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Sumário
TÓPICO 4 – Direito Tributário..........................................................................................07
1.2.1 Classificação...................................................................................................08
1.2.2 Características.................................................................................................09
3 Conceito de Tributo..................................................................................................12
3.2.1 Impostos:........................................................................................................15
3.3.1 Impostos.........................................................................................................19
3.4 Municípios...............................................................................................................19
3.4.1 Impostos.........................................................................................................19
3.4.4 Contribuição social de seus servidores para o custeio de previdência própria de seus
servidores: art. 149, § 1º...........................................................................................20
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3.4.5 Contribuição de Iluminação Pública: art. 149-A...................................................20
5.4 Imposto extraordinário de guerra: Art. 154, II, da Cf de 1988, c.c. o Art. 76 do CTN.......25
6 Taxas.......................................................................................................................26
11 Imunidades Tributárias..............................................................................................46
11.4 Imunidade recíproca: Art. 150, Inciso VI, Alínea “a”, da CF de 1988............................48
11.5 Imunidades dos templos de qualquer culto: Art. 150, VI, b, da CF de 1988...................51
11.7 Imunidades dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado à sua impressão:
Art. 150, Inciso VI, Alínea “d”, da CF de 1988...................................................................54
11.8 Imunidade Musical: Art. 150, Inciso VI, Alínea “e”, da CF de 1988..............................55
11.11 Imunidade do Art. 155, §2º, Inciso X, Alíneas “a”, “b”, “c’ e “d”................................56
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Tópico 4 Direito Tributário
A CF de 1988 não cria tributos. É o ente político (União, Estados-membros, Distrito Federal e
Municípios) que tem o poder de exercer a competência tributária ao editar as leis criadoras dos
tributos. A exceção a essa regra diz respeito à possibilidade da Lei Complementar criar
empréstimos compulsórios (Art. 148, da CF); o imposto de competência residual (Art. 154,
I), além das outras contribuições sociais (§ 4º, do Art. 195) e, por último, o imposto sobre
grandes fortunas (Art. 153, VIII).
Com efeito, integram o sistema constitucional tributário brasileiro a Lei Complementar Tributária,
consoante os Arts. 146 e 146-A, e as Leis Ordinárias instituidoras dos tributos pelos entes fede-
rativos, enquanto normas infraconstitucionais.
Existe uma nítida diferença entre os conceitos de Competência Tributária e Capacidade Tributária
Ativa.
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Tópicos em Direito 1
A referida circunstância significa a transferência da capacidade tributária ativa, pelo qual o ente
federativo (União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios), por meio de lei ordinária,
atribui à terceira pessoa (pessoa jurídica de direito público interno) a função de arrecadação e
fiscalização dos tributos, com a perspectiva da disponibilidade do produto arrecadado.
Essas pessoas só poderão sê-las as Pessoas Jurídicas de Direito Público (Ex: Autarquias/Fun-
dações Públicas – Administração Pública Indireta) ou entidades jurídicas de direito privado
perseguidoras de finalidade públicas (Ex: Contribuição no Interesse de Categorias Profissionais:
art. 149, da CF, na cobrança pelos órgãos de classe das profissões regulamentadas em Lei da
respectiva contribuição no interesse de categorias profissionais (OAB, CREA, CRM); o art. 240 da
CF - SESI, SENAI, SESC, SENAC). Outro exemplo de transferência da capacidade tributária ativa
é a Contribuição do INCRA (art. 240 da CF, c. c. a Lei nº 2.613/1955).
A Competência Residual: No Art. 154, I e § 4 do art. 195, ambos da CF de 1988, que significa a
competência para instituição de impostos e contribuição sociais novos, de competência exclusiva
da União Federal.
A Competência Extraordinária: prevista no Art. 154, II, para a instituição do imposto extraordi-
nário de guerra externa e sua iminência, pela União federal.
08 Laureate- International Universities
1.2.2 Características
• Privativa: Significa a capacidade legislativa plena dos entes federativos para a criação
dos tributos e de sua cobrança. Impossibilidade de usurpação de competências tributárias
pelos entes federativos. A CF de 1988 proíbe a interferência legislativa dos entes federativas
no exercício da competência tributária uns dos outros.
OBS (1): Tratados Internacionais celebrados pela União. Possibilidade. Manifestação do Esta-
do-Nação. Convivência pacífica das normas do Tratado ou Convenção, em matéria tributária,
com as de normas jurídicas internas. Prevalência do Tratado com a adoção do Princípio da es-
pecialidade. Art. 98 do CTN.
