FEDERAL
DE
MINAS
GERAIS
_PRÓ-‐REITORIA
DE
PESQUISA
PROGRAMA
INSTITUCIONAL
DE
BOLSAS
DE
INICIAÇÃO
CIENTÍFICA
PIBIC/CNPq,
PIBIC
AF/CNPq
e
PROBIC/Fapemig
EDITAL
PRPq
_05/2017
Subprojeto
de
Pesquisa
1
_PLANO
DE
TRABALHO
E
DE
ORIENTAÇÃO
1
Prof.
Dr.
José
Augusto
Martins
Pessoa
DEPARTAMENTO
DE
URBANISMO,
ESCOLA
DE
ARQUITETURA
SUBPROJETO
DE
PESQUISA
1
_QUAIS
IMAGENS?
QUAIS
CORPOS?
QUAIS
TOPIAS?
TRABALHADORES-‐USUÁRIOS-‐OPERADORES
DO
TELEMARKETING
E
TRABALHADORES-‐MANIFESTANTES-‐ URBANOS
NA
RUA.
LEITURAS
A
PARTIR
DA
TOPOLOGIA
URBANA
NA
GRANDE
BELO
HORIZONTE,
MINAS
GERAIS.
PROJETO
DE
PESQUISA
_DA
(RE)PRODUÇÃO
NO/DO
ESPAÇO
À
EXPERIMENTAÇÃO
DO
DIREITO
À
VIDA
URBANA
(À
CENTRALIDADE)
:
QUAIS
IMAGENS?
QUAIS
CORPOS?
QUAIS
TOPIAS?
ÁREA
DE
CONHECIMENTO
_Ciências
Sociais
Aplicadas
SUB-‐ÁREA
DE
CONHECIMENTO
_Fundamentos
de
Arquitetura
e
Urbanismo
GRUPO
DE
PESQUISA
_Uponto
_Utopias
Urbanísticas
Experimentais
1
_CARACTERIZAÇÃO
E
DELIMITAÇÃO
DO
PROBLEMA
Temos
por
pressuposto
que
no
serviço
de
telemarketing
seus
trabalhadores,
apesar
da
materialidade
que
encerram,
se
realizam
no
limite
como
sujeitos
sociais
ocultos,
quando
esboçam,
insones,
linhas
contingentes
de
uma
ininterrupta
circulação
urbana
da
qual
é
possível
cartografias
do
invisível;
visto
que
se
relacionam
à
distância,
estabelecendo
renovados
usos-‐ trocas
em,
e
de,
fluxos
diversos,
e
assim
vivências,
percepções
e
representações
atualizadas.
Tais
experiências,
devido
a
sutileza
de
seus
registros,
não
são
vistas
nem
estudadas
como
prática
espacial
ou
cultural
e
sim
toleradas/incentivadas
como
prática
comercial
do
sub-‐ segmento
de
mercado
do
“teletrabalho
terceirizado”,
onde,
segundo
estatisticas
(extra-‐oficiais,
empresariais),
emprega
hoje
cerca
de
173
mil
pessoas
no
Brasil,
sendo
destas,
somados
as
empregadas
só
nas
quatro
maiores
empresas,
33.500
em
Belo
Horizonte.
De
outra
parte,
os
usuários
do
serviço
de
telemarketing,
apesar
da
materialidade
que
encerram,
igualmente
se
realizam
como
sujeitos
sociais
ocultos,
indicam
trajetórias
mutantes
de
uma
difusa
circulação
urbana
da
qual
é
possível
cartografias
do
invisível;
pois
aqui
também
se
relacionam
à
distância,
de
forma
mediata
com
outros
sujeitos
igualmente
ocultos,
estabelecendo
usos-‐trocas
duplamente
abstratas
em/de
fluxos
diversos
-‐
o
“cliente”
busca
atendimento
direto,
enquanto
obtém
a
impessoalidade
do
atendimento
remoto
e
digital
através
de
máquinas
e
atores
falantes,
em
neodialetos
provenientes
de
anglicismos
informacionais.
