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República Argentina
Argentina
Bandeira Brasão
Lema: En Unión y Libertad
(Espanhol: "Em União e Liberdade")
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Gentílico: Argentino
Independência da Espanha
- Luta 25 de maio de 1810
- Proclamada 9 de julho de 1816
- Reconhecida 21 de setembro de 1863
Área
- Total 2 780 400[3] km² (8.º)
- Água (%) 1,1
População
- Estimativa para 2016 43 590 368 hab[4] hab.
- Densidade 15,68 hab./km² (175.º)
Websitegovernamental www.argentina.gov.ar
Argentina, oficialmente República Argentina (pronunciado em espanhol: [reˈpuβlika aɾxenˈtina]), é
o segundo maior país da América do Sul em território e o terceiro em população,
constituída como uma federação de 23 províncias e uma cidade autônoma, Buenos Aires,
capital do país. É o oitavo maior país do mundo em área territorial e o maior entre as
nações de língua espanhola, embora México, Colômbia e Espanha, que possuem menor
território, sejam mais populosos.
A área continental da Argentina está entre a cordilheira dos Andes a oeste e o oceano
Atlântico, a leste. Faz fronteira com o Paraguai e Bolívia ao norte, com o Brasil e Uruguai a
nordeste e com o Chile a oeste e sul.[8] A Argentina reivindica uma parte da Antártida,
sobrepondo as reivindicações do Chile e do Reino Unido no continente antártico, mesmo
após todas as reivindicações terem sido suspensas pelo Tratado da Antártida de 1961. O
país reivindica ainda as Ilhas Malvinas (em espanhol: Islas Malvinas) e Geórgia do Sul e
Sandwich do Sul, que são administradas pelo Reino Unido como territórios britânicos
ultramarinos.
O mais antigo registro de presença humana na área atualmente conhecida como Argentina
é datado do período paleolítico.[9] A colonização espanhola iniciou-se em 1512.[10] A
Argentina emergiu como o Estado sucessor do Vice-Reino do Rio da
Prata,[11][12][13] uma colônia espanhola fundada em 1776. A declaração e a luta pela
independência (1810–1818) foi seguida por uma longa guerra civil, que durou até 1861 e
terminou com a reorganização do país como uma federaçãode províncias, com a cidade
de Buenos Aires como capital. Durante a segunda metade do século XX, a Argentina
enfrentou vários golpes militares e períodos de instabilidade política, juntamente com
crises econômicas periódicas que contiveram seu pleno desenvolvimento econômico e
social.
Uma potência média reconhecida,[14] a Argentina é uma das maiores
economias da América do Sul,[15] com uma classificação muito alta no Índice de
Desenvolvimento Humano.[16] Na América Latina, a Argentina possui o quinto maior
PIB per capita (nominal) e o maior PIB per capita em paridade do poder de
compra.[17] Analistas[18] argumentam que o país tem uma base "para o crescimento futuro,
devido ao tamanho do seu mercado, níveis de investimento direto estrangeiro e o
percentual de exportações de alta tecnologia como parte do total bens manufaturados" e é
classificado pelos investidores como uma economia emergente. A Argentina é um membro
fundador da Organização das Nações Unidas, do Mercosul, da União de Nações Sul-
Americanas e da Organização Mundial do Comércio e continua sendo um dos G20.
Índice
1Etimologia
2História
o 2.1Era pré-colombina
o 2.2Período colonial
o 2.3Independência e guerras civis
o 2.4Ascensão da nação moderna
o 2.5Década Infame
o 2.6Peronismo
o 2.7Regime militar
o 2.8Período contemporâneo
3Geografia
o 3.1Clima
4Demografia
o 4.1Religião
o 4.2Idiomas
o 4.3Composição étnica
5Governo e política
o 5.1Relações exteriores
o 5.2Forças armadas
o 5.3Símbolos nacionais
6Subdivisões
7Economia
o 7.1Indústria
o 7.2Turismo
8Infraestrutura
o 8.1Saúde
o 8.2Transportes
o 8.3Educação
o 8.4Ciência e tecnologia
o 8.5Energia
9Cultura
o 9.1Literatura
o 9.2Cinema e teatro
o 9.3Mídia
o 9.4Música
o 9.5Gastronomia
o 9.6Esportes
o 9.7Feriados oficiais
10Ver também
11Referências
o 11.1Bibliografia
12Ligações externas
Etimologia
O primeiro gentílico aplicado pelos europeus ao povo habitante da atual Argentina foi o
termo castelhano "rioplatense". O nome foi dado por um equívoco feito por Sebastião
Caboto em 1526, quando passou pelo estuário do Rio Uruguai e o chamou de Rio de La
Plata ("Rio da Prata"), enganado pelo metal precioso que encontrou nas mãos de alguns
indígenas, sem saber que eles o haviam tomado dos marinheiros da expedição portuguesa
dirigida por Aleixo Garcia. Embora o equívoco tenha se esclarecido pouco depois, o nome
manteve-se e logo o gentílico "rioplatense" aplicou-se em espanhol para designar os
habitantes de ambas as margens do Rio da Prata, o qual os índios chamavam de Paraná-
Guazú (termo que, traduzido da língua guarani, significa "mar gigante").[19]
A prata, em latim, recebe o nome de argentum, nome substantivo ao qual corresponde o
adjetivo argentinus. O nome "Argentina" foi usado pela primeira vez pelo poeta Miguel Del
Barco Centenera (1535-1605) em seu poema histórico Argentina y la Conquista del Río de
la Plata ("Argentina e a Conquista do Rio da Prata"), publicado em 1602, 66 anos depois
da fundação do Puerto de Nuestra Señora Santa Maria del Buen Aire ("Porto de Nossa
Senhora Santa Maria do Bom Ar"), a atual cidade de Buenos Aires. O substantivo
"Argentina" foi utilizado amplamente a partir do século XVIII para designar toda a região do
Rio da Prata, abarcando os atuais territórios do Uruguai, Paraguai e parte do estado
brasileiro do Rio Grande do Sul.[19]
História
Ver artigo principal: História da Argentina
Era pré-colombina
Cueva de las Manos, uma das mais antigas expressões humanas da América do Sul.
