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RESUMO DA AULA

INTRODUÇÃO À EMBRIOLOGIA HUMANA


• O desenvolvimento humano começa com a fertilização do ovócito pelo espermatozoide, e
é um processo contínuo e irreversível. Ele ocorre no período pré e pós-natal, mas o alvo da
embriologia é o estudo do período pré-natal, aquele em que estudamos o embrião e o feto.

DURAÇÃO DA GESTAÇÃO
• A duração de uma gravidez é de 280 dias (40 semanas) a partir da última menstruação. A
idade do embrião/feto é calculada a partir do momento da fertilização (38 semanas).

FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO-FETAL


• Divisão do Período Gestacional
• 1° trimestre: já se formaram os sistemas;
• 2º trimestre: o feto cresce em tamanho;
• 3° trimestre: o feto pode sobreviver caso nasça prematuramente.
• O desenvolvimento humano é dividido em dois períodos: embrionário (da 1ª a 8ª semana) e
fetal (da 9ª a 38ª semana).

PERÍODO EMBRIONÁRIO
• O desenvolvimento humano inicia-se com a fertilização, quando ocorre a fusão dos
pronúcleos feminino e masculino, formando um zigoto diploide (2n) na 1ª semana.
• A clivagem começa assim que o zigoto é formado. Começam sucessivas divisões celulares
que se repetem até a formação da mórula e em seguida do blastocisto.
• A 1ª semana de desenvolvimento termina quando o blastocisto se adere ao epitélio
endometrial e inicial sua implantação no epitélio uterino. Este processo só termina na 2ª

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semana, e enquanto ele ocorre, forma-se o disco bilaminar e o início da formação das
membranas extraembrionárias.
• Na 3ª semana ocorre a gastrulação, e as células estabelecem as 3 camadas germinativas:
ectoderma, mesoderma e endoderma.
• Da 4ª a 8ª semana ocorre a organogênese. As 3 camadas germinativas darão origem as
órgãos e sistemas, e o embrião torna-se um ser humano reconhecível.
PERÍODO FETAL
• Tem início na 9ª semana, e é caracterizado pelo crescimento contínuo e maturação de
órgãos (que podem mudar de função após o nascimento) e sistemas.
• Dura até a 38ª semana, quando o feto está pronto para o nascimento.
EIXOS DO EMBRIÃO
• Embriões e fetos são analisadas com base nas coordenadas da posição anatômica adulta.
• Eixo cabeça-cauda: craniocaudal (a cabeça é a extremidade cranial e a cauda é a caudal).
• Eixo das costas para a frente: dorso-ventral (costas porção dorsal, e a frente é a ventral).
• Secção transversal: perpendicular ao eixo craniocaudal
• Secção coronal (frontal): paralela ao eixo craniocaudal

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RESUMO DA AULA

INTRODUÇÃO À EMBRIOLOGIA HUMANA
ORIGEM DOS GAMETAS
• Gametas se originam das células germinativas primordiais (CGP).
• As CGP surgem a partir do epiblasto, na 2ª semana de desenvolvimento, e se movem para
o saco vitelino.
• Entre a 4ª e a 5ª semana, essas células migram para as gônadas.
• Durante a migração para a gônada, as células aumentam em número e só as mais saudáveis
são selecionadas.
ESPERMATOGÊNESE
• É o processo de gametogênese masculina.
• Começa na puberdade e ocorre ao longo da vida do homem.
• Inclui todos os eventos pelos quais as espermatogônias são transformadas em
espermatozoides.
• Ocorre nos testículos, na parede dos túbulos seminíferos.
• Os gametas começam a se desenvolver a partir das espermatogônias da periferia do túbulo
seminífero, próximo à membrana basal. O desenvolvimento avança até o lúmen formando
espermatócitos primários e secundários, espermátides e espermatozoides maduros,
sucessivamente.

Figura 1 – Corte histológico de um túbulo seminífero de um adulto.


1 - Lâmina basal | 2 - Miofibroblastos | 3 - Fibrócito | 4 - Célula de
Sertoli | 5 - Espermatogônia | 6 - Vários estágios da espematogênese
(espermatócitos, espermátides) | 7 - Espermatozoides | 8 - Lúmen

• Enquanto o processo acontece, as células da linhagem germinativa continuam se movendo


para a luz do túbulo, à medida que amadurecem. Um ciclo completo de amadurecimento até
virar um espermatozoide, demora aproximadamente 64 dias. Isso ocorre em duas fases:
• Meiose: formação de células haploides.
• Citodiferenciação ou espermiogênese: espermátide se diferencia para formar um
espermatozoide maduro.
MEIOSE
• Na puberdade, as espermatogônias tornam-se espermatócitos primários e entram na
divisão meiótica.

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• Os espermatócitos primários ficam em prófase prolongada, por 22 dias, e depois ocorre a
separação dos cromossomos homólogos, finalizando a meiose I. 1 espermatócito primário
forma 2 secundários.
• Os espermatócitos secundários passam pela meiose II, originando 4 espermátides haploides.

ESPERMIOGÊNESE
• Processo de diferenciação da espermátide em espermatozoide, onde ocorre a condensação
nuclear, a formação do acrossomo, a formação do flagelo e a redução do citoplasma.
ESTRUTURA DOS ESPERMATOZOIDES
• O flagelo dá propulsão ao espermatozoide através da energia das mitocôndrias.
• O acromossomo possui enzimas hidrolíticas importantes para a fertilização, já que dissolvem
a zona pelúcida do ovócito.
• A espermiogênese termina com a liberação dos espermatozoides maduros para a luz do
túbulo seminífero.
CÉLULAS DE SERTOLI E CÉLULAS DE LEYDIG
• As células de Leydig são encontradas no tecido intersticial, ao redor dos túbulos seminíferos.
Elas produzem testosterona, que se liga à células de Sertoli (somáticas) e promove a
espermatogênese.
• As células de Sertoli desempenham importantes papéis durante a diferenciação de
gametas: conectam espermatócitos e espermátides e “absorvem” o excesso de citoplasma

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das espermátides durante a espermiogênese. Além disso elas têm função de sustentação e
proteção das células germinativas.
• No final do processo de diferenciação das espermátides em espermatozoides maduros, as
conexões com as células de Sertoli se desfazem, os espermatozoides são liberados para a luz
do túbulo e empurrados em direção ao epidídimo, onde adquirem a mobilidade.

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RESUMO DA AULA
OVOGÊNESE
• Assim como os gametas masculinos, os gametas femininos também são derivados das
células germinativas primordiais (CGP). Essas células surgem a partir do epiblasto durante
a segunda semana de desenvolvimento e se movem para o saco vitelino. Entre a quarta e a
quinta semana, essas células migram em direção às gônadas em desenvolvimento.
• O processo de gametogênese feminino é chamado ovogênese e é responsável pela
diferenciação da ovogônia em ovócitos maduros. Este processo de maturação inicia-se antes
do nascimento e é completado a cada ciclo após a puberdade. A ovogênese continua até a
menopausa.
OVOGÊNESE E FOLICULOGÊNESE
Período pré-natal
• Quando as células germinativas primordiais chegam ao ovário em formação, elas se
diferenciam em ovogônias.
• 12a semana de desenvolvimento: o gameta feminino entra em meiose e estaciona no
estágio de prófase. O ovócito primário permanece neste estágio até que a menina atinja a
maturidade sexual.
• Uma camada de células epiteliais pavimentosas (folículo primordial) envolve cada ovócito
primário.
• As células foliculares produzem o fator inibidor de maturação do ovócito (IMO), um peptídeo
responsável pela manutenção do estado de quiescência dos ovócitos primários.
• No 5° mês de desenvolvimento pré-natal o número de folículos primordiais chega a 7
milhões.
• Na puberdade este número é reduzido a cerca de 400.000 e destes aproximadamente 500
serão ovulados. Os folículos primordiais são os únicos presentes no nascimento.

