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Campo Grande, 15 de março de 2018.

Venerável Mestre∴

1º Vigilante∴

2º Vigilante∴

Adorados irmãos∴

Trabalho sobre o Salmo 133

"Oh! Quão bom e suave é que os irmãos vivam em união! É como o


óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão
e desce para a orla de suas vestes. É como o orvalho de Hermon, que desce
sobre os montes de Sião. Porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida
para sempre".

O marco inicial dos trabalhos maçônicos é praticado com a leitura do


Livro Sagrado, símbolo da verdadeira presença do Grande Arquiteto do
Universo. Quando a loja maçônica está trabalhando em Grau de Aprendiz, é de
costume, desde junho de 1952, segundo decisão da Assembleia Geral da
Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, iniciar a abertura dos trabalhos
com a leitura do salmo 133, escrita pelo Rei Davi (autor de vários salmos e exímio
cantor de cânticos de Israel). Este salmo foi fundado na época das cruzadas e
fez parte da ordem dos templários. Glorifica a união entre os irmãos e demonstra
a trilogia filosófica da Maçonaria: liberdade, igualdade e fraternidade.

Salmo é uma palavra grega, significando cântico acompanhado por um


instrumento de corda, uma espécie de harpa. O Livro dos Salmos apresenta 150
composições poéticas de conteúdo exclusivamente religioso, uma reunião de
cânticos e louvores ao Senhor, revelando diversos sentimentos e circunstâncias
expostas com suavidade.

O salmo 133 é intitulado como o salmo do peregrino, na maçonaria


representa a peregrinação que o maçom faz para “alentar sua alma”, nutrir seu
espírito, consolidar sua vida. O entendimento e a compreensão dessas palavras
fazem-se necessário para crescimento individual e coletivo dos irmãos.

A primeira parte do versículo onde diz: “Oh! Quão bom e suave é que
os irmãos vivam em união! ” Exclama admiração, surpresa e alegria ao
constatar o amor fraternal existente entre os irmãos em união, realçando a
convivência amena e construtiva entre eles, levado ao grau máximo de bondade
e de perfeição causado pelo encontro dos que se amam. Simboliza a harmonia
de pessoas de todas as classes em reverência à Deus.

Os irmãos que Davi se refere são provavelmente, o povo de Israel,


divididos em suas tribos espalhados entre Hermon e Sião, com todos vivendo
em unidade. De fato, era um período feliz, pois todos reconheciam a sua comum
irmandade e “habitavam em união”.

Naquela época, os filhos não deixavam a casa de seu pai, mesmo os


nómades. Quando um rapaz se casava, outra casa era construída e as moças
deixavam o lar, para residir na casa de seus maridos. Era o ideal da família, que
“os Irmãos vivessem em comunhão”.

A filosofia maçônica assumiu como exemplo esses ensinamentos,


estimulando seus membros a estarem sempre juntos, em igualdade, como uma
família única, estabelecendo o seu Templo Espiritual. No momento do Ritual de
abertura da Maçonaria, as palavras do salmo 133 agem como unificador das
mentes em torno do grande objetivo comum, pois neste momento constitui-se
uma obra de criação à Glória do G A D U.

Já a segunda parte do versículo, o Rei Davi coloca: “É como o óleo


precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão e
desce para a orla de suas vestes.” Naquele tempo, a barba era um sinal de
veneração e virilidade, se alguém era bem-vindo, óleo era derramado sobre sua
cabeça com tal abundância que banhava da cabeça aos pés, encharcando sua
barba, pescoço e até o vestuário, era o símbolo da unidade e do amor entre os
Irmãos. Ungir da cabeça aos pés com óleo era sinal de grande respeito e amor
entre os Judeus.
O óleo precioso era um perfume raríssimo a base de mirra e oliva, usado
para ungir os Reis e Sumos Sacerdotes derramando-o sobre suas cabeças, e
dessa forma, eram considerados purificados e sagrados para exercer suas
funções. Aarão, irmão mais velho de Moisés, foi o primeiro Sumo Sacerdote de
Israel, era porta-voz de Moisés e Orador dos Judeus Junto ao Faraó.