Esse artigo apresenta os tratados e convenções internacionais, como atos normativos primários,
desde que ratificados por Decreto Legislativo. Tratado e Convenção Internacional no qual o Es-
tado Brasileiro deve ser signatário, que reformam ou modificam a legislação tributária interna,
somente produz efeitos jurídicos, com força de lei ordinária, por meio de Decreto Legislativo. A
Emenda constitucional 45/2004 provocou alteração na CF no que tange ao artigo 5º, Inciso
XXVIII, §3º, passando este a regular a eficácia do processo legislativo dessas normas jurídicas
internacionais, desde que sejam ratificados por meio de Decreto Legislativo, vigorando então
com força de Lei Ordinária.
OBS (2): Isenções Heterônomas. Proibição constitucional. Art. 151, III da CF (Art. 151. É ve-
dado à União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios). Exceção: art. 156, § 3º, ou seja, por meio de Lei Complementar é possível
excluir a competência dos Municípios serviços que sejam destinados para o exterior.
OBS (3): A previsão do supersimples estabelecido no parágrafo único do Art. 146, Alínea “d”,
e seu parágrafo único, da CF, pelo qual a lei complementar prevê regime jurídico único de
arrecadação dos impostos da União, dos Estados-membros, Distrito Federal e Municípios devi-
dos pelas microempresas e empresas de pequeno porte, bem como tratamento diferenciado de
microempresas e de pequeno porte, para o ICMS e Contribuições.
• Facultatividade: os entes federativos não são obrigados a legislar sobre a matéria tributária
atribuída pela competência designada na Constituição de 88. Ou seja, nenhum Estado-
membro ou Município está obrigado ao exercício da criação e cobrança dos tributos.
Como exemplo disso, temos até hoje a previsão do imposto sobre grandes fortunas na
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Tópicos em Direito 1
Carta Magna, mas a União não exerceu a sua competência para criá-lo. Caso idêntico
é a previsão da competência tributária aos Estados e Municípios para criarem o sistema
próprio de arrecadação do tributo necessário ao custeio de previdência dos respectivos
funcionários públicos, que na grande maioria não foram ainda instituídos.
OBS (1): O art. 11 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2001), que dispõe ser requi-
sito essencial da responsabilidade na gestão fiscal dos entes políticos na efetiva arrecadação
de todos os tributos, não altera a característica de facultatividade do exercício da competência
tributária, eis que trata-se de imputação jurídica ao ente que deixar de exercer a plena cobrança
de tributos, que recebe por competência da CF de 88.
OBS (2): Bitributação é a pretensão de mais de um ente político para tributar duas vezes o
mesmo fato imponível (comportamento do ser humano). Essa possibilidade se verifica com a
criação do Imposto Extraordinário de Guerra pela União poder se valer da hipótese de incidência
dos impostos de competência dos outros entes políticos. Outra possibilidade é a incidência de
imposto federal de importação concomitantemente com os Estados-membros e Distrito Federal
tributarem o ICMS nas importações de mercadorias e serviços.
OBS (3): Bis in Idem significa a mesma pessoa política tributar mais de uma vez o mesmo
fato imponível. Temos, como exemplo, o acréscimo patrimonial que serve de hipótese de inci-
dência ao imposto de renda como também da contribuição social sobre o lucro líquido. Outro
exemplo, o imposto federal de importações e o imposto sobre produtos industrializados devido
na importação de produtos, como também a incidência de PIS/COFINS incidentes sobre o fatu-
ramento.
A Lei Complementar, enquanto norma que limita o poder de tributar, significa a função de es-
clarecer e evidenciar o conteúdo constitucional de normas não autoaplicáveis em matéria de
princípios constitucionais tributários e imunidades tributárias.
Em caráter de normas gerais em direito tributário, a Lei Complementar tem por função estabe-
lecer a especificação dos elementos que compõem a norma tributária, em relação: a) definição
de tributos e de suas espécies, bem como em relação aos impostos discriminados nesta Cons-
tituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lan-
çamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato
cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas; d) definição de tratamento diferenciado e
favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes espe-
ciais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no
art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239; d) também poderá instituir
um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
O CTN é Lei Complementar de nítida função de norma geral em direito tributário, além de outras
leis complementares específicas de determinados impostos, tais como o ICMS (LC nº 87/1996)
e ISS (LC nº 116/2003).
Nesse contexto, com a edição da Lei Complementar, enquanto norma geral, os Estados-Mem-
bros, Distrito Federal e Municípios poderão exercer a sua competência suplementar, para editar
as suas leis ordinárias específicas sobre tributos, respeitado o grau de hierarquia ao conteúdo
previsto no texto da lei complementar, na esteira do §2º, do Art. 24, da CF de 1988.