Estas
experiências,
tomando
a
desconcertante
efemeridade
de
seus
registros,
não
são
vistas
como
prática
espacial
ou
cultural
no
âmbito
do
neocapitalismo
e
sim
divulgadas
como
indicador
da
última
modernidade
em
ato
no
país.
Neste
sentido,
Belo
Horizonte,
terceira
maior
metrópole
do
Brasil,
dentro
do
serviço
de
“call
center
terceirizado”
tem
como
foco
de
atendimento
“vendas”
de
serviços
vários
para
todos
os
“clientes”
no
território
brasileiro;
o
que
não
quer
dizer
que
as
demais
sete
“bases
fixas”
da
maior
empresa
sediada
no
país
não
operem
também
“vendas”.
Nosso
interesse
tem,
por
fim,
acento
na
discussão
e
cartografação
da
renovação
das
relações
sempre
atuais,
porém
hoje
desfocadas,
entre
o
trabalho
e
a
habitação
na
produção
do
espaço,
sobretudo
quando
se
põe
como
última
modernização
o
trabalho
“digital”
na
“cidade”
atual.
!
JPessoa_SubProjPesq
1_BIC'ufmg2017_proj+pltrab
1.doc
1
|
7
Este
subprojeto
integra
o
Projeto
de
Pesquisa
supracitado,
e
é
um
desdobramento
do
Projeto
de
Pesquisa
“Operadores,
usuários
e
prática
espacial
a
partir
do
telemarketing
na
Grande
Belo
Horizonte,
MG.
Trabalho,
tempos
e
sujeitos:
(in)visibilidades
em
trânsito
na
produção
do
espaço”
(em
andamento).
Insere-‐se
nos
campos
do
cotidiano,
do
trabalho
e
da
topologia
urbana,
focando
a
re-‐produção
e
a
re-‐apropriação
contemporâneas
no/do
lugar-‐tecido
urbano.
Propomos
a
este
Edital
para
prosseguir
nas
pesquisas
citadas,
reunindo
docentes
doutores
do
Dep.
de
Urbanismo
e
de
outros
departamentos
acadêmicos
da
EA
UFMG,
bem
como
pesquisadores
externos.
São
objetivos
gerais
do
subprojeto:
cartografar-‐infografar-‐sonografar,
espacializar
e
aclarar
correlações
entre
as
recentes
metamorfoses
da
re-‐produção
no/do
trabalho
e
do
planejamento-‐ gestão
trabalhista,
de
um
lado,
e,
de
outro,
da
re-‐produção
no/do
tecido
urbano
e
do
planejamento-‐gestão
urbanística,
examinando
a
diversidade
e
a
profusão
contemporâneas
dos
fluxos
informacionais
e
presenciais
cegados
no
momento
atual
da
produção
no/do
espaço,
na
periferia
do
capitalismo,
difundidas
via
metrópole.
Especificamente,
no
caso
do
subprojeto
proposto,
são
objetivos:
i.
identificar
os
diversos
sujeitos
trabalhadores-‐operadores
e/ou
trabalhadores-‐usuários
do
telemarketing,
dentro,
e
para
além,
de
seus
postos
de
trabalho,
formais
e
informais,
ou
na
posição
“sem
trabalho”;
ii.
datar,
localizar
e
situar
seus
locais
de
permanência,
situações
de
passagem
e
deslocamentos
na
“cidade”
(domicílios
explodidos
de
trabalho,
moradia,
estudo,
distração,
alimentação,
etc.),
discutindo
as
noções
e
conceitos
de
centro,
bairro,
e
centralidade,
de
(des)centralização,
de
acessibilidade
e
periferia
urbana,
de
cidade,
tecido
urbano
e
lugar
[tópos],
de
tempos
cíclico
e
linear
(sub-‐dividido
nos
tempos
obrigatório,
ou
do
trabalho,
livre
e
imposto),
de
ambiente,
[país-‐]paisagem
[topos-‐topio
?-‐?]
