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Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Curso de Direito
Núcleo de Prática Jurídica – NPJ

8° PERÍODO - NOTURNO

NOME DO(A) ESTUDANTE

GABRIELLY LOUISE COSTA

PROFESSOR(A)

MICHAEL MIYAZAKI

CÍVEL / PENAL

TRABALHISTA
NOME DO TRABALHO

RECURSO DE REVISTA

Local, (dia /mês/ ano)

TOLEDO, 19/06/2017
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE
DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9ª REGIÃO

Processo nº

BANCO BMG, reclamada ora recorrente, vem, muito respeitosamente


por meio de seu advogado infrafirmado conforme procuração anexa, nos autos
da ação em epígrafe que lhe move JOSÉ DOS ANZÓIS, recorrido, perante
Vossa Excelência, tempestivamente e regularmente interpor

RECURSO DE REVISTA

com fulcro no artigo 896, alíneas a e c da Consolidação das Leis do


Trabalho, em face do v. acórdão contido nas fls., conforme as razoes de fato e
de direito anexas.

1. DO CABIMENTO

A presente peça recursal é plenamente cabível, uma vez que busca


discutir matéria de acórdão proferido em grau de recurso ordinário pelo Nono
Tribunal Regional do Trabalho que deu ao mesmo dispositivo de lei federal
interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do
Trabalho e violou disposição de lei federal, nos termos do artigo 896, alíneas a
e c da CLT, na medida em que este deixou de aplicar disposição expressa
inaugurada pelo artigo 879, §7º da CLT em razão de sua suposta
inconstitucionalidade, em contrário sensu ao posicionamento adotado pela
jurisprudência majoritária.

Neste sentido:

Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior


do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em
dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:

a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da


que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno
ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do
Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa
Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta
direta e literal à Constituição Federal.

Posto isso, considerando que o Recurso de Revista em questão se


enquadra em hipótese de cabimento expressamente prevista pela legislação
trabalhista, este é plenamente cabível e merecedor de conhecimento e
processamento nos termos legais.

2. DO PREQUESTIONAMENTO

A matéria a ser abordada nas razoes do presente recurso de revista


preenche o pressuposto recursal específico do prequestionamento, nos termos
do artigo 896, §1º da CLT e da súmula nº 297 do TST, uma vez que o acórdão
dispõe expressamente acerca da inconstitucionalidade do artigo 879, §7º da
CLT.

Sendo assim, o v. acórdão foi devidamente debatido, devendo este


recurso ser conhecido e regularmente processado.

3. DA TRANSCENDÊNCIA

A discussão ora levantada pelo presente recurso reside da suposta


inconstitucionalidade do artigo 879, §7º da CLT, portanto, se trata de clara
hipótese de transcendência jurídica, vez que busca aventar questão nova em
torno da interpretação da legislação trabalhista, nos moldes do artigo 896-A, §1º,
inciso IV da CLT, senão vejamos:

Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista,


examinará previamente se a causa oferece transcendência com
relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou
jurídica.

§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros:

I - econômica, o elevado valor da causa;

II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência


sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal
Federal;

III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social


constitucionalmente assegurado;

IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da


interpretação da legislação trabalhista.
A doutrina, ao tratar do instituto da transcendência traz as seguintes
informações:

"A palavra transcendência, (...), representa a necessidade de aquele


recurso de revista transbordar os estreitos limites do processo e
repercutir de maneira geral em toda a sociedade. (...) Ou seja, uma vez
implementada a transcendência como filtro de apreciação do recurso
de revista, somente poderão ou deverão ser julgados aqueles que
excederem o alcance do processo e influenciarem o entendimento de
tantos quantos." (DA SILVA, Homero Batista Mateus. Comentários à
Reforma Trabalhista - Ed. RT, 2018).

