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ARQUITETURA E HISTORIOG,RAFIA.

I
UMA PROPOSTA DE METODO*
Manfredo Tafuri**

• Ma nfredo Tafu ri.


Q;esumo Em fa ce da proliferação de investigações
"Architettura e stotiogrilfiil.
oassunto centrol de nossa investigação é a verificação do Un a proposta di m etodo~. sobre o "significado", superficial ou profu ndo,
papei histórico da ideologia. Adotando como certo o sua Arte Veneto XXIX (1 975):
dos sistemas arquitetônicos, é hora de se
superestruturalidade, abre-se como campo original de pesqui- 275-282.Tradllc;lo do
sa o historização de suas concretas intervenções no real. Ini- italiano: Luis Fabio perguntar se não seria o caso de proceder a
An toni oli; revisão:
ciaremos, portanto, privilegiando da atividade arquitetônica uma radical recolocação da temáti ca relativa à
Adalbe rto Retto e José
o dado mais imediatamente "material", mas ao mesmo tem- ti ra. história da lin guagem arq uitetônica. Se não por
po o mais compreensivo, dos múltiplos variáveis que nelo
concorrem. Vamos dirigir a atenção para a arquitetura como ,. Arquitet o Jlela outro motivo, ao menos para co nsegui rmos nos
forma particular de trabalho intelectual. Um trabalho inte- Fawldade de Arquitetura livrar dos den sos emaranhado s qu e vão se
lectual com o privilégio de se erguer sobre uma gama de da Universid ade de Roma,
professor do De partame nto est ratifica ndo so bre ela. O tema que nos
atividades diretamente produtivas. Isso significo acentuar
de Histãria do Instituto
uma dialética: aquela que se institui 00 longo do tempo, in teressa, portanto, diz respeito à função da
Un iversita rio de
entre trabalho concreto e trabalho abstrato, no significado Arqu ite tura de Vene Zil Linguage m, à ma nei ra pe la qual a própria
marxista das expressões. Desse modo, a história da arquitetu- entre 1958 e 1994.
lingu age m "age", co locando provi soriamente
ra pode ser lida com base nos parâmetros historiográftcos
relativos, ao mesmo tempo, à incidência do trabalho intelec- entre parênteses as maneiras especificas de sua
tual e aos desenvolvimentos de modos e relações de produçõo. comunicação. Isto parte de uma premissa que
deve ser imediatamente expLicitada: de fato ,
~b act
The subject of our enquire is the verification of the
damos por certo que - ao menos no caso da
historicol role ofideology. Accepting its superstructural caracter arquitetura - a riqu eza com unicativa não coi ncide
as correct, an original fteld of research is open to the history completamente co m a densidad e histórica das
of its concrete interventions on reolity. rherefore, omong
obras toma das para exame.
the multiple voriobles of orchitecturol octivity, we begin
privileging the more immediotely material, but at the some Quantas vezes uma obra malsu cedida, uma
time more comprehel1sive, data. We shait focus architecture tentativa não realizada ou um fragmento já
as o particular form of intellectual work. An intellectual work
suscitaram problemas que se escondem no interior
roised on a spectrum of directly productive activities. rhis
means enforcing the dialect instituted by time between das ob ra s acabadas, elevadas ao status de
concrete work and abstroct work, in the Marxist meoning of "textos"? Os "erros" de perspectiva de Alberti ,
the terms. In this way, history of architecture can be read on ou os exas perados "jogos geométricos"a de Peruzzi
basis of the historiographic param eters concerning
simultaneously the presence of intel/ectual work and the não falam, talvez, com maior evidência das
development of modes and relotions of production dificuld ades intrí nsecas à utopia humanista do
que os monumentos nos qua is se aplaca a ânsia a) Po r um lado, torna-se capaz de des-
que explode naquelas tentativas incompletas? crever critica mente os processos que condi cio-
E para co mpreender em profundidade a nam a face "concreta" da invenção projetual, ou
dialética entre os extremos do trágico e do banal, seja, a autonomia das escolhas linguísticas e sua
que molda a tradi ção das vangua rd as do s anos função históri ca co mo capituLo de uma hi stória
1900, não é mais útil voLtar às experimentações geral do trabalho intelectual e de seus mod os de
do (abaret Voltaire b, em lugar de examinar as recep ção;
obras nas quais aqueLe trágico e aqueLe banaL se b) Por outro, a história da arquitetura ' é
reconciliam co m a realidade? reinserida na história geral das estruturas e das
Além di sso, há no ciclo da arquitet ura relações de produção; vai, em outras palavras,
co ntemporân ea um motivo mais profundo qu e "reagir" co m relação ao desenvolvim e nto do
justifica nossa asse rção. A partir do Iluminismo, trabalha abstrato.
a manipuLação das formas tem sempre um objetivo
qu e transcende as próprias formas: é esse Por este cri téri o, a história da arquitetura
constante "aLém da arquitetura" que constitui a sempre apa recerá como fruto de uma dialética .
mola propulsora dos momentos de ruptura da Atrama entre antecipações inteLectuais, co ndi ções 1. Ainda que estranha ao
método que o presente ensaio
"tradição do novo". O historiador hoje é chama do reais e modos de co nsumo deve "cindir' a sí ntese leva a conhecimento, uma
a se defrontar precisamente com este "além". contida na obra. Ali onde ela acontece como um observaç30 de Foucault d.'l conta,
em certil med ida, daquilo que'
Não tê-lo co nstantemente presente tem um custo todo finit o, co mo completude, é necessário aqui expressamos: M{ preciso
elevado: impli ca afundar-se na areia movediça introd uzir uma desagregação, um despedaçam ento pel150r o discutsO como uma
violência que nós falemQ5 os
das sublimes mistificações sobre as quais repousa de componentes - uma "disseminação", diria coisas". escreve, Mde qualquer
a monumental construção do movimento moderno. Derrida - de suas unidades constitutivas. A partir maneira. umo prática que
impomos a elas; nesta prática.
Portanto, somos obrigados a uma constante obra destes componentes desregrados será necessá rio precisamente, os eventos do
discurso enCOntram a principio de
de desmontagem nos exames do objeto de nossa proceder a uma análise separada. Relações de
~ua regularidade. Outra regra é
investigação. O que pressupõe, portanto, o exame encomenda, horizontes simbólicos, hipóteses de aquela da exterioridade: não
transitar do discurso paro o núcleo
químico daquelas areias movediças e sua aná lise vanguarda, estruturas de ling uagem, métod os de interno e escondido. pata aquilo
por meio de reagen tes de natureza oposta a eles 1. reestruturação da produção e in ve nções que dó lugar os séries aleatórias
destes eventos e que fixa seus
Iniciarem os, portanto, privilegiando na tecnológicas vão se apresentar, assim, despidos /imites." M. FOUCAU Lt Cordre du
atividade arquitetônica o dado mais im ediata- da ambiguidade congênita à síntese "apa rente" dio;çours. Paris. 1970.