e
paisagem
cotidiana,
de
‘tele-‐’/telemarketing
e
segregação
sócio-‐espacial,
de
‘-‐flig-‐’/conflito
e
desigualdade
sócio-‐espacial,
e
por
fim,
de
re-‐produção
programada
no/do
desencontro
e
consumo
sócio-‐espacial;
e
iii.
espacializar
cartografias,
infografias
e
sonografias
do
(in)visível,
inventariando
na
prática
espacial
o
que
se
refere
ora
a
re-‐produção
das
relações
(sociais)
de
produção,
ora
a
apropriação
social
e
individual
do
tempo,
do
espaço
e
do
corpo,
elucidando
a
atual,
híbrida
e
mutante,
divisão
técnica,
social
e
territorial
do
trabalho.
Julgamos
que,
ao
investigar-‐espacializar
novas
e
antigas
subjetivações,
acontecimentos,
apropriações,
territorialidades,
linhas
de
fuga,
(re)ativadas
pelos
trabalhadores-‐operadores
e/ou
pelos
trabalhadores-‐usuários
do
(segmento
de
mercado
dos
serviços,
ou
não,
de)
telemarketing,
seja
possível
entender
e
delinear
um
novo
registro
do
momento
atual
do
modo
capitalista
de
produção,
ou,
melhor
dito,
do
modo
de
produção
de
segregações-‐desigualdades
sócio-‐espaciais,
suas
línguas,
logísticas,
e
vastas
redes
(in)visíveis
e
subjetivas
de
relações
humanas
e
de
(des)encontros
rítmicos
e
topológicos
(ou
“polifônico-‐poliorâmicos”).
A
partir
de
leituras
da
vida
cotidiana
nessas/dessas
multifacetadas
redes
de
sujeitos
(e
de
não
mais
sujeitos?!)
sociais,
das
suas
microritualizações
espaço-‐temporais,
pretendemos
contribuir
para
uma
transformação
de
paradigma
baseada
na
coexistência
conflitiva
de
(no
movimento
conflituoso
entre)
visões
de
mundo,
interesses
e
resistências
diversas
(“resíduos
irredutíveis
ao
domínio
da
lógica,
da
razão”
/
“a
insurreição
do
uso”),
assim
sensível
e
inquieta,
contraditória
e
politizada
de
corpos/vozes,
de
ritmos
e
de
lugares/topias
[topoi].
“CINEMA
DE
URGÊNCIA”
NA
MOSTRA
CINEBH
2017.
QUAIS
IMAGENS?
QUAIS
CORPOS?
QUAIS
TOPIAS?
TRABALHADORES-‐MANIFESTANTES-‐URBANOS
NA
RUA.
LEITURAS
A
PARTIR
DA
TOPOLOGIA
URBANA
NA
GRANDE
BELO
HORIZONTE,
MINAS
GERAIS.
A
partir
das
discussões
contemporâneas
em
torno
da
renovação,
da
reprodução
e/ou
da
reapropriação
nas
e
das
dinâmicas
topológicas
encontradas
em
diferentes
locais
e
lugares
no
tecido
urbano,
focando
“cidades”
e
“metrópoles”
na
periferia
do
capitalismo
(melhor
dito,
do
modo
de
produção
de
segregações
e
desigualdades
socioespaciais),
desdobrando
de
pesquisa
anterior,
estamos
a
recortar
um
outro
conjunto
articulado
de
temas
que
nos
possibilite
ampliar
materiais
e
instrumentos
do
pensamento-‐ação
urbanístico
quanto
a
profusão
atual
das
redes
técnicas
ou
informacionais,
e,
sobretudo,
das
redes
presenciais
de
relações
sociais
ou
topológicas.
Nos
entrelaçamentos
dos
campos
da
vida
cotidiana,
da
luta
política
e
da
topologia
urbana,
objetivamos
identificar,
cartografar,
espacializar
e
aclarar
correlações
em
movimentos
que
vão
da
re-‐produção
do
desejo,
do
espaço
e
do
tempo
à
experimentação
do
direito
à
vida
urbana.
