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6-1 O QUE É FÍSICA? FN
Neste capítulo concentramos nossa atenção na física de três tipos comuns de força:
a força de atrito, a força de arrasto e a força centrípeta. Ao preparar um carro para
as 500 milhas de Indianápolis um engenheiro deve levar em conta os três tipos de Fg
(a)
força. As forças de atrito que agem sobre os pneus são cruciais para a aceleração do
carro ao deixar o boxe e ao sair de uma curva (se o carro encontra uma mancha de
FN
óleo, os pneus perdem aderência e o carro pode sair da pista). As forças de arrasto
produzidas pelas correntes de ar devem ser minimizadas, caso contrário o carro con- F fs
sumirá muito combustível e terá que ser reabastecido prematuramente (até mesmo
uma parada adicional de 14 s pode custar a corrida a um piloto). As forças centrípe- Fg
Nenhum
tas são fundamentais nas curvas (se não houver força centrípeta suficiente, o carro (b) movimento
não conseguirá fazer a curva). Vamos iniciar nossa discussão com as forças de atrito. FN
F fs
6-2 | Atrito
Fg
(c)
As forças de atrito são inevitáveis na vida diária. Se não fôssemos capazes de vencê-
las elas fariam parar todos os objetos que estivessem se movendo e todos os eixos
FN
que estivessem girando. Cerca de 20% da gasolina consumida por um automóvel
F fs
são usados para compensar o atrito das peças do motor e da transmissão. Por ou-
tro lado, se não houvesse atrito não poderíamos fazer o automóvel ir a lugar algum
Fg
nem poderíamos caminhar ou andar de bicicleta. Não poderíamos segurar um lápis,
e, mesmo que pudéssemos, não conseguiríamos escrever. Pregos e parafusos seriam (d)
inúteis, os tecidos se desmanchariam e os nós se desatariam. a
FN
Neste capítulo tratamos de forças de atrito que existem entre duas superfícies F
fk
sólidas estacionárias ou se movendo uma em relação a outra em baixa velocidade. Aceleração
Considere três experimentos imaginários simples:
Fg
1. Dê um empurrão momentâneo em um livro que está sobre uma mesa horizontal, (e)
fazendo-o deslizar. Com o tempo, a velocidade do livro diminui até se anular. Isso
significa que o livro possui uma aceleração paralela à superfície da mesa e com v FN
o sentido oposto ao da velocidade. Nesse caso, de acordo com a segunda lei de Velocidade
F fk
Newton, deve existir uma força paralela à superfície da mesa e que aponta no constante
sentido oposto ao da velocidade. Essa força é uma força de atrito.
Fg
2. Empurre o livro horizontalmente de modo a fazê-lo se deslocar com velocidade (f )
constante ao longo da mesa. A força que você exerce pode ser a única força hori-
Valor máximo de fs
zontal que age sobre o livro? Não, porque nesse caso o livro sofreria uma acele- fk é aproximadamente
força de atrito
ração. De acordo com a lei de Newton, deve existir uma segunda força, de sentido
Módulo da
constante
contrário ao da força que você aplicou mas com o mesmo módulo, o que faz com
que as duas forças se equilibrem. Essa segunda força é uma força de atrito, pa-
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esquerda. Em resposta, surge uma força de atrito para a direita, que equilibra a
força que você aplicou. A força é chamada de força de atrito estático. O bloco
permanece imóvel.
As Figs. 6-1c e 6-1d mostram que, à medida que você aumenta a intensidade
da força aplicada, a intensidade da força de atrito estático também aumenta e o
bloco permanece em repouso. Entretanto, quando a força aplicada atinge uma certa
intensidade o bloco “se desprende” da superfície da mesa e sofre uma aceleração
para a esquerda (Fig. 6-1e). A força de atrito que se opõe ao movimento nessa
nova situação é chamada de força de atrito cinético.
Em geral, a intensidade da força de atrito cinético, que age sobre os objetos em
movimento, é menor do que a intensidade máxima da força de atrito estático, que
age sobre os objetos em repouso. Assim, para que o bloco se mova sobre a superfície
com velocidade constante provavelmente você terá que diminuir a intensidade da
força aplicada assim que o bloco começar a se mover, como mostra a Fig. 6-1f. A Fig.
6-1g mostra o resultado de um experimento no qual a força aplicada ao bloco foi
aumentada lentamente até ele começar a se mover. Observe que a força necessária
para manter o bloco em movimento com velocidade constante é menor que a neces-
sária para que ele comece a se mover.
Uma força de atrito é, em essência, o vetor resultante de muitas forças que
agem entre os átomos da superfície de um corpo e os átomos da superfície do ou-
tro corpo. Se duas superfícies metálicas polidas e limpas são colocadas em contato
em alto vácuo (para que continuem limpas), torna-se impossível fazer uma deslizar
em relação à outra. Como as superfícies são lisas, muitos átomos de uma entram em
contato com muitos átomos da outra e as superfícies se soldam a frio, formando uma
única peça de metal. Se dois blocos de metal, muito polidos, usados para calibrar tor-
nos, são colocados em contato no ar existe menos contato átomo para átomo, mas
mesmo assim os blocos aderem firmemente um ao outro e só podem ser separados
por meio de um movimento de torção. Em geral, porém, esse grande número de
contatos entre átomos não existe. Mesmo uma superfície metálica altamente polida
está longe de ser uma superfície plana em escala atômica. Além disso, as superfícies
dos objetos comuns possuem camadas de óxidos e outras impurezas que reduzem a
possibilidade de uma soldagem a frio.
Quando duas superfícies comuns são colocadas em contato, somente os pon-
tos mais salientes se tocam. (É como termos os Alpes Suíços virados de cabeça para
baixo e colocados sobre os Alpes Austríacos.) A área microscópica de contato é
muito menor que a área de contato macroscópica aparente, possivelmente 104 vezes
menor. Mesmo assim, muitos pontos de contato se soldam a frio. Essas soldas são
responsáveis pelo atrito estático que surge quando uma força aplicada tenta fazer
uma superfície deslizar em relação à outra.
Se a força aplicada é suficiente para fazer uma das superfícies deslizar, ocorre
uma ruptura das soldas (no instante em que começa o movimento) seguida por um
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(a) processo contínuo de formação e ruptura de novas soldas enquanto ocorre o movi-
mento relativo e novos contatos são formados aleatoriamente (Fig. 6-2). A força de
atrito cinético que se opõe ao movimento é a soma vetorial das forças produzidas
por esses contatos aleatórios.
Se as duas superfícies são pressionadas uma contra a outra com mais força, mais
pontos se soldam a frio. Nesse caso, para fazer as superfícies deslizarem uma em re-
(b) lação à outra é preciso aplicar uma força maior, ou seja, o valor da força de atrito es-
tático é maior. Se as superfícies estão deslizando uma em relação à outra passam a
FIG. 6-2 Mecanismo responsável existir mais pontos momentâneos de soldagem a frio, de modo que a força de atrito
pela força de atrito cinético. (a)
cinético também é maior.
A placa de cima está deslizando
Freqüentemente, o movimento de deslizamento de uma superfície em relação à
para a direita em relação à placa de
baixo. (b) Nesta vista ampliada são outra ocorre “aos solavancos” porque os processos de soldagem e ruptura se alter-
mostrados dois pontos onde ocorreu nam. Esses processos repetitivos de aderência e deslizamento podem produzir sons
soldagem a frio. É necessária uma desagradáveis, como o chiado dos pneus no asfalto, o barulho de uma unha arra-
força para romper as soldas e manter nhando um quadro-negro e o rangido de uma dobradiça enferrujada. Podem tam-
o movimento. bém produzir sons melodiosos, como o de um violino bem tocado.
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6-3 | Propriedades do Atrito 129
fk MkFN, (6-2)
TESTE 1 Um bloco repousa sobre um piso. (a) Qual é o módulo da força de atrito que
o piso exerce sobre o bloco? (b) Se uma força horizontal de 5 N é aplicada ao bloco, mas
o bloco não se move, qual é o módulo da força de atrito? (c) Se o valor máximo fs,máx da
força de atrito estático que age sobre o bloco é 10 N, o bloco se moverá quando o módulo
da força aplicada horizontalmente for aumentado para 8 N? (d) E se ele for aumentado
para 12 N? (e) Qual é o módulo da força de atrito no item (c)?
Exemplo 6-1
Se as rodas de um carro ficam “travadas” (impedidas de foi estabelecido em 1960 pelo motorista de um Jaguar na
girar) durante uma frenagem de emergência, o carro des- rodovia M1, na Inglaterra (Fig. 6-3a): as marcas tinham
liza na pista. Pedaços de borracha arrancados dos pneus e 290 m de comprimento! Supondo que Mk = 0,60 e que a
pequenos trechos de asfalto fundido formam as “marcas aceleração do carro se manteve constante durante a fre-
da derrapagem” que revelam a ocorrência de soldagem a nagem, qual era a velocidade do carro quando as rodas
frio. O recorde de marcas de derrapagem em via pública travaram?