• ICMS (Lei Complementar nº 87/1996): impõe vários campos delimitados pela Constituição
para regular o seu regime jurídico: (Art. 155, §2º, XII, “a” a “i” da CF)
• ITCMD: critérios de competência para a sua instituição nos casos que especifica (Art. 155,
§1º, III)
OBS (1): Medidas Provisórias, que versem sobre tributos, não poderão tratar de matéria subme-
tida à Lei Complementar: Art. 62, §1º, III, da CF.
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Tópicos em Direito 1
3 Conceito de Tributo
O tributo como objeto da relação jurídica tributária revela o comportamento humano que é vol-
tado ao recolhimento de dinheiro aos cofres públicos.
Tributo é uma prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa se exprimir,
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade adminis-
trativa plenamente vinculada.
O tributo deve ser pago em dinheiro. O direito tributário brasileiro desconhece o pagamento
do tributo in natura, ou seja, pagamento de tributo por meio da entrega de mercadorias ou pro-
dutos, como também o pagamento do tributo in labore (pagamento de tributos pelo trabalho do
contribuinte à entidade tributante).
OBS (1): A dação em pagamento de tributos, por meio de bem imóvel: Inc. XI, do art. 156 do
CTN, conforme a Lei Complementar nº 104/2001. Caso de Extinção do Crédito Tributário.
Exemplos: Decreto do Município de São Paulo nº 42.095 de 12.06.02, que regulamenta a Lei nº
13.259 de 28.12.01, pelo qual o devedor de tributos municipais, cujos créditos estejam inscritos
na dívida ativa, poderão quitá-los com o oferecimento de bens imóveis em dação de pagamento
de tributos.
OBS (2): A penhora de bens na Execução Fiscal. Não se trata de pagamento do tributo e sim de
procedimento processual estabelecido pela lei, como meio de garantir a execução fiscal, com o
objetivo de expropriar bens do devedor tributário, visando ao pagamento em dinheiro do tributo.
OBS (3): O tributo pode ser pago por meio de cheque, desde que devidamente compensado e
pago pelo sacado, conforme o Art. 162, Inc. I, §2º.
O tributo não decorre de sanção por ato ilícito, ou seja, não decorre de qualquer punição
advinda pelo direito pelo cometimento de um ato ilícito, daí a conclusão lógica da afirmação de
que o tributo não decorre de multa.
O tributo decorre da previsão em lei de um fato da realidade, que se e quando acontecido, faz
nascer a obrigação de um sujeito de direito de pagá-lo.
O Princípio jurídico do non olet (o dinheiro não tem cheiro). Nomenclatura surgida em Roma,
quando determinado Imperador instituiu um imposto pelo uso da latrina (banheiros públicos).
Questionado pelo seu filho sobre a origem de um tributo proveniente de local tão sujo, o Impe-
Nesse sentido, pouco importa a origem ilícita da conduta do contribuinte. Uma vez realizada
pelo sujeito passivo a hipótese de incidência do tributo estabelecida na Lei (a previsão hipotética
da conduta tributável do contribuinte), este deverá cumprir com o pagamento do tributo, inde-
pendentemente se sua conduta foi ilícita.
Atenção para as indenizações civis de caráter patrimonial e moral, que não sofrem incidência de
imposto sobre a renda, eis que se tratam de sanção civil por cometimento de atos ilícitos civis.
As indenizações por Acidente de Trabalho não sofrem, de idêntico modo, incidência de imposto
sobre a renda, por se tratarem de sanção oriunda da legislação do direito do trabalho.
A indenização por Despedida (Multa FGTS) e Aviso Prévio relativo à Legislação Trabalhista não
sofrem incidência de imposto sobre a renda, pelo mesmo critério.
Plano de Demissão Voluntária - PDV: Súmula 215 do STJ: A indenização recebida pela ade-
são a programa de incentivo à demissão voluntária não está sujeita à incidência de im-
posto sobre a renda.
A Licença Prêmio (Após 05 (cinco) anos de efetivo exercício, o servidor terá direito à concessão
de 03 (três) meses de licença prêmio por assiduidade, com direito à remuneração do cargo efe-
tivo): Súmula 136 do STJ: O pagamento de licença-prêmio não gozada por necessidade de
serviço não está sujeito ao imposto de renda.
Férias não Gozadas e Pagas (10 dias p/ necessidade de serviço: art. 143 da CLT): Súmula 125
do STJ: O pagamento de férias não gozadas por necessidade do serviço não está sujeito
à incidência do Imposto de Renda, como também a parcela de férias não gozadas, ainda que
sem previsão por necessidade de serviço. Embargos de Divergência em RESP nº 515.148 (STJ).