Com
os
dados
primários
construídos
no
subprojeto
de
pesquisa
anterior
um
rico
acervo
fotográfico
e
de
entrevistas
transcritas
foi
produzido,
do
qual
pudemos
espacializar
e
aclarar
correlações
entre
imagens,
corpos
e
topias
presentes
nos
diversos
níveis
de
leituras-‐ações
na
e
da
produção
(social,
material
e
mental)
do
espaço,
do
tempo
e
do
corpo/da
sociedade.
Constatamos
a
potência
da
área
central
da
metrópole
belo-‐horizontina,
e
de
suas
imediações
e
tentáculos,
tanto
como
um
conjunto
de
locais
(re)vividos
e
representados
em
imagens
a
disputar
narrativas
e
circulação
hegemônicas
e
identitárias,
quanto
um
universo
de
lugares
de
(des)encontros
de
corpos
dóceis
e
úteis,
diversos
e
(in)diferentes,
ordeiros
ou
em
manifestações
conflituosas
e
ruidosas.
Essa
potência
se
liga
à
noção
de
centralidade
adotada
por
Henri
Lefebvre,
como
um
confluir
de
lugares
e
instantes
no
espaço-‐tempo
onde
coexistem
as
iso-‐ topias,
as
hetero-‐topias,
e
as
u-‐topias.
O
que
nos
leva
agora
à
reorientação
dos
encontros
com
os
pesquisados,
não
mais
trabalhadores-‐usuários-‐operadores
do
“telemarketing”,
e
sim
como
trabalhadores-‐manifestantes-‐urbanos
na
rua.
Quais
imagens?
Quais
corpos?
Quais
topias?
Esta
tríade
de
questões
desdobra
cada
um
dos
termos.
Estamos
envolvidos
com
nova
revisão
bibliográfica.
Também
escolhemos
outra
fonte
de
pesquisa(s),
a
funcionar
com
o
quarto
campo
no
entrelaçamentos
dos
campos
supracitados:
a
arte,
com
suas
linguagens
coletivas
na
e
de
rua
–
o
cinema,
o
teatro,
a
dança.
Pela
oportunidade
apresentada
estamos
lidando
com
e
analisando
o
acervo
da
11ª
Mostra
CineBH
–
Mostra
Internacional
de
Cinema
de
Belo
Horizonte
2017,
acontecida
nos
dias
22-‐27
de
agosto,
com
a
temática:
“Cinema
de
Urgência”.
Segundo
os
curadores,
“pensar
o
mundo
[...]
guiados
pela
urgência
serena
de
resistir
ao
fluxo
torrencial
das
imagens-‐clichês
também
produzem
[os
autores]
uma
forma
de
resistência
imensamente
potente”.
Filmes,
mostras,
rodas
de
conversas,
catálogos,
são
parte
das
fontes
específicas
a
des(a)fiar
nossos
antigos
e
novos
instrumentos
do
pensamento-‐ação
urbanístico.
palavras-‐chave
Quais
corpos,
imagens,
e
topias?;
Re-‐produção
no
e
do
espaço;
Experimentação
do
direito
à
vida
urbana
(à
centralidade);
Topologia
urbana
2
_OBJETIVOS
E
METAS
2.1.
Objetivos
De
forma
geral
com
a
pesquisa
visamos
identificar
correlações
entre
as
recentes
metamorfoses
na
reprodução
do
trabalho
e
no
planejamento
e
gestão
trabalhista,
de
um
lado,
!
JPessoa_SubProjPesq
1_BIC'ufmg2017_proj+pltrab
1.doc
3
|
7
e,
de
outro,
na
reprodução
do
tecido
urbano
e
no
planejamento
e
gestão
urbanística,
examinando
a
diversidade
e
a
profusão
contemporâneas
dos
fluxos
informacionais
e
presenciais
cegados
no
momento
atual
da
produção
no/do
urbano
na
periferia
do
capitalismo,
difundidas
via
metrópole.