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130 Capítulo 6 | Força e Movimento — II
, (6-4)
Fg
onde o sinal negativo indica que a aceleração ocorre no
sentido negativo do eixo x, o sentido oposto ao da veloci-
(b)
dade. Em seguida, usamos a Eq. 2-16,
FIG. 6-3 (a) Um carro deslizando para a direita e finalmente
parando após se deslocar 290 m. (b) Diagrama de corpo livre do v2 2a(x x0),
carro. uma das equações do Capítulo 2 para objetos com ace-
leração constante. Sabemos que o deslocamento x
x0 foi de 290 m e supomos que a velocidade final v foi 0.
IDÉIAS-CHAVE
(1) Como estamos supondo que a acelera- Substituindo a por seu valor, dado pela Eq. 6-4, e explici-
ção é constante, podemos usar as equações da Tabela 2-1 tando v0, obtemos
para calcular a velocidade inicial do carro, v0. (2) Se des-
prezarmos os efeitos do ar sobre o carro, a aceleração a se
deveu apenas a uma força de atrito cinético exercida = 58 m/s = 210 Km/h. (Resposta)
pela estrada sobre o carro, no sentido oposto ao do mo-
vimento do carro, que é o sentido positivo do eixo x (Fig. Supusemos que v = 0 na extremidade das marcas de derra-
6-3b). Podemos relacionar esta força à aceleração escre- pagem. Na verdade, as marcas terminaram apenas porque o
vendo a segunda lei de Newton para as componentes x Jaguar saiu da estrada depois de percorrer 290 m com as ro-
(Fres,x = max) como das travadas. Assim, o valor de v0 era pelo menos 210 km/h.
Exemplo 6-2
Na Fig. 6-4a, um bloco de massa m = 3,0 kg escorrega em mostra as forças paralelas ao eixo vertical y. A força nor-
um piso enquanto uma força de módulo 12 N, fazendo mal é para cima, a força gravitacional , de módulo mg, é
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um ângulo Q para cima com a horizontal, é aplicada ao para baixo e a componente vertical Fy da força aplicada é
bloco. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o
piso é Mk = 0,40. O ângulo Q pode variar de 0 a 90o (o bloco
permanece sobre o piso). Qual é o valor de Q para o qual o y
F FN
módulo a da aceleração do bloco é máximo? Fy
x
Fg
IDÉIAS-CHAVE (a) (b)
Como o bloco está em movimento, a força
de atrito envolvida é a força de atrito cinético. O módulo F a
desta força é dado pela Eq. 6-2 (fk = MkFN, onde FN é a força Fy
normal). O sentido é o oposto do movimento (o atrito se Fx
fk
Fx
opõe ao escorregamento). (c) (d)
Cálculo de FN: Como precisamos conhecer o módulo fk da FIG. 6-4 (a) Uma força é aplicada a um bloco em movimento.
força de atrito, vamos calcular primeiro o módulo FN da (b) As forças verticais. (c) As componentes da força aplicada. (d)
força normal. A Fig. 6-4b é um diagrama de corpo livre que As forças horizontais e a aceleração.
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6-3 | Propriedades do Atrito 131
para cima. Essa componente aparece na Fig. 6-4c, onde po- Cálculo do máximo: Para determinar o valor de Q que ma-
demos ver que Fy = F sen Q. Podemos escrever a segunda lei ximiza a, derivamos a em relação a Q e igualamos o resul-
de Newton ( ) para essas forças ao longo do eixo tado a zero:
y como
.
FN F sen U mg m(0), (6-5)
onde tomamos a aceleração ao longo do eixo y como sendo Reagrupando os termos e usando a identidade (sen Q)/(cos
zero (o bloco não se move ao longo desse eixo). Assim, Q) = tan Q, obtemos
tan Q Mk.
FN mg F sen U. (6-6)
Explicitando Q e substituindo Mk pelo seu valor numérico
Cálculo da aceleração a: A Fig. 6-4d é um diagrama de (Mk = 0,40), descobrimos que a aceleração é máxima para
corpo livre para o movimento ao longo do eixo x. O sen-
tido da componente horizontal Fx da força aplicada é para Q tan1 Mk
a direita; de acordo com a Fig. 6-4c, Fx = F cos Q. A força de 21,8° y 22°. (Resposta)
atrito tem módulo fk (= MkFN) e aponta para a esquerda.
Aplicando a segunda lei de Newton ao movimento ao Comentário: Quando aumentamos Q a partir de 0, a com-
longo do eixo x, temos: ponente y da força aplicada aumenta, o que faz diminuir
a força normal. Esta diminuição da força normal faz dimi-
F cos U MkFN ma. (6-7) nuir a força de atrito, que se opõe ao movimento do bloco.
Substituindo FN por seu valor, dado pela Eq. 6-6, e explici- Assim, a aceleração do bloco tende a aumentar. Ao mesmo
tando a, obtemos: tempo, porém, o aumento de Q faz diminuir a componente
horizontal de , o que faz diminuir a aceleração. Essas ten-
. (6-8) dências opostas fazem com que a aceleração seja máxima
para Q = 22o.
Exemplo 6-3
Embora muitas estratégias engenhosas tenham sido atri- de atrito estático e as duas componentes da força gra-
buídas aos construtores da Grande Pirâmide, os blocos de vitacional. Podemos escrever a segunda lei de Newton
pedra foram provavelmente içados com o auxílio de cor- ( ) para as componentes das forças em relação ao
das. A Fig. 6-5a mostra um bloco de 2000 kg no processo de eixo x:
ser puxado ao longo de um lado acabado (liso) da Grande
Pirâmide, que constitui um plano inclinado com um ângulo F mg sen U fs m(0). (6-9)
Q = 52o. O bloco é sustentado por um trenó de madeira e Como o bloco está prestes a se mover e a força de atrito
puxado por várias cordas (apenas uma é mostrada na fi- estático tem o maior valor possível, fs = fs,máx, usamos a Eq.
gura). O caminho do trenó é lubrificado com água para 6-1 para substituir fs por MsFN:
reduzir o coeficiente de atrito estático para 0,40. Suponha
que o atrito no ponto (lubrificado) no qual a corda passa fs fs,máx
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, (6-14)
FIG. 6-6 A esquiadora se agacha
na “posição de ovo” para minimizar onde C é um parâmetro determinado experimentalmente conhecido como coefi-
a área da seção reta efetiva e assim ciente de arrasto, R é a massa específica do ar (massa por unidade de volume) e A é
reduzir a força de arrasto. (Karl-Josef
a área da seção reta efetiva do corpo (a área de uma seção reta perpendicular à ve-
Hildenbrand/dpa/Landov LLC)
locidade ). O coeficiente de arrasto C (cujos valores típicos variam de 0,4 a 1,0) não
é constante para um dado corpo, já que depende da velocidade. Aqui, ignoraremos
tais complicações.
Os esquiadores sabem muito bem que a força de arrasto depende de A e de
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v2. Para alcançar altas velocidades um esquiador procura reduzir o valor de D, ado-
tando, por exemplo, a “posição de ovo” (Fig. 6-6) para minimizar A.
Quando um corpo rombudo cai a partir do repouso, a força de arrasto produ-
zida pela resistência do ar é dirigida para cima e seu módulo cresce gradualmente, a
partir de zero, com o aumento da velocidade do corpo. Esta força para cima se opõe
à força gravitacional , dirigida para baixo. Podemos relacionar essas forças à ace-
leração do corpo escrevendo a segunda lei de Newton para um eixo vertical y (Fres,y
= may):
D Fg ma, (6-15)
onde m é a massa do corpo. Conforme mostra a Fig. 6-7, se o corpo cai por um tempo
suficiente, D acaba se tornando igual a Fg. De acordo com a Eq. 6-15, isso significa
que a = 0 e, portanto, a velocidade do corpo pára de aumentar. O corpo passa, então,
a cair com velocidade constante, a chamada velocidade terminal vt.
Para determinar vt, fazemos a = 0 na Eq. 6-15 e substituímos o valor de D dado
pela Eq. 6-14, obtendo
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6-4 | Força de Arrasto e Velocidade Terminal 133
D
Gato D
e portanto . (6-16)
*W.O. Whitney e C.J. Mehlhaff, “High-Rise Syndrome in Cats.” The Journal of the American
Veterinary Medical Association, 1987.
