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Frase, oração e período em três gramáticas


Apostila elaborada por Luis Alejandro Ballesteros para uso interno da cadeira.

a) Hildebrando A. de André

Frase é a unidade do discurso suficiente por si mesma para estabelecer comunicação. Por discurso, entendemos a língua
apreciada na fala ou na escrita. A frase pode ser formada por uma simples palavra, uma expressão, uma oração ou um período.
Pode a frase ter, ou não, verbo. O que importa é que manifeste um propósito definido de comunicação. A palavra “marchar”, no
dicionário (como as demais que ali se encontram), não é frase; dita, porém, pelo comandante aos seu subordinados, transforma-
se em frase, pois passou a constituir-se em unidade de comunicação na fala.
Exemplos de frases sem verbo:
BOM DIA; BOA SORTE; ATÉ LOGO : são expressões que transmitem saudação, desejo, despedida.
SOCORRO!: é apenas uma palavra, mas exprime claramente um pedido de auxílio urgente.
CURVA PERIGOSA; RETORNO; DEVAGAR; DESVIO À ESQUERDA: são avisos que figuram ao longo das estradas
para orientar os motoristas.
Oração é a frase formada em torno de um verbo. Exemplo: Amélia estudava ao piano os exercícios de Hertz (Alencar).
Período é o enunciado que se constitui de duas ou mais orações. Exemplo: Rubião fitou um pé que se mexia
disfarçadamente. Há duas orações: Rubião fitou um pé e que se mexia disfarçadamente.
É hábito dar o nome de “período simples” quando formado por uma só oração; a oração é denominada “oração absoluta”.
Ao período propiamente dito, com duas ou mais orações, chamamos de “período composto”.

Fonte: André, H. A. de (1988) Gramática ilustrada. São Paulo, Moderna.


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b) Celso Cunha e Lindley Cintra

A frase e sua constituição


Frase é um enunciado de sentido completo, a unidade mínima de comunicação. A parte da gramática que descreve as
regras segundo as quais as palavras se combinam para formar frases denomina-se sintaxe.
A frase pode ser constituída:
1) De uma só palavra.
2) De várias palavras, entre as quais se inclui ou não um verbo.
Exemplos:
Fogo! Atenção! Silêncio!
Alguns anos vivi em Itabira. (C. Drummond de Andrade)
Que inocência! Que aurora! Que alegria! (Teixeira de Pascoaes)
A frase é sempre acompanhada de uma melodia, de uma entoação. Nas frases organizadas com verbo, a entoação
caracteriza o fim do enunciado, geralmente seguido de forte pausa. Se a frase não possui verbo, a melodia é a única marca por
que podemos reconhecê-la; sem ela, estas frases seriam simples vocábulos, unidades léxicas sem função, sem valor
gramatical.
Frase e oração
A frase pode conter uma ou mais orações. Contém apenas uma oração, quando apresenta uma só forma verbal, clara ou
oculta, ou dois ou mais formas verbais, integrantes de uma locução verbal. Exemplos:
O dia decorreu sem sobressalto. (J. Paço d´Arcos)
Na cabeça, aquela bonita coroa (J. Montello)
—Podem vir os dois... (V. Nemésio)
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Tudo de repente entrou a viver uma vida secreta de luz. (Autran Dourado)
A frase contém mais de uma oração, quando há nela mais de um verbo (seja na forma simples, seja na locução verbal),
claro ou oculto. Exemplos:
Fechei os olhos, / meu coração doía. (Laundino Vieira)
Busco, / volto, / abandono, / e chamo de novo. (A. Bessa Luís)
O Negrinho começou a chorar, / enquanto os cavalos iam pastando. (Simões Lopes Neto)
Os anos são degraus; / a vida, a escada. (Fernanda de Castro)
Oração e período
O período é a frase organizada em oração ou orações. Pode ser simples, quando constituído de uma só oração, ou
composto, quando formado de duas ou mais orações. Exemplos:
Cai o crepúsculo. (Da Costa e Silva)
Nunca mais recobrou por inteiro a saúde. (A. Bessa Luís)
Não bulia uma folha, / não cintilava um luzeiro. (A. Ribeiro)
O senhor tirou fora o cigarro, / bateu-o na tampa da cigarreira, / levou-o ao canto dos lábios, / premiu a mola do isqueiro.
(J. Montello)
O período termina sempre por uma pausa bem definida, que se marca na escrita com ponto, ponto de exclamação, ponto
de interrogação, reticências e, algumas vezes, com dois pontos.

