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SENTENÇA

I – CONCEITO: É a declaração judicial do direito no caso concreto. É o ato


pelo qual se individualiza o direito.
1. Sentido Lato: É qualquer pronunciamento judicial no decurso do processo.
Ex. Decisões interlocutórias, despachos de expediente.
2. Sentido Estrito: É a decisão proferida pelo juiz solucionando a causa. É a
decisão final da causa.
II – FINALIDADE DA SENTENÇA: Proclamar o direito e aplicar a lei no caso
individualizado
III – CLASSIFICAÇÂO DA SENTENÇA:
1. Definitiva Absolutória
2. Definitiva Condenatória
IV – REQUISITOS FORMAIS DA SENTENÇA – Art.381, Incs. I a VI do C.P.P
1. Nome da Partes ou quando não for possível as indicações necessárias
para a identificá-las.
2. Exposição sucinta da acusação e da defesa.
3. A indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundou
4. A indicação dos artigos de lei aplicados
5. O dispositivo
6. A data e a assinatura do juiz
V – ELEMENTOS QUE COMPÕEM A SENTENÇA:
1. Relatório ou Histórico: Consta do nome do acusado, sucinta exposição
das alegações das partes.
2. Motivação: Razões que conduziram o juiz à sua decisão. A
fundamentação abrange matéria jurídica e de fato, pois a conclusão
será a aplicação do direito ao caso concreto.
3. Conclusão: nesta parte o juiz julga, dispõe acerca do caso submetido a
seu julgamento, absolvendo ou condenando o acusado e
especificando os artigos de lei que acha aplicáveis
4. Data e assinatura
VI – TIPOS DE SENTENÇA:
1. Sentença de Mérito: A decisão tem por conteúdo a resolução de
questões relativas à existência ou não do fato ilícito.
2. Sentença Processual: A decisão é limitada à resolução das questões
de ordem ou de rito, à possibilidade ou à legalidade do processo.
VII – VÍCIOS DA SENTENÇA:
1. Obscuridade: Ela é obscura quando há falta de clareza ou precisão de
linguagem.
2. Contradição: É contraditória quando conceitos e afirmações se opõem, se
colidem e tanto mais grave será a contradição quando a fundamentação
chocar-se com a disposição.
3. Ambiguidade: Quando se presta a mais de um sentido.
4. Omissão: Quando não foi dito o que era indispensável dizer.
Nestes casos o Código permite que as partes peçam ao juiz que declare
a sentença, isso é, que esclareça, torne clara e explique-a por meio dos
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, tipo de recurso que se redige por meio
de uma simples petição. O prazo para a impetração deste recurso é de 2
dias após a publicação da sentença.
VIII- DA DENÚNCIA OU QUEIXA E DA SENTENÇA: ( Art. 383, 384)
1. Denúncia (queixa) e sentença devem guardar entre si certa relação, o que
é compreensível pois, na denúncia, o titular da ação – M.Público -isto é, o
Estado Administração expõe ao Estado juiz a pretensão punitiva,
descrevendo o fato criminoso com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado ou os caracteres que o identifiquem e a
classificação do crime.
O juiz está, de certo modo, vinculado à denúncia, não podendo julgar o réu pelo
fato do qual não foi acusado( extra petita) ou de modalidade mais graves (in
pejus) proferindo sentença que se afasta ou se alheia do requisitório da
acusação.
2. Casos em que a sentença pode modificar o pedido contido na denúncia:
A. Emendatio Libelli : Se a peça acusatória descrever o fato criminoso
perfeitamente, mesmo que tenha havido uma errada classificação da infração,
não será obstáculo a que se profira sentença condenatória. Afinal de contas, o
réu não se defende da capitulação do fato, mas sim deste.Assim uma errada
classificação da infração não pode constituir obstáculo à prolação de eventual
sentença condenatória ( Art. 388 do C.P.P) Nest caso nem haverá uma alteração
da peça acusatória mas, simplesmente, uma corrigenda (Emendation Libelli).
Neste caso acontece três hipóteses:
-Se o Promotor descreve, na peça inicial, um fato que se subsume perfeitamente
na moldura do Art. 168 do CP, mas , ao classificar a infração, invoca o Art.155,
caput, do mesmo Estatuto, provado finalmente, que o fato imputado ao réu foi
verdadeiro, o juiz o condenará nas penas do Art. 168, Caput. Nesse caso, a
pena não se altera, os crimes de furto simples e de apropriação indébita referida
no caput do art. 168 são absolutamente iguais.