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134 Capítulo 6 | Força e Movimento — II
Exemplo 6-4
Se um gato em queda alcança uma primeira velocidade calcular a razão entre as velocidades. Vamos chamar de vto
terminal de 97 km/h enquanto está encolhido e depois es- e vtn as velocidades terminais original e nova, respectiva-
tica as patas, duplicando a área A, qual é a nova velocidade mente, e de Ao e An as áreas correspondentes. Nesse caso,
terminal? de acordo com a Eq. 6-16,
IDÉIA-CHAVE
De acordo com a Eq. 6-16, a velocidade ,
terminal do gato depende (entre outros parâmetros) da
área da seção reta. Assim, podemos usar esta equação para o que significa que vtn y 0,7vto, ou cerca de 68 km/h.
Exemplo 6-5
De acordo com a segunda lei de Newton e a Eq. 6-17 (a = v2/R), podemos escrever o
módulo F de uma força centrípeta (ou de uma força centrípeta resultante) como
TESTE 2 Quando você anda de roda-gigante com velocidade constante, quais são as
orientações da sua aceleração e da força normal exercida sobre você pelo assento
(que está sempre na vertical) quando você passa (a) pelo ponto mais alto e (b) pelo ponto
mais baixo da roda?
Exemplo 6-6
Igor é um cosmonauta a bordo da Estação Espacial A diferença entre as duas situações é que, como está em
Internacional, em órbita circular em torno da Terra a uma órbita em torno da Terra, Igor possui também um movi-
altitude h de 520 km e com uma velocidade escalar cons- mento “lateral”: enquanto cai, também se desloca para o
tante v de 7,6 km/s. A massa m de Igor é 79 kg. lado, de modo que acaba se movendo em uma trajetória
curva em torno da Terra.
(a) Qual é a aceleração de Igor?
(b) Que força a Terra exerce sobre Igor?
IDÉIA-CHAVE
Igor está em movimento circular uniforme
IDÉIAS-CHAVE
e, portanto, possui uma aceleração centrípeta cujo módulo (1) Deve existir uma força centrípeta
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é dado pela Eq. 6-17 (a = v2/R). agindo sobre Igor para que ele esteja em movimento cir-
Cálculo: O raio R do movimento de Igor é RT + h, onde RT cular uniforme. (2) Essa força é a força gravitacional
é o raio da Terra (6,37 r 106 m, conforme o Apêndice C). exercida pela Terra sobre ele, dirigida para o seu centro de
Assim, rotação (o centro da Terra).
Cálculo: De acordo com a segunda lei de Newton, escrita
para as componentes ao longo do eixo radial r, o módulo
desta força é dado por
Fg ma (79 kg)(8,38 m/s2)
662 N 660 N. (Resposta)
= 8,38 m/s2 y 8,4 m/s2. (Resposta)
Se Igor subisse em uma balança colocada no alto de uma
Este é o valor da aceleração em queda livre na altitude em torre de altura h = 520 km, a balança indicaria 660 N. Em
que Igor se encontra. Se ele fosse levado até essa altitude e órbita, a balança (se Igor conseguisse “subir” nela) indica-
liberado, em vez de ser colocado em órbita, cairia em dire- ria zero, porque ele e a balança estão em queda livre e, por-
ção ao centro da Terra, inicialmente com esta aceleração. tanto, seus pés não exercem uma força sobre a balança.
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6-5 | Movimento Circular Uniforme 137
Exemplo 6-7
IDÉIA-CHAVE
Podemos supor que Diavolo e sua bicicleta
passam pelo alto do loop como uma única partícula em movi-
%
mento circular uniforme. Assim, no alto a aceleração V dessa
partícula deve ter módulo a = v2/R dado pela Eq. 6-17 e estar
voltada para baixo, em direção ao centro do loop circular. (a)
Até algumas pessoas acostumadas a andar de montanha- vamente o piso. (Algumas pessoas acham tudo isso muito
russa empalidecem quando pensam em andar no Rotor, divertido.)
um grande cilindro oco que gira rapidamente em torno Suponha que o coeficiente de atrito estático entre a
do eixo central (Fig. 6-11). A pessoa entra no cilindro por roupa da pessoa e a parede do Rotor seja 0,40 e que o raio
uma porta lateral e fica de pé sobre um piso móvel, en- do cilindro R seja 2,1 m.
costada em uma parede acolchoada. A porta é fechada;
(a) Qual é a menor velocidade v que o cilindro e a pessoa
quando o cilindro começa a girar, a pessoa, a parede e o
devem ter para que a pessoa não caia quando o piso é re-
piso se movem juntos. Quando a velocidade de rotação
movido?
atinge um certo valor o piso desce de forma abrupta e
assustadora. A pessoa não desce junto com o piso, mas
fica presa à parede enquanto o cilindro gira, como se um IDÉIAS-CHAVE
espírito invisível (e não muito amistoso) a pressionasse
contra a parede. Algum tempo depois, o piso retorna à 1. A força gravitacional tende a puxar a pessoa para
posição inicial, o cilindro gira mais devagar e a pessoa baixo, mas ela não se move porque existe sobre ela uma
desce alguns centímetros até que seus pés encontrem no- força de atrito para cima exercida pela parede (Fig. 6-11).
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138 Capítulo 6 | Força e Movimento — II
Correndo de cabeça para baixo: Os carros de corrida arco de circunferência de raio R = 100 m. Devido à forma
modernos são projetados de tal forma que o ar em movi- do carro e aos aerofólios, o ar que passa exerce sobre o
mento os empurra para baixo, permitindo que façam as carro uma sustentação negativa dirigida para baixo. O
curvas em alta velocidade sem derrapar. Esta força para coeficiente de atrito estático entre os pneus e a pista é de
baixo é chamada de sustentação negativa. Um carro de cor- 0,75. (Suponha que as forças sobre os quatro pneus são
rida pode ter uma sustentação negativa suficiente para an- idênticas.)
dar de cabeça para baixo no teto de uma construção, como
fez um carro fictício no filme MIB – Homens de Preto? (a) Se o carro se encontra na iminência de derrapar para
A Fig. 6-12a mostra um carro de corrida de massa m fora da curva quando a velocidade escalar é de 28,6 m/s,
= 600 kg se movendo em uma pista plana na forma de um qual é o módulo de ?
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6-5 | Movimento Circular Uniforme 139
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140 Capítulo 6 | Força e Movimento — II
Exemplo 6-10
v . (6-25)
r
R Não podemos obter o valor de Q nesta equação, porque ela
Q também contém as incógnitas FN e m.
Cálculo na direção vertical: Vamos considerar as forças e
(a) acelerações ao longo do eixo y da Fig. 6-13b. A componente
vertical da força normal é FNy = FN cos Q, a força gravitacional
tem módulo mg e a aceleração do carro ao longo do eixo
y y é zero. Assim, podemos escrever a segunda lei de Newton
para as componentes ao longo do eixo y (Fres,y = may) como
FN FNy
Q FN cos Q mg m(0),
Carro e portanto
FNr
r FN cos Q mg. (6-26)
Combinação dos resultados: A Eq. 6-26 também contém
a Fg as incógnitas FN e m, mas observe que, dividindo a Eq. 6-25
(b) pela Eq. 6-26, eliminamos as duas incógnitas. Procedendo
dessa forma, substituindo (sen Q)/(cos Q) por tan Q e expli-
FIG. 6-13 (a) Um carro faz uma curva compensada com citando Q, obtemos
velocidade escalar constante v. O ângulo de inclinação está
exagerado para maior clareza. (b) Diagrama de corpo livre do
carro, supondo que o atrito entre os pneus e a estrada é nulo
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REVISÃO E RESUMO
Atrito Quando uma força tende a fazer um corpo deslizar 1. Se um corpo não se move, a força de atrito estático e a com-
sobre uma superfície, uma força de atrito é exercida pela super- ponente de paralela à superfície têm módulos iguais e sen-
fície sobre o corpo. A força de atrito é paralela à superfície e está tidos opostos. Se a componente de aumenta, fs também au-
orientada de modo a se opor ao movimento. Esta força se deve às menta.
ligações entre os átomos do corpo e os átomos da superfície.