CUIDADO: Hora Extra; adicional de 1/3 sobre férias; adicional noturno; 13º salário; gratificação
de produtividade e/ou participação nos lucros. INCIDÊNCIA DE IR.
O Adicional de insalubridade aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de traba-
lho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixa-
dos em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
(Art. 189 da CLT). Verba Salarial. INCIDÊNCIA DE IR.
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Tópicos em Direito 1
O tributo deve ser instituído por meio de lei. Consagração do princípio constitucional da le-
galidade tributária contido na CF de 1988: Art. 150, I. A lei tributária é a norma geral e abstrata
que vale para todos os cidadãos, que inova no ordenamento jurídico e é aprovada mediante
processo legislativo específico previsto na Constituição de 1988.
Aparente Exceção ao Princípio da Legalidade: impostos que podem ser alterados por meio de
ato do poder executivo (Decretos Regulamentadores), nos limites e condições previstas em lei
(Art. 153, §1º.): II, IE, IPI, IOF. ICMS Combustível (art. 155, §4º., IV, “c”. CIDE Combustível (Art.
177, §4º., I, “b”, todos da CF).
A exigência acima não será obedecida, por exceção prevista no §2º, do Art. 62, da CF de 1988,
ou seja, medidas provisórias terão eficácia de imediato, no dia seguinte, quando se tratar de
criação ou majoração do imposto de importação e exportação; imposto sobre produtos indus-
trializados; imposto sobre operações financeiras e o imposto extraordinário de guerra.
• IPI incidente na importação de produtos industrializados: Art. 153, IV, c.c. o Art. 46 do CTN
OBS (1): O Governo brasileiro declarou guerra ao Eixo, em 31/08/1942, após o afundamento
de seis barcos da marinha mercante em águas territoriais brasileiras. Para fazer frente às des-
pesas de guerra, o Governo Federal editou o Decreto-lei nº 4.789, de 05 de outubro de 1942,
autorizando a emissão de Obrigações de Guerra. Os contribuintes do Imposto sobre a Renda
a partir de janeiro de 1943 estariam submetidos ao recolhimento de uma importância igual ao
imposto que estivessem sujeitos, no último exercício, para a subscrição compulsória de obriga-
ções de guerra.
Contribuições para o Programa de Integração Social (PIS), criado pela Lei Complementar n.° 7,
de 07/09/1970 e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP),
criado pela Lei Complementar n.° 8, de 03/12/1970, destinados a financiar o programa do
seguro-desemprego e o abono de que trata o § 3° do artigo 239 da CF, previstas no caput do
artigo 239 da Constituição Federal.
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Tópicos em Direito 1
Classificam-se, ainda, como contribuições sociais gerais aquelas aludidas no artigo 240 da
Constituição Federal, que estabelece ressalvas à cobrança, a par do disposto no artigo 195 da
CF, das então existentes contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários,
destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao
sistema sindical. São as chamadas contribuições destinadas a entidades privadas (Sistema “S”).
Trata-se de tributo exigido de pessoas privadas (empregadores) relativamente a fatos distintos
de atividade estatal, destinados a entidades privadas (SENAI, SESI, SESC, SENAC, SESCOOP,
SENAR, SENAT etc.)
OBS (1): Não é considerado tributo pela Jurisprudência do STF e STJ: o FGTS: art. 7º, III da
CF: RE 138.284-8/CE / RE 148.754-2/RJ.
»» SAT: Art. 7º, Inciso XXVIII, Art. 201, I c.c. o §10º do Art. 201, todos da CF de 1988.
Estabelece ainda o §8° do artigo 195 da Constituição Federal a contribuição social para a se-
guridade social, chamada de Contribuição ao Funrural, devida pelo produtor, parceiro, meeiro
ou arrendatário rural, bem como o pescador artesanal e respectivos cônjuges, que exerçam suas
atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, cobrada mediante a
aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da respectiva produção.
• Devidas pelo empregado: Art. 195, II. Descontada diretamente em folha, conforme o
salário e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre
aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata
o art. 201.
