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por
W. E. Best
Visto que Tiago diz, “...porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a
ninguém tenta” (Tiago 1:13), qual é o significado da declaração “não nos
conduzas à tentação” de Mateus 6:13, na oração modelo que Cristo
ensinou aos discípulos? O verbo “conduzir” é eisenegkes, primeiro
aoristo ativo subjuntivo de “trazer para dentro”. O ativo subjuntivo
significa “não nos traga para dentro”. Poderá Deus, que não solicita aos
homens fazer o mal, ensinar Seus discípulos a orar “não nos conduzas
à tentação”?
Há duas naturezas dentro dos cristãos. Eles são descritos como “...a
carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se
opõem um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gálatas 5:17).
(Veja Romanos 7:14-25) Os cristãos, portanto, têm uma casa dividida.
Há um conflito interno entre o Espírito e a carne. Há um traidor dentro
deles, bem como fora.
Jesus Cristo tinha duas naturezas, mas ambas eram santas; portanto,
não havia conflito dentro dEle. O desafio de Deus à Satanás, ou aquela
obra sob Sua direção, foi um testemunho divino de que nada, senão a
absoluta unidade das duas naturezas santas, poderia ser encontrado. A
madeira provada pelo fogo torna-se cinzas. A água provada pelo fogo
evapora. Mas o ouro puro provado pelo fogo permanece ouro. O ouro
puro não tem nada para ser eliminado. Os cristãos perdem as suas
escórias quando são provados, mas quem será culpado de blasfêmia,
dizendo que houve no Deus-Homem qualquer escória que tinha que ser
eliminada pelo “fogo da provação” (purosis, uma prova de fogo de
circunstâncias de provação) (1 Pedro 4:12)? Há duas leis no interior dos
cristãos (Romanos 7:22, 23), mas há somente uma lei, a lei de Deus, em
Jesus Cristo.