Visto isso, é evidente que a presente causa contempla direitos


ultrapassam o interesse individual do Recorrente, atingindo de forma ampla a
coletividade, em especial no âmbito jurídico, preenchendo, portanto, o requisito
específico da transcendência de tal forma que este deve ser conhecido e
devidamente processado.

4. DA LEGITIMIDADE E INTERESSE RECURSAL

Considerando que o Recorrente se trata de reclamado na ação


originária, é parte legítima para recorrer, bem como, possui interesse processual
e recursal, visto que, conforme restará fundamentado abaixo, objetiva atacar
acórdão que declarou inconstitucional o teor do artigo 879, §7º da CLT.

5. DA TEMPESTIVIDADE

Conforme o teor do artigo 6º da lei 5.584/70 e do artigo 775 da CLT, o


prazo recursal de qualquer recurso trabalhista é de 08 (oito) dias úteis, senão
vejamos:

Art 6º Será de 8 (oito) dias o prazo para interpor e contra-arrazoar


qualquer recurso (CLT, art. 893).

Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias


úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do
vencimento.

Dessa forma, considerando que o acórdão ora impugnado foi publicado


na data de 12/06/2018, conforme fls., o recurso de revista em questão é
perfeitamente tempestivo nos termos da legislação trabalhista vigente vez que
está sendo interposto na data de 19/06/2018, ou seja, antes do escoamento do
prazo legal de 08 (oito) dias.

6. DAS CUSTAS PROCESSUAIS

As custas processuais foram devidamente recolhidas e comprovadas


nas fls., de tal forma que o recurso ora interposto está devidamente preparado e
apto a ser apreciado em sede do Tribunal Superior do Trabalho.

7. DO PROCURADOR CONSTITUIDO

O procurador que lhes escreve é a única advogada constituída no feito,


haja vista ausência de informações acerca de procurador constituído pelo
Recorrido.

Procurador do Recorrente: Nome, OAB nº, inscrita no CPF sob o nº, com
endereço profissional na Rua, nº, Bairro, Cidade/Estado, CEP.

Procurador do Recorrido: Desconhecido.

Por fim, destaca-se que todas as notificações e intimações feitas neste


processo em relação ao Recorrente deverão ser encaminhadas ao presente
procurador de forma exclusiva, com escritório situado na Rua, nº, bairro,
Cidade/Estado, CEP, telefone.

Uma vez demonstrado o preenchimento de todos os requisitos


específicos, extrínsecos e intrínsecos do Recurso de Revista, pugna-se pelo seu
recebimento e remessa ao Tribunal Superior do Trabalho com as razoes anexas,
declarando os efeitos em que o recebe e abrindo-se o contraditório ao Recorrido
para, querendo, contrarrazoar no prazo legal.

Temos em que, pede e espera deferimento.

Local, 19 de junho de 2018.


Advogado
OAB nº
EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA

Origem: Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região.

Processo nº

Recorrente: BANCO BMG

Recorrido: JOSÉ DOS ANZÓIS

Egrégio Tribunal

Colenda Turma

Eméritos Ministros

1. PRELIMINARES

Embora já devidamente esgotado o preenchimento dos requisitos


recursais na petição de interposição, para fins de transparência e clareza com o
presente Tribunal, tais conceitos serão retomados a seguir.

a) DO CABIMENTO DO RECURSO

A presente peça recursal é plenamente cabível, uma vez que busca


discutir matéria de acórdão proferido em grau de recurso ordinário pelo Nono
Tribunal Regional do Trabalho que deu ao mesmo dispositivo de lei deferal
interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do
Trabalho e violou disposição de lei federal, nos termos do artigo 896, alíneas a
e c da CLT, na medida em que este deixou de aplicar disposição expressa
inaugurada pelo artigo 879, §7º da CLT em razão de sua suposta
inconstitucionalidade, em contrário sensu ao posicionamento adotado pela
jurisprudência majoritária.
Neste sentido:

Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior


do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em
dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da
que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno
ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do
Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa
Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta
direta e literal à Constituição Federal.

