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PARIDADE JURÍDICA DOS RELIGIOSOS:

SALESIANO - IRMÃO COM O SALESIANO CLÉRICO


A NIVEL LOCAL, INSPETORIAL E GERAL.

1-O NOME: A palavra “Coadjutor” deve ser trocada por uma mais adequada
como pediu Dom Bosco. Os documentos da Igreja pedem de usar o nome de
“Religioso irmão” e não leigo para não se confundir com o leigo cristão não
consagrado pela profissão religiosa. (VC 60) A laicidade porém, é o distintivo
para o religioso irmão, é opção de vida, é laicidade transcendente. A palavra
religioso irmão é mais fiel à origem da vida religiosa onde a tendência ao
sacerdócio foi imposta posteriormente às fundações. Mais fiel ao Evangelho
onde Jesus nos diz: ”E todos vocês são irmãos,” (Mt23,8) e nos chama de
irmãos: “Vai dizer aos meus irmãos.” (Jo 20,17) Mais fiel ao Cristo que viveu
pobre, obediente e casto. É mais fiel à essência da vida religiosa onde todos
somos irmãos chamados por Deus a viver em comunhão fraterna tendo em
vista a mesma missão e o mesmo carisma. Mais fiel à fé na Santíssima Trindade
onde a fraternidade é vivida na igualdade e sem hierarquia. Mais fiel ao povo
vivendo como simples irmão sem grande status, solidário com os mais pobres,
oprimidos, injustiçados. Enfim, a palavra irmão é já usada nas línguas
portuguesa, Hermano na língua espanhola e Brother na língua inglesa.
Portanto para nós Salesianos, cabe o termo que já vem sendo empregado em
vários lugares do mundo salesianos que é o de SALESIANO IRMAO E NÃO
COADJUTOR.
2 –DOM BOSCO: TRADIÇÃO, INOVAÇÃO E OUSADIA VALORIZANDO AO
MÁXIMO AS CAPACIDADES DE CADA UM. Sabemos que Dom Bosco não
inventou o Oratório nem o religioso irmão, mas se apropriou destas instituições
para vive-las de forma própria inovando-as. Documentos da congregação
salesiana até falam de “Criação original de Dom Bosco.” Na época de Dom
Bosco os religiosos irmãos nas congregações mistas eram chamados de “Fratello
converso,” e na prática eram os servidores dos clérigos, os encarregados das
coisas materiais. Dom Bosco assumiu e foi aprendendo e mudando aos poucos
no desenvolver da sua obra educativa e pastoral. Sentiu a importância e a
necessidade de ter na sua congregação uma presença significativa do religioso
irmão. O crescimento e amadurecimento da ideia dele aparece claramente no 3º
Capítulo Geral em São Benigno onde defendeu com veemência, fato raríssimo
em Dom Bosco, a igualdade entre salesianos clérigos e salesianos irmãos. As
Memórias Biográficas relatam muitos fatos interessantes de Dom Bosco e os
“coadjutores” como eram chamados. Bastaria citar o Vol. XVIII na pag. 699 o
doc. 39 sobre as vocações dos coadjutores que diz: “Ai nostri giorni... la nostra
congregazione puó avere dai laici efficacíssimo aiuto, che anzi, in certe occasioni
possono fare maggiormente e piú liberamente il bene i laici che non i sacerdoti.
Ai coadiutori in particolare é aperto um vastíssimo campo per esercitare la loro
caritá... Le deliberazioni prese meritano di non giacere sepolte negli arquvi.”
Dom Bosco é único. Parece dar conselhos para o próximo CG 28 e criticar a
congregação sobre como trata o salesiano irmão. Porque que nos documentos
da Congregação não se lembram destes fatos e documentos? Há também um
estudo sério, sepolto negli arquivi, feito pelo Pe. Pietro Braido no livro: Religiosi
nuovi per il mondo del lavoro. Documenti per um profilo del Coadiutore
salesiano. Ele cita todas as fontes. Gostaria destacar que Dom Bosco, naquela
época colocou o salesiano irmão não somente como responsável das escolas
profissionais mas também em muitos setores valorizando ao máximo as
capacidades de cada um. Por exemplo: Giuseppe Rossi, primeiro provedor e
ecônomo geral com uma procuração de Dom Bosco com a disposição uma
grande quantia de dinheiro para resolver os problemas na Itália e fora da Itália.
Não se tem notícias da época que coisa semelhante tenha acontecido em outras
congregações mistas. Nos Capítulos Gerais, com Dom Bosco presente, os
religiosos irmãos participavam e opinavam. Inclusive no 3º Capítulo Geral os
irmãos Barale e Perazza pediram a paridade jurídica que não foi aceita pelo
Caglieiro e companheiros. Na época teria sido uma coisa absurda.
3 –A CONGREGAÇÃO SALESIANA: MUITA REFLEXÃO CLERICAL E
NENHUM AVANÇO EM RELAÇÃO AO SALESIANO IRMÃO. Morrendo Dom