- Se o Promotor, na peça acusatória salienta que “A” adquirira de “B” coisa
produto do crime e, embora desconhecendo sua providência ilícita, deveria
Prever, ante a desproporção entre o valor e o preço, ter sido aquela obtida
por meio criminoso e, por esse fato, o denuncia como incurso nas penas do
Art. 180 caput do CP, poderá o Juiz condená-lo às penas do Art. 180 § 1º.
Nesse caso a pena diminui.
-Se a pesa acusatória dissesse que o receptador sabia da proveniência
ilícita e, mesmo assim, adquirira a coisa, pagando um preço
desproporcional ao seu valor e, por isso , capitulasse o fato no § 1º do Art.
180. o Juiz poderia condená-lo às penas do Art. 180, caput, e assim a
situação do réu ficaria agravada.
Em todos esses casos não há surpresa para a Defesa. O fato do qual
o réu vai se defender está perfeitamente descrito na peça acusatória. O juiz
vai apreciar o fato e não à capitulação feita pelo acusador.
No Emendatio Libelli o fato é o mesmo, absolutamente o mesmo; o
Juiz limita-se a corrigir a qualificação jurídico -penal.
B. Mutatio Libelli: Ocorre quando o Juiz ao proferir a sentença final
reconhece a possibilidade de nova definição jurídica do fato, em
consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância
da infração penal não contida na acusação Evidente que nessa hipótese,
se, com a nova capitulação, a pena agravar-se, ou diminuir ou, ainda,
permanecer inalterada, não pode o Juiz proferir sentença condenatória sem
que se tomem certas providências, até porque isto estaria violentado o
direito da defesa.
Neste caso, igualmente, três situações podem ocorrer:
- O elemento ou circunstância deixa a pena inalterada. O Promotor oferece
denúncia contra “A”, imputando-lhe crime de furto simples (Art.155 Caput, do CP)
e na instrução criminal, apura-se que a subtração ocorrera à duas da madrugada,
esta circunstância pertinente ao repouso noturno, e que exaspera a pena, não
contida, sequer de modo implícito, na peça acusatória, não pode ser reconhecida
na sentença sem que se tome aquela providência apontada no art. 384 e seus
parágrafos.
- Altera para diminuir a pena- Se o Promotor oferece denúncia contra “A”,
imputando-lhe o crime definido no art. 155, caput e, no curso da instrução, apura-
se que o réu não subtraíra a coisa, mas fora a própria vítima quem lhe entregara,
tendo o réu dela se apropriado, esse elemento-precedente posse ou detenção da
coisa- desloca o tipo do art. 155 para o previsto no art. 168. A pena é a mesma.
Não importa. O réu não se defendeu da apropriação indébita, mas do furto.
Deverá pois ser observada a regra contida no art. 384 e parágrafos do Estatuto
processual penal.
Essa mesma regra é aplicável, ainda, que a pena deva ser diminuida. Assim
se O Promotor oferece denúncia contra “A”, imputando-lhe o crime de receptação
dolosa e, no curso da instrução, apura-se a insciência do réu quanto à
proveniência ilícita da coisa, mas se constata que ele adquirira a coisa por preço
desproporcional ao seu valor, esta circunstância-desproporção entre o preço e o
valor -surgida na instrução criminal, faz com que o tipo se desloque do art. 180
caput (receptação dolosa) para a figura culposa do respectivo § 1º.
Aplicável pois a regra do Art. 384 e parágrafos do C.P.P.
- Importa em aplicação de pena mais grave.- O Promotor denuncia o réu por
atentado violento ao pudor, a instrução criminal prova que não houve
apenas atos libidinosos mas conjunção carnal contra a vontade da
ofendida, o delito se transmuda do Art. 214 para o 213 do C.P. O fato não
consta na denúncia e acarreta pena mais grave. Neste caso o Juiz baixará
os autos do processo para o M.Público para que este adite a denúncia.
Poderá fazer isto também o M.Público mesmo que se trate de queixa do
ofendido, desde que o delito seja de ação pública. Ao réu é concedido novo
prazo de defesa, podendo produzir prova e arrolar até três testemunhas. O
querelante não pode aditar a queixa, como não pode o M.Público quando a
ação for, exclusivamente, privada. Compete, então ao ofendido, se possível
oferecer nova queixa.
IX- PUBLICAÇÃO:
1. Lavrada a sentença é ela publicada em mãos do escrivão, isto é, torna-se
pública
2. Conceito de Publicação de Sentença: É a manifestação que a causa teve
solução ou desfecho embora, ainda, susceptível de modificação ou
reforma.
3. Publicada não pode o juiz mais alterá-la, completou-se ela com a
publicação, salvos nos casos de embargos.
