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Os elementos essenciais para a elaboração de um Projeto de Pesquisa são os seguintes:

Título (o que pesquisar?): apresenta a área de interesse a ser pesquisada, já delimitada em


alguns aspectos: assunto, população, instituição, período, etc. Pode ter uma conotação criativa e
singular. Aparece na capa e folha de rosto sem constar a palavra “título”.

Justificativa (por que pesquisar?): É o momento do/a pesquisador/a convencer de que o projeto
é importante, que possui relevância científica, que vai trazer contribuições. É o convencimento
de que o trabalho de pesquisa é fundamental e deve ser efetivado, de que o tema/título escolhido
é de suma importância, para a sociedade ou para algum grupo específico de indivíduos.
Devemos tomar cuidado, na elaboração da justificativa, de não justificar a hipótese levantada,
ou seja: tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. Não tentar
antecipar os resultados da pesquisa. A justificativa exalta a importância do tema a ser estudado,
ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento. Também, nessa
etapa, devem ser colocadas as motivações pessoais que levaram o/a pesquisador/a a escolher o
tema. Pode ser colocada, resumidamente e de forma objetiva, a trajetória de vida do/a
pesquisador/a que o/a qualifica para o trabalho de pesquisa.

Definição do problema (quais as perguntas/dúvidas que quero responder com essa pesquisa?):
Recorte na realidade, delimitação do tema. Nos primeiros projetos é mais fácil formular de
forma interrogativa, pois facilita a redação e compreensão. Se não há problema, se não há
dívida, não há motivo para realizar a pesquisa.

Severino (1996, p.75) dá uma dica muito importante para compreender este passo do projeto:
“[...] antes da elaboração do trabalho, é preciso ter ideia clara do problema a ser resolvido.
Exige-se consciência da problemática específica relacionada com o tema abordado de
determinada perspectiva, cuja natureza especificará o tipo e o método de pesquisa e de reflexão
a serem utilizados no decorrer do trabalho”.

Objetivo(s) (para que pesquisar?): “Uma vez estipulado o que será estudado no trabalho, deve-
se ainda esclarecer no projeto o objetivo do trabalho, ou seja, o que se pretende com a proposta
apresentada” (BARRAL, 2003, p.73). Quais as metas que pretendemos alcançar ao final da
pesquisa? A definição do(s) objetivo(s) determina o que o/a pesquisador/a quer atingir com a
realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim. Iniciamos a formulação
de um objetivo com um verbo no infinitivo.

Os verbos, no infinitivo, mais utilizados na formulação de objetivos são:

Demonstrar, avaliar, caracterizar, comparar, correlacionar, descrever, diagnosticar, diferenciar,


identificar, classificar, conceituar, categorizar, desenvolver, dimensionar, enumerar, formular,
listar, organizar, operacionalizar, propor, relacionar, selecionar, verificar (MARQUES;
MANFROI; CASTILHO; NOAL, 2009, p.100).

Podemos ter vários objetivos estipulando diversas metas com o trabalho científico, ou optarmos
por definir objetivo geral (O quê? Para quê?) e outros objetivos específicos (detalhamento do
objetivo geral em ações mais imediatas e menos amplas que, efetivadas, leva ao alcance do
objetivo geral).
Exemplo:

Objetivo Geral: demonstrar, por meio da análise das legislações pertinentes e decisões
jurisprudenciais os reflexos jurídicos do trabalho escravo após a Constituição Federal de 1988,
tanto para o empregador quanto para o empregado.
Objetivos Específicos:

a) Dimensionar as principais características do trabalho escravo no Brasil, pós-promulgação da


Constituição Cidadã.
b) Identificar os direitos e deveres dos empregadores e empregados na relação configuradora do
trabalho escravo. (PIORSCKI, 2009). É importante observar que os objetivos devem ser frases
curtas e diretas, indicando as metas a serem alcançadas com o trabalho acadêmico-científico.

Formulação de hipótese(s) (quais suposições?):

A palavra hipótese vem de hipo=antes, anterior + tese = afirmação, verdade. Logo, hipótese é
uma afirmação (mesmo que na expressão negativa) tida provisoriamente como verdade, ou seja,
é algo que precisa ser confirmado ou refutado pela pesquisa. Diz-se pedagógica e didaticamente
que a hipótese é uma resposta ao problema formulado, e como tal deve ser redigida
(MARQUES et al. 2009, p.96).

