbano visando atender uma ampla gama de tipos de
pessoa contemplando suas características e especificidade. Conforme Cambiaghi (2007) e
destacado na NBR 9050 da ABNT (2004) o Desenho Universal é uma filosofia de projeto
que pode garantir um acesso inclusivo e irrestrito permitindo a equiparação de
oportunidades entre os pedestres.
Um pré-requisito para alcançar uma solução satisfatória e planejar as ações é o
mapeamento dos problemas no intuito de se conhecer locais que necessitam da
implantação de melhorias de acessibilidade de acordo com as normas da ABNT (2004) e
seguindo os princípios do Desenho Universal de acordo com Cambiaghi (2007). Com este
propósito, o trabalho tem como objetivo geral avaliar e mapear os níveis de acessibilidade
para diferentes usuários da Avenida Guararapes na cidade do Recife-PE.
2. A AVENIDA GUARARAPES

A Avenida Guararapes, concebida nos anos 1940, é uma das vias mais importante do bairro
de Santo Antônio no centro da cidade do Recife-PE. Na Avenida Guararapes, o tráfego é
vedado à circulação de veículos particulares, sendo exclusiva ao transporte coletivo e táxis.
Apesar de sua curta extensão, cerca de 230 metros, recebe o trafego das principais linhas
de ônibus do centro que vêm do corredor leste-oeste da cidade e também possui conexões
com linhas que vão para o norte e sul. Assim, a avenida recebe o fluxo de passageiros de
diversas partes da cidade que convergem para o centro funcionando como um grande
terminal. Abriga um belo conjunto arquitetônico, cartão postal da cidade, e é palco de
grandes manifestações culturais como no carnaval.
A via possui largas calçadas separadas do tráfego, protegidas por marquises e
originalmente ornadas com ricos desenhos de pedras portuguesas. Após anos de uso e com
pouca conservação parte do calçamento se deteriorou e foi substituído por pisos
intertravados, mas ainda é possível encontrar barreiras físicas. A maior dificuldade está na
presença do comércio informal e nas concentrações nas paradas de ônibus que consomem
grande parte do espaço que seria destinado à mobilidade dos pedestres (ver figuras 1 e 2).

Figura 1 e 2 – Exemplos positivos e negativos relativo à acessibilidade da Av. Guararapes.


Fonte: Autor, 2012.

3. MÉTODO UTILIZADO

Como procedimento para mapeamento e avaliação utilizou-se o procedimento do “Espectro


de Acessibilidade” (BAPTISTA, 2003). Em sua versão simplificada o método permite, a partir
de uma avaliação subjetiva e do uso de um espectro de cores diferenciando níveis de
acessibilidade, obter um mapeamento comparativo das condições de acessibilidade para
grupos com capacidades distintas e assim identificar os locais críticos de segregação.
Para o procedimento foram consideradas três pessoas com suas especificidades, sendo
elas: uma pessoa sem deficiência aparente (grupo de controle), uma pessoa com deficiência
física nos membros inferiores (cadeirante) e uma pessoa com deficiência visual utilizando
um bastão de rastreamento. Foram analisadas três possibilidades de uso, que são: o
movimento com direção, tomada de decisão/ manobra e travessia.
Para demonstrar os diferentes níveis de acessibilidade, o método propõe um espectro de
cinco cores indo do “azul” utilizado para demonstrar plenas condições de acessibilidade ao
“vermelho” para uma péssima condição acessibilidade.
4. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS

No quadro 1, encontra-se os mapas comparativos da acessibilidade na Av. Guararapes com


suas respectivas legendas e convenções. As barreiras físicas encontradas foram resultado
do comercio informal e desordenado e da incompatibilização de projetos, tais como:
urbanismo, comunicação visual, iluminação pública, drenagem urbana, telefonia, elétrica,
sinalização e outros. Pode ser observado que os mapas dos usuários com algum tipo de
deficiência apresentam níveis de acessibilidade inferior ao do usuário sem deficiência (grupo
de controle) caracterizando um processo de segregação.

Quadro 1 – Mapas comparativos da acessibilidade. Fonte: Autor, 2012.

5. CONCLUSÃO

Este estudo traz mais um exemplo em que o mesmo espaço pode apresentar diversos
níveis de acessibilidade em função do usuário considerado, podendo assim ser mais
acessível a alguns do que a outros. Portanto, para evitar qualquer segregação devem-se
contemplar os casos mais severos de mobilidade individual, através de um desenho
universal, com o intuito de garantir a mobilidade de uma ampla gama de usuários.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 9050; Acessibilidade a


edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

BAPTISTA, A. H. N. Procedimentos metodológicos para a avaliação da acessibilidade de


estruturas de circulação de pedestre com vistas ao projeto de “antropovias”. Recife:
PPGEP/UFPE, 2003, 142p. (dissertação de mestrado, Engenharia de Produção).

CAMBIAGHI, S. Desenho Universal. Métodos e Técnicas para Arquitetos e Urbanistas. São Paulo:
Senac, 2007.

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