4. Efetivação da Publicação: (Art. 389 do C.P.P) Efetiva-se a publicação pela
juntada da sentença aos autos mediante termo, precedido, aliás, do de
recebimento. Desnecessária é esta publicação se a sentença for proferida em
audiência na presença das partes e seus representantes.
5. A publicação é formalidade da sentença de efeito relativo, pois não implica o
conhecimento desta pelas partes que, necessariamente, deverão ser intimadas
da mesma e a partir daí passará a ser contado o prazo recursal.
X – REGISTRO DA SENTENÇA: Publicada ela é registrada, isto é, transcrita na
íntegra em livro especialmente destinado para esse fim. Objetiva-se com isso
sua conservação, sem que haja prescrição inamovível de sua validade pois,
junto aos autos ela produz todos os seus efeitos.
XI – INTIMAÇÃO: ( Arts. 390, 391 e 392, Incs. De I a VI, §1º e 2º do C.P.P):
1. Após a publicação, segue-se a intimação doas partes. A do M.Público será feita
dentre 3 dias contados da publicação
2. A Lei dispensa tanta importância a esse ato que comina a pena de suspensão
de 5 dias ao escrivão que não o executar. A Lei não exige a aposição do “ciente”
com a respectiva data pelo Promotor Público como complemento dessa
intimação, basta a certidão do escrivão. Todavia é praxe e salutar que o M. P.
exare seu “ciente” datado nos autos, o que é de interesse seu e do escrivão,
num ato de efeitos tão importantes que pode, para o último, importar até
suspensão.
3. O querelante ou assistente será intimado pessoalmente ou na pessoa do
advogado. Se um e outro não forem encontrados na sede do juizo, a intimação
será feita mediante edital, com o prazo de 10 dias, afixado no lugar de costume,
isto é, na porta do edifício onde funcionar o juizo.
4. A regra, desde que a intimação pode ser feita na pessoa do advogado, é que
dela se incumba o escrivão, frequentemente em contato com ele. Nada impede,
entretanto, que o faça o oficial de justiça, mediante mandado. Não há, porém,
intimação do querelante ou do assistente por via de precatória e muito menos de
rogatória. A lei contata-se com o edital quando, também, o advogado não for
encontrado e não correndo a publicação.
5. Intimação do Réu:
A. Se o réu estiver preso e a sentença for condenatória: É indeclinável a intimação
pessoal.
-Se estiver preso em local sujeito à jurisdição de outro juiz, a intimação será feita
mediante precatória
-Tratando-se de acusado menor é indispensável a intimação do curador, bem
como, se o defensor for dativo, pois caso contrário, haverá manifesto sacrifício
para a defesa.( Modificado pelo novo C.Civil)
-Tratando-se de defensor constituido nem por isso se deixará de intimá-lo, embora
substancial seja a intimação do acusado ( Art. 392, I do C.P.P)
B. Se o acusado está em liberdade e a sentença é condenatória
B.1. Se ele tem advogado constituido
-Se se tratar de infração em que o réu se livra solto ou, sendo afiançável tenha ele
prestado fiança a intimação será feita ao acusado ou ao defensor, não indicando a
lei qualquer preferência. Caso ambos não sejam encontrados, a intimação será
feita por edital
- Se o réu está em liberdade sendo afiançável ou não o crime- Expede-se
mandado de prisão contra ele(mudança com a lei de fevereiro deste ano???) não
sendo encontrado, certificá-lo-á o oficial de justiça e far-se-á, agora, a intimação
na pessoa do defensor. Se o defensor também não for encontrado, então à vista
da certidão oficial, proceder-se-á a intimação por edital.
-B.2. Se o ´réu não constituiu advogado- o que é frequente
-Se ele foi defendido pelo defensor dativo que lhe foi nomeado, ele não pode ser
intimado. Certificando o oficial de justiça não haver encontrado o réu, não será
intimado seu patrono dativo mas, expedir-se-á o edital de intimação. A lei não
confere a esse defensor a iniciativa de apelar, como também, não lhe deu o de
recorrer da pronúncia.
C. Tratando-se de sentença absolutória: A ciência tanto pode ser dada ao réu
como ao defensor constituido ou dativo, mesmo porque termina ai a pretensão da
defesa
D. Quando a sentença absolutória impõe medida de segurança detentiva.
Considerando que é, também, sanção, cremos que se devem obedecer
aos princípios do art.392 do C.P.P.
6. Prazo de Validade do Edital: Varia de acordo com a gravidade da pena ( Art.
392,§ 1º)
A. Será de 90 dias se a pena for igual ou superior a um ano
B. De 60 dias se a condenação for a uma pena inferior a um ano ou for o
pagamento de multa ou somente implique medida de segurança.