Neste
recorte,
especificamente,
são
objetivos
identificar
os
diversos
trabalhadores
ou
“operadores”
do
telemarketing
e
seus
postos
de
trabalho,
dentro
e
além
destes,
e
os
diversos
usuários
ou
“clientes”
do
telemarketing,
seus
postos
de
trabalho
formais
e
informais,
ou
na
posição
“sem
trabalho”;
recompor
seus
deslocamentos,
locais
de
permanência
e
situações
de
passagem
na
“cidade”
(domicílios
explodidos-‐expandidos
de
trabalho,
moradia,
estudo,
distração,
alimentação,
etc.),
discutindo
as
noções
de
centro,
bairro,
centralidade,
acessibilidade
e
periferia
urbana,
de
tempos
cíclico,
obrigatório
(do
trabalho),
livre
e
imposto;
e
inventariar
em
suas
práticas
espaciais
o
que
se
refere
ora
a
reprodução
das
relações
de
produção,
ora
a
apropriação
social
e
individual
do
tempo,
do
espaço
e
do
corpo.
Ao
investigar
e
cartografar
novas
e
antigas
espacialidades,
temporalidades
e
territorialidades
(re)ativadas
pelos
trabalhadores
e
pelos
usuários
do
serviço
de
telemarketing
imaginamos
delinear
um
novo
registro
do
funcionamento
discreto
do
momento
atual
do
modo
capitalista
de
produção,
ou,
melhor
dito,
do
modo
de
produção
de
desigualdades
espaciais,
suas
logísticas,
e
vastas
redes
invisíveis
e
subjetivas
de
relações
humanas
e
de
interconexões
topológicas.
A
partir
de
leituras
da
vida
cotidiana
destes
diversos
sujeitos
sociais,
das
suas
microritualizações
espaciais,
pretendemos
contribuir
para
uma
transformação
de
paradigma
baseada
na
coexistência
sensível,
conflitiva
e
politizada
de
corpos/vozes,
de
ritmos
e
de
topos.
2.1.
Metas
a.
Elaboração
de
um
banco
de
dados
interdisciplinar
impresso
e
digital;
e
b.
Espacializações
do
acervo
impresso
e
digital
de
textos,
sons,
imagens
e
demais
figuras
recolhidos
e
co-‐produzidos
pelo
grupo
e
pelos
sujeitos
representativos,
construindo
uma
espécie
de
acervo
multidimensional
de
cartografias
subjetivas
e
artesanias
científicas.
2
_Objetivos
gerais
Buscando
prosseguir
com
pesquisas
em
andamento,
mantemos
os
objetivos
gerais,
quais
sejam,
cartografar-‐infografar-‐sonografar,
espacializar
e
aclarar
correlações
entre
as
recentes
metamorfoses
da
re-‐produção
no/do
trabalho
e
do
planejamento-‐gestão
trabalhista,
de
um
lado,
e,
de
outro,
da
re-‐produção
no/do
tecido
urbano
e
do
planejamento-‐gestão
urbanística,
examinando
a
diversidade
e
a
profusão
contemporâneas
dos
fluxos
informacionais
e
presenciais
cegados
no
momento
atual
da
produção
no/do
espaço,
na
periferia
do
capitalismo,
difundidas
via
metrópole.
Tomamos
aqui
como
o
objeto
principal
do
subprojeto
de
pesquisa
abordar
a
vida
cotidiana
dos
diversos
sujeitos
trabalhadores-‐operadores
e/ou
trabalhadores-‐usuários
do
(segmento
de
mercado
dos
serviços,
ou
não,
de)
telemarketing,
dentro,
e
para
além,
de
seus
postos
de
trabalho,
formais
e
informais,
ou
na
posição
“sem
trabalho”,
na
Grande
Belo
Horizonte.