mente "material", que é ao mesmo tempo o dado na obra.


mais compreensivo das múltipLas variáveis que Está claro que nenhuma metodo logia
nela co ncorrem. Vamos dirigir nossa atenção para específica, aplicada aos componentes assim
a arquitetura como forma particular de trabalho isolados, poderá dar conta da totalidade da obra.
intelectual. Um trabalho in teLectual que tem o Iconologia, história da eco nomia política, histó ria
privilégio de se erguer sobre uma gama de do pensamento, das religiões, das ciências e das
atividades diretamente produtivas. Isso significa tradições populares poderão se apropria r
acentuar uma dialética : aquela que se institui ao separadamente dos fragmento s da obra
longo do tempo entre trabalho concreto e trabalho desagregada. Para cada uma destas histórias, a
abstrato, no significado marxista das exp ressões. obra te rá alg o a dizer. Desmembrando uma obra
Desse modo, a história da arquitetura pode se r de Alberti, será possível iluminar os fundamentos
lida com base nos parâmetros historiográficos da ética intelect ual-burguesa em formação, a
relativos, ao mesm o tempo, à incidên cia do crise do historicismo humanista, a estrutura do
trabalho intelectual e aos desenvolvimentos de mundo simbólico do século 15, a estrutura de
modos e rela ções de produção. uma re lação partic~lar de encomenda, a
A história da arquitetura assume assim uma consolidação da nova di visão de traba lho no
dupla fu nção: âmbito da produção das edificações, e assi m por
2. Considere·se, por exemplo, o diante, Mas nenh um destes com ponentes se rá úti l apenas qu e nos fasci nem, que agrad avelmente
texto de J . Tynyanov e R.
Jakobson, Voprosy izucheniya
para explicar aquela obra. O ato crítico va i co nsistir nos enga nem.
lileraful}' in "Novy Ler. 1927. n. em uma recom posição dos frag mentos, uma vez Caso contrá ri o, devere mos med i r a
12. no Qual os dois auto res
afirmam Que a correlação entre hi sto rí ados: em sua ."remontagem". Jakobson e i ncidê ncia rea l de lin g uage m nas sé ries
as sé ries li terárias e (lutras Tynya nov, seg ui dos de certo modo por Karel Teige ex t ra lin guis ti cas às quai s ela se co necta.
séries históricas possui leis
estru turais próprias, ptlr $Ua vez e Mu ka00vsky, falavam em relações con tí nuas Deveremos, po rtant o, me dir de que mo do a
sujeitas ã análise. Em
entre as sé ries linguísticas e as extra linguisticat introd ução de uma concepção mens urável do
comparação ao formalismo
shlovskyano. temos aqui um A completa hist oriciza ção dos múlti plos espaço fig urativo reage em contato com a cri se
reco nheô mento da autonomia da
compo nentes "não-linguisticos" de uma obra e da burg uesia re nasce nti sta; de que modo a
an6lise do · sistema dos
sistemas". para estabelecer sua reco mposição vão te r, nesse sen tido, dois desagrega ção do co nceito de forma, consum ada
co rrelação co m a desw bert<l do
valor de integração dinâmica dos
efeitos: aquele de ro mpe r o círc ulo mág ico da pelas van guardas histó ri cas, respond e à fo rm ação
materiais como fundamento da linguagem, obrigando -o a revelar os fun dam entos do novo un iverso met ropolita no; de que modo a
obra. Ver J. TynyaflOv, Vapros (I
li!e/Ofumoi ewHyutsii. in Arhoisty sobre os quais repo usa; e aq uele de pe rm itir a ideologia de uma arquitetura redu zida a "objeto
i nova/oI)', leningrad 1929, pp. recuperação da "fun ção" da própria linguagem, neg llgenciado", a mera tipologia, a projeto de
30·47. Ver em Tl\Ie tan Todorov
(or9.). I formaliSli rU55i. Tu rim Com isto, reto rn amos ao nosso assu nto reo rganização da ind ústri a da co nstru ção, pode
1968. p. l22 e 5eg. Ve r também S.
inicial. Es tudar como um a li ngua gem "ag e" se inserir em um a real perspectiva de gestão
BANNe J. E. BOWLT (edi ts.). ,
""ussiafl Formolism". Nova York, signi fi ca verificar sua in cidêncía so bre todas as "a ltern ativa" da cidade. O entre la ça mento
1973. A ligação entre o
esferas extralinguísti cas isoladas, obti das com a forma do pelo trabalho intelectua l e as co ndições
pensamento de M u ka~vskY e (I
de TynyanO'l e Jakobson foi "dissemi nação" da obra. Neste ponto, esta remos produti vas nos dará, ne st e caso , o único
notada igualmente em (OROUAS,
Introduziane o J. ftlukoOOV5kj. Lo
dian te de duas alternativas. Ou, segui nd o Barth es parâ metro vá lido para recompo r o mosaico de
C
/uruione, lo norma e 11 vaiare e a nouvelle critique , faremos o possível pa ra peça s resultan tes da desmo nta gem an alítica,
estélico come foW soda/i, Turi m,
1971 (Praga. 1966). Ver também, multi pli ca r as metáforas do texto arquitetôni co, anteri orm ente executado, Com um a co nsequência :
de J. Muka0ovskY. Studie I desdobrand o e va riando ao infinito sua capa cidad e que a histó ria da arquitetura que daí deriva te rá
esteliky. Praga, 1966. Nessas d
obras (e naquela de Ka rel Teige. de estabe lecer ligações , ou seja, o se u "sistema como objeti vo pree minente a constru ção de um
ainda pouco conhecido na Itália). l
de ambiguida des" es pecífico , ou va mos reco rrer capítu lo partic ular de um a história gera l do
obselVar no entanto que a
exten~o dada ao conceito de a um princípio de sí ntese extern o à obra, estranho t rabalho e de sua di visão social. É óbvio que uma
"série extri!estética" é
completamente limitante e
à sua co nstru ção apare nte. Faze nd o frag mentar análise i ntegra da de prod ução li ngui sti ca e
tradicio nal (ver Muka00v5ky, op. a estru tu ra profun da da linguagem, em outras produção mate ri al deverá entrar em dialética com
dI.. pp. 25 0 e 55.). Ainda mais
limitada nos parece a utilizaç~o
palavras, te remos à nossa di sposição uma sé ri e modos de dist ribui ção e mo dos de con s umo~.
da psicologia da Gestalt e das de mate ri ais prontos pa ra a reco nst ru ção qu e Fazer a histó ri a da arq uitetura rein gressa r
teoria~ de Piaget. Bense e
Ehrenrweig, feita ptlr Norberg· poderá ser, po r sua vez, arbitrária ou ve rificável. no âmbito de uma história da divisão social do
Schulz. na tentativa de definir Ambos são cam in hos legítim os: depe nd e t rabalho não sig nifi ca regredir a um "marxismo
um método analítico·glo~l di!
obra arquitetônica. Ver apenas dos fi ns aos quai s nos propuse rm os , vu lgar': não significa, de modo algum, anu lar as
NORBfRG·$CHULZ. ll1lelllioll5 in
Podemos escolhe r nos aprofun dar mos naqu ilo caracte rísticas es pecíficas da própria arquitetura .