Representação do ovário em diferentes estágios do


desenvolvimento. A) 4° mês: ovogônias agrupadas na
região cortical do ovário. B) 7° mês: Ovócitos primários
envoltos por células foliculares. C) Recém-nascido:
Ovócitos primários envoltos por células foliculares
formando folículos primordiais.

Período pós-natal
• Após a puberdade, ciclos mensais de secreção de hormônios controlam um ciclo de
maturação mensal de um único ovócito e seu folículo. A cada ciclo, um grupo de folículos

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primordiais começa a crescer e as células foliculares tornam-se cuboides. Estes folículos são
agora chamados folículos primários.
• Sob estímulo hormonal, cerca de 15 a 20 folículos primários continuam a maturação. O
epitélio destes folículos prolifera para formar um epitélio estratificado de células foliculares,
formando os folículos em crescimento.
• As células deste epitélio estratificado e o ovócito secretam uma camada de glicoproteínas
na superfície do ovócito, formando a zona pelúcida.
Período pós-natal
• Após a puberdade, ciclos mensais de secreção de hormônios controlam um ciclo de
maturação mensal de um único ovócito e seu folículo. A cada ciclo, um grupo de folículos
primordiais começa a crescer e as células foliculares tornam-se cuboides. Estes folículos são
agora chamados folículos primários.
• Sob estímulo hormonal, cerca de 15 a 20 folículos primários continuam a maturação. O
epitélio destes folículos prolifera para formar um epitélio estratificado de células foliculares,
formando os folículos em crescimento.
• As células deste epitélio estratificado e o ovócito secretam uma camada de glicoproteínas
na superfície do ovócito, formando a zona pelúcida.

Folículos ovarianos em diferentes estágios de maturação. A) Folículo primordial. B) Folículo primário. C) Folículo em crescimento

• Alguns dos folículos em crescimento degeneram e outros continuam crescendo, formando o


folículo pré-antral.
• Somente um folículo se torna dominante e os restantes degeneram.
• O folículo dominante, que atingiu a maturidade completa, é o folículo antral ou folículo
maduro de Graaf.
• As tecas foliculares (interna e externa) ficam em torno do folículo maduro de Graaf.
• A teca interna é composta por células que secretam esteroides e é rica em vasos sanguíneos.

Folículos ovarianos em diferentes


estágios de maturação.
A) Folículo pré-antral.
B) Folículo maduro de Graaf.

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• Somente um folículo chega à maturidade completa. Quando ele está maduro, um pulso
de hormônio luteinizante induz estimula o ovócito primário do folículo maduro de Graaf a
terminar a meiose I, resultando na formação de um ovócito secundário (que recebe a maior
parte do citoplasma) e o primeiro corpúsculo polar. O ovócito secundário logo inicia a meiose
II, mas fica parado no estágio de metáfase aproximadamente três horas antes da ovulação
(ovocitação).
• A meiose II só irá se completar caso aconteça a fertilização e, então, será formado o óvulo
e o segundo corpúsculo polar. Caso isso não aconteça, o ovócito secundário se degenera em
aproximadamente 24 horas após a ovulação. A figura a seguir resume os principais passos
da ovogênese:

Figura 4 – Processo de ovogênese no período pré-natal e pós-natal.

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RESUMO DA AULA

CICLO MENSTRUAL
• A partir da puberdade, as mulheres passam por ciclos reprodutivos mensais que preparam
o sistema reprodutor feminino para uma possível gravidez. Estes ciclos acontecem até a
menopausa e são chamados de ciclos menstruais (representam a integração dos ciclos
ovariano e uterino). A duração média do ciclo menstrual é de 28 dias, sendo o início do fluxo
menstrual, o primeiro dia do ciclo.
• O ciclo menstrual é regulado pelo eixo hipotálamo-hipófise-gonadal.
• O ciclo ovariano é o ciclo de desenvolvimento dos folículos ovarianos e da maturação
e liberação do ovócito.
• O ciclo uterino representa as alterações cíclicas no endométrio.
• O resultado é a liberação de um gameta feminino e um útero preparado para receber o
embrião.

CICLO OVARIANO
• O hipotálamo produz o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH).
• O GnRH age nas células do lobo anterior da glândula hipófise, também conhecida como
adeno-hipófise que, por sua vez, secreta as gonadotrofinas.
• O ciclo ovariano é controlado pelas gonadotrofinas: FSH (Hormônio folículo-estimulante) e
LH (Hormônio luteinizante).
FSH: atua promovendo o crescimento de alguns folículos primários (cerca de 15-20).
Normalmente, apenas um destes folículos alcança a maturidade completa e torna-se o folículo
maduro de Graaf, o qual se rompe na superfície do ovário e libera o ovócito. Os folículos em
maturação secretam altos níveis de estrogênio no sangue.
• Por volta do 14° dia do ciclo, acontece um aumento súbito na secreção de LH e também de
FSH. O aumento estimula o ovócito primário do folículo maduro de Graaf a terminar a meiose
e formar o ovócito secundário. A meiose II se inicia, mas o ovócito é retido na metáfase.

OVOCITAÇÃO (OVULAÇÃO)
• Após cerca de 12 a 24 horas, a onda de
LH, induzida pelo alto nível de estrogênio
sanguíneo, estimula a ovocitação (ovulação).
• Durante este processo, o folículo é deslocado
para a superfície do ovário, formando uma
protuberância. A parede do folículo se afina
e forma o estigma (uma pequena protusão).
Então, ocorre a ruptura do folículo e a
liberação do ovócito secundário envolto pelas
células foliculares. O ovócito secundário pode Ovocitação (ovulação). O ovócito secundário na metáfase da segunda
permanecer viável por até 24 horas. divisão meiótica é liberado junto com as células da corona radiata.

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CORPO LÚTEO
• As células da camada granulosa remanescentes e das tecas foliculares do folículo maduro de
Graaf permanecem no ovário após a ovocitação.
• As células foliculares sofrem então um processo de diferenciação e originam as células
lúteas do corpo lúteo.
• O corpo lúteo é uma estrutura glandular que secreta hormônios esteroides, estrógeno e
progesterona, para manter o endométrio uterino em condições de receber o embrião.
• Caso não aconteça a fertilização e implantação, o corpo lúteo se degenera após 14 dias
e forma o corpo albicans, uma estrutura de cicatriz na superfície do ovário, e os níveis de
estrógeno e progesterona decaem.

