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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
Aulas 1 a 4
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Indicação Bibliográfica
PEREIRA, Leone; FREIRE, Bianca Caruso Fotunato. Informativos do TST e Enunciados das Jornadas Organizadas por
Temas. LTr.
Regular Trabalhista
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
O empregado exercente de cargo de gestão, inserido no art. 62, II, da
CLT, tem direito ao gozo do repouso semanal e à folga referente aos
feriados com a remuneração correspondente. Assim, caso não usufrua
esse direito ou não tenha a oportunidade de compensar a folga na
semana seguinte, o empregador deve pagar, em dobro, a
remuneração dos dias laborados, nos termos da Súmula nº 146 do TST.
O objetivo do art. 62, II, da CLT é excluir a obrigação de o empregador
remunerar, como extraordinário, o trabalho prestado pelos ocupantes
de cargo de confiança, mas isso não retira do empregado o direito
constitucionalmente assegurado ao repouso semanal remunerado,
previsto no art. 7º, XV, da CF. Sob esse entendimento, a SBDI-I, por
unanimidade, conheceu do recurso de embargos, por divergência
jurisprudencial, e, no mérito, negou-lhe provimento. TST-E-
RR3453300-61.2008.5.09.0013, SBDI-I, rel. Min. José Roberto Freire
Pimenta, 17.11.2016.
O informativo 149, trouxe o Incidente de Recursos de Revista Repetitivos. “Tema nº 0001 – Bancário. Salário-hora.
Divisor. Forma de cálculo. Empregado mensalista”. Modulação de efeitos. Proclamação do resultado.
Encaminhamento da matéria ao Tribunal Pleno para modificação da Súmula nº 124 do TST.
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remunerado; 3. O divisor corresponde ao número de horas
remuneradas pelo salário mensal, independentemente de serem
trabalhadas ou não; 4. O divisor aplicável para cálculo das horas extras
do bancário, inclusive para os submetidos à jornada de oito horas, é
definido com base na regra geral prevista no art. 64 da CLT (resultado
da multiplicação por 30 da jornada normal de trabalho), sendo 180 e
220, para a jornada normal de seis e oito horas, respectivamente; 5. A
inclusão do sábado como dia de repouso semanal remunerado não
altera o divisor, em virtude de não haver redução do número de horas
semanais, trabalhadas e de repouso; 6. O número de semanas do mês
é 4,2857, resultante da divisão de 30 (dias do mês) por 7 (dias da
semana), não sendo válida, para efeito de definição do divisor, a
multiplicação da duração semanal por 5; 7. Em caso de redução da
duração semanal do trabalho, o divisor é obtido na forma prevista na
Súmula nº 431 (multiplicação por 30 do resultado da divisão do
número de horas trabalhadas por semana pelos dias úteis). Vencidos,
quanto à tese nº 2, os Ministros Cláudio Mascarenhas Brandão,
relator, Emmanoel Pereira, Augusto César Leite de Carvalho, Aloysio
Corrêa da Veiga, José Roberto Freire Pimenta, Hugo Carlos
Scheuermann e Alexandre Agra Belmonte. Ainda por maioria, decidiu
a Subseção modular os efeitos da decisão, a fim de definir que a nova
orientação não alcança estritamente decisão de mérito sobre divisor
emanada de Turma do TST ou da SBDI-I, proferida no período de
27.09.2012 (DEJT em que se publicou a nova redação da Súmula nº
124, mediante acréscimo do atual item I) até a data de 21.11.2016.
Vencidos, neste tópico, os Ministros Márcio Eurico Vitral Amaro,
Augusto César Leite de Carvalho e Ives Gandra Martins filho, que não
modulavam a decisão, e, parcialmente, os Ministros Brito Pereira, José
Roberto Freire Pimenta e Hugo Carlos Scheuermann. Por fim, pelo
voto prevalente da Presidência, a SBDI-I decidiu proclamar o resultado
e remeter a matéria ao Tribunal Pleno, ouvida a Comissão de
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Jurisprudência e de Precedentes Normativos, para deliberar acerca da
modificação da redação da Súmula nº 124 do TST. Vencidos os
Ministros Cláudio Mascarenhas Brandão, relator, Renato de Lacerda
Paiva, Augusto César Leite de Carvalho, Aloysio Corrêa da Veiga, José
Roberto Freire Pimenta, Hugo Carlos Scheuermann e Alexandre Agra
Belmonte. TST-IRR-849-83.2013.5.03.0138, SBDI-I, rel. Min. Cláudio
Mascarenhas Brandão, 21.11.2016.