Tivemos também a Contribuição ao IBC – Instituto Brasileiro do Café, disciplinada pelo Decreto-
-lei n.° 2.295, de 21-11-1986, destinada ao financiamento, modernização, incentivo à produti-
vidade da cafeicultura, da indústria do café e da exportação, bem como ao desenvolvimento de
pesquisas, dos meios e vias de transporte, dos portos, da defesa do preço e do mercado, interno e
externo, bem como, ainda, das condições de vida do trabalhador rural, também catalogada, sob a
égide da Constituição anterior, como contribuição de intervenção no domínio econômico, não foi
recepcionada pela Constituição Federal de 1988, conforme decidiu o Pleno do Supremo Tribunal
Federal no julgamento do RE 198.554-2-SP, Relator o Ministro Carlos Velloso, j. em 19/09/1997,
em face de delegação para fixação do montante do tributo ao Presidente do Instituto.
O Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante, que tem como normas básicas
que estabelecem regras a respeito os Decretos-leis 2.404, de 23-12-87, e 2.414, de 12-02-88 e
a Lei 10.206, de 23-03-2001. Referida exação teve reconhecida a sua natureza de contribuição
interventiva pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento Plenário do RE 177.137-2-RS, relator
o Ministro Carlos Velloso, j. de 25/05/1995.
Adicional de Tarifa Portuária - ATP. Lei 7.700, de 1988, art. 1º, § 1º. Natureza jurídica do
ATP: contribuição de intervenção no domínio econômico, segundo o entendimento da maioria,
a partir dos votos dos Ministros Ilmar Galvão e Nelson Jobim. Voto do Relator, vencido no fun-
damento: natureza jurídica do ATP: taxa (...). (RE 209.365, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento
em 4-3-99, DJ de 7-12-00).
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Tópicos em Direito 1
Mais recentemente, a Lei n° 10.336, de 19/12/2001, com lastro nas disposições da Emenda
Constitucional 33/2001, instituiu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico inci-
dente sobre a Importação e a Comercialização de Petróleo e seus Derivados, Gás Natural e
seus Derivados, e Álcool Etílico Combustível – CIDE, cobrada do produtor, do formulador, do
importador, pessoa física ou jurídica, dos combustíveis mencionados. Referida contribuição tem
a finalidade declarada de pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível,
de gás natural e seus derivados e de derivados de petróleo, de financiamento de projetos am-
bientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás, bem como de programas de infra-
-estrutura de transportes.
Merece destaque a obrigação criada pela Lei 9.991, de 24/07/2000, alterada pela Lei 10.438,
de 26/04/2002, que tem como sujeitos passivos as empresas concessionárias e permissionárias
de serviços públicos de distribuição de energia elétrica, as concessionárias de geração e as em-
presas autorizadas à produção independente de energia elétrica e as concessionárias de serviços
públicos de transmissão de energia elétrica, que ficam obrigadas a aplicar anualmente deter-
minadas percentagens de sua receita operacional líquida em pesquisa e desenvolvimento do
setor elétrico e programas de eficiência energética no uso final. Trata-se de contribuição
de intervenção no domínio econômico, determinando-se a prática de comportamento compul-
sório, embasada nos artigos 170, VII e 218 da CF/88.
3.4 Municípios
3.4.1 Impostos
• IPTU: Art. 156, I
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Tópicos em Direito 1
5. Contribuição ao Funrural
10. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (SENAT) - Lei 8.706/1993
21. Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) - Lei 9.311/1996 (Extinção
2008)
22. Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral,
vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal)
24. Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS - Lei
Complementar 110/2001
27. Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE
etc.)
28. Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto etc.
30. Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - Lei 5.070/1966 com novas
disposições da Lei 9.472/1997
40. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física e jurídica)
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Tópicos em Direito 1
51. Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação - Lei
10.870/2004
61. Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro - TFPC - Lei
10.834/2003
66. Taxa de Serviços Administrativos - TSA - Zona Franca de Manaus - Lei 9960/2000
69. Taxa de Outorga e Fiscalização - Energia Elétrica - art. 11, inciso I, e artigos 12 e 13, da
Lei 9.427/1996
70. Taxa de Outorga - Rádios Comunitárias - art. 24 da Lei nº 9.612/98 e nos art. 7 e 42 do
Decreto 2.615/1998
71. Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários - art. 77, incisos II e III,
a art. 97, IV, da Lei 10.233/2001
75. Taxa Processual Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE - Lei 9.718/1998
O fato gerador (também chamado pela doutrina como fato imponível), indicado no Art. 4º do
CTN representa o fenômeno da realidade, que será tomado como relevante pela lei tributária,
que se e quando acontecido, faz nascer o dever de cumprimento da lei tributária.
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Tópicos em Direito 1
OBS (1): O STF (RE nº 138.284) deixa evidente a orientação jurisprudencial para a com-
preensão da natureza jurídica das Contribuições previstas no art. 149 da Constituição
de 1988. Conforme o Acórdão, as Contribuições previstas no art. 149 são tributos, cuja
espécie é definida pela destinação dos recursos de sua arrecadação. Portanto, deve o
intérprete do CTN analisar com restrições o inciso II, do art. 4º do CTN, no tocante às con-
tribuições do art. 149.
