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13.7.

1 Documentos Eletrônicos

Nos casos de processo que não transite por meio eletrônico, o documento produzido
eletronicamente só será admitido no processo se for convertido à forma impressa, devendo ser
verificada sua autenticidade. Caso o documento eletrônico não seja convertido à forma
impressa, porém, o juiz apreciará seu valor probante, assegurada às partes o acesso ao seu teor.

Os documentos eletrônicos podem ser públicos ou particulares. Os documentos


eletrônicos produzidos com a utilização do processo de certificação da ICP-Brasil se presumem
verdadeiros em relação aos seus signatários. Documentos eletrônicos não produzidos com a
observância do disposto na Medida Provisória que regulamente a ICP-Brasil também podem ser
admitidos, desde que se utilize algum outro meio de comprovação de autoria e integridade de
tais documentos em forma eletrônica, inclusive os que usem certificados não emitidos pela ICP-
Brasil, desde que admitidos pelas partes como válidos ou aceitos pela pessoa a quem o
documento for oposto.

Se aplica toda a regulamentação da prova documental.

13.8 Prova Testemunhal: é o terceiro, que depõe em juízo narrando o que sabe sobre os fatos
da causa.

Deverá ser inferida a inquirição de testemunhas sobre fatos que já estejam provados
por documentos ou por confissão ou que só por documento ou perícia puderem ser
comprovados. A prova testemunhal não substitui a prova pericial.

A princípio, qualquer pessoa pode depor como testemunha. Há, porém, aqueles que são
considerados incapazes, impedidos ou suspeitos.

São incapazes: interditos por enfermidade ou deficiência mental e também aqueles que,
acometidos por enfermidade ou retardamento mental ao tempo em que ocorreram os fatos,
não poderiam tê-los discernidos ou, ao tempo em que se deveria colher o depoimento, não
estivessem habilitados a transmitir suas percepções. Quem ainda não tenha completado
dezesseis anos de idade. Esses, entretanto, poderão ser ouvidos independentemente de prestar
compromisso de dizer a verdade. Só poderão ser ouvidos (como testemunhas não
compromissadas/ informante) em processos que versem diretamente sobre seus interesses.
Também, os cegos e os surdos, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.

São impedidos: o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente de qualquer


grau, o colateral até o terceiro grau, salvo se o exigir o interesse público ou, tratando-se de causa
relativa ao estado da pessoa, não se puder obter por outro modo a prova que seja necessária
para a resolução do mérito; quem é a parte na causa; e quem intervém em nome de uma parte,
como tutor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado ou outros que assistam
ou tenham assistido as partes.

São suspeitos: o inimigo da parte, seu amigo íntimo; e todo aquele que tenha interesse
no litígio.

Pessoas impedidas ou suspeitas podem ser ouvidas em juízo como testemunhas não
compromissadas (informantes).

Ninguém é obrigado a depor sobre fatos que acarretem grave dano ao depoente ou a
pessoa de sua família ou a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
As testemunhas, em regra, são ouvidas na sede do juízo. Quando, porém, estiver
impossibilitada de comparecer, mas não de depor, o juiz deverá designar, conforme as
circunstâncias, dia, hora e lugar para inquiri-la. São, outro lado, inquiridos em suas residências
ou no lugar em que exercem suas funções, os ocupantes dos cargos remunerados no artigo 454.

Incube a cada parte arrolar as testemunhas que pretende ouvir. Apresentado o rol de
testemunhas, a parte só pode requerer a substituição das testemunhas que tenha arrolado se
tiver falecido, se por motivo de doença não estiver em condições de depor ou se, tendo mudado
de endereço, não for encontrada.

A testemunha arrolada pela parte deverá ser informada ou intimada pelo advogado de
quem a tenha indicado. Pode a parte comprometer-se a levar a testemunha
independentemente de intimação. Neste caso, a ausência da testemunha acarreta a perda da
prova. Também haverá perda dessa prova se a parte não efetivar a intimação da testemunha
por meio de seu advogado.

Intimação da testemunha por via judicial: somente quando se frustrar a intimação feita
pelo advogado; se sua necessidade for devidamente demonstrada ao juiz; se figurar no rol de
testemunhas servidor público civil ou militar; se a testemunha tiver sido arrolada pelo Ministério
Público ou por Defensor Público, ou ainda quando se tratar de alguma daquelas autoridades que
têm a prerrogativa de prestar depoimento em suas residências ou no lugar onde suas funções
são exercidas.

Intimada a testemunha tem ela a obrigação de comparecer à audiência de instrução e


julgamento e, caso não compareça sem motivo justificado, será conduzido à força, respondendo
pelas despesas do adiamento da audiência. O depoimento da testemunha é considerado serviço
público.

Como regra geral, a testemunha presta seu depoimento na audiência de instrução e


julgamento, perante o juiz da causa.

As testemunhas serão inquiridas pelo juiz separada e sucessivamente, iniciando-se a


colheita da prova pelas testemunhas arroladas pelo demandante. Essa não é uma regra
absoluta.