1. Introdução
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Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT,
o tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria
da empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez)
minutos diários.
Exemplo: Empregado “X” gasta 30 minutos diários de deslocamento entra a portaria e o local de trabalho.
Nesse sentido há duas correntes:
Súmula 11 do TRT da 12ª região: Esta súmula fala troca de uniforme/tempo à disposição da empresa.
Excesso de jornada
Direito de desconexão do trabalho (jurista professor Jorge Luiz Souto Maior).
Direito ao lazer nas relações de trabalho (Otávio Calvet).
Direitos fundamentais.
Artigos 1º, III e IV, 6º, 170 e 193 da Constituição Federal.
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Empregador
Relação diagonal
Empregado
Nesse contexto, surgiu a tese do dano existencial, ou seja, jornadas extenuantes sem intervalos, prejudicam a
existência do trabalhador em suas dimensões pessoal. Familiar, comunitário, política, cultural, sindical etc.
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O adicional de hora extra será de no mínimo 50% sobre a hora normal. Envolve a ideia do patamar civilizado mínimo
e aplicação do Princípio da Norma mais favorável.
Artigo 7º, XIII, CF: Sendo facultada (flexibilização) a compensação de horário ou a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social:
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de
trabalho.
O referido artigo dispõe que cabe acordo individual escrito ou acordo coletivo (súmula 85, TST).
Súmula nº 85 do TST
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compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem
a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas
extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá
ser pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. (ex-OJ
nº 220 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime
compensatório na modalidade “banco de horas”, que somente pode
ser instituído por negociação coletiva.
VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade
insalubre, ainda que estipulado em norma coletiva, sem a necessária
inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do
art. 60 da CLT.
Todavia, vale ressaltar que no caso de banco de horas haverá acordo de compensação anual havendo a necessidade
de instrumento de negociação coletiva.
Regra: A compensação de horário pode ser via acordo individual escrito, acordo coletivo ou convenção coletiva de
trabalho, conforme transcrito na súmula 85, item I e II.
Exceção: Banco de horas (artigo 59, §§ 2º e 3º, CLT) como acordo de compensação anual, depende de instrumento
de negociação coletiva – Súmula 85, item V, TST.
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jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o
limite máximo de dez horas diárias.
§ 3º. Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha
havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do
parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas
extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na
data da rescisão.
O artigo 74, § 2º da CLT estabelece que o empregado com mais de 10 empregados é obrigatório o uso do cartão.
Sendo registro manual, mecânico ou eletrônico com pré-assinalação do período do repouso.
Artigo 58, §1º, CLT: Fala das variações de horário no cartão de ponto.
Não excedente de 5 minutos, observado o limite máximo de 10 minutos diários. Isso gera um grande dissenso
doutrinário e jurisprudencial.
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Exemplo: Horário comercial das 9h00 às 18h00, com uma hora de almoço.
Nesse sentido há duas correntes:
1ª corrente: Sustenta 5 minutos de tolerância na entrada e/ou 5 minutos de tolerância da saída, totalizando 10
minutos diários.
OJ 23 SDI-1/TST (cancelada)
2 minutos extras
18h07
7 minutos extras
2ª corrente: Sustenta o respeito ao limite máximo diário de tolerância de 10 minutos. “Espécie de compensação de
minutos na entrada e na saída”.
Súmula 366, TST: O TST pacificou o entendimento de que se o limite for ultrapassado, será considerado como extra
a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado
ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal etc.).
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Essa súmula foi atualizada pela resolução 197/2015, TST
Súmula 449, TST: Traz a proibição de flexibilização da tolerância por instrumento de negociação coletiva.
Duração do trabalho.
Em tese, esses empregados não possuem os seguintes direitos: Hora extra; Proteção do trabalho noturno; Intervalo
interjornada; intervalo intrajornada e redução da jornada no curso do aviso prévio.
Essas exclusões foram recepcionadas pela Constituição Cidadã de 1988.
1ª corrente: Defendem que essas exclusões são inconstitucionais, ou seja, não foram recepcionadas pela CF/88.
Sobre o assunto, temos o enunciado 17 da 1ª jornada de direito material e processual da Justiça do Trabalho.
Direitos fundamentais e respeito aos valores constitucionais.
Essa corrente é minoritária.
2ª corrente: Sustenta que as exclusões seriam constitucionais, tem sido recepcionada pela CF/88
Adoção do princípio da igualdade, isonomia, paridade de armas.