O prazo do recurso começa a contar do dia seguinte ao término do prazo
de validade do edital
C. Se no decurso do prazo de edital for o réu preso ou, por qualquer modo,
encontrado, ou seu defensor com poderes bastantes for localizado, far-se-á
a intimação a um deles, ficando prejudicado o edital.
E. Tratando-se de decisão interlocutória mista que prejudique o acusado, a
intimação será feita por despacho na petição em que for proferida.
XII – DA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA:
1. Conceito: É aquela sentença que julga improcedente a acusação
2. Casos em que ocorre a absolvição do acusado- Art.386, Incs de I a VII do
C.P.P.
A. Quando ficou provada a inexistência do fato
B. Quando não há prova da existência do fato
C. O fato pode ter existido mas não oferecia tipicidade
D. Não existe prova de ter o réu concorrido para a infração penal
E. Existir circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena
F. Não existir prova suficiente para a condenação
3. A sentença absolutória aplicará se cabível medida de segurança. Em que pese
esses dizeres, tal sentença não é absolutória. A medida de segurança é, como
pena, sanção penal. Não há diferença de qualidade e sim de quantidade entre
ela, consequentemente, só com impropriedade se pode chamar essa sentença
absolutória, pois ela condena o réu a uma restrição de índole pessoal ou
patrimonial.
XIII - DA SENTENÇA CONDENATÓRIA:
1. Conceito: É quando o magistrado fundamentadamente aplica a norma
sancionadora. É a forma pela qual a norma abstrata se concretiza.
2. Pressupostos:
A. Que a imputação tenha ficado provada
B. Que o fato típico, antijurídico e culpável esteja demonstrado
3. É estreito o nexo entre a condenação e a denúncia. A condenação não
pode ser apartada da denúncia. É uma correspondência em relação ao
fato e às sanções a aplicar, isto é, às penas e às medidas de seguranças.
Pode o juiz dar ao fato definição jurídica diversa da denúncia não pode
porém ir além do objetivo da acusação exposto no requisitório da
promotoria.
4. Não está a sentença vinculada ao pedido final do Ministério Público, pode
ela condenar o acusado embora a promotoria tenha pedido a absolvição.
5. O juiz na sentença pode reconhecer agravante, embora não articuladas
pelo acusador público. São estas agravantes judiciais e legais ( Arts. 59,
61 e 62 do C.P)
6. A desvinculação do juiz ao pedido da acusação se dá na ação pública. Isto
é compreensível vez que na ação privada o ofendido pode perdoar o
ofensor, renunciar à ação e torná-la perempta.
7. Compete ao juiz de acordo com suas conclusões impor ou fixar a pena:
8. A qualidade da pena é encontrada em três fases:
A. Atendendo ao critério estabelecido pelo Art. 59 do C.Penal será fixada a
pena básica.
B. Depois serão levadas em consideração as circunstâncias que sempre
agrava,m ou atenuam a pena( Art., 61, 62 e 65 do C .Penal)
C. As causas especiais de aumento ou diminuição
9. Se for cabível após tal operação, deverá optar pela pena substitutiva ou
restritiva de direitos. A pena substitutiva adotada a ( prestação de serviço à
comunidade, interdição temporária de direitos e limitação de finais de
semanas) deverá ser fundamentada quanto à escolha.
10. Quando for aplicada a pena de multa isolada ou cumulativamente, deverá
ser exteriorizado o critério fixador do quantum final ( Art. 49 e segs do C.P.)
11. A concessão ou negação do benefício do sursis deve constar da decisão
condenatória nos casos possíveis e o motivo da concessão ou negação do
benefício, o prazo e condições devem ser mencionados igualmente na
sentença.
12. O juiz na decisão condenatória deve determinar por força de nova Lei que o
réu apele em liberdade, salvo nas hipótese em que se livre solto
13. Efeitos da sentença condenatória:
A. Será o réu preso. Estando o réu em liberdade será imediatamente expedido
mandado de prisão. Se a infração for afiançável e não houver impedimento
para a concessão desse benefício, a sentença arbitrará o valor da fiança, já
que a fiança deve constar do mandado de prisão a ser expedido. Apesar de o
código não falar está imbuido ai a liberdade provisória quando o réu por sua
pobreza não puder pagar a fiança.
B. Proferida em crime que se livre solto ( art.321) a liberdade do condenado não
sofrerá alteração uma vez que ele recorra.
C. O réu está preso detido em flagrante ou preventivamente é óbvio que a
prisão permanece.
D. A sentença determinará que o nome do réu seja lançado no rol dos culpado,
isto é, no livro destinado a receber o nome e a qualificação do condenado , bem
como a indicação do processo que ocorreu a sentença.

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