Bosco iniciou uma onda cada vez mais ampla de clericalismo excludente até
retroceder nos avanços feitos por Dom Bosco. Dom Rua, Pe. Rinaldi e
especialmente Pe. Egídio Viganó no Nº 298 dos Atos do Conselho Superior com
o título: A dimensão laical da comunidade salesiana refletem muito bem sobre o
assunto mas não abordam a paridade jurídica. O religioso irmão sumiu dos
Capítulos Gerais. Um Capítulo não deveria representar todo o instituto?
Religioso irmão reapareceu um, que nós o elegemos legalmente quando na
congregação os irmãos eram 3.450, 18,35%, em 1970 no XXº Capítulo Geral
Especial. Foi feito um grandíssimo trabalho para adaptar as Constituições ao
Vaticano II esquecendo porém o valor dado aos leigos pelo mesmo Concílio e
não tratou do religioso irmão leigo. Participei do protesto geral dos irmãos e
então Pe. Ricceri convocou o Convegno Mondiale Salesiano Coadiutore de 1975.
A discussão foi muito acalorada. Nas 26 propostas votadas a 4.1.2 diz: “...sia
tolta dal nostro diritto particolare ogni disparitá giuridica tra confratelli sacerdoti
e laici.” E o Capítulo Geral 21 tratando da paridade jurídica afirmou que: “... o
salesiano coadjutor seja presente em todos o níveis da congregação,” decidiu e
não cumpriu, aliás este Capítulo Geral sobre o religioso irmão, terminou
elaborando o manual do diretor sacerdote. E não parou por ai. Do XXº Capítulo
Geral de 1970 até o CG 27 de 2014, 44 anos, sempre se tratou do religioso
irmão e ficou como prioridade do sexênio seguinte. E no CG 27 no Nº 68 se diz
ainda: “... continuar ainda na reflexão sobre o salesiano coadjutor...”
Para a congregação 44 anos são poucos. No último CG 27 muitos pediram de
resolver esta questão da paridade jurídica. Numa conversa do Mestre Mário com
D. Cereda o mesmo teria dito que a questão teria sido encaminhada à uma
comissão jurídica, mas não tivemos nenhum retorno dessa comissão.
Constatamos poucos avanços desde o “Convegno Mondiale” até hoje. Em muitos
Capítulos Gerais precisou o Reitor Mor chamar um grupo de salesianos irmãos
para participar como convidados sem direito a voto. Parece humilhante para
uma instituição religiosa que prega a fraternidade. Mas nunca se pensou de
mudar as leis que elegem os candidatos aos Capítulos Gerais. A lógica clerical
funciona: nos Capítulos Inspetoriais vão por direito todos os diretores clérigos e
uns outros irmãos eleitos que na maioria são clérigos inclusive onde inspetorias
podem mandar mais de um irmão. O Capítulo Inspetorial elege os candidatos ao
Capítulo Geral onde vão por direito todos os inspetores clérigos e os irmãos
eleitos na maioria absoluta clérigos. O salesiano irmão tem que ser muito
famoso, super capacitado e conhecido para ter uma mínima chance de participar
ao Capítulo Geral. Na época de Dom Bosco não era assim. Depois no Capítulo
Geral se elegem o Reitor Mor e os Conselheiros Gerais. Precisou passar o ano
2.000 para aparecer um salesiano irmão no Conselho Geral porém somente
como ecônomo. Será que para coordenar a Comunicação Social, a Pastoral
Juvenil, as Missões, a Formação, os Regionais, ser Secretário do Conselho
precisa ser clérigo? Será que depois de tantos anos ninguém viu nas novas
Constituições a contradição do Artigo Nº 4 onde diz que:” Nossa
Sociedade é composta de clérigos e leigos...e somos reconhecidos na
Igreja como Instituto religioso clerical...”? Sempre fomos uma
congregação mista reconhecida como clerical! Haveria mais coisas para
constatar por exemplo no mundo salesiano longe de Roma. Onde há um
reduzido número de irmãos qualquer clérigo, geralmente muito jovem sem
muita experiência ou ancião com problemas de idade, pode ser diretor enquanto
o salesiano irmão mais capacitado que seja, não pode. Quais são os
fundamentos antropológicos e teológicos que sustentam esta divisão? Não
somos uma fraternidade de irmãos que vivem em comunhão o mesmo carisma,
a mesma igualdade e dignidade, com os mesmos direitos e deveres?
Acreditamos que a fraternidade nasce do Espírito que sopra onde quer e
não somente nos clérigos? Será que ser guia espiritual é exclusividade do
clérigo? As irmãs diretoras não podem ser guias espirituais? E aquela frase
sobre o diretor sacerdote repetida à exaustão há muito tempo: ”É uma
legítima tradição segundo o projeto do nosso fundador Dom Bosco?”
Quando se quer fazer uma mudança necessária à nova época se diz que: “