Seguindo esse exemplo, um ambiente fraternal é construído durante as


reuniões maçônicas, gerando um sentimento prazeroso entre todos os
presentes. Ao receber os irmãos que se juntam para a realização dos Trabalhos
gera uma alegria e satisfação que se derrama e espalha como o óleo, a
integração da espiritualidade se alastra como o perfume e transcende a nossa
própria individualidade. O óleo precioso pode ser comparado à Energia Divina,
que se derrama sobre nossas cabeças e barba, recobrindo todo o corpo físico e
espiritual. Reforçando, assim, a obra Maçônica.

A terceira parte do Salmo, finaliza: “É como o orvalho de Hermon, que


desce sobre os montes de Sião. Porque ali o Senhor ordena a bênção e a
vida para sempre". Hermon é uma montanha que divide Israel, Líbano e Síria
geograficamente. Seu pico é coberto de neve, responsável por formar um
constante orvalho, que visivelmente nutre toda redondeza. Enquanto que a água
que brota do Monte Sião é interna, não é visível, brota por dentro do solo.

O solo de toda essa localidade, banhada pelo líquido sagrado dos


montes, apresenta abundância de alimentos, tanto na agricultura como na
pesca. Independente do clima ou estação do ano, o orvalho continua nutrindo o
solo e provendo a região, atribuindo a essa, como a mais fértil, abençoada,
eternamente viva e sagrada de Israel. Diante disso, foi escolhido para a
construção do Palácio de Davi e posteriormente o Monte do Templo.

Trazendo estas palavras para o Templo Maçônico, a água significa a


vida, nesse Salmo, corre dos Montes. Em um deles, corre de forma explícita,
demonstrando o que é externo, aparente, físico, humano; enquanto o outro,
derrama suas águas de dentro, de forma protegida, espiritual, sagrada. A
unificação das águas que descem cada uma do seu modo, gera um solo fértil.
Assim é na vida, para que se tenha a liberdade, igualdade e fraternidade é
necessário que se unifique o externo com o interno, o que se mostra ao outro
deve ser o que pulsa internamente, o “Eu completo”. Somente após a
completude individual, é possível alcançar a liberdade das águas que correm e
se misturam tornando-se “una”, única, iguais. Que vêm de encontro com o desejo
do Sagrado, em sermos fraternos como irmãos, alcançar a doação espiritual, a
vida eterna.

A razão de materializar o Salmo 133 na abertura dos Trabalhos no Grau


de Aprendiz evidencia o símbolo maior do Templo Maçônico, que é o “Amor
Fraternal”. As palavras desse Salmo evidenciam a importância, o prazer e a
benesse em vivenciar tanto o óleo quanto o orvalho que desce purificando a alma
dos irmãos, tornando-os pessoas melhores, passíveis de cultivar a fraternidade
e união, onde todos somos iguais e merecedores das bênçãos de G.A.D.U.

Bibliografia consultada:

Honório Sampaio Menezes, 33°, REAA. A maçonaria e o salmo 133.


https://focoartereal.blogspot.com.br/2015/10/a-maconaria-e-o-salmo-133.html

M.·.M.·. Miguel Zandonade Feitoza. Uma Síntese Sobre o Salmo 133:


1,2,3. http://www.brasilmacom.com.br/uma-sintese-sobre-o-salmo-133-123/

Ir.·. João Alves de Oliveira Filho - M.·. M.·. Salmo 133 o Salmo do
Grau de Aprendiz.
http://www.aminternacional.org/Salmo133_Salmo_Grau_AprendizB.html

Ir.·. Valdemar Sansão. O salmo 133.


http://iblanchier3.blogspot.com.br/2016/07/o-salmo-133.html

Salmo 133. https://focoartereal.blogspot.com.br/search?q=salmo+133

I.·. Antônio Guilherme de Paiva M.·.M.·. da R.·.L.·. Charitas ll, Or.·. S.


João Del-Rei, MG – Brasil. Salmo 133 – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
https://www.maconaria.net/salmo-133-analise-interpretacao/

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