Fonte: Cunha, C. F. da e L. F. L. Cintra (1985) Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro, Nova Fronteira.
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c) Mário A. Perini
A frase e a oração
Frase, oração e período
O termo frase é utilizado de maneira geral para designar uma unidade do discurso bastante difícil de definir. A
conceituação oferecida por Mattoso Camara é provavelmente a melhor, embora não chegue a ser uma definição plenamente
satisfatória:
Unidade de comunicação lingüística, caracterizada [...] do ponto de vista comunicativo —por ter um propósito definido e
ser suficiente para defini-lo—, e do ponto de vista fonético —por uma entoação [...] que lhe assinala nitidamente o começo e o
fim. [Camara, 1977, p. 122]

Poderíamos acrescentar que, na escrita, a frase é delimitada por uma maiúscula no início e por certos sinais de
pontuação (. ! ? ...) no final.
Esta definição apresenta problemas, que não serão discutidos aqui. Baste-nos reconhecer que geralmente é possível
identificar frases, embora as bases para essa identificação permaneçam em parte obscuras. Assim, são frases os enunciados
seguintes:
(1) Meu livro tem mais de mil páginas.
(2) Quantas páginas tem teu livro?
(3) Vá à padaria e traga oito pãezinhos.
(4) Você poderia me trazer um pãozinho?
(5) Que calor!
(6) Quantas páginas?
(7) Mas que livro enorme!
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Oração é uma frase que apresenta determinado tipo de estrutura interna, incluindo sempre um predicado e
freqüentemente um sujeito, assim como vários outros termos. As frases de (1) a (4) são orações (às vezes compostas, por sua
vez, de mais de uma oração); as frases (5) a (7) não são orações, por carecerem de predicado.
As frases não-oracionais nem por isso deixam de ter estrutura analisável; em geral, verifica-se que se compõem de
elementos que também ocorrem dentro de orações —ou seja, são como que fragmentos de orações. As frases nã-oracionais
estão muito pouco estudadas. Isso não significa, claro, que não sejam interessantes; em particular, a hipótese de que uma frase
não-oracional é sempre composta de um fragmento de oração merece ser investigada.
Tradicionalmente emprega-se também a designação período para as orações que constituem uma frase. Assim, em
(3) Vá à padaria e traga oito pãezinhos.
há duas orações, a saber: (a) vá à padaria; (b) traga oito pãezinhos. Além disso, há ainda uma terceira oração, que
compreende as duas mencionadas, mais a palavra e, ou seja, essa terceira oração é a íntegra de (3). Como se vê, a terceira
oração é coextensiva com a própria frase e seria, portanto, um período. Não vejo inconveniente nessa nomenclatura, desde que
fique claro que um período é sempre uma oração. Naturalmente, nem toda oração é um período, já que muitas orações não são
coextensivas com a frase de que fazem parte; por exemplo, vá à padaria em (3) é uma oração, mas não um período.
A sintaxe é a parte da gramática que estuda as orações e suas partes —ou seja, a estrutura interna da oração.

Fonte: Perini, M. A. (2004) Gramática descritiva do português. São Paulo, Ática.

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Anexo 1. Termos da oração


Termos essenciais da oração
1. Sujeito
Sujeito simples
Sujeito composto
Sujeito determinado indeterminado
Orações sem sujeito
2. Predicado
Predicado verbal
Predicado nominal
Predicado verbo-nominal
Predicativo do sujeito
Predicativo do objeto
Termos integrantes da oração
1. Complementos verbais
Objeto direto
Objeto indireto
2. Complemento nominal
3. Agente da passiva
Termos acessórios da oração
1. Adjunto adnominal
2. Adjunto adverbial
3. Aposto

Vocativo

Fonte: André, H. A. de (1988) Gramática ilustrada. São Paulo, Moderna.


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Anexo 2. Exercícios
1) Explique por que os conceitos de frase, oração e período são relativos.
2) No texto que segue, sublinhe e transcreva exemplos de frases, de orações e de períodos. Justifique a escolha com
referências aos autores estudados em relação com estes tópicos.
3) Mude o subtítulo do texto. O novo subtítulo também precisa dar conta do conteúdo do artigo, mas deve fazê-lo por
meio de uma frase sem verbo.

Cara ou coroa?
Exposição apresenta moedas imperiais e conta a história do país por medalhas e condecorações

Já imaginou pagar suas contas em sal e seus empréstimos bancários em conchinhas de praia? Infelizmente essa não é uma novidade para
reduzir o número de inadimplentes. Pelo contrário, as trocas comerciais realizadas com este tipo de produto, aconteciam nas civilizações
antigas quando ainda não se pensava em trocas monetárias. E para organizar a comercialização de produtos e substituir a simples troca de
mercadorias, surgiu a moeda.
O Itaú Numismática - Museu Herculano Pires, no nono andar do Itaú Cultural, tem exemplares destas e de outras raridades. Entre elas está
a primeira moeda do Brasil independente. Nela, Dom Pedro aparece de peito nu e com uma coroa de louros na cabeça, imagem que remete
aos ditadores romanos. Esse erro causou a fúria do imperador, que mandou substitui-la. Este é um dos casos dos mais de 6.558 exemplares
luso-brasileiros, entre medalhas, moedas e condecorações, que revivem a história do Brasil, desde o período do descobrimento até os dias
de hoje.
O ambiente, dividido em 32 módulos dispostos cronologicamente, apresenta uma porta que lembra a de um cofre forte que leva o visitante
a interagir com a exposição. A visita se inicia com um vídeo explicativo que ajuda o participante a se situar na História do Brasil. Além disso,
ele apresenta pontos relevantes da numismática.
Revista ParadoXo [15/05/2006]

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