Níveis de gonadotrofinas e
hormônios ovarianos durante o
ciclo ovariano.
E2 – Estradiol | Pr
– Progesterona | FSH –
Hormônio folículo-estimulante
| LH – Hormônio luteinizante

CICLO UTERINO
• Este ciclo é dividido em quatro fases: menstrual, proliferativa, secretora e isquêmica.
1. Fase menstrual (duração de 4 a 5 dias)
• Marca o início do ciclo menstrual.
• Quando a implantação não ocorre e os níveis de progesterona e estrógeno reduzem,
a camada funcional do endométrio é expelida com o fluxo menstrual.
2. Fase proliferativa (duração de 9 dias)
• O nível crescente de estrógeno secretado pelos folículos ovarianos, leva ao aumento
da espessura do endométrio de duas a três vezes.
• O final da fase proliferativa coincide com o alto nível de estrógeno sanguíneo que
por um mecanismo de feedback positivo causa o aumento súbito de LH. De 12 a 24
horas após o pico de LH, ocorre a ovocitação.
3. Fase secretora ou progestacional (duração de 13 dias)
• Nessa fase, o endométrio torna-se apto a receber o embrião.
4. Fase isquêmica
• Se o ovócito não for fecundado e não for ocorrer a implantação do embrião, o
corpo lúteo degenera e há uma grande redução nos níveis de progesterona. O
endométrio espessado que é dependente da progesterona sofre redução no
suprimento sanguíneo (isquemia) e parada da secreção glandular. Com a redução do

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suprimento sanguíneo, ocorre a morte dos tecidos superficiais por necrose isquêmica. Inicia-
se novamente, então, a fase menstrual.

GRAVIDEZ
• Caso ocorra a gestação, os ciclos menstruais cessam e o endométrio passa para a fase
gravídica. Com o término da gravidez, os ciclos são retomados após um período de 6 a 10
semanas.

Caso ocorra a implantação, o endométrio entra na fase gravídica.

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RESUMO DA AULA

FERTILIZAÇÃO
• A fertilização marca o início do desenvolvimento embrionário.
• Ela é essencial para a reprodução sexuada e garante a variabilidade genética e a evolução
das espécies.
• O processo ocorre na ampola das tubas uterinas.

TRANSPORTE DOS GAMETAS


• Cerca de 200 a 300 milhões de espermatozoides são depositados no trato genital feminino
durante o intercurso sexual. m
• Somente 200-500 chegarão ao local de fertilização e apenas 1 será capaz de fertilizar o
ovócito.
• O movimento até as tubas uterinas ocorre principalmente por contrações musculares do
útero.
• A viagem da cérvice até as tubas uterinas pode ocorrer em 30 minutos ou em até 6 dias.
• Chegar à ampola muito rápido não é vantajoso, já que os espermatozoides precisam passar
pelo processo de capacitação que tem duração de cerca de 7 horas para conseguir fertilizar
o ovócito.
• A capacitação ocorre no trato genital feminino e envolve interações epiteliais entre os
espermatozoides e a superfície da tuba uterina.
• Dentro da ampola, o gameta feminino pode permanecer viável por até 24 horas antes de
perder a sua capacidade de ser fertilizado.
• Agentes quimiotáticos atraem os espermatozoides ao sítio de fertilização.

Transporte de espermatozoides até o sítio de fertilização (Ampola da tuba uterina).

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FASES DA FERTILIZAÇÃO
• O ovócito secundário é circundado por células foliculares (corona radiata) e entre essas células
e a sua membrana plasmática está a zona pelúcida.
• Na ampola da tuba uterina uma série de eventos devem ocorrer: penetração na corona radiata,
penetração na zona pelúcida, fusão entre as membranas do ovócito e do espermatozoide.

Fases da fertilização. Fase 1:


Penetração na corona radiata.
Fase 2: Penetração na zona
pelúcida. Fase 3: Fusão entre as
membranas plasmáticas.

• Penetração na corona radiata: a dispersão das células foliculares é resultante principalmente


dos movimentos da cauda dos espermatozoides.
• Penetração na zona pelúcida: Logo que se liga à zona pelúcida do ovócito, o espermatozoide
é induzido a sofrer a reação acrossômica, na qual o conteúdo do acrossomo é liberado por
exocitose. Múltiplas fusões ocorrem entre a membrana externa e a membrana plasmática da
região anterior da cabeça do espermatozoide, levando à formação de vesículas.
• Ocorre o extravasamento do conteúdo acrossomal (enzimas hidrolíticas e proteolíticas).
• As enzimas liberadas durante a reação acrossômica causam a lise da zona pelúcida
e permitem que os espermatozoides construam um caminho até a membrana plasmática
do ovócito.

Fusões entre a membrana acrossomal externa e membrana


plasmática da região anterior da cabeça do espermatozoide
levando à formação de vesículas e extravasamento do
conteúdo acrossomal. 1. Poros | 2. Extravasamento do
conteúdo acrossomal | 3. Membrana acrossomal interna | 4.
Membrana acrossomal externa | 5. Membrana celular

• Fusão entre as membranas do ovócito e do espermatozoide: O espermatozoide que


sofreu a reação acrossômica e conseguiu, portanto, atravessar a zona pelúcida irá se ligar e,
posteriormente, se fusionar à membrana plasmática do ovócito. Tanto a cabeça quanto a cauda
do espermatozoide são incorporadas ao citoplasma do ovócito, mas a membrana plasmática é
deixada para trás.

Prevenção da poliespermia
• A poliespermia é um problema para o desenvolvimento dos mamíferos, afinal, pode
resultar em um zigoto formado por três ou mais conjuntos cromossômicos (célula inviável ao
desenvolvimento). Em mamíferos, para que não ocorra a poliespermia, vesículas se fundem à

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membrana e extravasam seu conteúdo. Assim, o ingresso de mais espermatozoides ao zigoto
em formação é impedido.

Continuação da segunda divisão meiótica e formação dos pró-núcleos


• Após a entrada do espermatozoide no citoplasma, o ovócito II termina a segunda divisão
meiótica. Uma das células filhas recebe pouco ou nenhum citoplasma (2° corpúsculo polar) e
a outra célula filha é o óvulo.
• Os cromossomos do óvulo se dispõem em um núcleo vesicular conhecido como pró-núcleo
feminino.
• No citoplasma agora há dois núcleos haploides (pró-núcleos), o feminino e o masculino.
Cada pró-núcleo deve duplicar seu DNA. Por fim, esses pró-núcleos ficam em contato íntimo
e perdem seus envoltórios nucleares. Imediatamente, os cromossomos se organizam no fuso
para o início da divisão mitótica normal do zigoto.

A. Ovócito secundário. B. Espermatozoide penetra o ovócito e ocorre o


término da segunda divisão meiótica. C. Pró-núcleos masculino e feminino.

RESULTADOS DA FERTILIZAÇÃO
• Restauração do número diploide de cromossomos (2n = 46).
• Determinação do sexo cromossômico do novo indivíduo será determinado.
• Início do processo de clivagem.