Dom Bosco foi ousado até a temeridade.” Vimos que Dom Bosco no seu
tempo foi muito ousado em relação à figura do religioso irmão, mas nós
queremos fossiliza-lo. Há boas tradições e tradições que obstaculizam mais que
ajudar e a desculpa é pronta: “Sempre foi assim!” Estamos preparando o CG
28 com o tema: Quais salesianos para os jovens de hoje? Será que os
vocacionados de hoje não percebem que o testemunho da nossa fraternidade
não é claro? Somos iguais mas alguns podem outros não. Como podemos dizer
para eles: “Vinde e Vedes”? (Jo: 1,36) Um dos motivos da redução vocacional
dos salesianos irmãos ser maior que a dos religiosos clérigos é também esta
falta de paridade jurídica. Hoje somos 1.638 irmãos em 14.786 salesianos,
somente 11%. Vimos que em 1970 éramos 18,35%. O Arquivo Central de Roma
tem o setor de:”Dati statistici della congregazione salesiana.” Deveria chamar a
nossa atenção. Não bastasse tudo isso está entrando, pelo que eu vejo de uns
tempos para cá, uma onda jovem de clericalismo saudosista da Igreja dos
tempos de outrora preocupada com o estatus do sacerdote. A maior parte dos
vocacionados vem do grupo de acólitos e querem saber quando vão por a veste
influenciando os poucos que vêm do voluntariado. E muitos salesianos acham
tudo isso ótimo. Enquanto isso da Ásia, África e América Latina chegam pedidos
de abrir escolas profissionais. E ai se repete a velha história do salesiano clérigo
que tem que se desdobrar num ativismo entre trabalhos mais manuais que
ministeriais por falta de salesianos irmãos e frustrar assim sua vocação
clerical.
4 –OS APELOS DA PALAVRA DE DEUS, DA IGREJA E DO MUNDO ATUAL.
Falando em mudanças de estruturas da congregação valorizando a sua
“dimensão laical” para sermos fieis aos tempos presentes o primeiro apelo vem
da Palavra de Deus. Como por na prática estas Palavras? “Para vinho novo
odres novos.” (Mc:2,22) “Vamos para outro lado.” (Mc:4,35) “O que devo
fazer?” (At: 22,10) E a parábola do Samaritano tem muitos ensinamentos e diz
também que ele não era sacerdote.
Depois, para nós sermos fieis à Igreja, ao papa e aos sinais dos tempos como
foi Dom Bosco deveria ser um distintivo dos salesianos. Porém nos parece que
as vezes não damos o devido valor a certos documentos e declarações da
Igreja. Por exemplo. Há muito tempo que a Igreja proibiu ao diretor sacerdote
de ser confessor da sua comunidade. Indiretamente esta determinação indicava
que para ser diretor não precisava necessariamente ser sacerdote. O Vaticano II
no documento Perfctae Caritatis no Nº 15 diz: “Clérigos e leigos terão os
mesmos direitos e deveres, exceto naquelas coisas que provêm da ordem
sacra.” Precisa a ordem sacra para ser diretor? E a Gaudium et Spes no Nº 29
diz:“... reconhecer cada vez mais a igualdade fundamental entre todos.” A
Cristifidelis Laici Nº 19: “A eclesiologia da comunhão é a ideia central e
fundamental dos documentos do Concílio.” Comunhão é para unir não para
dividir. O conceito da centralidade da autoridade passou para a
centralidade da fraternidade. Em 1996 depois do sínodo apareceu um bom
documento chamado Vita Consecrata. Só que em lugar de resolver a questão de
religioso irmão fez igual aos salesianos. Delegou uma comissão que até hoje, 23
anos depois não concluiu nada. Para nós até complica. No Nº 60 fala dos
institutos clericais e com religiosos irmãos. Depois no Nº 61 fala dos institutos
mistos e parece que fala as mesmas palavras de Dom Bosco no 3º CG em São
Benigno e fala da comissão. Em 2015 a Congregação para os institutos de vida
Consagrada publicou o documento Identitá e missione del fratello religioso nella
Chiesa. No Nº 39 faz um claro apelo: “... se resolva, com determinação e
num período de tempo oportuno a questão sobre a jurisdição dos
irmãos... com relações baseadas na igual dignidade e sem quaisquer
diferenças...” Depois em 2017 a mesma Congregação publicou o documento:
Per vino nuovo otri nuovi. Nos números 48 a 54 fala do serviço da autoridade,
da necessária representação de todos os segmentos do instituo, de
consultas, das mudanças culturais, de ouvir a voz do Espírito, de reconhecer a
nova geografia dos institutos e da valorização da experiência dos irmãos.
Papa Francisco está fazendo um esforço enorme para por em prática o
Vaticano II e inserir a Igreja nas realidades do mundo atual e sair para suas