Os impostos não admitem vinculação de receita a órgão, fundo ou despesa: Art. 167, IV, de CF
de 1988, exceto: (1) a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os
artigos 158 e 159; (2) a destinação de recursos para ações e serviços públicos de saúde; (3) para
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tribu-
tária, como determinado, respectivamente, pelos artigos 198, §2º, 212 e 37, XXI; (4) e a presta-
ção de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, §8º.
Também, por exceção à previsão da proibição de vinculação de receita dos impostos, temos o se-
guinte: (5) É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular o programa de apoio à inclusão
e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, parágrafo único
do Art. 204; (6) É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomen-
to à cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento
de programas e projetos culturais, §6º, do Art. 216; (7) O IPI compõe o Fundo de Combate e
Erradicação da Pobreza, correspondente a um adicional de cinco pontos percentuais na sua alí-
quota, incidente sobre produtos supérfluos e aplicável até a extinção do Fundo e (8) O Imposto
sobre Grandes Fortunas integralmente será destinado ao Fundo de Combate e Erradicação da
Pobreza, ambos conforme o Art. 80, do ADCT, da CF de 1988.
b) Reais: são aqueles que não levam em consideração as condições pessoais do contribuinte,
mas, sim, sinais de riqueza de características objetivas como, por exemplo, a propriedade
de bens imóveis;
c) Diretos: são tributos incidentes na cadeia econômica e que são suportados pelo contribuinte
sujeito passivo sem repasse no preço dos produtos ou mercadorias;
d) Indiretos: são aqueles que não suportados pelo contribuinte sujeito passivo, do ponto
de vista econômico, eis que ocorre o repasse do tributo no preço das mercadorias ou
produtos ao consumidor final.
É imposto instituído por meio de Lei Ordinária e de caráter vinculado para atender as despesas
de Guerra e de eficácia imediata, ou seja, não há necessidade de obediência ao princípio da
anterioridade, não precisando aguardar o exercício financeiro seguinte, nem tampouco respei-
tando o prazo de noventa dias.
• Impostos sobre o Patrimônio e a Renda: IRPF; IRPJ; ITR; IGF; IPVA e IPTU.
• Impostos sobre a transmissão, circulação e produção: IPI; ITCMD; ICMS; ITBI e ISS.
• Impostos Extraordinários.
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Tópicos em Direito 1
6 Taxas
Previsto no Art. 145, II da CF, de 1988, c.c. o Arts. 77, 78, 79 e 80 do CTN.
Tributo de competência comum, tanto a União Federal, como estados-Membros, Distrito Federal
e municípios podem criá-los. Contudo, deve ser mantida a coerência com a competência para
prestar o serviço ou fiscalizar. Proibição de Municípios instituir taxas de fiscalização sobre as
importações de mercadorias, por exemplo, que é atividade estatal própria da União Federal.
O conceito de serviços públicos é determinado pelo conteúdo da lei, ou seja, assim designado
na lei como de caráter público.
O serviço público que será remunerado por taxa é o de utilização compulsória, efetivo ou
potencial, como, por exemplo, o serviço de coleta de lixo e o serviço de coleta de esgoto, em
face do respeito às normas de saúde pública. O critério de potenciadalidade significa a mera
disponibilidade do serviço público em prol do usuário.
Serviços públicos específicos e divisíveis. Serviços públicos específicos são aqueles prestados
pelo ente estatal em caráter de exclusividade, fruto de sua atuação em sociedade visando
ao bem-estar coletivo. Serviço público que permita identificar o sujeito passivo ou o usuário.
Serviços públicos divisíveis são aqueles prestados em caráter individualizado e usufruído se-
paradamente em unidades autônomas pelos contribuintes.
Serviços públicos de caráter universal, prestados indistintamente a todos os cidadãos, sem possi-
bilidade de mensuração individual, ou que possa ser usufruído separadamente em unidades au-
tônomas. Exemplos: serviços de iluminação pública (Súmula 670 do STF); serviços de segurança
pública; limpeza e conservação de logradouros; asfaltamento de ruas.
A base de cálculo das taxas, conforme o § 2º, do Art. 145, da CF de 1988, bem como o Pará-
grafo Único do art. 77 do CTN, será o custo na prestação dos serviços.