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RESUMO DA AULA

CLIVAGEM E INÍCIO DA IMPLANTAÇÃO
CLIVAGEM
• Cerca de 30 horas após a fertilização, a 1ª divisão mitótica do zigoto se completa e as duas
primeiras células filhas são formadas.
• A partir do estágio de duas células, o zigoto passará por sucessivas divisões mitóticas que
irão aumentar o número de células, em um processo chamado de clivagem ou segmentação.
• Na clivagem, as células tornam-se menores a cada divisão, visto que essas divisões não são
acompanhadas por crescimento celular. Essas células resultantes do processo de clivagem
são chamadas de blastômeros.
• 3 dias após a fertilização, o zigoto chega ao estágio de 16 a 32 blastômeros, e passa a ser
chamado de mórula.
• Quando a mórula penetra na cavidade uterina, ocorre a formação do blastocisto.

Sequência de eventos pré-


implantação: Fertilização,
clivagem e formação do
blastocisto. Com 6 dias o
blastocisto está parcialmente
implantado no endométrio.

• O blastocisto é constituído por 3 camadas:


trofoblasto, embrioblasto e uma cavidade
blastocística. O embrioblasto dá origem
ao embrião, enquanto o trofoblasto será
responsável pela formação do córion (parte fetal
Representação da
da placenta). estrutura do blastocisto.

IMPLANTAÇÃO
• Tem início no final da 1ª semana, mas só irá se concluir na 2ª semana de desenvolvimento.
• O blastocisto se adere ao endométrio e, posteriormente, se implanta nele. Cerca de 75%
das gestações que não prosseguem devem-se a falhas no processo de implantação.

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Rompimento da zona pelúcida
• A zona pelúcida previne a implantação do blastocisto fora do local adequado.
• Quando ela se rompe, o blastocisto maduro torna-se apto a iniciar o processo de implantação.
• Nesta fase, o útero está preparado para receber o concepto.
• Entre o 5° e 7° dia após a fertilização, o blastocisto se adere ao epitélio endometrial.

A parte superior da figura traz a


representação do ciclo menstrual. Na
implantação, o útero encontra-se na
fase secretora ou progestacional (C). Em
(D) está indicado o período de máxima
receptividade. Abaixo o sítio normal de
implantação está indicado pela cor verde.
(A) Fase menstrual | (B) Fase proliferativa
| (C) Fase secretora | (D) Janela de
implantação – Período de máxima
receptividade | (1) Cavidade uterina | (2)
Istmo da tuba uterina | (3) Tuba uterina |
(4) Cérvice uterina

• Implantação ectópica: quando o blastocisto implanta-se fora do sítio normal, como nas tubas
uterinas, ovários, cavidade abdominal, entre outros locais. Nessas circunstâncias, normalmente,
o desenvolvimento não prossegue. Além disso, podem ocorrer consequências graves à saúde
materna.

Adesão do blastocisto e diferenciação do trofoblasto


• Alguns fatores são fundamentais para adesão do blastocisto, tais como microvilosidades
das células endometriais, moléculas celulares de adesão, citocinas, prostaglandinas, genes
homebox, fatores de crescimento e metaloproteinases de matriz.
• Desprovido da zona pelúcida, o blastocisto já pode interagir com o epitélio endometrial
diretamente. Quando essa adesão acontece, o trofoblasto diferencia-se em duas camadas:
citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto.

Início da implantação do blastocisto.

• O citotrofoblasto é formado por células em alta atividade mitótica que se dividem e migram
para formar a massa crescente de sinciciotrofoblasto. Quando chegam ao sinciciotrofoblasto,
essas células se fundem e perdem o envoltório celular, formando uma massa celular
multinucleada (sincicio).

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• O sinciciotrofoblasto produz enzimas líticas e fatores que causam apoptose em células do
epitélio endometrial no local da adesão. Com isso, o sinciciotrofoblasto consegue penetrar no
estroma endometrial, erodindo também a parede dos capilares sanguíneos endometriais. O
sinciciotrofoblasto também é responsável pela produção da gonadotrofina coriônica humana
(hCG).
• Ao final da primeira semana (7° dia), o blastocisto encontra-se superficialmente implantado.

Embrioblasto reorganiza-se em epiblasto e hipoblasto


• Até o final da primeira semana (7° dia), além da diferenciação do trofoblasto, inicia-se
também a diferenciação do embrioblasto em epiblasto e hipoblasto.

Sequência mostrando a implantação nos dias 7, 8 e 9. Observe a expansão do sinciciotrofoblasto.

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RESUMO DA AULA

IMPLANTAÇÃO
• Disco embrionário bilaminar: mudanças morfológicas no embrioblasto resultam na
formação de um disco embrionário bilaminar (epiblasto e hipoblasto).

Oitavo dia de desenvolvimento. Observe o


disco embrionário bilaminar (epiblasto e
hipoblasto) e a cavidade amniótica que se
formou entre as células do epiblasto.

• Desenvolvimento da cavidade amniótica: aparece uma cavidade no epiblasto, que se


tornará a cavidade amniótica.
• Desenvolvimento do saco vitelino primário: o saco vitelino primário é formado a partir de
uma membrana adjacente (membrana de Heuser) ao citotrofoblasto e do hipoblasto.

Nono dia de desenvolvimento.


Observe o âmnio (teto da cavidade
amniótica) e a formação da
membrana de Heuser.

• Origem do mesoderma extra-embrionário: por volta do 10-11° dia, o mesoderma


extra-embrionário aparece entre a membrana do saco vitelino e o citotrofoblasto.

Décimo e décimo primeiro dia de


desenvolvimento. Observe o saco vitelino
primário e o mesoderma extraembrionário.

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• Formação da cavidade coriônica e do córion: por volta do 12° dia, um novo espaço
se forma e divide o mesoderma extra-embrionário em duas camadas. O espaço é chamado
de celoma extra-embrionário ou cavidade coriônica. A parede externa formada por
sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto e a camada adjacente ao citotrofoblasto de mesoderma
extra-embrionário é agora chamada de córion.

Décimo segundo e décimo terceiro dia de


desenvolvimento. Observe o aparecimento da
cavidade coriônica e a separação do mesoderma
extraembrionário em duas camadas.

• Pedículo de conexão e saco vitelino definitivo: no 13° dia, o disco embrionário, o


âmnio e o saco vitelino estão suspensos na cavidade coriônica pelo pedículo de mesoderma
extra-embrionário (pedículo de conexão).

Décimo segundo e décimo terceiro


dia de desenvolvimento. Observe o
desprendimento de parte do saco
vitelino primário e o saco vitelino
definitivo.

FINAL DA SEGUNDA SEMANA


• Até o 10° dia, o concepto encontra-se completamente implantado no endométrio.
• Por volta do 12° dia, o epitélio da região do tampão de coagulação se reconstrói.
• Durante a segunda semana, aparecem também lacunas do sinciciotrofoblasto.
• Como resultados da segunda semana tem-
se um disco embrionário bilaminar, formado
por epiblasto e hipoblasto; as estruturas
extra-embrionárias (âmnio, saco vitelino,
pedículo de conexão e saco coriônico); e o
concepto completamente implantado no
endométrio.

Décimo quarto e décimo quinto dia de desenvolvimento.


Observe o pedículo de conexão e as lacunas trofoblásticas
preenchidas por sangue materno.

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RESUMO DA AULA

GASTRULAÇÃO
• Na 2ª semana de desenvolvimento, o embrioblasto diferencia-se em duas camadas,
epiblasto e hipoblasto, que em associação constituem o disco embrionário bilaminar.
• Na 3ª semana ocorre a gastrulação, o processo que estabelece as três camadas germinativas:
ectoderma, mesoderma e endoderma.