Architecture, 1963.
definid o como o círculo mágico da linguagem ~ o Ao contrário, estas vão ser exaltadas mediante
3. Ver R. BARTH ES, Critique et
vén'tê. Paris, 1965. e S.
"espaço literário" de Blanchot - t ransformando- um a lei tura capaz de conectar, com base em
DOUBROVSKY, Pouquoi lo nouvelle o em um poço sem fun do: é isto que a assim pa râmetros ve rificáveis, o significado real das
critique. Critique el objectivilé.
Paris. 1967. Mas: o limite (e, ao
chamada "críti ca operativa" tem fei to há tempo, escolhas projetuais à di nâmica das t ransformações
mesmo tempo, a express.lo servindo, como viveres de pro nto consum o, seus produti vas que tais ca ract eri sticas ati va m,
máxima) do ~apro'undamento"
nas metáforas da obra. de [IiI rte desdo bramentos arbitr ários e piro téc ni cos de re tarda m e tenta m impedi r. É cla ro que um a
de um Barthes, é verificável nas Mi chelangelo, Borromini ou Wri ght. Mas ao abo rd ag em se mel hante pretende de qualq uer
verdades "mui to ~erdadeira s"
expressas no li~ro do próprio R. proceder assim é preciso que tenh amos bem claro modo res pond er, em certa med ida, à qu est ão
BARTH ES. te plaisir du texte ,
qu e nosso objeti vo não é faze r história, mas da r proposta por Walter Benja min, qu and o, em "O
Paris. 1973.
fo rma a um espaço neut ro no qual se faz fl ut uar, Au t or como Pro duto r", i ndicava co mo de
4. Ver. a esse respeito, o capítulo
aCl ma do tempo , um acervo de me táforas impo rtânci a secundária aq uilo qu e a obra (e m
~esprovidas de espessura. A estas. podemos pedn
Corchitetturo come oggeto
troscurabile e lo (risi seu caso, literári a) diz das relações de produção,

m
de/l'atenzione critica. in M.
para coloca r em primeiro plano, ao co ntrário, a leis que permitem a existência da arquitetura são,
e TAFURI, reorie e storia
fun ção da própria obra no interior das relações portanto, invo ca dos como fios de Ariadne , deil'orchitettura, Bari, 1973 .
- ,
de produçao . capazes de dese nredar os percu rsos ema ranhados 5. A esse resJ)eilo, fica preciso
Tu do isso te m dua s co nsequê ncia s da utopia: para projetar sobre um tra çado retilíneo que o estudo das relações entre
artista e dientela é sempre
im ediatas: o "movimento do cavalo"', institucionalizado pela dialético; em oUlras palavras. é
a.) Relativa à historiografia clássica, obriga linguagem poética. contestada a homogeneidade do
"público". ainda que, a partir do
a reve r t odos os critérios de periodização, É justamen te isto qu e Viktor Shktovsky Final dos anos 1800. o
permitindo encontrar uma integ ra ção, desprovida pretendia sublinhar ao falar, pela via da linguagem anonima to aparente do público
vã se tornar motivo de angústia
de mediações arbitrá rias, com a hi stória das poética, do "movimento do cavalo"] . Assim como ou de estímulo provocativo para
o artista. É um trabalho ainda
tran sFo rmações produtivas: a dialética acima no percu rso desco ntínuo do cavalo em um jogo
por fa~er, esta individuaçiio dos
mencionada (trabalho concreto - tra balh o de xadrez, a estrutura semântica do pro duto ordenamentos, frequentemente
em oposiçiio e que. na época
abstrato) é re propos ta, na verdade, com artístico efetua uma "exclusão" co m respeito ao renascen tista ou barroca,
caracteristicas originais ap e nas ali onde é real, ativa um "estranh amento" (como bem utilizavam artistas diversos (ou
um mesmo artista, mas com
acionado um me ca ni smo de integração entre co mpreendeu Bertolt Brecht) e se organiza co mo propósitos diferentes), seguindo
prefiguração i ntelec tual e modos de um a "surrealidade"a permanente. Todo o empenh o estratégias culturais advindas.
na maior parte das vezes. de
dese nvolv imento produtivo. Reconhecer esta de um filósofo como Max Bense está co ncen t rado contextos político·religiosos.
integ ração para construi r verdad eiros ciclos na definição das rela ções entre esta Nesse sentido, um exemplo
eloquente é o projeto conduzido
estruturais, no mais pleno sentido da expressão, "surrealidade" e o universo tecnológico de onde por Daniele Ba rbaro e parte da
é dever da análise histórica. aristocracia veneta na
ela provém e - o caso da arte de vanguarda é
contraposição de Palladio a
b.) Com referência ao debate sob re a exemplar - ao qual retorna, co mo estím ulo à Sansovino, na cidade de Veneza.
V~ rios outros exemplos
análise da ling ua gem artística, o método proposto in ovação con tinua e permanen te, e como sua poderiam seI adotados: o
desloca a atenção do plano das com unicações imagem codifi cada. probLema ê sempre individuar os
eleme ntos caracterizando tais
imediatas ao dos significados últimos. Vale dizer, Mas mes mo aqu i é necessário efetuar estratégias culturais. conduzidas
obriga a avaliar a "produtividade" das inovações difere nciações cuidadosas. Definir simplesmente frequentemente fora dos
critérios estritamente de
linguísticas, a construir uma ponte en tre a palavra a ideologia co mo expressão de falsa consciência mercado.
e as estruturas, a sub meter o rein o das formas intelectual é, no mínimo, inútil.