2
_Objetivos
específicos
2.1
-‐
selecionar
e
discutir
referências
bibliográficas,
noções
e
conceitos
dentro
dos
temas
e
recortes
específicos
do
objeto
empírico
deste
subprojeto
de
pesquisa;
2.2
-‐
identificar
os
diversos
sujeitos
trabalhadores-‐operadores
e/ou
trabalhadores-‐usuários
do
telemarketing,
dentro,
e
para
além,
de
seus
postos
de
trabalho,
formais
e
informais,
ou
na
posição
“sem
trabalho”;
2.3
-‐
datar,
localizar
e
situar
seus
locais
de
permanência,
situações
de
passagem
e
deslocamentos
na
“cidade”
(domicílios
explodidos
de
trabalho,
moradia,
estudo,
distração,
alimentação,
etc.),
por
meio
das
técnicas
e
tecnologias
da
cartografia,
da
infografia
e
da
sonografia;
2.4
-‐
espacializar
estas
cartografias,
infografias
e
sonografias
do
(in)visível,
considerando
e
apresentando
a
atual
divisão
técnica,
social
e
territorial
do
trabalho,
híbrida
e
mutante,
especialmente
entre
trabalho
terceirizado
e
trabalho
não-‐terceirizado;
2.5
-‐
apropriar-‐se
de
procedimentos
metodológicos
quantitativos
e
qualitativos
de
levantamento
e
análise
de
dados,
e
de
síntese
de
informações;
2.6
-‐
familiarizar-‐se
com
procedimentos
da
análise
urbana,
e
da
cartografia
temática,
da
infografia
e
da
sonografia,
tanto
manuais
ou
artesanais
de
criação
de
imagens,
sons
e
outros
dados,
quanto
digitais
ou
matemáticas
de
captação,
geração/processamento
e
edição
de
imagens,
sons
e
outros
dados
geo-‐referenciados
ou
não;
e
2.7
-‐
familiarizar-‐se
com
procedimentos
da
reunião
e
catalogação
de
materiais,
do
referenciamento
bibliográfico
e
iconográfico,
e
da
redação
de
textos
científicos.
3
_METODOLOGIA
O
trabalho
aqui
tem
natureza
exploratória,
a
partir
da
investigação
dos
diversos
trabalhadores
ou
“operadores”
e
dos
usuários
ou
“clientes”
do
serviço
de
telemarketing
na
Grande
Belo
Horizonte,
e
deverá
ser
desenvolvido
através
das
seguintes
atividades:
1.
Revisão
bibliográfica
sobre
os
principais
conceitos
relativos
ao
estudo
da
temática
proposta
e
sobre
os
estudos
empíricos
existentes;
2.
Seleção
e
visita
guiada
às
empresas
deste
ramo
econômico
encontradas
na
Grande
Belo
Horizonte;
3.
Levantamentos
de
campo,
identificando
quanti
e
qualitativamente
os
diversos
trabalhadores
ou
“operadores”
e
dos
usuários
ou
“clientes”
do
serviço
de
telemarketing
na
Grande
Belo
Horizonte;
4.
Elaboração
de
roteiros
e
aplicação
de
entrevistas
e
outras
técnicas
audiovisuais
com
sujeitos
representativos
da
diversidade
encontrada,
buscando
tanto
recompor
seus
deslocamentos
físicos,
locais
de
permanência
e
situações
de
passagem
na
“cidade”,
quanto
inventariar
e
espacializar
suas
práticas
espaciais;
5.
Trabalhos
de
gabinete
utilizando
procedimentos
da
análise
urbana
e
da
cartografia
nas
espacializações
do
acervo
impresso
e
digital
de
textos,
sons,
imagens
e
demais
figuras
recolhidos
e
co-‐produzidos
pelo
grupo
e
pelos
sujeitos
representativos;
6.
Sistematização
final
das
espacializações;
e
7.
Elaboração
do
Relatório
Final.
