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08/02/2019 Medprime - Queimaduras

Queimaduras
Conceito
Lesão tecidual ou sistêmica decorrente de uma transferência de energia, geralmente térmica,
elétrica, química radioativa ou até por fricção.

Epidemiologia
Faixa etária de maior risco são os < 5 anos, tanto pela idade em si quanto pelos tipos de
acidentes. É a 4ª causa de morte dentre as causas externas. Dentre as causas de morte, sepse é
a maior causa de morte em crianças e incêndio é a principal causa relacionada a queimaduras
em crianças. A taxa de mortalidade absoluta na população pediátrica é de 1 a 2%, mas pode
chegar até 40% quando há lesão inalatória associada, sendo que a intoxicação por monóxido
de carbono é a causa mais frequente de morte por inalação.
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Nas últimas décadas, houve uma redução na incidência relacionada a medidas de prevenção.
Houve, também uma redução de cerca de 50% na letalidade, principalmente na população
pediátrica, devido a avanços no tratamento como ressuscitação hídrica, excisão cirúrgica


precoce (nas primeiras 24 horas) quando se tratar de uma queimadura de espessura total,
curativos efetivos, controle de infecções, tratamento de lesão inalatória e suporte nutricional.

Etiologia
Elas podem ser:

1. Sol;
2. Escaldamento, principal causa nos primeiros 3 anos de vida;
3. Fogo;
4. Irradiação;
5. Acidentes com forno de micro-ondas;
6. Abuso, muito comum na pediatria (cigarro, ferro de passar, líquidos escaldantes).
Considerar sempre lesões simétricas, padrão em luvas e meias, lesões em ponteira de
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cigarro como sendo potenciais agressões físicas.


 

Em se tratando de lesões químicas, temos dois tipos, por produtos ácidos e produtos básicos
(ou álcalis). Quando por ácidos, por mais que pareçam ser mais graves, existe uma
particularidade na fisiopatologia de suas lesões, nas quais há uma promoção da necrose por
coagulação, isolando assim o ácido limitando assim a progressão dela. Já quando temos uma
queimadura por álcali, que possui uma necrose por liquefação, teremos um maior poder de
penetração e assim, uma lesão de maior extensão. O uso de agentes neutralizantes não oferece
vantagens sobre a irrigação contínua, visto que a reação pode produzir energia e aumentar o
dano tecidual.
Outra particularidade é a lesão elétrica, a qual possui uma região de entrada, percorre um
caminho pelo corpo e sai, existindo assim a possibilidade de as lesões internas serem de maior
extensão que as lesões externas. Pacientes vitimas de lesão elétrica que tem lesão cutânea,
apresentaram algum tipo de arritmia, tiveram perda de consciência ou foram submetidos a
grandes voltagens, devem receber monitorização prolongada devido o risco de arritmias ou até
mesmo parada cardiorrespiratória nessas primeiras horas. A rabdomiólise provocada pelo
grande dano a musculatura pode levar a grande liberação de mioglobina na circulação e quando
filtrado pelos rins, pode levar à insuficiência renal aguda.
Sinal de Lichtenberg: Demarcação cutânea decorrente de uma descarga elétrica natural na
pele.
Sinal de Jellinek: Lesão de entrada de eletricidade artificial.

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Fisiopatologia

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Lesão térmica vai levar a uma resposta metabólica e inflamatória. O braço humoral da
inflamação vai levar a um aumento da permeabilidade vascular o qual levará a um
extravasamento de líquido para o interstício. Este extravasamento vai levar a edema tecidual e a
falta do líquido efetivo dentro do vaso, levará a hipoperfusão e hipoxemia celular.
 

Nas primeiras 24 horas, teremos uma promoção de hormônios anti-insulínicos causando


sistemicamente uma propensão a reação de luta e fuga (hiperglicemia e consequente
desidratação intracelular) que ultimamente resultará em hipotensão e taquicardia devido a
redução do volume efetivo intravascular. Os hormônios dessa primeira fase são: (1) ADH; (2)
Cortisol; (3) Aldosterona; e (4) GH.

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A segunda fase, após 24 horas, é uma fase pró-insulínica. O principal hormônio é a insulina que
faria o papel de reconstrução dos tecidos que foram destruídos. Estão presentes nessa fase, o
hipermetabolismo, a proteólise e a lipólise gerando uma cetose e consequentemente resultará
em acidose, vômitos e cetonúria. Lembrando sempre que a magnitude da resposta é
proporcional a magnitude da lesão.

Classificação
Existem dois tipos de classificações, uma dizendo respeito a profundidade (quantas camadas da
pele foram atingidas) e outra quanto a extensão (porcentagem da superfície corporal queimada).

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De Acordo com a Profundidade




Superficial (1º grau)

É a mais conhecida, sendo por exemplo uma exposição prolongada ao Sol. O paciente vai
apresentar dor, eritema. Não há presença de bolhas e agressão fisiológica importante. A
regeneração vai ocorrer sem maiores problemas, podendo descamar, mas não deixa cicatrizes.

Espessura Parcial Superficial (2º grau)


É uma lesão que atravessa a epiderme e chega a lesar um pouco a derme. Não acomete anexos
cutâneos, o que facilita a cicatrização. Há a presença de dor. Sua aparência é rosa homogêneo
com palidez a digitopressão. Começa neste grau o aparecimento de vesículas e/ou bolhas,
importante para o cálculo que será visto mais adiante.
Espessura Parcial Profunda (2º grau)

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Há um acometimento da derme reticulada, o que confere a pele uma aparência mais ressecada.
Devido ao acometimento das terminações nervosas, a dor começa a desaparecer. Sua
aparência é vermelha sem palidez a digitopressão.
Espessura Total (3º grau)

Toda a derme é destruída, bem como seus anexos (folículos pilosos e terminações nervosas).
Isso vai ocasionar em duas consequências principais. A primeira, é que esse tipo de lesão não é
tão dolorosa quanto antes, o que não significa que o paciente esta isento de sentir dor, devido a
outras lesões de outros grais associadas. A segunda, é que o paciente não vai te uma
cicatrização perfeita. Ela será feita por dois mecanismos principais, contração ou por enxertia.
Aparência ressecada, semelhante ao couro.
4º grau
Lesões mais graves onde tem-se acometimento do subcutâneo, musculatura e até tecido ósseo.
Sendo as queimaduras elétricas as principais etiologias.
De Acordo com a Extensão
Para finalidade terapêuticas, aqueles pacientes que tem mais de 20% da superfície corporal
queimada (SCQ), são considerados grandes queimados, necessitando de uma maior atenção.
 

Referências
1. Referência 1

Créditos
Autores
Dr. Daniel Raylander
Wilton Adriano da Silva Neto

Editores
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Junia Melo Borges de Oliveira

Ester Melo Borges de Oliveira




Nathan Machado Moura
Joyce Matias da Silva
Luana Marchese Barreira

Julio César Vieira Santos


Paulo Nunes Gonçalves

Ilustrador
Michel José de Carvalho

Edição
https://lummnos.com/medprime/aula/texto/39 6/7
08/02/2019 Medprime - Queimaduras

1º edição

Data de criação: 28/02/2018

Data da Última Modificação:

Avançar (https://lummnos.com/medprime/aula/exercicio/39)

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