Essas exclusões disciplinam situações especiais que merecem regramentos específicos.
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Artigo 62, CLT: Existem duas espécies de empregados excluídos do controle:
a) Empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação da jornada (artigo 62, I, CLT).
Contém dois requisitos implícitos:
1º Atividade externa
2º incompatível
Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I - os
empregados que exercem atividade externa incompatível com a
fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na
Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados
Deve ter anotação na CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) e no livro de registro de empregador.
OBS. 1: OJ 332 SDI-1/TST: Dispõe que o tacógrafo, por si só, sem outros elementos de prova não tem o condão de
provar o controle de jornada para fins de horas extras.
OBS.2: A nova lei do motorista profissional, Lei 13.103/2015 em seu artigo 2º, V, “b”, traz como direito, jornada do
trabalho controlada e registrada de maneira fidedigna, mediante a anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha
de trabalho externo, ou sistema e-mails eletrônicos instalados nos veículos a critério do empregador.
Art. 2o. São direitos dos motoristas profissionais de que trata esta Lei,
sem prejuízo de outros previstos em leis específicas:
V - se empregados:
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b) ter jornada de trabalho controlada e registrada de maneira
fidedigna mediante anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de
trabalho externo, ou sistema e meios eletrônicos instalados nos
veículos, a critério do empregador.
b) Gerente e cargos de confiança (diretores e chefe de departamento ou filial), artigo 62, II e parágrafo único,
CLT.
Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
a) Elemento objetivo: O empregado tem que receber uma gratificação de função igual ou superior a 40% do
salário efetivo, trata-se de um requisito pacífico (Lei).
b) Elemento subjetivo: Exercício do poder de mando, comando ou supervisão (requisito polêmico, não é
pacífico). Nesse sentido a CLT apresenta lacuna.
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Súmula 102, TST
Súmula nº 61 do TST
FERROVIÁRIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Aos ferroviários que trabalham em estação do interior, assim
classificada por autoridade competente, não são devidas horas extras
(art. 243 da CLT).
5. Intervalo Interjornada
Inter = Entre
Jornada = Tempo diário à disposição do empregador
Jornada tem origem italiana “giorno”, “gionata”, que significa dia.
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Art. 5º Em qualquer trabalho contínuo de duração superior a seis
horas, será obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou
alimentação observados os usos e costumes da região, não se
computando este intervalo na duração do trabalho. Entre duas
jornadas de trabalho haverá um período mínimo de onze horas
consecutivas para descanso.
Se o empregado trabalha de Segunda à Sábado (Sábado trabalhou até as 22h00), nesse caso, quando será o
retorno?
Súmula 110, TST: Essa súmula diz que às 24 horas consecutivas do DSR (descanso semanal remunerado) deve ser
somada com as 11 horas do intervalo interjornada, totalizando 35 horas consecutivos. Portanto, o retorno será
segunda-feira, às 9h00.
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Caso concreto:
11 horas consecutivas
Na prática fez 9 horas e 30 minutos
Integralidade das horas que foram suprimidas (paga com período extra)
Súmula 11, TRT, 5ª Região
Súmula 11. “INTERVALO INTERJORNADA. SUPRESSÃO. O desrespeito
ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta,
por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT,
devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do
intervalo, acrescidas do respectivo adicional.”
(Resolução Administrativa nº 0040/2010 – Divulgada no Diário
Eletrônico do TRT da 5ª Região, edições de 30.11.2010, 01.12 e
02.02.2010, de acordo com o disposto no art. 187 do Regimento
Interno do TRT da 5ª Região).
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6. Intervalos Intrajornadas
Intra = Dentro
Jornada = Tempo diário à disposição do empregador
1ª corrente: Limite de 2 horas: Pela aplicação do princípio “in dubio pro operário”.
2ª corrente: É possível ultrapassar 2 horas: artigo 71 “caput”, “..., salvo acordo escrito ou contrato coletivo, em
contrário, não poderá exceder as 2 horas. ”
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OBS.2: É possível a redução do intervalo mínimo de 1 hora?
É possível, mas há necessidade de cumprir três requisitos cumulativos, conforme artigo 71, § 3º, CLT.
OBS.3: É possível a redução do intervalo mínimo por instrumentalidade da Convenção Coletiva de Trabalho ou
Acordo Coletivo de Trabalho?
O TST através da Súmula 437, II, entende que não é possível, por ser norma de higiene, saúde e segurança do
trabalho e infenso (não aceita a negociação coletiva) a negociação coletiva.
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