Ao início de sua inquirição, a testemunha deverá prestar o compromisso de dizer a


verdade do que souber e lhe for perguntado. Incumbe ao juiz advertir a testemunha
compromissada que comete crime quem faz afirmação falsa, cala ou oculta a verdade.

As perguntas são feitas à testemunha diretamente pelas partes, começando pela que a
arrolou. Não pode o juiz admitir pergunta que possa induzir a resposta que não tenha relação
com as questões de fato objeto da atividade probatória ou que importem repetição de outra já
respondida, bem assim perguntas consideradas impertinentes, capciosas ou vexatórias. O juiz
pode formular perguntas às testemunhas.

Poderá o juiz determinar, de oficio ou a requerimento de parte, o depoimento de


testemunhas referida em declaração de alguma das partes ou de outra testemunha. Pode
também determinar a acareação de duas ou mais testemunhas ou de alguma delas com a parte
quando, sobre fato determinado que possa influir na decisão das causas, suas declarações forem
divergentes. Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergência,
devendo-se lavrar um termo de acareação.
13.9 Prova Pericial

Há casos em que a apuração do fato depende de um conhecimento técnico ou científico


especializado. Portanto, deverá o juiz ser auxiliado por um ou mais peritos. Admite-se, porém,
a substituição da prova pericial por prova técnica simplificada, determinada de ofício ou por
requerimento das partes, quando o ponto controvertido for de pouca complexidade. Prova
técnica simplificada: inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa
que demande especial conhecimento científico ou técnico.

A prova pericial pode ser de três espécies:

1. Exame - a perícia que tem por objeto pessoas ou bens móveis.


2. Vistoria - perícia cujo objeto é um bem imóvel.
3. Avaliação - perícia cujo único objeto é a determinação do valor de mercado de
um bem, móvel ou imóvel.

O juiz nomeará o perito, que deve ser especializado no objeto da perícia.

Perícia consensual: admite-se que as partes, através de um negócio processual,


escolham um perito da confiança de ambas.

Nomeado o perito pelo juiz as partes disporão do prazo de quinze dias, contados da
intimação do despacho de nomeação do especialista, para arguir seu impedimento ou
suspeição, se for o caso, indicar assistente técnico e apresentar quesitos que queiram ver
respondidos pelo perito. Podem as partes, posteriormente, apresentar quesitos suplementares
durante a diligência, os quais serão respondidos, pelo perito desde logo ou na audiência de
instrução de instrução e julgamento. O juiz pode indeferir quesitos impertinentes e formular
quesitos que ele próprio considere necessários.

O valor dos honorários do perito deverá ser depositado previamente pela parte que
tenha requerido a prova ou, tendo sido ela determinada de ofício ou requerida por ambas as
partes, o depósito deverá ser rateado.

O perito deve ser imparcial (é um auxiliar da justiça), motivo pelo qual se sujeita às
causas de impedimento e de suspeição, caso em que se deverá nomear novo perito. Já os
assistentes técnicos são de confiança das partes, não se sujeitando a impedimento ou suspeição.

Ao perito também incumbe assegurar que os assistentes técnicos das partes tenham
livre acesso e possam acompanhar as diligências e exames que realizar, com prévia
comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5 dias.

Para desempenhar suas funções, o perito poderá valer-se de todos os meios


necessários.

Concluídas as diligências, o perito elaborará um documento chamado laudo pericial, o


qual deverá conter a exposição do objeto da prova, a análise técnica ou científica realizada pelo
especialista, a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser
predominantemente aceito pelos especialistas da área de conhecimento da qual se originou e
resposta conclusiva a todos os quesitos. A fundamentação deverá ser apresentada em
linguagem simples e acessível, com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões.
Não poderá o perito emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do
objeto da perícia.
A valoração da prova pericial pelo juiz se dá pelo mesmo critério por que as provas em
geral são valoradas, isto é, pelo sistema de valoração democrática da prova, devendo ser
indicados na sentença os motivos que levaram a considerar ou a deixar de considerar as
conclusões do laudo, levando em conta o método utilizado pelo perito.

Caso a perícia não tenha sido capaz de esclarecer suficientemente as partes e o juiz, este
determinará, de ofício ou a requerimento, a realização de nova perícia. A segunda perícia tem
por objeto os mesmos fatos sobre que recaiu a primeira e se destina a corrigir eventual omissão
ou inexatidão dos resultados a que a primeira perícia tenha conduzido e não substitui ela a
perícia anteriormente feita, cabendo ao juiz valorizar ambas.

13.10 Inspeção Judicial

O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode – em qualquer fase do processo –


realizar uma inspeção de pessoas e coisas, a fim de esclarecer-se, mediante o emprego de seus
próprios sentidos, acerca de fato que interesse à decisão da causa.

É direito das partes assistir à inspeção judicial, prestando esclarecimentos e fazendo


observações que reputem necessárias.

Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto circunstanciado, nele se devendo


mencionar tudo quanto se repute útil ao julgamento da causa.

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