3
_Roteiro
metodológico
O
trabalho
proposto
dá
continuidade
a
pesquisa
em
andamento,
tem
natureza
exploratória,
e
investiga
a
(partir
da)
vida
cotidiana
dos
diversos
sujeitos
trabalhadores-‐operadores
e/ou
trabalhadores-‐usuários
do
(segmento
de
mercado
dos
serviços,
ou
não,
de)
telemarketing,
dentro,
e
para
além,
de
seus
postos
de
trabalho,
formais
e
informais,
ou
na
posição
“sem
!
JPessoa_SubProjPesq
1_BIC'ufmg2017_proj+pltrab
1.doc
5
|
7
trabalho”,
na
Grande
Belo
Horizonte.
Deverá
ser
construído,
pelo
menos,
por
meio
dos
seguintes
passos:
3.1
-‐
Revisão
bibliográfica
tanto
sobre
as
principais
noções
e
conceitos
relativos
ao
estudo
da
temática
proposta,
quanto
sobre
as
leituras
e
análises
já
elaboradas
sobre
recortes
específicos
do
objeto
empírico
deste
subprojeto
de
pesquisa;
3.2
-‐
Identificação
e
reunião
de
fontes
secundárias
e
primárias
sobre
os
diversos
sujeitos
trabalhadores-‐operadores
e/ou
trabalhadores-‐usuários
do
(segmento
de
mercado
dos
serviços,
ou
não,
de)
telemarketing,
dentro,
e
para
além,
de
seus
postos
de
trabalho,
formais
e
informais,
ou
na
posição
“sem
trabalho”
no
Brasil
e
na
Grande
Belo
Horizonte;
3.3
-‐
Levantamentos
de
campo
para
datar,
localizar
e
situar
a
gênese,
as
atualizações
e
mutações
de
seus
locais
de
permanência,
situações
de
passagem
e
deslocamentos
na
“cidade”
(domicílios
explodidos
de
trabalho,
moradia,
estudo,
distração,
alimentação,
etc.),
por
meio
das
técnicas
e
tecnologias
da
cartografia,
da
infografia
e
da
sonografia;
3.4
-‐
Elaboração
de
roteiros
e
aplicação
de
entrevistas
com
sujeitos
representativos,
privados
e
públicos,
“responsáveis”
e/ou
vivenciando
a
condição
de
trabalhadores-‐operadores
e/ou
trabalhadores-‐usuários
do
(segmento
de
mercado
dos
serviços,
ou
não,
de)
telemarketing
na
Grande
Belo
Horizonte;
3.5
-‐
Trabalhos
de
gabinete
utilizando
procedimentos
da
análise
urbana,
e
da
cartografia
temática,
da
infografia
e
da
sonografia,
na
espacialização
das
leituras
e
sínteses;
3.6
-‐
Sistematização
parcial
e
final
das
espacializações;
e
3.7
-‐
Elaboração
do
Relatório
Final.
X.
RECURSOS
NECESSÁRIOS
Espaço
físico
para
nucleação
do
grupo,
que
consta,
como
interessados
até
o
momento,
1
professor
do
Departamento
ACR,
1
professor
do
Departamento
PRJ,
1
professor
do
Departamento
URB
(autor
da
proposta),
1
professor
da
UFV
e
UNIPAC,
1
mestrando
em
Administração,
professor
das
Faculdades
Promove
e
3
alunos
dos
cursos
de
graduação
em
Arquitetura
e
Urbanismo
(diurno
e
noturno),
e
para
instalação
e
guarda
do
material
permanente
e
de
consumo
solicitado
em
anexo
(1
computador,
1
impressora,
1
câmara
fotográfica/filmadora),
do
acevo
bibliográfico
específico
e
do
acervo
impresso
e
digital
de
textos,
sons,
imagens
e
demais
figuras
recolhidos
e
[co-‐]produzidos
pelo
grupo
[e
pelos
sujeitos
representativos].
4
_PLANO
DE
ORIENTAÇÃO
DO
BOLSISTA
Breve
descrição
de
como
serão
efetuados
o
acompanhamento
e
a
orientação
das
atividades
do
bolsista,
com
definição
do
responsável
direto
pela
supervisão;
definição
de
periodicidade
de
reuniões
para
discussão
dos
trabalhos;
previsão,
no
cronograma,
de
redação
de
artigos
e
de
relatório
técnico,
participação
em
eventos
científicos;
etc.