6. Ver W. BENJAMIN. Der Autor
simbólicas a uma aná li se capaz de, a qualquer Nenhuma ob ra, nem me smo a mai s ois Produzent, in Velsliche übet
Brecht, Frankfurt, 1971. Uma
instante. colocar em causo a legitimidade histórica insignificante e sem sucesso, consegue "refletir"
inaceitável leitura crítica do
da divisão capitalista do trabalho. uma ideologia preexistente a ela. As teorias sob re ensaio de Benjamin est.'i no
texto de Jüergen HABERMAS, lur
A necessidade de tal reversão dos critérios "reflexo" e "espelhamento" dão o assunto como Aktuo/itõt Wolter Benjamin,
analíticos está implícita no assunto ce ntral de encerrado. Mas o "descarte"g que a obra efetua Frankfurt, 1972.

nossa investigação: isto é, a verificação do papel co m respeito ao outro de si é, por sua vez, repleta 7. Ver V. SHKLOVSKY, Chod
histórico da ideologia. De fato, adota ndo como de ideologia: mesmo que suas formas não sejam Konja, Moscou·Oellin. 1923.
Oueremos subLinhar, a propósito,
certa a sua superestrutu ra lldade. ab re-se como completamente dizíveis. É possível reconstruir a a significativa notação de
Shklo~ky a propósito da
campo original de pesquisa a historicização de estrutura específica dessas formas, lem brando -
Nobliquidade" do procedimento
suas intervenções co ncretas no real. Cada vez se que sempre irá existir um desca rte entre a artístico: NO cavolo não é livre,
move-se loteIo/mente, porque o
mai s, na ve rdad e, uma exig ência se mostra ideologia incorporada nos signos da obra e os
cominho direto lhe é vetodo~.
urg en te: a face ambígua da superestrutura não modos correntes de prod ução ideológica. Mais
8. Ver, em particular. M. BENSE,
deve se r deixada a si própria. É necessário, pois, imediato, no entanto, é re co nh ece r como este Aesthetica. Baden· Baden, 1965;
impedi-la de se multiplicar ao i nfinito no de scarte "funciona" com res peito ao real: e Gerousch in deI Suosse, Baden·
Saden e Krefe(d, 1960. Ver
envolven te jogo de espelhos que ela pressupõe reconhecer de que modo ele esta belece acordos também o ótimo livro de G.
como próprio e específico: mas isto ocorre ape nas em face do mundo, bem como quais as condições pASQUAlOno, I problemi

J
dell'estetico tecnológico. Roma.
se for possível entrarmos no castelo enca ntado que permitem a sua existência. 1971.
das formas ideológicas, munidos de um filtro que A isto se acrescent.a outra co nsideração: o
9. F. FQRTI NI. Duosvanguordosin
fun cione como antídoto eficaz para a hipnose. esfo rço preeminente de grande parte da arte Aa.Vv.. Avonguordio e
neovonguQrdio, Mit.'io, 1966, pp.
Os parâmetros próprios de uma histó ria das da arquitetura de va ngua rda foi reduzir, até a

--
9·21. Acontrad ição e o conflito anulação, O "descarte" ent re a obra e o outro da exemplar o caso da ideo logia an tiurbana: com a
enca rn ados pelo artista de
v~ngu~rda. escre~e Fortini. obra, e ntre o obj eto e suas con di ções de obra de Gedd es e de Un win e com sua
"ignoram a dialético". São
existênci a, de produção, de uso. convergência aos fi lões do Conservacio nis mo e
"justoposiçtio ou oltemôncio polar
entre subjetividade absoluto e Mas ta mbém aq ui as ideologias in vocadas do Regio nalismo norte-ameri canos dos anos 1920,
obsoluto objetividade. entre
irracionalidade abstrato - ou seja.
pa ra dar sustentação ao faze r arqui tetôni co, ou ela assum e feições inéditas, fund and o as técnicas
lecuSO do momento discursivo. nele subentendidas, são multifacetadas, pedindo modern as de planejamento territori al. Da mes ma
dioWgiro. comunicativo, o fQllO(
da assodoçõo, dIJ memóriIJ uma o pe raçã o frequ entemente com plexa de mane ira, um mesmo ci clo de obra s - aqui o
involuntõriIJ e do sonho - e reco nst ru ção cri tica. A um a ideologia que se exe mplo de Le Corbus ie r é ext remame nte
IJbstroto rocionlJfidode, ou seja
conhecibilidade {l(Jr via discursivo pla s ma sob re a ord em existente, de va lor adeq uado - é apreciáve l segund o parâ met ros
110 acepção particular nolura/islO
puramente documental, contrapõem-se na histó ria di ve rsos de juízo, ap rese ntando-se ao mesmo
e positivista do ideio de 'razão: A
vanguoldo Je refugio em um ato pe lo me nos t rês outros mod os de pro dução tempo como ca pít ulo com pletamente interno ao
0lI no ato extll!mo, QU vive ambos
ideológica: eve nto global da vanguarda, e co mo instrum ento
simultaneamente, de modo bem
conhecido por todo o trodiçôo o· a) Uma ideologia "pro gressiva" - típ ica das de reforma institu cio nal.
critico" (op. cit .. pp. 9·10) . Ver
também, de f. FORrI NI,
van guard as históri cas - qu e indica, apoiando-se É bastante importante não co nfundir os
,l,vonguoldio e Mediazione, in apenas no instrumento da imagem, um salto de di versos planos de análise. Ou seja, é necessá ri o
"Nuova Conente", 1968, nO 45, p.
100 e ~~ . Nem lodo dis<urso de
to mada de posse, global e totaliza nte, do real: ana lisar com métodos dist in tos produtos que
Fort;ni é p<lrtilhflVel; mas trata-se daq uela vang uard a que rejeita to da e int erferem de modo diferen te no qu ad ro da
con~ide ramos que sua 9
in terpretação da vanguarda qualqu er media ção, da qu al Fortini falava e qu e, estr utur a produti va . Es pecifi ca mo s mai s
como ausência de medi ação - no teste decisivo dos fatos, confronta-se com as deta lh adamente: sempre se rá possível efetuar
retomando um tema de lukáa -
possa ~ r posteriormente est ruturas de medi ação do con se nso, qu e a um a aná lis e purame nte li ngu ística de
ampliilda. Para a vanguarda,
redu ze m a me ra "propaga nda". assentamentos co mo Ra db urn ou as Gree nb elt
recusa e aceitação n~o apenas
não entram em dialética (com b) Uma ideologia "regressiva", ou seja, uma (ihes do New Oeal norte-a meri can o. Um métod o
Ifequênc;a, um tema se esconde
disfarçado no outro), mas, além
"utopia da nostalgia", perfeitamente ex pressa a similar - o úni co válido pa ra da r co nta
disso. se retiramde qualquer partir dos anos 1800, por todas as for mas de historicamente da obra de um Melni kov ou de um
mediação em filee do real, no
qual, todavia, pretendem pensamento an ti urba no, pela sociologia de um Stirlin g - seria, no entan to, inadequa do para
";uompe r". Isto pode dar lugar a Tonnies e pela tentativa de oposição à nova situar aque las propostas em seu própri o co ntexto;
imiXIrtan tes red imensionamentos
metodológicos no estudo das realidad e comercial das metrópoles , com qu e é aquele da relaçã o entre renovação
vanguardas his tóricas. pro postas in clinad as a rec upera r mito logias de institucional da gestão eco nômi ca dos agen tes
orige m anárqu ica ou "comunitária". públicos e reorgan ização da demanda em nível
c) Uma ideologia que insiste diretame nte das construções .