Posto isso, considerando que o Recurso de Revista em questão se


enquadra em hipóteses de cabimento expressamente previstas pela legislação
trabalhista, este é plenamente cabível e merecedor de conhecimento e
processamento nos termos legais.

b) DO PREQUESTIONAMENTO

A matéria a ser abordada nas razoes do presente recurso de revista


preenche o pressuposto recursal específico do prequestionamento, nos termos
do artigo 896, §1º da CLT e da súmula nº 297 do TST, uma vez que o acórdão
dispõe expressamente acerca da inconstitucionalidade do artigo 879, §7º da
CLT.

Sendo assim, o v. acórdão foi devidamente debatido, devendo este


recurso ser conhecido e regularmente processado.

c) DA TRANSCENDÊNCIA

A discussão ora levantada pelo presente recurso reside da suposta


inconstitucionalidade do artigo 879, §7º da CLT, portanto, se trata de clara
hipótese de transcendência jurídica, vez que busca aventar questão nova em
torno da interpretação da legislação trabalhista, nos moldes do artigo 896-A, §1º,
inciso IV da CLT, senão vejamos:

Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista,


examinará previamente se a causa oferece transcendência com
relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou
jurídica.
§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros:

I - econômica, o elevado valor da causa;

II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência


sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal
Federal;

III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social


constitucionalmente assegurado;

IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da


interpretação da legislação trabalhista.

Visto isso, é evidente que a presente causa contempla direitos


ultrapassam o interesse individual do Recorrente, atingindo de forma ampla a
coletividade, em especial no âmbito jurídico, preenchendo, portanto, o requisito
específico da transcendência de tal forma que este deve ser conhecido e
devidamente processado.

d) DA LEGITIMIDADE E INTERESSE RECURSAL

Considerando que o Recorrente se trata de reclamado na ação


originária, é parte legítima para recorrer, bem como, possui interesse processual
e recursal, visto que, conforme restará fundamentado abaixo, objetiva atacar
acórdão que declarou inconstitucional o teor do artigo 879, §7º da CLT.

e) DA TEMPESTIVIDADE

Conforme o teor do artigo 6º da lei 5.584/70 e do artigo 775 da CLT, o


prazo recursal de qualquer recurso trabalhista é de 08 (oito) dias úteis, senão
vejamos:

Art 6º Será de 8 (oito) dias o prazo para interpor e contra-arrazoar


qualquer recurso (CLT, art. 893).

Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias


úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do
vencimento.

Dessa forma, considerando que o acórdão ora impugnado foi publicado


na data de 12/06/2018, conforme fls., o recurso de revista em questão é
perfeitamente tempestivo nos termos da legislação trabalhista vigente vez que
está sendo interposto na data de 19/06/2018, ou seja, antes do escoamento do
prazo legal de 08 (oito) dias.
f) DAS CUSTAS PROCESSUAIS

As custas processuais foram devidamente recolhidas e comprovadas


nas fls., de tal forma que o recurso ora interposto está devidamente preparado e
apto a ser apreciado em sede do Tribunal Superior do Trabalho.

2. SÍNTESE PROCESSUAL

Em sede de acórdão, ora impugnado, o Egrégio Tribunal Regional da 9ª


Região decidiu pela declaração da inconstitucionalidade do artigo 879, §7º da
CLT, introduzido pela Reforma Trabalhista, sob o fundamento de que o índice do
TR não corrige a inflação, devendo ser aplicada para a correção monetária o
índice IPCA-E.

Ocorre que a referida decisão merece ser reformada, conforme restará


demonstrado abaixo.

3. DO AFRONTO À LEI FEDERAL E DA DIVERGÊNCIA


JURISPRUDENCIAL

O acórdão ora impugnado entendeu equivocadamente que o artigo 879,


§7º da CLT é inconstitucional. Ocorre que este posicionamento não reflete o
entendimento majoritário recente de outros Tribunais Regionais.