periferias. Muitas vezes criticou duramente o clericalismo. Voltando de Fátima
disse: “O clericalismo é um dos grandes pecados da Igreja... é regressão na
Igreja.” Podemos dizer o mesmo da congregação salesiana. Na Evangelii
Gaudium e na Carta ao Povo de Deus diz que o clericalismo faz muito mal à
Igreja. Prejudicou os leigos e as mulheres. Parece que para eles o relógio parou.
Papa Francisco está lutando contra os tradicionalistas dentro da Igreja que
querem: “Voltar aos costumes medievais e vícios de corte.” Temos salesianos
assim também na congregação. Ele quer uma Igreja Sinodal, Colegiada,
Corresponsável, da Compaixão, da Misericórdia, em Saída, do Encontro.
Escutar o povo é escutar o Espírito. Papa Francisco se preocupa e convida a se
preocupar com a situação atual do mundo.
5 –O SALESIANO IRMÃO HOJE. As características do mundo atual são
conhecidas e pouco refletidas. Por isso o Reitor Mor para o CG 28 nos convida a
refletir sobre isso para ver que respostas podemos dar a esta “nova época”
como já disse o CG 27. Uma realidade que está à vista de todos é que o mundo
atual não aceita mais discriminação nenhuma. Quantas manifestações por
causa disso. Más para nós parece que não há nenhuma consequência interna.
Depois uma outra das características que chama mais a atenção a nós religiosos
salesianos irmãos, é a fragilidade econômica mundial, gerando ricos cada vez
mais ricos e pobres mais pobres, e a hoje chamada quarta revolução
industrial, ou digital ou da inteligência artificial. Os jovens da nossa missão são
os mais afetados, os perdedores do sistema imposto. Já Dom Bosco enfrentou
uma situação parecida em Turim em plena revolução industrial, a 1ª e 2ª, e
criou a figura do “coadjutor.”. (A 1ª foi com a máquina a vapor e a combustão,
a 2ª com a energia elétrica e a 3ª com o computador.) Nós temos que continuar
a trabalhar com os jovens pobres na formação humana, religiosa e profissional
no setor de serviços que demorará muito antes de ser robotizado. No lado
oposto umas das competências principais do salesiano irmão hoje deveria ser a
de um profissional competente na comunicação virtual. Como? Trabalhando
na formação digital dos jovens, formando uma consciência virtual crítica,
oferecendo fontes alternativas permeadas dos valores evangélicos e colocando-
a a serviço da nossa missão educadora, evangelizadora e profissionalizante.
Sendo irmão leigo, como sinal de Deus nas realidades seculares, ele, com seu
testemunho e ação, deve mostrar ao mundo que há valores mais importantes
que o domínio econômico para se viver uma ecologia integral no respeito às
pessoas e à natureza como nos ensina o papa Francisco na Laudato Si’. Deve
pois usar esta tecnologia para montar bancos de dados sempre atualizados
sobre a situação juvenil do lugar. A riqueza vocacional leiga e clerical da
congregação salesiana deve adaptar-se aos novos tempos.
6 –Concluindo: A paridade jurídica não é uma questão de classe mas de
valorização dos dons do Espírito, de dignidade humana, de fraternidade, de
possibilidades iguais e de otimização dos recursos humanos da congregação.
Segregação, divisão no século XXI soa como paradoxo excludente. Até parece
que o relógio da paridade jurídica na congregação salesiana está parado ao ano
de 1883.
Há de se considerar que algumas iniciativas de reflexão sobre a vocação-missão
do salesiano irmão foram muitas vezes recebidas com chacotas por parte de
“uns tantos” salesianos clérigos chamando o grupo de “sindicato” e isso foi a
forma de evitar o aprofundamento e solução da questão e ridicularizando para
desmoralizar tal iniciativa dos salesianos irmãos.

Mario Bordignon, SDB.


Salesiano religioso irmão, 72 anos, 53 de profissão religiosa, 45 de missão no Brasil, 30 entre os indígenas
Bororo. Técnico em marcenaria no Colle Don Bosco em 1965, formado em artes em Pisa em 1969, em
teologia no IRPAMAT em Campo Grande em 1979, em história na UCDB Campo Grande 1994. Por 6 anos
foi coordenador do Conselho Indigenista Missionário de Mato Grosso e conselheiro inspetorial.

Antonio Teixeira, sdb


Salesiano irmão, 52 anos, 32 anos de profissão religiosa, Pedagogo e Administrador de empresas.
Atualmente exercendo seu trabalho entre os povos indígenas xavante em Sangradouro, MT .

Sangradouro, 04 de março de 2019

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