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1 Documentos Eletrônicos
Nos casos de processo que não transite por meio eletrônico, o documento produzido
eletronicamente só será admitido no processo se for convertido à forma impressa, devendo ser
verificada sua autenticidade. Caso o documento eletrônico não seja convertido à forma
impressa, porém, o juiz apreciará seu valor probante, assegurada às partes o acesso ao seu teor.
13.8 Prova Testemunhal: é o terceiro, que depõe em juízo narrando o que sabe sobre os fatos
da causa.
Deverá ser inferida a inquirição de testemunhas sobre fatos que já estejam provados
por documentos ou por confissão ou que só por documento ou perícia puderem ser
comprovados. A prova testemunhal não substitui a prova pericial.
A princípio, qualquer pessoa pode depor como testemunha. Há, porém, aqueles que são
considerados incapazes, impedidos ou suspeitos.
São incapazes: interditos por enfermidade ou deficiência mental e também aqueles que,
acometidos por enfermidade ou retardamento mental ao tempo em que ocorreram os fatos,
não poderiam tê-los discernidos ou, ao tempo em que se deveria colher o depoimento, não
estivessem habilitados a transmitir suas percepções. Quem ainda não tenha completado
dezesseis anos de idade. Esses, entretanto, poderão ser ouvidos independentemente de prestar
compromisso de dizer a verdade. Só poderão ser ouvidos (como testemunhas não
compromissadas/ informante) em processos que versem diretamente sobre seus interesses.
Também, os cegos e os surdos, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.
São suspeitos: o inimigo da parte, seu amigo íntimo; e todo aquele que tenha interesse
no litígio.
Pessoas impedidas ou suspeitas podem ser ouvidas em juízo como testemunhas não
compromissadas (informantes).
Ninguém é obrigado a depor sobre fatos que acarretem grave dano ao depoente ou a
pessoa de sua família ou a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
As testemunhas, em regra, são ouvidas na sede do juízo. Quando, porém, estiver
impossibilitada de comparecer, mas não de depor, o juiz deverá designar, conforme as
circunstâncias, dia, hora e lugar para inquiri-la. São, outro lado, inquiridos em suas residências
ou no lugar em que exercem suas funções, os ocupantes dos cargos remunerados no artigo 454.
Incube a cada parte arrolar as testemunhas que pretende ouvir. Apresentado o rol de
testemunhas, a parte só pode requerer a substituição das testemunhas que tenha arrolado se
tiver falecido, se por motivo de doença não estiver em condições de depor ou se, tendo mudado
de endereço, não for encontrada.
A testemunha arrolada pela parte deverá ser informada ou intimada pelo advogado de
quem a tenha indicado. Pode a parte comprometer-se a levar a testemunha
independentemente de intimação. Neste caso, a ausência da testemunha acarreta a perda da
prova. Também haverá perda dessa prova se a parte não efetivar a intimação da testemunha
por meio de seu advogado.
Intimação da testemunha por via judicial: somente quando se frustrar a intimação feita
pelo advogado; se sua necessidade for devidamente demonstrada ao juiz; se figurar no rol de
testemunhas servidor público civil ou militar; se a testemunha tiver sido arrolada pelo Ministério
Público ou por Defensor Público, ou ainda quando se tratar de alguma daquelas autoridades que
têm a prerrogativa de prestar depoimento em suas residências ou no lugar onde suas funções
são exercidas.
As perguntas são feitas à testemunha diretamente pelas partes, começando pela que a
arrolou. Não pode o juiz admitir pergunta que possa induzir a resposta que não tenha relação
com as questões de fato objeto da atividade probatória ou que importem repetição de outra já
respondida, bem assim perguntas consideradas impertinentes, capciosas ou vexatórias. O juiz
pode formular perguntas às testemunhas.
Nomeado o perito pelo juiz as partes disporão do prazo de quinze dias, contados da
intimação do despacho de nomeação do especialista, para arguir seu impedimento ou
suspeição, se for o caso, indicar assistente técnico e apresentar quesitos que queiram ver
respondidos pelo perito. Podem as partes, posteriormente, apresentar quesitos suplementares
durante a diligência, os quais serão respondidos, pelo perito desde logo ou na audiência de
instrução de instrução e julgamento. O juiz pode indeferir quesitos impertinentes e formular
quesitos que ele próprio considere necessários.
O valor dos honorários do perito deverá ser depositado previamente pela parte que
tenha requerido a prova ou, tendo sido ela determinada de ofício ou requerida por ambas as
partes, o depósito deverá ser rateado.
O perito deve ser imparcial (é um auxiliar da justiça), motivo pelo qual se sujeita às
causas de impedimento e de suspeição, caso em que se deverá nomear novo perito. Já os
assistentes técnicos são de confiança das partes, não se sujeitando a impedimento ou suspeição.
Ao perito também incumbe assegurar que os assistentes técnicos das partes tenham
livre acesso e possam acompanhar as diligências e exames que realizar, com prévia
comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5 dias.
Caso a perícia não tenha sido capaz de esclarecer suficientemente as partes e o juiz, este
determinará, de ofício ou a requerimento, a realização de nova perícia. A segunda perícia tem
por objeto os mesmos fatos sobre que recaiu a primeira e se destina a corrigir eventual omissão
ou inexatidão dos resultados a que a primeira perícia tenha conduzido e não substitui ela a
perícia anteriormente feita, cabendo ao juiz valorizar ambas.