FORMAÇÃO DA LINHA PRIMITIVA


• A linha primitiva aparece como uma faixa linear espessada do epiblasto no aspecto dorsal
do embrião.
• A estrutura é resultante da proliferação e movimento das células do epiblasto para o plano
mediano do disco embrionário
Quando chegam à região da linha primitiva, essas células invaginam e formam um sulco na
linha primitiva.
• A porção mais cranial da linha primitiva é o nó primitivo. A fosseta primitiva é uma
pequena depressão no nó primitivo, que assim como o sulco primitivo, constitui uma região
de invaginação celular.
• Com a formação da linha primitiva é possível definir os principais eixos corporais

Corte transversal de um disco


embrionário mostrando a
invaginação das células na linha
primitiva. Observe o nó primitivo,
a fosseta primitiva e o sulco
primitivo.

FORMAÇÃO DAS TRÊS CAMADAS GERMINATIVAS


• As primeiras células a ingressar do epiblasto invadem o hipoblasto e deslocam suas células
para formar o endoderma.
• Algumas células migram para formar uma camada de células frouxas entre o epiblasto e o
endoderma, dando origem ao mesoderma.
• Por fim, quando já ocorreu a formação do endoderma
e do mesoderma intra-embrionário, as células que
permanecem no epiblasto formam o ectoderma.

Corte transversal do disco


embrionário. (A) Formação
do endoderma. (B) Formação
do Mesoderma. As células
remanescentes do epiblasto
formam o ectoderma.

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• As células que migram pela região cranial do nó, tornam-se a placa pré-cordal e a notocorda.
• As células que migram nas extremidades laterais do nó e da porção cranial da linha tornam-
se o mesoderma paraxial.
• As células que migram pela região média da linha tornam-se o mesoderma intermediário.
• Aquelas que migram pela parte caudal da linha formam o mesoderma lateral.
• As células que migram da região mais caudal, contribuem para a formação do mesoderma
extraembrionário.
• Ao final da gastrulação, os três folhetos germinativos estabeleceram-se a partir do epiblasto.

FORMAÇÃO DA NOTOCORDA
• O processo notocordal se alonga pela invaginação de células pela fosseta primitiva e cresce
cefalicamente até alcançar a placa pré-cordal.
• A fosseta se estende para dentro do processo notocordal formando uma luz, o canal
notocordal. Agora, o processo notocordal é um tubo e não mais um cordão celular.
• O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma e, posteriormente, essas
camadas fundidas sofrem degeneração gradual até desaparecerem completamente. A placa
notocordal resultante (teto do processo notocordal) dobra-se e forma a notocorda.
• A notocorda define o eixo primitivo do embrião, dando a ele certa rigidez. Além disso, fornece
sinais indutivos para o desenvolvimento do SNC e das estruturas musculoesqueléticas axiais.
Também forma o núcleo pulposo dos discos intervertebrais.

DESTINO DA LINHA PRIMITIVA


• No fim do processo, a linha primitiva diminui de tamanho e se torna uma estrutura sem importância
na região sacroccígea do embrião. Até o final da quarta semana, ela normalmente desaparece.

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• Algumas vezes remanescentes da linha primitiva persistem na região sacroccígea. Essas
células que permanecem, proliferam e formam tumores chamados teratomas sacroccígeos.

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RESUMO DA AULA

NEURULAÇÃO
Entre a terceira e a oitava semana ocorre a organogênese, um período no qual cada um dos
três folhetos dá origem a vários tecidos e órgãos específicos. Até o final deste período, a
maioria dos sistemas orgânicos se estabelece e as características externas do corpo tornam-
se reconhecíveis.

DERIVADOS DO ECTODERMA
• O folheto ectodérmico dá origem às estruturas e órgãos que mantêm o contato com o
mundo exterior.

NEURULAÇÃO
• O processo de neurulação começa no 18° dia de desenvolvimento e marca o início do
processo de organogênese.
• Através da neurulação, o tubo neural se estabelece a partir do ectoderma que está acima
da notocorda .
• As células da ectoderme sofrem indução neural e tornam-se neuroepiteliais, formando um
epitélio pseudoestratificado cilíndrico chamado neuroectoderma
• A placa neural aparece cranialmente ao nó primitivo e dorsalmente à notocorda, e se
estende até a membrana bucofaríngea.
• Ocorre a formação do sulco e das pregas neurais.
• próximo passo é a fusão das pregas neurais .
• Conforme acontece a fusão das pregas neurais, acontece a formação da crista neural.
• O fechamento do tubo neural inicia-se no 22° dia de desenvolvimento na região occipital
e cervical do tubo e progride cranial e caudalmente.
• Até o 25° dia, ainda há uma abertura na região cranial e outra na região caudal, os
neuroporos anterior e posterior, respectivamente.
• Até o 28° dia, ou seja, no final da 4a semana de desenvolvimento, os neuroporos se
fecham e a neurulação está completa.

Vista lateral de um embrião


com 25 dias e com 28 dias de
desenvolvimento. Observe que no
25° dia os neuroporos ainda estão
abertos e que com 28 dias o tubo
neural está completamente fechado.

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Derivados do tubo neural e da crista neural
• A porção caudal ao 4° par de somitos do tubo neural dá origem à medula espinhal, já a
porção cefálica origina o encéfalo.
• As paredes do tubo formam o encéfalo e a medula espinhal, enquanto o canal neural é
convertido no sistema ventricular do encéfalo e no canal central da medula espinhal.
• As células da crista neural migram ao longo do corpo e se diferenciam em diferentes tipos
celulares.
Defeitos no tubo neural
• Os defeitos no tubo neural ocorrem quando não há o fechamento do tubo neural.
• Caso não ocorra o fechamento na região cranial, a maior parte do cérebro deixa de se
formar e o defeito é chamado anencefalia.
• Caso o fechamento não ocorra caudalmente a partir da região cervical, tem-se um defeito
conhecido como espinha bífida.
• Cerca de 50 a 70% dos defeitos do tubo neural poderiam ser evitados com suplementação
por ácido fólico diariamente para mulheres que pretendem engravidar.

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RESUMO DA AULA

DIFERENCIAÇÃO DO MESODERMA
• O folheto mesodérmico é uma lâmina fina de tecido frouxo em cada lado da linha média.
• Por volta do 10° dia de desenvolvimento, as células que estão próximas à notocorda,
formam o mesoderma paraxial.
• Lateralmente ao mesoderma paraxial, a camada mesodérmica forma a placa lateral. Entre
o mesoderma paraxial e as placas laterais está o mesoderma intermediário.

Mesoderma paraxial
• O mesoderma paraxial aparece de duas formas: na região da cabeça e na região do tronco.
• Os somitos aparecem no fim da 3a semana.
• É possível estimar a idade do embrião de acordo com o aparecimento dos somitos.
• Os somitos são responsáveis pela formação do esqueleto axial (coluna vertebral e costelas)
incluindo a parte occipital do crânio; pela formação dos músculos estriados e tendões
associados dos troncos e membros; e à derme do tronco.