Se o corpo não se move, a força de atrito é a força de atrito 2. O módulo de tem um valor máximo fs,máx dado por
estático . Se o corpo se move, a força de atrito é a força de atri-
to cinético . fs,máx MsFN, (6-1)
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Perguntas 141
onde Ms é o coeficiente de atrito estático e FN é o módulo da Velocidade Terminal Quando um objeto rombudo cai por
força normal. Se a componente de paralela à superfície ex- uma distância suficiente no ar, os módulos da força de arrasto
cede o valor de fs,máx, o corpo escorrega sobre a superfície. e da força gravitacional tornam-se iguais. Nesse caso, o corpo
passa a cair com uma velocidade terminal vt dada por
3. Se o corpo começa a escorregar sobre a superfície, o módulo
da força de atrito diminui rapidamente para um valor cons-
tante fk dado por . (6-16)
fk MkFN, (6-2)
Movimento Circular Uniforme Se uma partícula se move
onde Mk é o coeficiente de atrito cinético. em uma circunferência ou em um arco de circunferência de raio
R com uma velocidade escalar constante v, dizemos que a partí-
Força de Arrasto Quando há movimento relativo entre o ar cula está em movimento circular uniforme. Nesse caso, ela possui
(ou algum outro fluido) e um corpo, o corpo sofre a ação de uma uma aceleração centrípeta cujo módulo é dado por
força de arrasto que se opõe ao movimento relativo e aponta
na direção em que o fluido se move em relação ao corpo. O mó- . (6-17)
dulo de está relacionado à velocidade relativa v através de um
coeficiente de arrasto C (determinado experimentalmente) atra- Esta aceleração se deve a uma força centrípeta cujo módulo é
vés da equação dado por
, (6-14)
, (6-18)
onde R é a densidade do fluido (massa por unidade de volume) e
A é a área da seção reta efetiva do corpo (área de uma seção reta onde m é a massa da partícula. As grandezas vetoriais e apon-
tomada perpendicular à velocidade relativa ). tam para o centro de curvatura da trajetória da partícula.
PERGUNTAS
1 Na Fig. 6-14, uma força hori- F1 a orientação (a) da força de atrito estático que a parede exerce
zontal de módulo 10 N é apli- sobre o caixote e (b) da força normal que a parede exerce so-
cada a uma caixa que está sobre bre o caixote? Se empurra o caixote com mais força, o que acon-
um piso, mas a caixa não se move. F2 tece (c) com fs (d) com FN e (e) com fs,máx?
Quando o módulo da força verti-
FIG. 6-14 Pergunta 1. 6 Na Fig. 6-16, um bloco de massa
cal aumenta a partir de zero, F
as grandezas a seguir aumentam, diminuem ou permanecem as m é mantido estacionário sobre uma
mesmas: (a) o módulo da força de atrito estático a que a caixa rampa pela força de atrito que a rampa
está submetida; (b) o módulo da força normal exercida pelo exerce sobre ele. Uma força , dirigida Q
piso sobre a caixa; (c) o valor máximo fs,máx do módulo da força para cima ao longo da rampa, é apli-
FIG. 6-16 Pergunta 6.
de atrito estático a que a caixa está submetida? (d) A caixa acaba cada ao bloco e seu módulo aumen-
escorregando? tado gradualmente a partir de zero. Durante esse aumento, o que
acontece com a orientação e o módulo da força de atrito que age
2 Em três experimentos, três forças horizontais diferentes são
aplicadas ao mesmo bloco que está sobre a mesma bancada. Os sobre o bloco?
módulos das forças são F1 = 12 N, F2 = 8 N e F3 = 4 N. Em cada ex- 7 Responda à Pergunta 6 se a força estiver orientada para
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perimento o bloco permanece estacionário, mesmo com a aplica- baixo ao longo da rampa. Quando o módulo de aumenta a par-
ção da força. Ordene as forças, em ordem decrescente, de acordo tir de zero, o que acontece com a orientação e o módulo da força
(a) com o módulo fs da força de atrito estático que a bancada de atrito que age sobre o bloco?
exerce sobre o bloco e (b) com o valor máximo fs,máx dessa força.
8 Na Fig. 6-17, uma força Bloco
3 Na Fig. 6-15, se a caixa está horizontal de 100 N vai ser Prancha 100 N
parada e o ângulo Q entre a ho- Q x aplicada a uma prancha de
rizontal e a força aumenta, as 10 kg, que está inicialmente
F FIG. 6-17 Pergunta 8.
grandezas a seguir aumentam, di- em repouso sobre um piso
FIG. 6-15 Pergunta 3.
minuem ou permanecem com o
liso sem atrito, para acelerar a prancha. Um bloco de 10 kg re-
mesmo valor: (a) Fx; (b) fs; (c) FN; (d) fs,máx? (e) Se, ao contrário,
pousa sobre a superfície da prancha; o coeficiente de atrito M
a caixa está em movimento e Q aumenta, o módulo da força de
entre o bloco e a prancha não é conhecido e o bloco está solto,
atrito a que a caixa está submetida aumenta, diminui ou perma-
podendo escorregar sobre a prancha. (a) Considerando essa pos-
nece o mesmo?
sibilidade, qual é o intervalo de valores possíveis para o módulo
4 Repita a Pergunta 3 para o caso de a força estar orientada ap da aceleração da prancha? (Sugestão: Não é preciso fazer ne-
para cima e não para baixo, como na figura. nhum cálculo complicado; basta considerar valores extremos de
5 Se você pressiona um caixote de maçãs contra uma parede M.) (b) Qual é o intervalo de valores possíveis para o módulo ab
com tanta força que o caixote não escorrega parede abaixo, qual é da aceleração do bloco?
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142 Capítulo 6 | Força e Movimento — II
9 Uma pessoa que está andando de roda-gigante passa pelas atravessou o telhado de uma casa, bateu no chão da cozinha e se
seguintes posições: (1) ponto mais alto da roda, (2) ponto mais espalhou por toda a cozinha recém-reformada. O que fez o pára-
baixo da roda; (3) ponto médio da roda. Se a roda está girando quedista deixar cair a abóbora, do ponto de vista do pára-que-
com velocidade angular constante, ordene as três posições, em dista e do ponto de vista da abóbora?
ordem decrescente, de acordo (a) com o módulo da aceleração 11 A Fig. 6-18 mostra a trajetó-
centrípeta da pessoa; (b) com o módulo da força centrípeta re- ria de um carrinho de parque de 2 3
sultante a que a pessoa está sujeita e (c) com o módulo da força diversões que passa, com veloci- 5
normal a que a pessoa está sujeita. dade escalar constante, por cinco 1
4
10 Em 1987, para comemorar o dia de Halloween, dois pára- arcos circulares de raios R0, 2R0 e
quedistas trocaram uma abóbora entre si enquanto estavam em 3R0. Ordene os arcos, de acordo FIG. 6-18 Pergunta 11.
queda livre, a oeste de Chicago. A brincadeira foi muito divertida com o módulo da força centrípeta
até que o homem que estava com a abóbora abriu o pára-que- que age sobre o carrinho ao passar pelos arcos, começando pelo
das. A abóbora foi arrancada de suas mãos, despencou 0,5 km, maior.
PROBLEMAS
somente o atrito entre o bloco e o plano de estratificação evita o função do tempo t quando o bloco
deslizamento. A massa do bloco é 1,8 r 107 kg, o ângulo de mer- se desloca sobre o piso ao longo 0 0,5 1,0
gulho Q do plano de estratificação é 24° e o coeficiente de atrito de um eixo x. A escala vertical do t (s)
estático entre o bloco e o plano é 0,63. (a) Mostre que o bloco gráfico é definida por vs = 5,0 m/s. FIG. 6-27 Problema 18.
não desliza. (b) A água penetra na junta e se expande após con- Qual é o coeficiente de atrito ciné-
gelar, exercendo sobre o bloco uma força paralela a AA. Qual tico entre o bloco e o piso?
é o valor mínimo do módulo F da força para o qual haverá um ••19 Uma caixa de areia, inicialmente estacionária, vai ser
deslizamento? puxada em um piso por meio de um cabo no qual a tensão não
•13 Um caixote de 68 kg é arrastado sobre um piso, puxado deve exceder 1100 N. O coeficiente de atrito estático entre a
por uma corda inclinada 15° acima da horizontal. (a) Se o coefi- caixa e o piso é de 0,35. (a) Qual deve ser o ângulo entre o cabo
ciente de atrito estático é 0,50, qual é o valor mínimo do módulo e a horizontal para que se consiga puxar a maior quantidade
da força para que o caixote comece a se mover? (b) Se Ms = 0,35, possível de areia e (b) qual é o peso da areia e da caixa nessa
qual é o módulo da aceleração inicial do caixote? situação?
•14 A Fig. 6-24 mostra um bloco inicialmente estacionário de ••20 Um trenó com um pingüim, pesando 80 N, está em re-
massa m sobre um piso. Uma força de módulo 0,500mg é apli- pouso sobre uma ladeira de ângulo Q = 20° com a horizontal (Fig.
cada com um ângulo Q = 20o para cima. Qual é o módulo da ace- 6-28). Entre o trenó e a ladeira o coeficiente de atrito estático é
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144 Capítulo 6 | Força e Movimento — II
uma força constante que é a ciente de atrito cinético entre A e a rampa é de 0,20. O ângulo
a1
aplicada fazendo um ângulo Q da rampa é de 30°. O bloco A desliza para baixo ao longo da
Q para baixo (Fig. 6-20). A rampa com velocidade constante. Qual é a massa do bloco B?