O poder de polícia como hipótese de incidência das taxas vem disciplinado no Art. 78 do CTN,
que significa qualquer disciplina ou limitações de direitos individuais veiculadas por Lei, permi-
tindo ao Poder Público a cobrança do tributo. É o que acontece com as limitações urbanísticas
do direito de construir, com Taxa de Alvará (Funcionamento). Outro exemplo é a Taxa de
Fiscalização e Anúncio. A Taxa de Fiscalização de Títulos Valores Mobiliários, instituída pela
Lei nº 7.940/1989. A Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (Lei nº 10.165/2000).
Não se pode cobrar taxa pelo exercício do poder de polícia potencial, ou seja, a fiscalização, o
controle ou a disciplina de atividades privadas, ainda, em implementação ou por simples amos-
tragem. A Súmula 157 do STJ: é ilegítima a cobrança de taxa, pelo Município, na renovação
de licença para localização de estabelecimento comercial ou industrial. Trata-se de exigência
de efetivo poder de polícia de caráter cíclico, ou seja, deve existir a ação fiscalizadora concreta
como exigência da taxa renovável.
A Base de cálculo das taxas em razão da efetiva prestação do poder de polícia é o custo na
prestação desse poder de polícia.
O preço público decorre de uma atividade exercida pelo Estado como se fosse um particular,
sem estar investido de sua soberania.
A taxa decorre de prestação de serviço público e poder de polícia que não pode ser transferido
ao particular. O preço público decorre de remuneração por atividade que pode ser transferida
ao particular.
A taxa advém de obrigação prevista em lei. O preço público decorre de acordo de vontades.
A taxa visa cobrir o custo pela prestação do serviço ou do poder de polícia realizado. A cobrança
de preço público visa ao lucro.
27
Tópicos em Direito 1
As tarifas são modalidades de preço público cobrado pelas concessionárias prestadoras de ser-
viços públicos, tais como de fornecimento de energia elétrica particular; fornecimento de água;
prestação de serviços de telefonia fixa e móvel.
7 Contribuições de Melhoria e
Empréstimos Compulsórios: Art. 145, III,
da CF de 1988, c.c. os Arts. 81 e 82 do CTN
A contribuição de melhoria é tributo que tem por hipótese de incidência um elo intermediário,
que liga o obrigado ao Estado por conta de uma atuação indireta do poder público.
A obra pública é a atuação indireta do poder público, não sendo considerada como tal a reforma
ou manutenção de uma obra pública existente.
É um tributo vinculado indiretamente a uma atuação estatal. Eis que a hipótese de incidência do
tributo é a valorização do imóvel beneficiado por obra pública, enquanto atuação indireta do
poder público, caracterizando-se, então, como uma diferença com a espécie taxas.
A base de cálculo das taxas é a valorização do imóvel sofrida pela realização da obra pública,
cujo limite individual não poderá exceder a 3% do maior valor fiscal do imóvel, que corresponde
ao valor venal do imóvel aferido para fins de cobrança do IPTU, do ITBI ou do ITR, conforme o
art. 12 do Decreto-lei nº 195/1967.
A Definição da área abrangida pela obra pública; definição do fator de absorção da valorização
imobiliária e do processo administrativo de impugnação devem ser definidos por meio de lei.
Requisitos essenciais para a sua instituição: a) calamidade pública; b) guerra externa ou sua
iminência; e c) investimento público de caráter urgente e relevante.
O investimento público de caráter urgente e relevante é aquele previsto nos termos do art. 12,
§ 4º, da lei nº 4.320/1964, tais como obras, construções de estradas, prédios públicos, açudes,
melhorias etc., que não tenham previsão orçamentária da União para serem feitos e de realiza-
ção imprescindível ao desenvolvimento nacional, beneficiando toda a população brasileira.
Não recepção pela Constituição de 88 do inciso III, do art. 15 do CTN, com a finalidade de atri-
buir função extrafiscal ao empréstimo compulsório. Portanto, não se admite pela Carta Magna de
88 que o empréstimo compulsório possa assumir a feição de conjuntura que exija absorção tem-
porária de poder aquisitivo. Ex.: Plano Collor de 1990. Inconstitucionalidade decretada pelo STF.
O referido tributo consigna uma norma jurídica tributária e administrativa. Imprescindível a de-
volução do tributo e em dinheiro pela União Federal, consoante o parágrafo único do art. 15
do CTN.
Existe a vinculação constitucional da receita obtida pelo empréstimo compulsório aos requisitos
essenciais para a sua criação.