Mesoderma intermediário
• Entre o mesoderma paraxial e o mesoderma lateral está o mesoderma intermediário.
• Ele contribui para a formação do sistema urogenital: rins e ureteres, gônadas e ductos.

Mesoderma lateral
• Lateral ao mesoderma intermediário está o mesoderma lateral que se divide em duas
camadas: o mesoderma lateral somático e o mesoderma lateral esplâncnico, que é a camada
ventral associada ao endoderma.
• Juntos, mesoderma lateral somático e ectoderma são chamados de somatopleura.
• O mesoderma lateral esplâncnico junto com o endoderma, é chamado de esplancnopleura.
• A cavidade entre as duas camadas de mesoderma lateral é a cavidade embrionária primitiva.

DERIVADOS DO FOLHETO ENDODÉRMICO


• Este folheto origina o revestimento epitelial do sistema respiratório e gastrointestinal; o
parênquima da tireoide, paratireoides, fígado e pâncreas; o estroma reticular das tonsilas e
o timo; o revestimento epitelial da bexiga e da uretra; e o revestimento epitelial da cavidade
do tímpano e a tuba auditiva.

Dobramento do embrião
• Com o dobramento do embrião, o disco embrionário plano, achatado e ovoide, torna-se
um embrião cilíndrico.

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• Os eventos que acompanham o dobramento do embrião são o dobramento cefalocaudal
e o dobramento lateral.
• Como resultados dos dobramentos cefalocaudal e lateral, parte do endoderma do saco
vitelino é incorporado ao embrião originando o intestino primitivo, um tubo de fundo cego.

Derivados das camadas germinativas.

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RESUMO DA AULA

PERÍODO EMBRIONÁRIO E FETAL
• Acompanha os principais acontecimentos do desenvolvimento e as mudanças na forma
externa do embrião que ocorrem até a 8ª semana.

PERÍODO EMBRIONÁRIO
• No final da 3a semana, ocorre o aparecimento dos primeiros somitos e do sulco neural,
indicando o início do período de organogênese.
• No início da 4ª semana o tubo neural já está se fechando. No final da 4ª semana, com
28 dias, é possível notar o aparecimento dos brotos dos membros superiores e inferiores, os
neuroporos encontram-se fechados e o sistema cardiovascular já está bem desenvolvido.
• Durante a 5a semana, as mudanças na forma externa do corpo do embrião são pequenas.
• Na 6a semana, o embrião já apresenta respostas reflexas ao toque e movimentos
espontâneos gerados por contrações musculares no tronco e nos membros. A cabeça ainda
é muito maior do que o tronco.
• Na 7a semana aparecem chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos indicando
os futuros dedos.
• Na 8a semana, que é a última semana do período de organogênese, com 52 dias, os dedos
já estão separados, mas ainda permanecem unidos por membranas. Nesta fase, é possível
notar os primeiros movimentos voluntários dos membros.
• No final da 8a semana, o embrião apresenta características nitidamente humanas,
entretanto, a cabeça ainda é desproporcional em relação ao tamanho do tronco.

Embriões humanos com 52 e com 56 dias.

PERÍODO FETAL
• O período fetal se estende da 9a semana até o nascimento (38 semanas).
• Neste período acontece um rápido crescimento corporal, elevado ganho de peso nas últimas
semanas e ocorre também uma diminuição relativa do tamanho da cabeça em relação ao
resto do corpo, a maturação dos tecidos, órgãos e sistemas.

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Embriões humanos com 9, 12, 20, 28 e 38 semanas.

A duração da gravidez é de 280 dias (40 semanas) após a última menstruação (UPMN -
Último Período Menstrual Normal) ou de 266 dias (38 semanas) após a fertilização.
O período gestacional é dividido em três trimestres:
• 1° trimestre → Já se formaram os sistemas;
• 2° trimestre → O feto cresce em tamanho;
• 3° trimestre → O feto pode sobreviver caso nasça prematuramente.
• No início do 3º mês, a face é larga, os olhos são bem separados e as orelhas têm implantação
baixa.
• Até o final da 9ª semana, as genitálias ainda estão no estágio indiferenciado.
• Só é possível detectar o sexo do feto por ultrassonografia (USG) a partir da 12ª semana.
• No 5º mês, os movimentos fetais (pontapés) são sentidos com maior frequência pela mãe.
• Aos 7 meses, os pulmões alcançam a maturação suficiente para realizar trocas gasosas. O
sistema nervoso também está maduro e pode dirigir os movimentos respiratórios rítmicos e a
temperatura corporal. Deste modo, o feto consegue sobreviver com cuidados intensivos caso
nasça prematuramente.
• O nascimento é previsto para 38 semanas após a fertilização ou 40 semanas após a última
menstruação.

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RESUMO DA AULA

ESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO DA PLACENTA
• A placenta é um órgão fetomaterno que possui um componente fetal, o córion viloso, e um
componente materno que é derivada do endométrio, chamado de decídua basal.
Componente materno: Decídua basal
• As células deciduais proporcionam uma fonte nutricional rica para o embrião e protegem
o tecido materno contra uma invasão descontrolada do sinciciotrofoblasto.
• A decídua é o endométrio gravídico da mulher, a camada funcional do endométrio que
se desprende do restante do útero no parto. Ela possui 3 regiões: decídua basal, decídua
capsular e decídua parietal. A parte da decídua envolvida com a formação da placenta é a
decídua basal.
Componente fetal: Córion viloso
• Na segunda semana, o sinciciotrofoblasto desenvolve um grande número de lacunas que
permitem a nutrição do embrião.
• O fim da segunda semana é caracterizado pelo surgimento das vilosidades coriônicas
(antes chamadas de primárias).
• No início da terceira semana, o mesênquima cresce no eixo central das vilosidades, que
agora são chamadas de secundárias.
• Logo, algumas células mesenquimais das vilosidades se diferenciam em capilares e células
sanguíneas. Desta forma, as vilosidades são chamadas de terciárias.
• Nas semanas iniciais do desenvolvimento, as vilosidades coriônicas recobrem toda a
superfície do córion.
• O córion viloso constitui a porção fetal da placenta.
• O formato da placenta é determinado pela área persistente das vilosidades coriônicas,
normalmente é uma área circular.
• Entre a 22° e a 24° semana de gestação, a decídua capsular se degenera e desaparece.

(A) Decídua basal em associação com o córion viloso formando a placenta. (B) A decídua
basal é quase que completamente substituída por cotilédones; houve a degeneração da
decídua capsular. Âmnio e córion fusionam-se e formam a membrana amniocoriônica.

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DESENVOLVIMENTO DO CORDÃO UMBILICAL
• A principal função do cordão umbilical é transportar o sangue entre o embrião/feto e a
placenta.
• O cordão umbilical é constituído por duas artérias e uma veia umbilical. Estes vasos do
cordão umbilical circundados por tecido conjuntivo (Geleia de Wharton) se desenvolvem no
pedículo do embrião.

Estrutura de uma placenta à


termo e o cordão umbilical.