A área conhecida atualmente como a Argentina era relativamente pouco povoada até o
período da colonização europeia. Os primeiros vestígios de vida humana são datados do
período Paleolítico e há indícios adicionais dos períodos Mesolítico e Neolítico.[20] No
entanto, grandes áreas do interior eram aparentemente despovoadas durante um extenso
período de secas entre 4000 e 2000 a.C.[21]
Até o período da colonização européia, a Argentina era relativamente pouco povoada por
um grande número de culturas diversas com organizações sociais diferentes, [22] que
podem ser divididas em três grupos principais.[23] O primeiro grupo são caçadores e
coletores de alimentos sem desenvolvimento de cerâmica, como os
povos selknam e yaghan. O segundo grupo são os caçadores avançados e os coletores de
alimento que incluem os puelche, querandí e serranos no centro-leste; e os tehuelche no
sul - todos eles conquistados pelos mapuches que se espalham do Chile[24] - e
o kom e wichi no norte. O último grupo são os agricultores com cerâmica, como
os charruas, minuanos e guaranis no nordeste, com práticas de queimadas e existência
semissedentária;[22] a avançada cultura diaguita comercializava no noroeste, que foi
conquistado pelo Império Inca em torno de 1480; os toconotés e comechingones vivam no
centro do país e os huarpes, uma cultura que criava lhamas e foi fortemente influenciada
pelos incas, no centro-oeste.[22]
Período colonial
Ver artigos principais: Colonização espanhola da América, Vice-Reino do Rio da
Prata e Revolução de Maio
Ruínas da missão jesuítica de San Ignacio Miní, considerada um Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Os europeus chegaram pela primeira vez à região com a viagem de 1502 de Américo
Vespúcio. Os navegadores espanhóis Juan Díaz de Solís e Sebastian Cabot visitaram o
território que hoje é a Argentina em 1516 e 1526, respectivamente. [10] Em 1536 Pedro de
Mendozafundou o pequeno povoado de Buenos Aires, que foi abandonado em 1541.[25]
Outros esforços de colonização vieram do Paraguai — estabelecendo o Governadorado do
Rio da Prata — Peru e Chile.[26] Francisco de Aguirre fundou Santiago del Estero em
1553. Londres foi fundada em 1558; Mendoza, em 1561; San Juan, em 1562; San Miguel
de Tucumán, em 1565.[27] Juan de Garay fundou Santa Fé em 1573 e no mesmo
ano Jerónimo Luis de Cabrera criou Córdoba.[28] Garay foi mais para o sul para refundou
Buenos Aires em 1580. San Luis foi estabelecida em 1596.[27]
O Império Espanhol subordinou o potencial econômico do território argentino à riqueza
imediata das minas de ouro e prata na Bolívia e no Peru e, como tal, tornou-se parte
do Vice-Reino do Peru até a criação do Vice-Reino do Rio da Prata em 1776, com Buenos
Aires como sua capital.[27]
Buenos Aires repeliu duas invasões britânicas malfadadas em 1806 e 1807.[29] As ideias
do Iluminismo e o exemplo das primeiras Revoluções Atlânticas geraram críticas
à monarquia absolutista que governava o país. Como no resto da América espanhola, a
queda de Fernando VII durante a Guerra Peninsular criou grande preocupação.[30]
Independência e guerras civis
Ver artigo principal: Independência da Argentina
José de San Martín, libertador de Argentina, Chilee Peru, na Catedral de Buenos Aires.
Pessoas reunidas em frente ao Cabildo de Buenos Aires durante a Revolução de Maio, que forçou a
renúncia do vice-rei e substituiu seu governo pela Primera Junta, o primeiro governo argentino
independente.
Em 1865, a Argentina já era uma das 25 nações mais ricas e, em 1908, ultrapassou
a Dinamarca, o Canadá e os Países Baixos para chegar ao 7º lugar, atrás da Suíça, Nova
Zelândia, Austrália, Estados Unidos, Reino Unido e Bélgica. O rendimento per capita da
Argentina era 70% superior ao da Itália, 90% superior ao da Espanha, 180% superior ao
do Japão e 400% superior ao do Brasil.[43] Apesar dessas realizações singulares, o país
demorou a cumprir seus objetivos originais de industrialização:[49] depois do forte
desenvolvimento de indústrias locais na década de 1920, uma parte significativa do setor
manufatureiro continuou a ser intensiva em mão-de-obra na década de 1930.[50]
Em 1912, o presidente Roque Sáenz Peña promulgou o sufrágio universal masculino e
secreto, o que permitiu que Hipólito Yrigoyen, líder da União Cívica Radical (ou UCR),
ganhasse a eleição de 1916. Ele promulgou reformas sociais e econômicas e ampliou a
assistência aos agricultores familiares e às pequenas empresas. A Argentina permaneceu
neutra durante a Primeira Guerra Mundial. A segunda administração de Yrigoyen enfrentou
uma crise econômica, influenciada pela Grande Depressão.[51]