O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região já pacificou internamente


o entendimento de que a partir de 11/11/2017, com a entrada em vigor da
Reforma Trabalhista que introduziu o artigo 879, §7º na CLT, que prevê
expressamente que a atualização dos créditos decorrentes de condenação
judicial será feita pela Taxa Referencial (TR), conforme a Lei nº 8.177/91, deverá
ser aplicada modulação dos efeitos decorrentes das decisões jurisprudenciais
anteriormente publicadas, devendo ser utilizado o TR até 24/03/2015, o IPCA-E
de 25/03/2015 até 10/11/2017, e novamente a TR a partir de 11/11/2017. Neste
sentido:

AGRAVO DE PETIÇÃO - AGRAVO DE PETIÇÃO.


CORREÇÃO MONETÁRIA. CRÉDITOS TRABALHISTAS. Na
correção dos créditos trabalhistas devem ser aplicados a TR
até 24/03/2015, o IPCA-E de 25/03/2015 a 10/11/2017 e, a TR,
a partir de 11/11/2017, em observância à recente decisão
proferida pelo E. STF que julgou improcedente a
Reclamação Constitucional nº 22.012 e § 7º do art. 879 da
CLT. (TRT-1 - AP: 00000248020115010069 RJ, Relator: Edith
Maria Correa Tourinho, Décima Turma, Data de Publicação:
15/06/2018)

AGRAVO DE PETIÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA DOS


DÉBITOS TRABALHISTAS. Na Reclamação Constitucional nº
22.012, o STF concedeu liminar, -para suspender os efeitos da
decisão reclamada e da -tabela única- editada pelo CSJT em
atenção a ordem nela contida, sem prejuízo do regular trâmite
da Ação Trabalhista nº 0000479-60.2011.5.04.0231, inclusive
prazos recursais. Contudo, em 05/12/2017, a RC-22.012 foi
julgada improcedente. Desse modo, deve prevalecer a
compreensão do TST, no sentido de que a aplicação do Índice
de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), em
detrimento da Taxa Referencial Diária (TRD), permite a justa e
adequada atualização de débitos trabalhistas. Ocorre que não
se pode olvidar que a Lei nº 13.467/2017, que passou a
vigorar em 11/11/2017, alterou a CLT, e, diante do princípio
da legalidade insculpido no artigo 5º, inciso II, da CRFB/88,
deve ser aplicado à hipótese o parágrafo 7º do artigo 879.
Assim sendo, a fim de não pairarem dúvidas, na correção
dos débitos trabalhistas, será aplicada a TR até 24/03/2015,
o IPCA-E de 25/03/2015 até 10/11/2017, e novamente a TR a
partir de 11/11/2017. (Agravo de Petição, Processo nº
00001996120125010062, Décima Turma, Relator: Des. Flávio
Ernesto Rodrigues Silva, Data de publicação: 13.04.18).

Destaca-se que, muito embora a Reclamação Constitucional nº


22.012/RS ter sido julgada improcedente pelo STF em 05/12/2017, prevalecendo
o posicionamento anteriormente adotado por este Egrégio Tribunal, pouco antes
deste julgamento a CLT foi alterada, passando a prever expressamente a
incidência do índice da Taxa Referencial, de tal forma que a declaração de sua
inconstitucionalidade em sede de Tribunal Regional não é medida acertada,
inclusive pelo fato de que o acórdão da RC nº 22.012/RS destacou
expressamente que deverá aguardar decisão específica do STF acerca da
constitucionalidade do artigo 39 da Lei nº 8.177/91 que dispõe acerca da TR,
vejamos:

(...) Com esses fundamentos: a) Julgo procedente a presente


reclamação para cassar a decisão reclamada na parte em que
determina a revisão da OJ nº 300/SbDI-1 do TST, devendo a
Corte Superior da Justiça do Trabalho, para essa providência,
aguardar decisão específica desta Suprema Corte, com efeito
vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário,
acerca da constitucionalidade do art. 39 da Lei nº 8.177/91.
(STF. RC nº 22.012/RS. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. 2ª
Turma. Julgado em 05/12/2017).