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RESUMO DA AULA

FISIOLOGIA DA PLACENTA
A parte fetal da placenta está aderida à parte materna pela capa citotrofoblástica. .
Circulação placentária materna
• Os cotilédones recebem o sangue materno por meio de cerca de 80 a 100 artérias
espiraladas do endométrio.
• O sangue materno traz oxigênio, nutrientes e outras substâncias até o espaço interviloso.
Neste espaço acontecerão as trocas entre o sangue materno e fetal e, então, o sangue
pobre em oxigênio e com produtos residuais do feto será drenado pelas veias endometriais,
retornando para a circulação materna.
• As trocas placentárias acontecerão nos locais onde os vasos fetais estão em contato
íntimo com a membrana placentária, ou seja, na rede arterio-capilar-venosa.
Circulação fetal
• O sangue fetal pouco oxigenado e com os produtos residuais do feto é transportado para
a placenta pelas artérias umbilicais.
• O sangue chega então até as vilosidades coriônicas e fica bem próximo ao sangue materno
na rede arterio-capilar-venosa.
• O sangue fetal rico em oxigênio e nutrientes retorna para a circulação fetal pela veia
umbilical.
• É importante ressaltar que normalmente não acontece a mistura de sangue materno e
fetal, já que há a membrana placentária.
• Além das trocas gasosas e de nutrientes, outras substâncias como anticorpos, IgG e
vitaminas podem, e até mesmo substâncias nocivas.

(A) Vilosidade coriônica.


(B) Corte transversal
da vilosidade até a 20ª
semana de gestação.
(C) Corte transversal da
vilosidade após a 20ª
semana de gestação.

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A PLACENTA PRODUZ HORMÔNIOS
• A placenta também tem função endócrina e produz alguns hormônios importantes para a
gestação.

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RESUMO DA AULA

MEMBRANAS EXTRA-EMBRIONÁRIAS
ÂMNIO
• Na segunda semana de desenvolvimento, o acúmulo de líquido entre as células do
epiblasto e do trofoblasto faz com que a cavidade amniótica apareça.
• O âmnio é uma fina membrana que separa a cavidade amniótica do citotrofoblasto.
• Por volta da 20a semana, o âmnio continua se expandindo e funde-se com o córion e
forma a membrana amniocoriônica, que é a membrana que se rompe durante o trabalho de
parto.
• A cavidade amniótica é preenchida pelo líquido amniótico.
• O líquido amniótico é composto por células epiteliais fetais descamadas que estão
suspensas no líquido.
• O líquido amniótico é importante ao desenvolvimento por proporcionar o crescimento
simétrico do embrião/feto e permitir o movimento livre do feto, auxiliando o desenvolvimento
muscular.
• O líquido constitui uma barreira às infecções, auxilia no desenvolvimento dos pulmões,
controla a temperatura, amortece impactos recebidos pela mãe e é importante na manutenção
da homeostase dos líquidos e eletrólitos.

A expansão do âmnio com o acúmulo


de líquido amniótico oblitera a cavidade
coriônica na 20ª semana de desenvolvimento.

SACO VITELINO
• As células do hipoblasto contribuem para a formação da membrana exocelômica (ou
membrana de Heuser), uma membrana adjacente ao citotrofoblasto, que junto com o
hipoblasto, forma o saco vitelino primário (também chamado de vesícula umbilical primitiva).
• O saco vitelino em embriões humanos não é funcional quanto ao armazenamento de
vitelo.
• Com o dobramento do embrião, parte do endoderma do saco vitelino é incorporado pelo
embrião e contribui para a formação do intestino primitivo.

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ALANTOIDE
• Durante a terceira semana de desenvolvimento, o alantoide aparece como uma evaginação
em forma de dedo na parede caudal do saco vitelino.
• Ele é importante porque é através das suas paredes que acontece a formação de vasos
sanguíneos entre a 3a e a 5a semana.
• Com o crescimento da bexiga urinária, o alantoide involui e torna-se um tubo espesso
chamado úraco que vai do umbigo à bexiga.
• Após o nascimento, o úraco forma o ligamento umbilical mediano, um cordão fibroso que
se estende da bexiga até o umbigo.

Corte longitudinal mostrando a formação do alantoide.

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RESUMO DA AULA

CÉLULAS-TRONCO
GÊMEOS DIZIGÓTICOS OU FRATERNOS
• Cerca de 90% dos gêmeos são dizigóticos ou fraternos.
• Isso acontece devido à liberação simultânea de dois ou mais ovócitos e da fertilização por
espermatozoides diferentes.
• Eles possuem constituição genética diferente e não são mais parecidos do que outros
irmãos.
• Eles podem ou não ter sexos diferentes.
• A gemelaridade dizigótica apresenta certa tendência à hereditariedade.
• Após a fertilização e clivagem, os blastocistos implantam-se individualmente no útero e
cada um deles desenvolve sua própria placenta, âmnio e saco coriônico.
• A implantação em locais muito próximos pode resultar na fusão da placenta e do córion
dos gêmeos.
GÊMEOS MONOZIGÓTICOS OU IDÊNTICOS
• Apenas um ovócito é fertilizado.
• A separação ocorre em diferentes estágios: no estágio de duas células ou da massa celular
interna (embrioblasto).
• Esses gêmeos possuem constituição genética idêntica e, portanto, sempre são do mesmo
sexo.
• Quando a separação do zigoto ocorre no estágio de duas células, uma situação mais rara,
cada um dos fetos desenvolve sua própria placenta, âmnio e saco coriônico.
• Estes gêmeos compartilham a mesma placenta e a cavidade coriônica, mas possuem sacos
amnióticos distintos.
• Os gêmeos podem compartilhar, além da placenta e do saco coriônico, o mesmo saco
amniótico.
GÊMEOS XIFÓPAGOS OU SIAMESES
• Estes gêmeos são classificados de acordo com a natureza da união em: toracópagos, quando
a união é pelo tórax; pigópagos, quando a união é na região sacroccígea; e craniópagos, pelo
crânio.
• Em alguns casos, quando a conexão é somente pela pele, a separação cirúrgica é facilitada.
• Quando os órgãos vitais estão compartilhados, não é possível fazer a separação.
ANASTOMOSE DOS VASOS SANGUÍNEOS PLACENTÁRIOS
• A anastomose dos vasos placentários e comunicação arteriovenosa entre os sistemas
circulatórios de gêmeos acontece quando as placentas estão fusionadas, ou quando os
gêmeos compartilham a mesma placenta.
• Pode não resultar em nenhuma complicação ou pode causar graves prejuízos aos fetos em
desenvolvimento.

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RESUMO DA AULA

CÉLULAS-TRONCO
• Dentre as causas femininas para a infertilidade estão a oclusão das tubas uterinas por
doença inflamatória pélvica ou cirurgia; alterações no muco cervical; imunidade aos
espermatozoides; ausência de ovulação (anovulação); causas uterinas; causas cervicais,
como alterações de formato, tamanho ou posição do colo uterino, miomas, pólipos, cervicites,
lesões, etc; estresse; e idade materna avançada.
• Dentre as causas masculinas são anomalias nas vias excretoras ou nas glândulas acessórias;
estresse; número insuficiente de espermatozoides; mobilidade reduzida dos espermatozoides.
O número normal de espermatozoides é de cerca de 100 milhões/mL de ejaculato. Homens
inférteis possuem cerca de 20 milhões/ mL ou menos, uma condição chamada oligospermia.
Alguns homens não possuem espermatozoides no ejaculato, uma condição conhecida como
azoospermia.