Fig. 6-32 mostra o módulo da μk ••31 Na Fig. 6-37, os blocos A Polia ideal
μk2 μk3 C
aceleração a em função do 0 e B pesam 44 N e 22 N, respecti-
coeficiente de atrito cinético vamente. (a) Determine o menor A
Mk entre o bloco e o piso. Se –a1 peso do bloco C que evita que o
a1 = 3,0 m/s2, Mk2 = 0,20 e Mk3 bloco A deslize, se Ms entre A e a
FIG. 6-32 Problema 24.
= 0,40, qual é o valor de Q? mesa é 0,20. (b) O bloco C é remo-
vido bruscamente de cima do bloco B
••25 Quando os três blocos da
Fig. 6-33 são liberados a partir do 2 A. Qual é a aceleração do bloco A
se Mk entre A e a mesa é 0,15? FIG. 6-37 Problema 31.
repouso, aceleram com um mó-
dulo de 0,500 m/s2. O bloco 1 tem ••32 Uma caixa de brinquedos e seu conteúdo têm um peso
massa M, o bloco 2 tem massa 2M 1 total de 180 N. O coeficiente de atrito estático entre a caixa de
e o bloco 3 tem massa 2M. Qual é 3 brinquedos e o piso é de 0,42. A criança da Fig. 6-38 tenta arrastar
o coeficiente de atrito cinético en- a caixa puxando-a por uma corda. (a) Se Q = 42o, qual é o mó-
tre o bloco 2 e a mesa? FIG. 6-33 Problema 25. dulo da força que a criança deve fazer sobre a corda para que a
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Problemas 145
caixa esteja na iminência de se mover? (b) Escreva uma expres- quiador (agachado) é A = 1,30 m2, que o coeficiente de arrasto é
são para o menor valor do módulo de necessário para que a C = 0,150 e que a massa específica do ar é 1,20 kg/m3. (a) Qual é a
caixa se mova em função do ângulo Q. Determine (c) o valor de Q velocidade terminal? (b) Se o esquiador pode fazer o coeficiente
para o qual F é mínimo e (d) o valor desse módulo mínimo. de arrasto C sofrer uma pequena variação dC alterando, por
exemplo, a posição das mãos, qual é a variação correspondente
da velocidade terminal?
••39 Continuação do Problema 2. Suponha agora que a Eq.
6-14 forneça o módulo da força de arrasto que age sobre uma pe-
dra típica de 20 kg, que apresenta ao vento uma área de seção
reta vertical de 0,040 m2 e tem um coeficiente de arrasto C de
Q 0,80. Tome a massa específica do ar como sendo de 1,21 kg/m3 e
o coeficiente de atrito cinético como sendo de 0,80. (a) Em quilô-
metros por hora, que velocidade V de um vento paralelo ao solo
é necessária para manter a pedra em movimento depois que ela
FIG. 6-38 Problema 32. começa a se mover? Como a velocidade do vento perto do solo é
reduzida pela presença do solo, a velocidade do vento informada
nos boletins meteorológicos é freqüentemente medida a uma al-
••33 Os dois blocos (m = 16 kg m
tura de 10 m. Suponha que a velocidade do vento a esta altura
e M = 88 kg) da Fig. 6-39 não es- F
seja 2,00 vezes maior que junto ao solo. (b) Para a resposta do
tão ligados. O coeficiente de atrito M item (a), que velocidade do vento deveria ser informada nos bo-
estático entre os blocos é Ms = 0,38, letins meteorológicos? (c) Este valor é razoável para um vento
mas não há atrito na superfície Sem atrito
de alta velocidade durante uma tempestade? (A história conti-
abaixo do bloco maior. Qual é o nua com o Problema 61.)
menor valor do módulo da força FIG. 6-39 Problema 33.
horizontal para o qual o bloco menor não escorregue para ••40 Suponha que a Eq. 6-14 forneça a força de arrasto a que
baixo ao longo do bloco maior? estão sujeitos um piloto e seu assento de ejeção imediatamente
após terem sido ejetados de um avião voando horizontalmente
•••34 Na Fig. 6-40, uma pran- F m2 a 1300 km/h. Suponha também que a massa do assento seja igual
cha de massa m1 = 40 kg repousa m1
M=0 à massa do piloto e que o coeficiente de arrasto seja o mesmo de
em um piso sem atrito e um bloco x
um pára-quedista. Fazendo uma estimativa razoável para a massa
de massa m2 = 10 kg repousa so- do piloto e usando o valor apropriado de vt da Tabela 6-1, estime
FIG. 6-40 Problema 34.
bre a prancha. O coeficiente de o módulo (a) da força de arrasto sobre o conjunto piloto + assento
atrito estático entre o bloco e a prancha é de 0,60, e o coeficiente e (b) da desaceleração horizontal (em termos de g), do conjunto,
de atrito cinético é de 0,40. O bloco é puxado por uma força hori- ambos imediatamente após a ejeção. [O resultado do item (a)
zontal de módulo 100 N. Em termos dos vetores unitários, quais deve servir de alerta para os projetistas: o assento precisa dispor
são as acelerações (a) do bloco e (b) da prancha? de um anteparo para desviar o vento da cabeça do piloto.]
•••35 Um barco de 1000 kg está navegando a 90 km/h quando
o motor é desligado. O módulo da força de atrito entre o barco seção 6-5 Movimento Circular Uniforme
e a água é proporcional à velocidade v do barco: fk = 70v, onde v •41 Qual é o menor raio de uma curva sem compensação
está em metros por segundo e fk em newtons. Determine o tempo (plana) que permite que um ciclista a 29 km/h faça a curva sem
necessário para o barco reduzir a velocidade para 45 km/h. derrapar se o coeficiente de atrito estático entre os pneus e a pista
é de 0,32?
seção 6-4 Força de Arrasto e Velocidade Terminal
•36 A velocidade terminal de um pára-quedista é de 160 km/h •42 Durante uma corrida de trenós nas Olimpíadas de Inverno,
na posição de águia e 310 km/h na posição de mergulho de ca- a equipe jamaicana fez uma curva de 7,6 m de raio com uma velo-
cidade de 96,6 km/h. Qual foi a sua aceleração em unidades de g?
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quando ambos passam (b) pelo ponto mais alto da trajetória cir- ••53 Um avião está voando em
cular e (c) pelo ponto mais baixo? uma circunferência horizontal
••46 Um carro de montanha-russa tem uma massa de 1200 kg com uma velocidade de 480 km/h
(Fig. 6-42). Se as asas estão incli-
quando está lotado. Quando o carro passa pelo alto de uma ele-
nadas de um ângulo Q = 40° com a
vação circular com 18 m de raio sua velocidade escalar se man-
horizontal, qual é o raio da circun-
tém constante. Nesse instante, quais são (a) o módulo FN e (b) o
ferência? Suponha que a força ne-
sentido (para cima ou para baixo) da força normal exercida pelo
cessária para manter o avião nessa
trilho sobre o carro se a velocidade do carro é v = 11 m/s? Quais Q
trajetória resulte inteiramente de
são (c) FN e (d) o sentido da força normal se v = 14 m/s? uma “sustentação aerodinâmica” FIG. 6-42 Problema 53.
••47 Na Fig. 6-41, um carro passa com velocidade constante por perpendicular à superfície das
uma elevação circular e por uma depressão circular de mesmo asas.
raio. No alto da elevação a força normal exercida sobre o moto- ••54 Um passageiro de 85,0 kg descreve uma trajetória circular
rista pelo assento do carro é zero. A massa do motorista é de 70,0 de raio r = 3,50 m em movimento circular uniforme. (a) A Fig. 6-
kg. Qual é o módulo da força normal exercida pelo assento sobre 43a mostra um gráfico do módulo F da força centrípeta em fun-
o motorista quando o carro passa pelo fundo do vale? ção da velocidade v do passageiro. Qual é a inclinação do gráfico
para v = 8,30 m/s? (b) A Fig. 6-43b mostra um gráfico do módulo
F da força em função de T, o período do movimento. Qual é a in-
Raio clinação do gráfico para T = 2,50 s?