Deve estar fundamentada em uma teoria, observação, resultados de outras pesquisas, ou mesmo
intuição, A hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, hipótese é uma afirmação
categórica (uma suposição), que tenta responder ao problema levantado no tema escolhido para
a pesquisa. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a hipótese (ou suposição)
levantada.

É preciso não confundir hipótese com pressuposto, com evidência prévia. Hipótese é o que se
pretende demonstrar e não o que já se tem demonstrado evidente, desde o ponto de partida.
Muitas vezes, ocorre esta confusão, ao se tomar como hipóteses proposições já evidentes no
âmbito do referencial teórico ou da metodologia adotados. E, nesses casos, não há mais nada a
demonstrar, e não se chegará a nenhuma conquista e o conhecimento não avança (SEVERINO,
1996, p. 129).

As hipóteses podem ser utilizadas em qualquer área do conhecimento, no entanto, são mais
apropriadas ao universo das ciências exatas e da natureza. As hipóteses ao serem formuladas
devem ser consistentes, compreensíveis, explicativas, ligadas ao problema formulado, tentando
criar uma suposição plausível de solução àquele problema (MARQUES et al. 2009, p.96-98).

Referencial teórico (quais os pressupostos teóricos?): Um passo sempre exigido num projeto de
pesquisa. Este item não deve ser uma lista de autores e livros que abordaram o tema, mas sim a
descrição preliminar do “estado-da-arte”, ou seja, do conhecimento atual sobre o problema. O
autor do projeto demonstrará de forma sintética, no referencial teórico, o que sabe antes de
começar a pesquisa. A descrição dos conceitos fundamentais relacionados ao tema proposto.

Para um TCC, é preciso fazer uma explicitação dos principais conceitos e categorias que serão
utilizados na pesquisa buscando, num percurso teórico rápido, compreender como três ou quatro
autores, reconhecidos na área da pesquisa, conceituam a questão. Devemos ser sintéticos e
objetivos, estabelecendo um diálogo entre a teoria e o problema a ser investigado. É a etapa em
que o/a pesquisador/a demonstra em quais pressupostos está fundamentado/a para realizar a
pesquisa.
De acordo com Bittar (2000,p.14), a função do referencial teórico é “explicar qual a base
teórico-metodológica que embasa o problema; qual a perspectiva filosófica e ideológica do
pesquisador; citar autores que já estudaram sobre o mesmo tema”.

Metodologia (como pesquisar?): A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e


exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.

É a explicação do tipo de pesquisa (uma ou a combinação de duas ou mais formas de pesquisa:


bibliográfica, de campo, experimental, quantitativa, qualitativa, documental, de observação,
etc.), do instrumental utilizado (questionário, entrevista, observação, diário de campo,
filmagem, fotos, pré-testes, pós-testes, etc.), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da
divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que
se utilizará no trabalho de pesquisa.

Num projeto de pesquisa é função da metodologia, descrever o universo a ser pesquisado,


delimitando-o; o tipo de amostragem a ser utilizada (como serão selecionados os indivíduos),
dependendo se a pesquisa será qualitativa ou quantitativa (amostragem representativa).
Organização e análise dos dados coletados em relação à teoria escolhida.

Cronograma de execução (quando pesquisar?): Traçar o tempo que será necessário para a
realização de cada etapa, sendo que muitas podem acontecer concomitantemente.

A elaboração do Cronograma de Execução visa apresentar um mapeamento operacional e


cronológico. Tal procedimento corresponde à necessidade de estabelecer prazos para as distintas
fases da pesquisa. No entanto, o Cronograma não deve funcionar como uma “camisa de força”,
mas tão somente um referencial temporal, para que ele saiba coordenar o tempo disponível e
cumprir as atividades sem maiores traumas (MARQUES et al. 2009, p.103).

Orçamento (com que recursos): Planilha de custos. É muito importante quando se trata de
pesquisas ligadas a instituições ou órgãos de apoio. Quando será custeada pelo/a próprio/a
autor/a do trabalho, o orçamento inicial possibilita planejar os gastos e decidir sobre a extensão
da pesquisa e a utilização ou não, da coleta de dados de questionários, entrevistas, fotos,
filmagens, etc.

Referências: Relacionar as referências básicas que foram utilizadas, textos fundamentais onde se
aborda a problemática em questão. Estas referências serão enriquecidas no decorrer da execução
da pesquisa Todas as citações feitas no projeto devem constar como referências bibliográficas
no final. Observar as Normas da ABNT.

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