TECNOLOGIAS DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA


Inseminação artificial (IA)
• É a deposição intrauterina de espermatozoides processados em laboratório.
• Esta técnica é aplicada a mulheres que possuem fatores cervicais como causa de
infertilidade; quando a causa é desconhecida; quando há um leve fator masculino; em caso
de incapacidade de manter relações sexuais; ou ainda na utilização de sêmen de doador no
caso de casais homossexuais.
• A taxa de sucesso da IA é de 12 a 15% por tentativa.
Fertilização in vitro (FIV) e transferência de embriões
• Consiste na união do ovócito e do espermatozoide fora do corpo, in vitro.
• Os zigotos se desenvolvem por cerca de 48 horas em cultura até o estágio de 4 a 8 células.
Por fim, realiza-se a transferência de embriões para a cavidade uterina por cateter.
• A FIV é utilizada em casos de endometriose; tuba uterina obstruída; infertilidade de causa
desconhecida; fator masculino; fator imunológico; quando acontecem falhas nos tratamentos
de menor complexidade; ou ainda em casos de terapia oncológica, quando os embriões são
congelados para uma futura gravidez.
• A taxa de sucesso é de 1 bebê vivo por 30 a 35% de tentativas.
Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI)
• É utilizada para o tratamento de casais caso a FIV tenha falhado.
• Por meio desta técnica, um único espermatozoide pode ser obtido de qualquer ponto do
trato reprodutor masculino.
• O ovócito é mantido preso por sucção e, então, uma micropipeta contendo um único
espermatozoide é usada para penetrar o ovócito e injetar o espermatozoide diretamente no
citoplasma do ovócito.

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• A transferência de embriões para a cavidade uterina é feita por cateter.
Transferência intratubária de gametas (GIFT) e Transferência intratubária
de zigotos (ZIFT)
• A GIFT e a ZIFT são utilizadas em casos em que a infertilidade é decorrente de uma
deficiência inata na motilidade dos espermatozoides.
• Na GIFT, os espermatozoides e ovócitos são coletados e introduzidos diretamente por
cateter para a tuba uterina.
• Na ZIFT, os zigotos sao introduzidos diretamente na tuba.
Criopreservação de embriões
Consiste no congelamento de embriões excedentes das técnicas de reprodução assistida ou
ainda daqueles que são produzidos antes do tratamento quimioterápico ou radioterápico em
jovens que queiram preservar a fertilidade.

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RESUMO DA AULA

CÉLULAS-TRONCO
• As células-tronco são aquelas que possuem a habilidade de autorrenovação: são
indiferenciadas e podem dar origem a tipos celulares especializados por um processo
chamado de diferenciação celular.
• A diferenciação celular é o processo pelo qual as células indiferenciadas originam células
especializadas.

Células-tronco embrionárias
• As células-tronco embrionárias são derivadas de embriões em estágios iniciais do
desenvolvimento.
• Cada uma destas células é indiferenciada e pode originar qualquer tipo celular do organismo,
bem como ao córion.
• Os embriões dos quais as células-tronco humanas são obtidas possuem cerca de 4 a 5 dias
e estão no estágio de blastocisto.
• As células-tronco embrionárias são retiradas da massa celular interna e cultivadas no
laboratório para a amplificação do número de células.
Células-tronco adultas
• As células-tronco adultas ou teciduais são aquelas encontradas nos tecidos adultos entre
as células diferenciadas que constituem tecidos ou órgãos.
• Estas células têm a função de manutenção e reparo dos tecidos.
• As células-tronco multipotentes podem originar muitos tipos celulares, mas não todos os
tipos de células do corpo.
• As células-tronco adultas são chamadas de multipotentes.
• São encontradas em diferentes órgãos e tecidos, incluindo a medula óssea, sangue, córnea,
retina, intestino, músculos, cérebro, pele, no feto, no cordão umbilical e na placenta.
• As células-tronco hematopoiéticas são multipotentes e podem originar somente as células

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especializadas do sangue, como os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
• As células-tronco mesenquimais podem formar ossos, cartilagem, gordura, entre outros.
Células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs)
• As células-tronco adultas são encontradas nos tecidos adultos e possuem um potencial
limitado de diferenciação celular.
• As iPSCs já são uma importante ferramenta para o desenvolvimento de novas drogas e
como modelo de doenças.

Aplicação: as promessas da pesquisa com células-tronco


• Estudos com células-tronco embrionárias são importantes na compreensão de eventos
complexos que acontecem durante a embriogênese.
• As células-tronco humanas também têm sido utilizadas para testes de novas drogas.
• A aplicação em potencial mais importante das células-tronco é o seu uso para gerar células
e tecidos para terapias celulares no tratamento de diferentes doenças.

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RESUMO DA AULA

ANOMALIAS CONGÊNITAS HUMANAS
• As anomalias ou malformações congênitas são alterações no desenvolvimento presentes
ao nascimento.
ETIOLOGIA
• As causas das anomalias congênitas são divididas em: fatores genéticos, ambientais e
herança multifatorial.
Fatores genéticos
• Os fatores genéticos são as causas mais frequentes de anomalias congênitas.
• As anormalidades cromossômicas estão presentes em 6-7% dos zigotos.
Fatores ambientais
• Teratógeno é qualquer agente químico, físico ou biológico que pode causar um defeito
congênito ou ainda aumentar a incidência de um determinado defeito na população.
• O período mais crítico do desenvolvimento para a exposição a teratógenos está entre a 3a
e a 8a semana, porque essa é a fase de diferenciação e morfogênese.
• A exposição a teratógenos durante o período fetal pode resultar principalmente em
alterações funcionais.
• A dose de um fármaco e o genótipo do embrião também influenciam a possibilidade de
teratogenicidade.
• O tabagismo é um hábito que causa retardo no crescimento intrauterino (RCIU) e baixo
peso ao nascer (<2000 g).
• Filhos de mães alcoolistas podem ter alteração do crescimento e da morfogênese.
• Cerca de 5-10% das crianças filhas de mães tratadas com os antiepiléticos fenitoína e
hidantoína desenvolvem a Síndrome Fetal da Hidantoína.
• A Isotretinoína (ácido-13-cis-retinoico) é utilizado como tratamento para acne em muitos
jovens. A exposição a este composto eleva o risco de aborto espontâneo, pode causar
dimorfismo craniofacial (microtia e micrognatia), fenda palatina, anomalias cardiovasculares,
defeitos no tubo neural e prejuízo neuropsicológico.
Agentes infecciosos
• Alguns agentes infecciosos podem atravessar a membrana placentária, penetrar na
circulação sanguínea do embrião/feto e causar anomalias congênitas ou aborto.
• A toxoplasmose pode causaralterações destrutivas no encéfalo (calcificações intracranianas)
e nos olhos (coriorretinite).

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• Como resultado destas alterações, a criança pode ter deficiência mental, microcefalia,
microftalmia e hidrocefalia.
Agentes físicos
A exposição a altas doses de radiação ionizante (exames radiológicos, testes diagnósticos
que utilizam radioisótopos e bombas atômicas) pode causar lesão nas células embrionárias,
resultando em morte celular, lesão de cromossomos, deficiência mental e crescimento reduzido.

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