na reform a de institui ções primárias relati vas à Aos que nos ac usa rem de ecle t ismo
gestão urbana , t erri toria l ou do set or da meto dológ ico, re spo ndere mos qu e não são
co nstruç ão, a ntecipa nd o não ape nas as capazes de aceitar o papel de t ransição (e, por
verdadei ras reformas de estrutura, mas igualmen te isto, am bíguo) que uma disci plina desmembrada
novos modos de prod ução e uma orga niza ção e mult ifor me como a a rquitet ur a ain da
diferente da divisão de traba lho: trata-se, por dese mp enha.
exe mplo, da t ra di ção progressista nort e- Tud o isso implica, ai nda, adotar um sen tido
ameri ca na, do pensamento e obras de Olmsted, extremamente amplo pa ra o termo "arquitet ura",
Claren ce Stein, Henry Wri ght, Ro bert Moses e das Está cla ro que a va lidade das an áli ses que
at ua is tentativas de ges tão demo crática das pro po mos é me nsur áve l de modo basta nte
tra nsfo rmações física s das cidades e dos específico na idade modern a e contemporânea -
territórios. desde a crise do sistema fe ud al até hoje -
É cla ro qu e não prete nd emos, com isto, atravessa nd o, portan to, acepções de trabalho
propor class ifica ções es qu emá t icas . Com intelectual, lig ada s às tran sform ações na
freq uência a históri a de um a uto pi a reg ressiva eco nomia das const ruções, irredutíveis a um úni co
chega a uma revi ravolta das hipóteses iniciais. É de nominador co mum. A di fi culdade pode ser
contornada atribuindo-se um significado movimento moderno: muitos mitos, seguindo um
transitório e flexível ao conceito de arquitetura. método similar, estão fadados a ruir.
Portanto, será necessário fazer cair a falsa Isto tudo impõe ao nosso discurso uma
mitologia ligada ao conceito de obra. Mas não, indicação metodológica: para desembaraçar uma
como Foucault propõe, para estabelecer uma meada de fios artificialmente emaranhados entre
primazia indescritivel da Palavra pronunciada si, vamos ter de dispor paralelamente muitas
anonimamente, nem para reavaliar slogons caros histórias independentes para então verificar, onde
à infância do movimento moderno, como aquele existirem, suas interdependéncias mútuas. O
relativo à indiferença quanto às escalas de "para além" ao qual a arquitetura moderna tende,
projeto 10. Devemo s prontamente dizer que a por definição, não se confunde com a realidade 10. Tal co~fusão metodológica
é comu m. quer na
proposição - hoje enunciada diferentemente, com da dinâmica urbana. A "produtividade da "urbatettura" e~unciada po r
acentos mais ou menos noiVes - que exprime uma ideologia" é verificada refletindo seus resultados Zevi , quer ~a poética - mas
que seja levado em co~ta que
leitura unitária da produção arquitetônica e na política econômica concretizada na história neste caso se trata apenas de
urbanística, parece-nos desprovida de sentido. urbana. uma "poética" - de Samonà, de
quem vir o recente livro
Assumindo que seja conhecido que, entre história Exigência, por conseguinte, de mais L'unità (m:Hitettura ur!J(mistica,
Milão 1975. Sobre seu
do urbanismo (ou melhor, histó ria das tentativas histórias entrelaçadas entre si, de mais
significado, ~er os ensaios de
de controle global do desenvolvimento urbano) e abordagens históricas integradas. Talvez já não G. CIUCCI. La n'cerca
impazierlte, e de F. DAL CO. 11
história da cidade (história de sua dinâmica real) baste nem mesmo o método dos "Annales". No gioca della memorio, ~o livro
exista uma distinção precisa, e uma leitu ra não plano das estruturas da didática e da pesquisa, Giuseppe Samonà, 50 anni di
architetture, Roma, 1975.
muito atenta do desenvolvimento da arquitetura tudo isto teria, como instrumento válido,
moderna revela a origem de muitas confusões e departamentos universitários de história capazes 11. Ver A. HI N, fre derick Law
Olmstedt ond the American
muitas especificações falsas. Quando a vanguarda de acolher a globalidade das disciplinas históricas, fn viranmental Traditian, Nova
escolheu inserir no real sua vontade nietzscheana York, 1972; D. CALABI e M.
em nova acepção do método interdisciplinar:
Folin (org.), Eugene Henard.
de superação, definiu o próprio campo de mesmo que, no estado atuaL, isto se choque com Alie on'gini dell'urbaflistica. La
costruzione delta metropo/i,
intervençâo na dinâmica metropolitana. Mas - e as viscosidades contrapostas pelas estruturas
Pádua, 1972; F. DAL CO, Dai
aqui Fortini volta a ter razão - sem mediações universitárias e por antigos e novos acadêmicos. pareM 0110 regione. L'ideolagia
progressista e la rifarmo della
(toda a história do construtivismo soviético No entanto, estamos convencidos de que città americana, na publicação
demonstra isso, das propostas urbanas de Tatlin tudo o que foi dito até aqui, partindo de problemas de Aa.V~. Lo dttà americano
della guerra civile ai New Deol,
às teorias "desurbanistas"; o caso Le Corbusier é relativos ao presente, possa ser projetado na Bari, 1973. pp.149-314; G.
igualmente demonstrativo). Também onde a análise histórica de seus antecedentes imediatos; PICCINATO, La castruzione
dell'urbanistica. Germania
arquitetura "radical" se envolveu na gestão ou seja, no ciclo histórico do classicismo. 1871 -1914, Roma, 1974; M.
econômica direta - é o caso das comunas Robert Klein delineou as etapas de um TAFURI, Le prime ipotesi di
pianificazione ur!Janistica ne/la
democráticas da Alemanha de Weimar - o peso processo de "perda do referente" para o ciclo da Russia Sovietica: /oIosca 1918-
1924, in NRassegna sovietica",
da ideologia inicial desempenhou um papel arte moderna, e André Chastel observou com
1974, n. 1, pp. 80-93.
determinante. propriedade a afinidade entre as abordagens de
12 . R. KLEIN. Lo forme et
Porém a história do urbanismo não coincide Klein e de Benjamin. /'intel/igible. Paris, 1970.
absolutamente com a história das hipóteses da "Esta contradição [a agonia da referência e Sobre a re lação Klei~ ·
Benjamin, ver a introdução de
vanguarda. Ao contrário, como algumas pesquisas seu transformar-se caleidoscópico] - escreve André Chastcl ~a obra cit., pp.
filológicas recentes puderam verificar, a tradição Klein 12 _ é, em última análise, epistemológica, XI-XII.