Raio F F
No ponto mais alto da circunferência, quais são (a) o módulo FH carro que se aproxima de um muro.
e (b) o sentido (para cima ou para baixo) da força exercida pela Suponha que o motorista começa a
haste sobre o carro se a velocidade do carro é v = 5,0 m/s? Quais frear quando a distância entre o carro
são (c) FH e (d) o sentido se v = 12 m/s? e o muro é d = 107 m, que a massa
do carro é m = 1400 kg, que sua ve- Trajetória
••51 Um bonde antigo dobra uma esquina fazendo uma curva
locidade inicial é v0 = 35 m/s e que o do carro
plana com 9,1 m de raio a 16 km/h. Qual é o ângulo que as alças
coeficiente de atrito estático é Ms =
de mão penduradas no teto fazem com a vertical? d
0,50. Suponha também que o peso
••52 Ao projetar brinquedos para parques de diversão que en- do carro está distribuído igualmente Muro
volvem movimentos circulares, os engenheiros mecânicos devem pelas quatro rodas, mesmo durante a FIG. 6-45 Problema 56.
levar em conta o fato de que pequenas variações de certos parâ- frenagem. (a) Qual é o valor mínimo
metros podem alterar significativamente a força resultante expe- do módulo do atrito estático (entre os pneus e o piso) para que
rimentada pelos passageiros. Considere um passageiro de massa o carro pare antes de se chocar com o muro? (b) Qual é o valor
m que descreve uma trajetória circular de raio r com velocidade máximo possível do atrito estático fs,máx? (c) Se o coeficiente de
v. Determine a variação dF do módulo da força resultante para atrito cinético entre os pneus (das rodas travadas) e o piso é Mk =
(a) uma variação do raio r da trajetória, sem que v varie; (b) uma 0,40, com que velocidade o carro se choca com o muro? Para evi-
variação dv da velocidade, sem que r varie; (c) uma variação dT tar o choque, o motorista pode tentar se desviar do muro, como
do período, sem que r varie. mostra a figura. (d) Qual é o módulo da força de atrito necessária
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Problemas 147
para fazer o carro descrever uma trajetória circular de raio d e ve- do ar (1,21 kg/m3), Agelo a área horizontal da camada de gelo e v a
locidade v0? (e) A força calculada no item (d) é menor que fs,máx, velocidade do vento.
o que tornaria o plano viável? Suponha o seguinte: A camada de gelo mede 400 m por 500
••57 Um parafuso está enros- m por 4,0 mm e tem um coeficiente de atrito cinético 0,10 com
Parafuso
cado em uma das extremidades o solo e uma massa específica de 917 kg/m3. Suponha ainda que
de uma haste fina horizontal que 100 pedras idênticas à do Problema 2 estão aprisionadas no gelo.
gira em torno da outra extremi- Haste Para manter o movimento da camada, quais são as velocidades
dade. Um engenheiro monitora o do vento necessárias (a) nas proximidade da camada e (b) a uma
movimento iluminando o parafuso Posições
altura de 10 m? (c) Esses valores são razoáveis para ventos fortes
e a haste com uma lâmpada estro- visíveis durante uma tempestade?
boscópica, ajustando a freqüência 62 Projetando uma curva de uma rodovia. Se um carro entra
dos lampejos até o parafuso pare- FIG. 6-46 Problema 57. muito depressa em uma curva, tende a derrapar. No caso de uma
cer estar nas mesmas oito posições a cada rotação completa da curva compensada, a força de atrito age sobre um carro em alta
haste (Fig. 6-46). A freqüência dos lampejos é 2000 por segundo; velocidade no sentido de se opor à tendência do carro de derra-
a massa do parafuso é 30 g e a haste tem 3,5 cm de comprimento. par para fora da estrada; a força aponta para o lado mais baixo da
Qual é o módulo da força exercida pela haste sobre o parafuso? pista (o lado para o qual a água escoaria). Considere uma curva
••58 Uma curva circular compensada de uma rodovia foi pla- circular de raio R = 200 m e um ângulo de compensação Q, na
nejada para uma velocidade de 60 km/h. O raio da curva é de 200 qual o coeficiente de atrito estático entre os pneus e o pavimento
m. Em um dia chuvoso a velocidade dos carros diminui para 40 é Ms. Um carro (sem sustentação negativa) começa a fazer a curva,
km/h. Qual é o menor coeficiente de atrito entre os pneus e a es- como mostra a Fig. 6-13. (a) Escreva uma expressão para a veloci-
trada para que os carros façam a curva sem derrapar? (Suponha dade do carro vmáx que o coloca na iminência de derrapar. (b) No
que os carros não possuem sustentação negativa.) mesmo gráfico, plote vmáx em função de Q para o intervalo de 0° a
50°, primeiro para Ms = 0,60 (pista seca) e depois para Ms = 0,050
•••59 Na Fig. 6-47, uma bola de (pista molhada). Calcule vmáx, em km/h, para um ângulo de com-
1,34 kg é ligada por meio de dois pensação Q = 10° e para (c) Ms = 0,60 e (d) Ms = 0,050. (Agora você
fios de massa desprezível, cada um L pode entender por que ocorrem acidentes nas curvas das estradas
com comprimento L = 1,70 m, a uma quando os motoristas não percebem que a estrada está molhada
haste vertical giratória. Os fios estão d e continuam dirigindo na velocidade normal.)
amarrados à haste a uma distância d
= 1,70 m um do outro e estão estica- 63 Na Fig. 6-49, o coeficiente de atrito cinético entre o bloco
L
dos. A tensão do fio de cima é de 35 e o plano inclinado é de 0,20 e o ân-
N. Determine (a) a tensão do fio de gulo Q é de 60°. Quais são (a) o mó-
baixo; (b) o módulo da força resul- Haste giratória dulo a e (b) o sentido (para cima ou
para baixo ao longo do plano) da
tante a que está sujeita a bola;
aceleração do bloco se ele está es-
(c) a velocidade escalar da bola; (d) a Q
FIG. 6-47 Problema 59. corregando para baixo? Quais são
orientação de . (c) o módulo a e (d) o sentido da
FIG. 6-49 Problema 63.
Problemas Adicionais aceleração se o bloco está escorre-
60 A Fig. 6-48 mostra um pên- gando para cima?
dulo cônico, no qual um peso (pe- 64 Na Fig. 6-50, o bloco 1, de m1
queno objeto na extremidade in- massa m1 = 2,0 kg, e o bloco 2, de
ferior da corda) se move em uma m2
massa m2 = 3,0 kg, estão ligados
circunferência horizontal com por um fio de massa desprezível e
velocidade constante. (A corda são inicialmente mantidos em re- Q
Corda
descreve um cone quando o peso pouso. O bloco 2 está sobre uma
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66 Uma caixa de enlatados escorrega em uma rampa do nível que as camadas superiores do solo podem deslizar sobre as cama-
da rua até o subsolo de um armazém com uma aceleração de das inferiores. Se o coeficiente de atrito estático entre duas dessas
0,75 m/s2 dirigida para baixo ao longo da rampa. A rampa faz um camadas é 0,5, qual é o menor ângulo F de que a inclinação atual
ângulo de 40° com a horizontal. Qual é o coeficiente de atrito ci- deve ser reduzida para evitar deslizamentos?
nético entre a caixa e a rampa?
67 Um bloco de aço de 8,00 kg repousa sobre uma mesa hori-
zontal. O coeficiente de atrito estático entre o bloco e a mesa é
0,450. Uma força é aplicada ao bloco. Com três algarismos signifi-
cativos, qual é o módulo dessa força se ela coloca o bloco na imi- Nova inclinação
nência de deslizar quando a força é dirigida (a) horizontalmente, Inclinação
(b) para cima, formando um ângulo de 60,0° com a horizontal e antiga
(c) para baixo, formando um ângulo de 60,0° com a horizontal?
F
68 Na Fig. 6-52, uma caixa com
m1 Q
formigas vermelhas (massa total
m1 = 1,65 kg) e uma caixa com
formigas pretas (massa total m2 = FIG. 6-54 Problema 72.
3,30 kg) deslizam para baixo em m2
um plano inclinado, ligadas por
uma haste sem massa paralela ao 73 Qual é a velocidade terminal de uma bola esférica de 6,00
Q
plano. O ângulo de inclinação é Q kg que possui um raio de 3,00 cm e um coeficiente de arrasto de
= 30°. O coeficiente de atrito ciné- FIG. 6-52 Problema 68. 1,60? A massa específica do ar no local onde a bola está caindo é
tico entre a caixa com formigas vermelhas e a rampa é M1 = 0,226; 1,20 kg/m3.
entre a caixa com formigas pretas e a rampa é M2 = 0,113. Calcule 74 Um vagão de um trem de alta velocidade faz uma curva
(a) a tensão da haste e (b) o módulo da aceleração comum das horizontal de 470 m de raio, sem compensação, com velocidade
duas caixas. (c) Como as respostas dos itens (a) e (b) mudariam constante. Os módulos das componentes horizontal e vertical da
se as posições das caixas fossem invertidas? força que o vagão exerce sobre um passageiro de 51,0 kg são 210
69 Na Fig. 6-53, um caixote escorrega para baixo em uma vala N e 500 N, respectivamente. (a) Qual é o módulo da força resul-
cujos lados fazem um ângulo reto. O coeficiente de atrito cinético tante (de todas as forças) sobre o passageiro? (b) Qual é a veloci-
entre o caixote e a vala é Mk. Qual é a aceleração do caixote em dade do vagão?
termos de Mk, Q e g? 75 Um bloco de aço de 11 kg está em repouso sobre uma mesa
horizontal. O coeficiente de atrito estático entre o bloco e a mesa
é 0,52. (a) Qual é o módulo da força horizontal que coloca o bloco
na iminência de se mover? (b) Qual é o módulo de uma força que,
90°
atuando a 60° acima da horizontal, coloca o bloco na iminência
de se mover? (c) Se a força atua a 60° abaixo da horizontal, qual
o valor máximo do seu módulo para que o bloco não se mova?
