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DOS FATOS
A parte autora, no dia 07/11/2015 adquiriu um móvel no valor de 1.267,00 (um mil duzentos e
sessenta e sete reais), o qual foi entregue no dia 13/11/2015, com data de montagem para o dia
18/11/2015, no dia 19/11/2015, por volta das 15h00min compareceu em sua residência o montador,
da referida empresa para fornecer o serviço, porem o mesmo informou que faltava uma peça do
produto comprado, o mesmo informou que iria solicitar o pedido dos parafusos e assim que
chegasse voltaria para finalizar a montagem, porem não compareceu mais, a autora compareceu ate
a loja da ré no dia 07/12/2015, para informar o ocorrido e foi informado que no dia 11/12/2015 o
montador iria para finalizar a montagem do móvel, o qual também não ocorreu.
De tudo o que resta é a indignação da parte autora, que na sua boa-fé, acredita que a ré lhe deve
uma explicação plausível que justifique o não cumprimento de sua obrigação tendo em vista que a
autora já cumpriu com sua parte, e, além disso, está esta perdendo espaço em sua residência tendo
em vista que as sete portas do armário estão ocupando espaço em sua residência e deixando assim
desorganizada sua arrumação. Insta ressaltar que o armário entregue não veio com a cor que a
autora fez a compra pois o referido veio com cor preta e a autora escolheu o produto na cor branca.
DO FUNDAMENTO
DO DANO MORAL
O direito da parte AUTORA encontra amparo no art. 6º, inciso VI da Lei 8.078/90, onde
determina a reparação pelos danos morais causados.
No caso em pauta é indiscutível o cabimento de indenização por dano moral, que, ainda que
seja pelo máximo permitido na Lei 9099/95, jamais reparará o constrangimento ora suportado pela
AUTORA e causado pelo descaso da RÉ.
É de se observar que a jurisprudência tem evoluído bastante neste sentido, atuando o
legislador e a justiça pelo estabelecimento de um efetivo equilíbrio entre contratantes.
Corroborando este entendimento, o ilustre mestre e Desembargador Sylvio Capanema de Souza
esclarece com a clareza que lhe é peculiar que: “a indenização tem que se revestir de um caráter pedagógico
e profilático, sendo de tal monta que iniba o ofensor de repetir seu comportamento” (3ª Câmara Cível - Apelação nº
3187).
Assim, a indenização que ora se pleiteia tem cunho não meramente compensatório, mas
também e principalmente pedagógico, nos exatos termos do que vem sendo adotado por nossos
Colendos Tribunais de todo o país, como forma de coibir tamanho desrespeito ao consumidor, parte
fraca da relação e que, por isso mesmo merece tratamento protecionista. E já dizia o ilustre Rui
Barbosa “tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na proporção em que se desigualam”.
Destarte, por arrebatadores que são os entendimentos no sentido de acolher a reparação, por
via de indenização, do dano moral, nada mais resta a parte AUTORA que acreditar na procedência
de seu pedido.
DOS PEDIDOS
1- A citação da empresa RÉ para responder a presente ação e sua intimação para comparecer a
audiência de conciliação, que poderá ser convolada imediatamente em AIJ, caso não cheguem as
partes a um acordo, sob pena de revelia;
2 - Inversões do Ônus da prova nos termos do art. 6, VIII, do código de Defesa do Consumidor;
3 – Sejam julgados procedentes os pedidos para que a empresa Ré restitua a parte autora o de R$
1267, 00 (um mil duzentos e sessenta e sete reais) pagamento de despesas com o tratamento.
5 – Requer o pagamento de Danos Morais no valor de R$ 14.133,00 (quatorze mil cento e trinta e
três reais) a título do transtorno causado pela má prestação de serviço no valor a ser arbitrado por
este juízo;
DAS PROVAS
VALOR DA CAUSA
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JACIRA MARIA DE JESUS