Em consonância ao posicionamento adotado pelo Tribunal Regional da


1ª Região, o TRT-3 e o TRT-6 se manifestaram de forma semelhante em
decisões recentes:

CORREÇÃO MONETÁRIA. ÍNDICE APLICÁVEL. Na correção


dos créditos trabalhistas, observa-se-á o art. 39 da Lei nº
8.177/1991, aplicando-se a TR até 24/3/2015; e o IPCA-E de
25/3/2015 até 10/11/2017, conforme a modulação estabelecida
pelo TST em março/2017; e a partir de 11/11/2017, a TR,
conforme o art. 879, § 7º, da CLT, ressaltando que as
atualizações posteriores deverão observar o índice vigente à
época. (TRT-3 - AP: 00109717220175030185 0010971-
72.2017.5.03.0185, Relator: Anemar Pereira Amaral, Sexta
Turma)

RECURSO DA RECLAMADA. CORREÇÃO MONETÁRIA.


IPCA. Ao julgar o mérito da reclamação constitucional nº 22.012,
ajuizada pela Federação Nacional dos Bancos, na sessão
realizada em 05.12.2017, a Segunda Turma do Supremo
Tribunal Federal, por maioria, determinou a adoção do Índice de
Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) no lugar da
Taxa Referencial Diária (TRD) para atualização de débitos
trabalhistas. Dessa forma, tenho que deve ser observado o
Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E),
sendo certo que, a partir do dia 11 de novembro, data em que
passou a vigorar a lei nº 13467/2017, que acresceu o parágrafo
7º, do artigo 879 da CLT, determinou-se a utilização da Taxa
Referencial, devendo se observar na liquidação da sentença, o
Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) até o
dia 10 de novembro de 2017 e, a partir de 11 de novembro de
2017, determina-se a utilização da Taxa Referencial Diária, para
fins de correção monetária. Recurso da reclamada parcialmente
provido, no particular. (Processo: RO - 0001043-
06.2015.5.06.0017, Redator: Milton Gouveia da Silva Filho, Data
de julgamento: 02/05/2018, Segunda Turma, Data da assinatura:
02/05/2018).

Dessa forma, resta evidenciado que o acórdão ora impugnado afrontou


disposição de Lei Federal diretamente, ao deixar de aplicar o índice da Taxa
Referencial (TR) conforme normatiza o artigo 879, §7º da CLT, desrespeitando
demasiadamente o princípio da legalidade, e, ainda, divergiu de diversos outros
Tribunais Regionais que, em decisões recentes, entenderam pela
constitucionalidade e aplicabilidade do artigo supramencionado.

Visto isso, a decretação da constitucionalidade do artigo 879, §7º da CLT


e de sua aplicabilidade ao presente processo é medida imperiosa.

4. DOS REQUERIMENTOS

Diante do exposto, requer-se:

a) O conhecimento e o provimento do presente Recurso de Revista,


posto que preenchidos os pressupostos de admissibilidade, com a
vulneração dos preceitos legais invocados, e demonstrada a afronta
ao artigo 879, §7º da CLT e ao princípio da legalidade, bem como as
divergências específicas das jurisprudências em relação ao tema
suscitado;
b) A notificação do recorrido, para, querendo, se manifestar no prazo
legal acerca do presente recurso; e
c) O total provimento do recurso para o fim de reformar o Acórdão de
fls. proferido pelo Tribunal Regional da 9ª Região, determinado a
aplicabilidade da Taxa Referencial (TR) ao presente processo em
razão de sua constitucionalidade e em face do princípio da
legalidade, que o instituiu, inexistindo decisão expressa do STF
acerca da inconstitucionalidade do mesmo.

Nestes termos, pede e espera deferimento.

Local, 19 de junho de 2018.

Advogado

OAB nº

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