76 Calcule o módulo da força de arrasto a que está sujeito um
FIG. 6-53 Problema 69. míssil de 53 cm de diâmetro voando a 250 m/s em baixa altitude.
Suponha que a massa específica do ar é de 1,2 kg/m3 e o coefi-
70 Uma estudante pretende determinar os coeficientes de ciente de arrasto C é de 0,75.
atrito estático e atrito cinético entre uma caixa e uma tábua. Ela 77 Um ciclista se move em um círculo de 25,0 m de raio com
coloca a caixa sobre a tábua e levanta lentamente uma das extre- uma velocidade constante de 9,00 m/s. A massa do conjunto ci-
midades da tábua. Quando o ângulo de inclinação em relação à clista-bicicleta é de 85,0 kg. Calcule os módulos (a) da força de
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horizontal chega a 30o, a caixa começa a escorregar e percorre 2,5 atrito que a pista exerce sobre a bicicleta e (b) da força resultante
m ao longo da tábua em 4,0 s, com aceleração constante. Quais que a pista exerce sobre a bicicleta.
são (a) o coeficiente de atrito estático e (b) o coeficiente de atrito 78 Um disco de metal de 110 g que desliza sobre o gelo é pa-
cinético entre a caixa e a tábua? rado em 15 m pela força de atrito
71 Uma locomotiva acelera um trem de 25 vagões em uma li- que o gelo exerce sobre o disco.
nha férrea plana. Cada vagão possui uma massa de 5,0 r 104 kg (a) Se a velocidade inicial do disco
e está sujeito a uma força de atrito f = 250v, onde a velocidade é de 60 m/s, qual é o módulo da
v está em metros por segundo e a força f está em newtons. No força de atrito? (b) Qual é o coe-
instante em que a velocidade do trem é de 30 km/h, o módulo da ficiente de atrito entre o disco e o
aceleração é 0,20 m/s2. (a) Qual é a tensão no engate entre o pri- gelo?
meiro vagão e a locomotiva? (b) Se esta tensão é igual à força 79 Na Fig. 6-55, uma alpinista de
máxima que a locomotiva pode exercer sobre o trem, qual é o 49 kg está subindo uma “chaminé”.
maior aclive que a linha férrea pode ter para que a locomotiva O coeficiente de atrito estático en-
consiga puxar o trem a 30 km/h? tre os sapatos e a pedra é 1,2; entre
72 Uma casa é construída no alto de uma colina, perto de uma as costas e a pedra é 0,80. A moça
encosta com uma inclinação Q = 45° (Fig. 6-54). Um estudo de en- reduziu a força que está fazendo
genharia indica que o ângulo do declive deve ser reduzido por- contra a pedra até se encontrar na FIG. 6-55 Problema 79.
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Problemas 149
iminência de escorregar. (a) Desenhe um diagrama de corpo livre sobre o piso. Se Q = 0°, determine (a) a componente horizontal
da moça. (b) Qual é o módulo da força que a moça exerce contra Fh da força aplicada e (b) o módulo FN da força normal exercida
a pedra? (c) que fração do peso da moça é sustentada pelo atrito pelo piso sobre a cadeira. Se Q = 30,0°, determine (c) Fh e (d) FN.
dos sapatos? Se Q = 60,0°, determine (e) Fh e (f) FN. Suponha que o coeficiente
80 Uma pedra de 5,00 kg é des- de atrito estático entre a cadeira e o piso é de 0,420. A cadeira
F escorrega ou permanece em repouso se Q é (g) 0°, (h) 30,0° e (i)
locada em contato com o teto
Q 60,0°?
horizontal de uma caverna (Fig.
6-56). Se o coeficiente de atrito 87 Um estudante, enlouquecido P
cinético é de 0,65 e a força apli- Pedra pelos exames finais, usa uma força
cada à pedra faz um ângulo Q = FIG. 6-56 Problema 80.
de módulo 80 N e ângulo Q = 70° Q
70o para cima com a horizontal, para empurrar um bloco de 5,0 kg
qual deve ser o módulo para que a pedra se mova com velocidade no teto do seu quarto (Fig. 6-59).
constante? Se o coeficiente de atrito cinético
entre o bloco e o teto é de 0,40, FIG. 6-59 Problema 87.
81 O bloco A da Fig. 6-57 mB
possui massa mA = 4,0 kg e o
Polia ideal qual é o módulo da aceleração do bloco?
B
bloco B possui massa mB = 88 Uma certa corda pode suportar uma tensão máxima de 40 N
2,0 kg. O coeficiente de atrito mA M k sem se partir. Uma criança amarra uma pedra de 0,37 kg em uma
cinético entre o bloco B e o A das extremidades da corda e, segurando a outra extremidade, faz
plano horizontal é Mk = 0,50. a pedra girar em uma circunferência vertical de 0,91 m de raio,
O ângulo do plano inclinado Q aumentando lentamente a velocidade até a corda arrebentar.
sem atrito é Q = 30°. A polia FIG. 6-57 Problema 81. (a) Em que ponto da trajetória está a pedra quando a corda ar-
serve apenas para mudar a rebenta? (b) Qual é a velocidade da pedra quando a corda arre-
direção do fio que liga os blocos. O fio possui massa desprezível. benta?
Determine (a) a tensão do fio e (b) o módulo da aceleração dos 89 Você precisa empurrar um caixote até um atracadouro. O
blocos. caixote pesa 165 N. O coeficiente de atrito estático entre o caixote
82 Um esqui adere à neve quando é simplesmente deixado so- e o piso é de 0,510, e o coeficiente de atrito cinético é de 0,32. Sua
bre ela. Quando o esqui se desloca sobre a neve, porém, o atrito força sobre o caixote é horizontal. (a) Qual deve ser o módulo da
o aquece e derrete parcialmente a neve, reduzindo o coeficiente força que você aplica ao caixote para que ele comece a se mover?
de atrito cinético e facilitando o deslizamento. Encerar o esqui (b) Qual deve ser o módulo da força que você aplica ao caixote
torna-o repelente à água e reduz ainda mais o atrito com a ca- depois que está em movimento para que se mova com velocidade
mada de água. Uma loja anuncia que um novo tipo de esqui de constante? (c) Se, em vez disso, o módulo da força tiver o valor
plástico é especialmente repelente à água e que, em um declive calculado em (a), qual será o módulo da aceleração do caixote?
moderado de 200 m nos Alpes, um esquiador reduziu o tempo de 90 Uma criança com 140 N de peso está sentada no alto de um
descida de 61 s com esquis convencionais para 42 s com os no- escorrega que faz um ângulo de 25° com a horizontal. A criança
vos esquis. Determine o módulo da aceleração média do esquia- se mantém no mesmo lugar segurando os lados do escorrega.
dor (a) com os esquis convencionais e (b) com os novos esquis. Quando solta as mãos, a criança adquire uma aceleração cons-
Supondo uma inclinação de 3,0°, calcule o coeficiente de atrito ci- tante de 0,86 m/s2 (dirigida para baixo, naturalmente). Qual é o
nético (c) para os esquis convencionais e (d) para os novos esquis. coeficiente de atrito cinético entre a criança e o escorrega? (b)
83 Brincando nas vizinhanças do canteiro de obras de uma es- Que valores máximo e mínimo do coeficiente de atrito estático
trada, uma criança cai em uma encosta que faz um ângulo de 35° entre a criança e o escorrega são compatíveis com as informações
com a horizontal. Enquanto a criança escorrega encosta abaixo, do enunciado?
sofre uma aceleração para cima com um módulo de 0,50 m/s2. 91 Um pequeno armário com 556 N de peso está em repouso.