Mês
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Atividades
5.1
–
Revisão
bibliográfica
5.2
–
Identificação
e
reunião
de
fontes
5.3
–
Levantamentos
de
campo
5.4
–
Elaboração
de
roteiros
e
aplicação
de
entrevistas
5.5
–
Trabalhos
de
gabinete
5.6
–
Sistematização
parcial
e
final
5.7
–
Relatório
Final
6
_REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES,
Ricardo;
BRAGA,
Ruy
(orgs.).
Infoproletários.
Degradação
real
do
trabalho
virtual.
São
Paulo:
Boitempo,
2009.
CARLOS,
Ana
Fani
A.
O
lugar
no/do
mundo.
São
Paulo:
HUCITEC,
1996.
CARLOS,
Ana
F.
A.;
DAMIANI,
Amélia
Luisa;
SEABRA,
Odette
Carvalho
de
Lima
(Orgs).
O
espaço
no
fim
do
século
-‐
a
nova
raridade.
São
Paulo:
Contexto,
1999.
HONÓRIO,
L.
M.,
PESSOA,
José
Augusto
Martins,
COSTA,
J.
R.
S.
Difusão
da
modernização
pelo
tecido
urbano
e
reprodução
socioespacial.
Uma
análise
da
prática
socioespacial
a
partir
da
prestação
do
serviço
de
tele-‐ entrega
em
Viçosa,
Minas
Gerais.
Viçosa,
2009.
(Relatório
de
pesquisa)
LEFEBVRE,
Henri.
A
reprodução
das
relações
de
produção.
Trad.
Antônio
Ribeiro
e
M.
Amaral.
Porto:
Escorpião,
1973.
LEFEBVRE,
Henri.
A
revolução
urbana.
Trad.
Sérgio
Martins.
Belo
Horizonte:
Ed.
UFMG,
1999.
LEFEBVRE,
Henri.
A
vida
cotidiana
no
mundo
moderno.
Trad.
Alcides
João
de
Barros.
São
Paulo:
Ática,
1991.
LEFEBVRE,
Henri.
La
production
de
l’espace.
4.ed.
Paris:
Anthropos,
2000.
MARTINS,
José
de
Souza.
A
Sociabilidade
do
Homem
Simples:
cotidiano
e
história
na
modernidade
anômola.
São
Paulo:
Hucitec,
2000.
PESSOA,
José
Augusto
Martins.
O
estabelecimento
do
regime
do
hotel:
apontamentos
para
um
debate
sobre
as
novas
práticas
sócio-‐espaciais
e
a
vida
cotidiana.
In:
CARLOS,
Ana
Fani
Alessandri;
LEMOS,
Amália
Inês
Geraiges
(orgs).
Dilemas
Urbanos:
novas
abordagens
sobre
a
cidade.
São
Paulo:
Contexto,
2003,
p.
386-‐397.
PESSOA,
José
Augusto
Martins,
COSTA,
J.
R.
S.,
HONÓRIO,
L.
M.
Tecido
urbano,
vida
cotidiana
e
hospitalidades
contemporâneas.
Campos
de
prática
e
temas
de
pesquisa
em
Viçosa,
Minas
Gerais.
Belo
Horizonte,
2010.
(Relatório
de
pesquisa)
SANTOS,
Boaventura
de
Sousa.
Para
além
do
pensamento
abissal:
das
linhas
globais
a
uma
ecologia
de
saberes.
Eurozine.
Viena,
14
de
fev.
2008.
SANTOS,
Milton;
SILVEIRA,
Maria
Laura.
O
Brasil:
território
e
sociedade
no
início
do
século
XXI.
2.ed.
Rio
de
Janeiro:
Record,
2001.
VILLAÇA,
Flávio.
O
que
todo
cidadão
precisa
saber
sobre
habitação.
São
Paulo:
Global,
1986.