do urbanismo moderno repousa sobre bases comparável às apon"as do objeto do conhecimento.


construídas fora de qualquer vanguarda; nas Como se pode afirmar, para além da imagem, uma
teorias oitocentistas com Stübben, Baumeister, norma não figurada, um telas da figuração, a
Eberstadt, na práxis do Park Movement norte- partir do qual se dimensiona a imagem? Em algum
ll
americano e no regionalismo francês e inglês • momento é preciso faze( a referência baixar à
Isto impõe uma releitura radical da trama desta própn"a obra; convém acabar com todo pensamento
história com aquela, paralela, da ideologia do que coloca externamente a si um sujeito e um objeto
e cuja última palavra, já instável em função de da instáncia de dara separação entre intelecto
seu postulado inicial, foi o psicologismo na filosofia raóonal e natureza . Separação necessária, se o
e o impressionismo na arte". A rela ção entre intelecto for convocado a intervir diretamente nas
refe rentes. valores e "aura" é imediata: não se transformações do real. Nesta chave, o problema
ministra história das atuais tentativas de reduzir historiográfico emergente é a razão pela qual.
a obra ao puro exercício do ato que mimetiza os no ciclo da arquitetura classicista, não se presencia
processos de arte, nem se ministra histó ria da um vínculo real entre inovação linguística e
tentativa executada pela arquitetura moderna de inovação tecnológica, a não ser em casos isolados
romper a barreira entre a linguagem das formas e extremamente especifi cas (os casos de Leo nardo
e a da existência. se não em contraposição e de Guarini, por exemplo). Para iluminar esse
dialética com o ciclo histórico do classicismo. mesmo probLema, não será tão útil um exame
"Atuali za r" este ciclo não sig nifica reduzir dos temas iconológicos - a iconologia parece,
Michelangelo a Wright ou Borromini a laUin: hoje, ter-se tornado o campo de ação privilegiado
1
significa. ao contrário, reco nhece r sua profunda de um "novo idealismo" historiográfico ' - quanto
estruturalidade, indi vi duali zar .diacroni camente à individuação de uma série de temas que vejam
sua sistematicidad e fechada. Mas signifi ca elaboraçõ es ideológi cas e transfo rm ações
igualmente comp reende r sua dúplice estruturais entrelaçadas de modo co mplexo.
ca racterí stica: a aparição de um modo de Vamos citar algumas a título de exemplo:
produção intelectual. com o qua l ai nda precisamos A) A ideologia da inovação nos "engenhei-
nos entender. e uma concepção da linguagem ros" dos anos 1400 e 1500: AristoteLe Fieravanti,
inteiramente projetada em direção a "referentes", Fra Gi oco ndo e, principalmente, Leonardo. Para
que a "dialética do Ilumin is mo" já havia se além das indagações descritivas, já realizadas,
encarregado de destruir. este tema pod e se rev elar fundamental pa ra
Por isso, a história do classicismo reflete traçar uma hi stória das "dificuldades" que o
as dificuldades da arte contemporânea. Por isso, pensamento humanista encon trou na tentati va de
o método que procuramos criar deve poder ser se explicar integralmente: para reconhecer, em
ap licado. co m oportun os ajustes, à pré-história outras palavras. quais resistências um humanismo
da civilização burguesa . Em outras palavras, o integral teria enco ntrado se tivesse ido até o fim
ciclo aberto pela raci onalização visiva introduzida em suas premissas. As relações de encomenda e
pelo humanismo tosca no pode funcionar como as est ru turas econômi cas operantes serã o
espelho retrovisor - espelho no qual são refletidos exploradas a fim de colocar co m exatidão a função
os fanta smas da má consciência atual - pa ra uma das propostas inovadoras de um Leonardo, que
história empenhada em examinar as origens da pressup õe m a existên cia de uma organização
13. Uma análise diacrônica Zivilisation capitalista 13 . produtiva coordenada e rigorosamente dirigida.
maq'''u1!.1.. ne\lIe !.efltido,
tM.onU1!.·\t fI~ ~{\\<l.i~ de \01. .
Mas mesmo no interior de uma colocação Portanto, nã o um discurso clássico so bre a utopia,
(AmARI. Vila cartes;; est similar é necessário proceder a substanciais mas a tentativa de apreender o prenúnóo de um
~implids~imo, in "Conlfopiono",

1970, n. 2, pp. 375·399. revisões do material historiográfico e dos cri téri os papel gerencial do Estado - um Estado
a adotar, a fim de ca ptar os laços estruturais dos maqui avélico, diga-se - no dese nvolvimento
14. Um redimensionamento
singul.1r do método iconológico, aco ntecimentos que nos interessam, tecnológico e no co ntro le racional do ambiente.
por parte de quem teve o mêrito Vamos tentar exem plificar, no ciclo da 8) A verificação material das consequências
de ter sido uma das primeiras
pessoas a trazer Panokky para arquitetura cLassicista, alguns destes laços. da ideologia racionalista na comparação entre as
a Itlilia, encontra-se no breve
artigo de E. Battisti, Cloude
Existe, sem dú vi da, um a "produti vidad e histórias de dois canteiros de obras em oposição
8rogdon: reoS(Jfia e orchitettura, indireta" na rigorosa proposta hum anista de entre si: aquele relativo à renovação da Basilica
in "Pskon", 1975, ns. 2-3. pp.