Qual é o coeficiente de atrito cinético entre a criança e a encosta? O coeficiente de atrito estático entre o armário e o piso é 0,68 e o
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84 Na Fig. 6-58, um carro (sem coeficiente de atrito cinético é de 0,56. Em quatro diferentes ten-
sustentação negativa) dirigido por tativas para deslocá-lo ele é empurrado com forças horizontais
um dublê passa pelo alto de um R de módulos (a) 222 N, (b) 334 N, (c) 445 N e (d) 556 N. Para cada
morro cuja seção transversal pode tentativa, calcule o módulo da força de atrito exercida sobre ele
ser aproximada por uma circunfe- pelo piso. (Em cada tentativa, o armário está inicialmente em re-
rência de raio R = 250 m. Qual é FIG. 6-58 Problema 84. pouso.) (e) Em quais das tentativas o armário se move?
a maior velocidade para a qual o carro não perde contato com a 92 Um menino com uma atiradeira coloca uma pedra (0,250
estrada no alto do morro? kg) na bolsa (0,010 kg) da atiradeira e faz girar a pedra e a bolsa
85 Um carro com 10,7 kN de peso, viajando a 13,4 m/s sem sus- em uma circunferência vertical de raio 0,650 m. O elástico entre a
tentação negativa, tenta fazer uma curva não-compensada com bolsa e a mão do menino tem massa desprezível e arrebentará se
um raio de 61,0 m. (a) Qual é o módulo da força de atrito entre os a tensão exceder 33,0 N. Suponha que o menino aumente aos pou-
pneus e a estrada necessária para manter o carro em uma trajetó- cos a velocidade da pedra. (a) O elástico vai arrebentar no ponto
ria circular? (b) Se o coeficiente de atrito estático entre os pneus mais baixo da circunferência ou no ponto mais alto? (b) Para que
e a estrada é de 0,350, o carro consegue fazer a curva sem derra- valor da velocidade da pedra o elástico vai arrebentar?
par? 93 Um trenó para quatro pessoas (massa total = 630 kg) desce
86 Uma força de 100 N, que faz um ângulo Q para cima com um um trecho reto no alto de uma encosta. O trecho reto tem 80,0 m
piso horizontal, é aplicada a uma cadeira de 25,0 kg em repouso de comprimento e uma inclinação constante de 10,2° com a hori-
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150 Capítulo 6 | Força e Movimento — II
zontal. Suponha que o efeito combinado do atrito e do arrasto do pneus e o piso para que os carros não derrapassem ao entrar na
ar produz sobre o trenó uma força constante de 62,0 N para cima, curva a 60 km/h?
paralela à encosta. Responda às perguntas a seguir usando três 99 Um bloco escorrega para baixo com velocidade constante
algarismos significativos. (a) Se a velocidade do trenó no início em um plano inclinado de ângulo Q. Em seguida, o bloco é lan-
da reta é de 6,20 m/s, quanto tempo o trenó leva para chegar ao çado para cima no mesmo plano com velocidade inicial v0. (a)
final da reta? (b) Suponha que os ocupantes reduzam os efeitos Que distância o bloco sobe até parar? (b) Depois de parar, o
do atrito e do arrasto do ar para 42,0 N. Para a mesma velocidade bloco torna a escorregar para baixo? Justifique sua resposta.
inicial, quanto tempo o trenó agora leva para descer o trecho
reto? 100 Na Fig. 6-63, um bloco com
22 N de peso é mantido em repouso
94 Na Fig. 6-60, uma força é y contra uma parede vertical por uma F
aplicada a um caixote de massa m força horizontal de módulo 60 N.
Q
que repousa sobre um piso; o co- O coeficiente de atrito estático entre
eficiente de atrito estático entre o x
a parede e o bloco é de 0,55 e o co-
caixote e o piso é Ms. O ângulo Q F eficiente de atrito cinético é de 0,38.
é inicialmente 0°, mas é gradual- FIG. 6-60 Problema 94. Em seis experimentos uma segunda
mente aumentado, de modo que o força é aplicada ao bloco, parale- FIG. 6-63 Problema 100.
vetor força gira no sentido horário da figura. Durante a rotação, lamente à parede, com os seguintes módulos e sentidos: (a) 34 N,
a intensidade da força é continuamente ajustada, de modo que o para cima, (b) 12 N, para cima, (c) 48 N, para cima, (d) 62 N, para
caixote permanece sempre na iminência de escorregar. Para Ms = cima, (e) 10 N, para baixo e (f) 18 N, para baixo. Em cada experi-
0,70, (a) plote a razão F/mg em função de Q e (b) determine o ân- mento, qual é o módulo da força de atrito sobre o bloco? Em que
gulo Qinf para o qual a razão se torna infinita. (c) Se o piso é lubri- experimentos o bloco se move (g) para cima e (h) para baixo? (i)
ficado, o valor de Qinf aumenta, diminui ou permanece inalterado? Em que experimentos a força de atrito é para baixo?
(d) Qual é o valor de Qinf para Ms = 0,60?
101 Quando uma pequena moeda de 2,0 g é colocada a uma
95 Durante a tarde, um carro é estacionado em uma ladeira distância de 5,0 cm do centro de um prato giratório horizontal
que faz um ângulo de 35,0° com a horizontal. Nesse momento, o que executa três rotações completas em 3,14 s, a moeda não es-
coeficiente de atrito estático entre os pneus e o asfalto é de 0,725. correga. Determine (a) a velocidade escalar da moeda, (b) o mó-
Quando anoitece começa a nevar e o coeficiente de atrito dimi- dulo e (c) o sentido (radialmente para dentro ou para fora) da
nui, tanto por causa da neve como por causa das mudanças quí- aceleração da moeda e (d) o módulo e (e) o sentido (para dentro
micas do asfalto causadas pela queda de temperatura. Qual deve ou para fora) da força de atrito sobre a moeda. A moeda fica na
ser a redução percentual do coeficiente de atrito para que o carro iminência de escorregar quando é colocada a uma distância de 10
comece a escorregar ladeira abaixo? cm do centro. (f) Qual é o coeficiente de atrito estático entre a
96 Na Fig. 6-61, o bloco 1 de moeda e o prato giratório?
F
massa m1 = 2,0 kg e o bloco 2 de Q 102 Uma criança coloca uma cesta de piquenique na borda de
massa m2 = 1,0 kg estão ligados m1 m2 um carrossel com 4,6 m de raio que dá uma volta completa a cada
por um fio de massa desprezível. 30 s. (a) Qual é a velocidade de um ponto da borda? (b) Qual é o
O bloco 2 é empurrado por uma menor valor do coeficiente de atrito estático entre a cesta e o car-
FIG. 6-61 Problema 96.
força de módulo 20 N que faz rossel para que a cesta não saia do lugar?
um ângulo Q = 35° com a horizontal. O coeficiente de atrito ciné-
103 Uma caixa de 1,5 kg está em repouso sobre uma superfície
tico entre cada bloco e a horizontal é de 0,20. Qual é a tensão do
quando, em t = 0, uma força horizontal (com t em
fio?
segundos) é aplicada à caixa. A aceleração da caixa em função do
97 Na Fig. 6-62, um faxineiro tempo t é dada por = 0 para 0 a t a 2,8 s e m/s2
caprichoso limpa o piso aplicando para t > 2,8 s. (a) Qual é o coeficiente de atrito estático entre a
ao cabo do esfregão uma força . caixa e a superfície? (b) Qual é o coeficiente de atrito cinético en-
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106 m (raio da Terra) com uma velocidade escalar constante de cidade da esteira é (a) nula e constante, (b) 0,65 m/s e constante,
465 m/s devido à rotação da Terra. (a) Qual é o módulo da força (c) 0,65 e aumentando a uma taxa de 0,20 m/s2, (d) 0,65 m/s e di-
centrípeta que age sobre o quilograma-padrão durante a rota- minuindo a uma taxa de 0,20 m/s2 e (e) 0,65 m/s e aumentando
ção? Imagine que o quilograma-padrão está pendurado em uma a uma taxa de 0,57 m/s2. (f) Para quais dessas cinco situações a
balança de mola nesse local e que ele pesaria exatamente 9,80 N força de atrito é dirigida para baixo ao longo da rampa?
se a Terra não girasse. (b) Qual é a leitura da balança de mola, ou
109 Na Fig. 6-64 um bloco de 5,0
seja, qual é o módulo da força exercida pelo quilograma-padrão
kg é lançado para cima ao longo
sobre a balança de mola?
de um plano inclinado de ângulo
107 Quando um bloco de 40 N desliza para baixo em um plano Q = 37°, enquanto uma força ho- F
inclinado de 25° com a horizontal, sua aceleração é de 0,80 m/s2, rizontal de módulo 50 N atua
dirigida para cima ao longo do plano. Qual é o coeficiente de sobre ele. O coeficiente de atrito
atrito cinético entre o bloco e o plano? cinético entre o bloco e o plano é
108 Bagagens são transportadas de um local a outro de um de 0,30. Quais são (a) o módulo e
aeroporto por uma esteira. Em um certo local a esteira tem uma (b) o sentido (para cima ou para FIG. 6-64 Problema 109.
inclinação de 2,5° com a horizontal. Suponha que para ângulo baixo no plano) da aceleração do
tão pequeno as malas não escorreguem. Determine o módulo da bloco? A velocidade inicial do bloco é de 4,0 m/s. (c) Que distân-
força de atrito exercida pela esteira sobre uma caixa de 69 N de cia o bloco sobe no plano? (d) Quando o bloco atinge o ponto
peso quando a caixa está na parte inclinada da esteira e a velo- mais alto, ele permanece em repouso ou escorrega de volta?
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