147· 152.
controle racional do visivo. No entanto, menos di 5an Pietro em Roma, e aquele do Escorial de
aprofundadas são as questões das consequ ências, Felipe II na Espanha. A escoLha é motivada. Trata-
do desenvolvimento do pensa mento científico e se de duas construções simbóti cas em modos
diversos do ecúmeno católico, emblemas da nova constitui o centro de nossos interesses 15. Uma abordagem
metodologicamente exemplar, a
universalidade da velha igreja, que presenciam a historiográficos. É por esta ra zão que o método esse respeito, encontra-se no
exec ução de duas organi zações antitéticas de proposto contém em si as premissas de uma nova li vro de L. pU PPl, Scritton'
vicentinj d'archit etWra dei sewlo
canteiros. San Pietro, financiada por toda a Europa história da arquitet ura contemporânea, embasada XVI, Vice n ~a , 1973,
católica, constitui ocasião de receitas artifi ciais em uma escolha de eventos e de protagonistas
16. Fazemos referência.
pa ra a desprovida economia da capital pontifícia. fundamentalmente distinta daquela levada a cabo obviamente, ao ensaio de W,
BE NJAM1N, Das Kunstwerk im
Nenhum asso mbro, portanto, que o canteiro desta nas histórias "clássicas". Em verdade não é mais
zeilolter seiner tec/mischen
basílica seja compLetam ente irracionaL conduzido pos síveL a partir da metade do século 18, ReproduzierbarkeiC in flZeitschriJt
für Soziolforschung", Paris, 1936.
com inacredi t ávei s atrasos, Lentidões e inefi - simplesmente indagar como o t rabalho intelectual Queremos, no entanto, ressaltar
ciências burocráticas e de organi zação. se entrelaça com as transformações produtivas. que o consumo acritico desse
escrito de Benja min já prod uziu
No EscoriaL a'o contrário, Herrera atua como Em vez disso, devem ser privilegiado s os muitos estragos. Ent re as teses
organizador, e introduz métodos de controle do momentos em que uma escolha de projetação - contidas em A obra de arte. etc..
e em Autor ais Produzent, existe
tra ba lho rigo rosamente cientificos. Herrera e sempre menos de tipo linguístico e sempre mais pelo me nos uma exclusão, que é
Felipe II ce rtam ente ainda estão embebidos de de tipo organizativo - contenha as premissas de su blin hada e não encoberta. No
enta nto, n;lo pe nsamos que esta
filosofias he rm ética s e sugestões mágicas; mas uma reforma instituclonal na gestão da cidade e exclusão seja, em si ,
contraditória. Certamente tem
no prédio do Escoria l reflete-se mais outra utopia: dos territórios, ou pressione diretamente aquela
razao Pasq ualotto ao criticar o
o empenho de Herrera em criar na Espanha uma gestão e os modos de produção imobiliária. Benjamin teórko por um
engajame nto identificado com a
acad emia de matemática sob proteção re al. A As leituras realizadas da história da arqui- adesão plena ao ditado
tentativa histo ricamente significativa é, nesse tetura contemporânea até hoje, voluntariamente tecnológico {G . PASQUALOnO.
Avanguardia e tecnologio. dt.}.
caso, criar - na Espanha regressiva do final dos ignoraram esta correlação entre valores Mas as cont radições de Benjamin
anos 1500 - aquilo que apenas a Royal Societ/ linguísticos e transformações produtivas. Foi são dialéticas : o tema da
revolução dos modos de
irá conseguir fundar no século 17 na Inglaterra. definitivamente ignorada a lacuna (a "ruptura produção pode ser separado de
C) A resposta arquitetônica aos grandes epistemológica", como definiria Fo ucault), que ingenuidades polítkas e de
ansiosas expectat ivas de exílio
programas de transformação da s estruturas Benjamin sintetizava com a formulação da "morte da A le m ~ nh a nilzista : aquilo q~e
econômicas de alcance territorial: po r exemplo, da aura,, 16 se ap resenta, em Be njami n, como
pacificação de muda nça
nas regiões do Vene ta contempladas com Com este propósito, podemos até mesmo tecnológica e in trojeçáo dest a na
obra de arte, hoje é tradu zido
programas de melhoramentos nos anos 1500. Isto aceitar a advertência formulada por Adorno. liA em novos termos. A inovação
17
significa trazer a obra palladiana para um contexto teoria da aura," - escreveu Adorno - "manejada linguísti ca que aprese nta novos
modos e re lações de prod ução
no qual se agitam, ao mesmo tempo, ideias de modo não dialético, conduz a abusos. Pode está bem distan te de se
econômicas de vanguarda e resistências de permitir falSificar aquela desarticulação da arte apresen tar com um traço
imediato de dasse operária,
natureza neofeudaL agitações de ideologias que abre caminhos na época da reprodutibilidade como pretend ia Benjamin . Mas as
heréticas e "rappels à ordre", sugestões técnica, reinventando-a como palavra de ordem. novas contradições que aq uela
obra. inscrita no universo do
cientificistas e involuções de origem aristocrática A aura da obra de arte não é apenas seu aqui e desenvolvi me nto ca pitalista,
e anti-burguesas. O confronto entre um sistema introduz neste último, estão em
agora, segundo a tese de Benjamin, mas tudo aquilo
razão direta à sua capacidade de
linguístico como o palladiano, rigorosamente que, na obra, reenvio para além do modo através re moção das contradições
secu ndárias que o sistema
enciumado da própria autonomia, e seus contextos do qual ela se revela à capaddade cognitiva (... ). ca pitalista reproduz
divergen tes em que ele se insere e aos quais Mesmo as obras mais desencantadas são algo além continuame nte, O interesse pelas
origens do pla nejamento e sua
reage, vai ter o sentido de colocar à prova a daquilo que lhes seria oportuno. O 'valor de ideologia no século 19 tem
produtividade de todo o universo humanístico, exposição', que nelas deveria substituir o 'valor de precisa mente este va lor de
método: um a indagação (cf. Nota
precisamente ali onde é convocado diretamente culto' aurático, é um 'imago' do processo de troca." 11) desse ti po está em condição

a dar forma a estruturas, de algum modo, de Em verdade, o resultado dessa postura não de esclarecer a relação direta
entre jnstância de forma e
" vanguarda ,, 15 . modifica muito a tese de Benjamin, que pode instâncio de reformo. U m ~ análise
Está claro que estas exemplificações só têm perfeitamente admitir que o "valor de exposição" excelente. nesse se ntido, é
encontrad a no livro de G,
valor ao interpretarem o ciclo classicista como seja "imago" do va lor dEi troca, mas apenas em TEYSSOT, Cittri e ulopia
nell'l/Iuminismo inglese: George
pré-história da crise dos papéis tradicionais obras que não tenham incorporado integralmente Dance il Gia vone, Roma. 1974.
atribuídos ao trabalho intelectual; crise que aquele processo. Uma nostalgia transparece da Sob este po nto de vista, não
podemos concordar com leituras
proposição adorniana e se torna evidente no final problema da tran sform ação da ati vidade artística
da vangua rda histórica muito
(iteralrntnte benjaminianas; ver. de sua passag em sobre "expressão e construção"; em trabalho diretamente in serido na org anização
pol exempto. o recente li VfO de
{i. ROHDOLlHO. lászl6 Hoholy·
"A categoria do f ragmentário" - co ncl ui , a produ ti va?
Nogy. pitturo. fotogrofio. filmo propósito da comparação entre integridade e Éinútil se lamen ta r sobre um dado concreto:
Tu rim. 1975. ótimo sob o ponto
de vista filológico. mas que
desin te gra ção da obra - "não é aquela da a ideo logia mudou-se em realidade, mes mo que
rei ntroduz avaliações so bre o singularidade contingente: o fragmento é aquela o so nh o românti co de intele ctu ais, que se
"wáter político" da vanguarda
te!nológiu. de que o livro dto de parte da totalidade da obra que resiste à própria propunham di rigi r os destin os do uni verso
Pasqualotto já havia se ocupado. totalidade,,18. Além dessa nostalgia, perma nece prod utivo, tenha perm anecido, logica men te, na
17. T. W. ADOR ~O. Aesthetische o problema de "manejar de modo dialético a teoria esfe ra supe restrutural da utopia. Na co nd ição de
7heorie. Frankfurt a. M. 1970.
da aura"; reconduzi-la aos canais de um a análise hi st oriadores, no ssa tarefa é rec onstruir
18. Idem. comparada das históri as dos modos de produção lucidam ente o percurso real tra çad o pelo trabalh o
19. Seria preciso. no entan to.
formal, de recepção e de produ ção. Aquilo que a in te lec tu al, reco nh ece nd o as atri bu ições
recordar aquilo que Kristeva obra "expõe", mesmo qua nd o isso parte do desejo circ unstanciais às qu ais pode respo nd er um a nova
escrevia há alguns anos a
propósito da pesquisa
semiol6gica: mesmo parti ndo de
um marxismo bem menos
tele-ológko que aquele da
l
de desvendar os procedimentos de seu próprio
fa zer, é apenas o lado menos vuln erável de sua
estrutura. A abo rdagem se miológica pode di rigi r
organi zação do trabalho, para des bloquea r os
obstácu los qu e o dese nv olvim ento capita li sta
coloca a si próprio. Isto signi fica , insistim os,
autora. pode·se ad mitir que "o as Leis de produ ção das imag ens so bre si co nstru ir um novo mo delo hi sto ri ográfi co, em
pesquiso semiol6gico ti uma t9
pesquiso que não encontro nado mesm as , mas o esclarecimento das impli cações altern ativa àquele que se tornou ca nôni co.
no fim do pesquiso ("nenhuma
destas imagens pertence a um método bastante A influência do pensamento fi siocrata sobre
chove poro nenhum mistén'o', diz
Lévi·Strouss) o não se! seu próprio diverso de análise da obra. as ideias de re form a urbana do séc ulo 18, o
gesto ideológico, /J()fO registrá·lo,
contestô·lo e recomeçar
Te r ignorad o a ne cessidad e de no vos nascimento e o desenvolvimento das company-
novamente. rendo começado com método s analíti cos , que pud esse m ser towns nos anos 1800, o nascimento da disciplina
um conhecimento como
fi nalidade," - prossegue Kristeva entretecido s entre si, conduziu a um impasse do urbanismo na Alemanha de Bi smarck, as
- "ela acaba pOI enCOntrar como historiog ráfico. Em lugar de esclarecer as reais experiências de Sir Patrick Geddes e de Raymond
resulrcdo de 5eU trojeto uma
ttoria que, 5enoo ela mesma um resistências, opostas peLas instituições do sistema Un win e, depois, dos ad ministradores soci al-
sistemo significonte, remete o capitalista , às hipóteses de renovação global do demo cratas e radi cais das cidades alemãs (de
pesquisa semiótica o seu ponto
de partido: 00 modelo do próprio arranjo fí sico do território, proposta s pela Martin Wagner a Fritz Schumach er e Ern st May),
semio/ogio, poro criticá·lo ou
vanguard a, preferiu-se t raçar histórias totalmente a obra teó ri ca e as pesquisas da Regional Planning
desfazé·lo ~ (J . KRISTEVA, lo
$émio/ogie comme science interna s ao desen vo lvimen to da ideologia da Assoôation of America, a organização das cidades
critique, in rhtorie d'en5emble,
collection Tel Quel. Paris. 1968. p.
própria va nguarda. ( om um inevitável resultado: dos pri meiros planos quin quena is na Uni ão
83). No mais. que a atividade a completa cisão da históri a do trabalho intelectual Sovi éti ca, o con t radit ório arranjo te rritori al
semiológica seja kcriativak. é
dado como certo por grande daqu ela das institui ções que a condicionam. executado pelo New Oeal rooseveltia no, o Urban
parte da critiu francesa. Isso é Não por acaso, as lamentações so bre a Renewal norte-america no da era Ke nn edy: estes
menos evidente nas tentativas
de tradução literal da ling uistica "crise da arq uitetura", assim como as so nhadoras são os capitulos de um enred o que prese ncia,
no campo dos textos re-prop osições de "lingu agens anti clássicas" ligadas entre si, experimentações múltiplas, todas
arquitetõnicos. Recentemente.
muitos dos equívocos aborrecidos parecem cada vez mais defasadas e inoperantes. direcionadas para a busca de novos papéis para
que compraziam os estudiosos
italianos de semiologia
(a sa se queira co mpreend er o se ntido das a obra de um téc nico, que irá con tinuar aqu ela
arqui te tônica foram transformações reais da atividade de projeto, se rá do arquiteto tradi cional apenas nos casos menos
definitivamente postos de lado
no livro de E. GARRO NI. Progetto
ne cessá rio co nstruir uma nova história do t ra balho si gnifi cati vos (mes mo se, por vezes, mai s
di semiotica. Bari, 1973 . Com intelectual e de sua Lenta transforma ção em puro lingui sticamente signifi cativos).
parte de suas teses so bre a
inadequação de falar em uma trab al ho t éc nico (e m "tra balho abstrato", Se alguém Levan tar a questão de que, ent re
"linguagem·, a propósito da precisamente ). a história qu e se deli neia seguindo esta cadeia
arquitetura -, a não ser que não
se trate de uma metáfora - Afi nal, o produtivismo de um Rodchenko, o continu a de tem as e aquela outra das formas da
concorda o ensaio de D. AGR EST e trabalho de Maiakovski para a ROSTA', as profecias arquitetura do movimento moderno, existe muitas
M. GAND ELSONAS. Semiotics ond
orchitecture: ldeologicol de Le ( orbusier e (em outra orienta ção) de vezes um a exclusão, va mos respond er qu e se trata
cOI1SlJmption ar Theoretkal Wort,
Hann es Meyer não tinh am, talvez, colocado o da mes ma exclusão qu e opõe a id eologia da
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arquitetônica encontra-se no
não tem o poder de preencher, mas que é se u artigo de P. lOMBARDO,
dever acentuar e transformar em matéria de Sémiotique: /'orchitecte s'est mis
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