O empréstimo compulsório decorrente de guerra externa ou sua iminência ou para cobrir des-
pesas decorrentes de calamidade pública não obedece ao princípio da anterioridade tributá-
ria, ou seja, a lei complementar terá vigência e eficácia imediata. Contudo, com relação ao
empréstimo compulsório decorrente de investimento público de caráter urgente e de relevante
interesse nacional, deverão ser obedecidos os dois critérios da anterioridade tributária: o anual
e o nonagesimal.
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Tópicos em Direito 1
A característica peculiar do regime jurídico desse terceiro grupo de exações está na destinação
a determinada atividade, exercitável por entidade estatal ou paraestatal, ou por entidade
não estatal reconhecida pelo Estado como necessária ou útil à realização de uma função
de interesse público.
a) Contribuições sociais;
No tocante à espécie tributária, as contribuições especiais são tributos vinculados a uma ativida-
de estatal, situadas, porém, em posição intermediária entre impostos e taxas.
Essa espécie tributária está mais próxima dos impostos; eis que a hipótese de incidência e base
de cálculo revelam um fato signo de riqueza do contribuinte (completa desvinculação), do que
das taxas (total vinculação); eis que não pressupõe uma atuação estatal específica e divisível
relativa ao contribuinte.
Existiria, assim, uma referibilidade indireta de uma atuação estatal relacionada a um grupo de-
terminado de contribuintes; a hipótese de incidência do tributo pode até se assemelhar bastante
ao dos impostos, mas só estará completo o regime jurídico constitucional das contribuições
diante de uma atuação estatal indireta relativa ao grupo no qual se situa o contribuinte, traço
diferenciador das contribuições em face do destino dado ao montante do tributo arrecadado.
OBS (1): Nova Contribuição Social (Art. 195, §4º, da CF de 1988), necessidade de Lei Com-
plementar.
OBS (4): Em relação às contribuições sociais, deve ser obedecida unicamente a regra da ante-
rioridade nonagesimal, conforme o §6º, do Art. 195, da CF.
As entidades beneficentes de assistência social sem fins lucrativos não serão atingidas pelas
Contribuições Sociais, na previsão no Art. 195, §7º, da CF, bem como, as contribuições sociais e
CIDE não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação, conforme o Art. 149, §2º, Inciso
I, da CF de 1988, caracterizando-se como imunidades tributárias.
• Salário-Educação: art. 212, §5º. Custeia o ensino fundamental público e pago por todas
as empresas privadas.
Classificam-se, ainda, como contribuições da espécie aquelas aludidas no artigo 240 da Consti-
tuição Federal, que estabelece a cobrança dos empregadores, destinadas às entidades privadas
de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.
São as chamadas contribuições destinadas a entidades privadas (Sistema “S”). Trata-se de tributo
exigido de pessoas privadas (empregadores) relativamente a fatos distintos de atividade estatal,
destinados a entidades privadas (SENAI, SESI, SESC, SENAC, SENAR, SEST, SENAT etc).
31
Tópicos em Direito 1
Empresas prestadoras de serviços e de consultoria, como, por exemplo, as Bancas Jurídicas, es-
tão vinculadas ao SESC e SENAC, desde que comprovem não estarem vinculadas a outro serviço
social prestado aos trabalhadores do segmento econômico, conforme a Súmula 499 do STJ: “As
empresas prestadoras de serviços estão sujeitas às contribuições ao Sesc e Senac, salvo
se integradas noutro serviço social”.
OBS: O FGTS não tem natureza tributária. Posicionamento jurisprudencial do STF RE 120.189.
»» SAT: Art. 7º, Inciso XXVIII, art. 201, I c.c. o §10 do Art. 201, todos da CF
Estabelece ainda o §8° do Artigo 195 da Constituição Federal a contribuição social para a segu-
ridade social devida pelo produtor, parceiro, meeiro ou arrendatário rural, bem como o pescador
artesanal e respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar,
sem empregados permanentes, cobrada mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado
da comercialização da respectiva produção.
• Do empregado: art. 195, II. Descontada diretamente em folha, conforme o salário e dos
demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria
e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
(i) efetiva intervenção do Estado no domínio econômico, nos limites das possibilidades
constitucionalmente previstas para tanto;
(ii) em atividade originariamente reservada ao setor privado ou que tenha a este sido
transferida por autorização, concessão ou permissão;
Sem estabelecer as respectivas hipóteses de incidência possíveis e, bem assim, os aspectos a elas
inerentes, o mencionado dispositivo deixa “em aberto” ao legislador infraconstitucional a possibi-
lidade de estabelecer o aspecto material das CIDEs que vierem a ser criadas, estabelecendo restri-
ção apenas quanto à observância do disposto nos artigos 146, III e 150, I e III, da Magna Carta.
Apenas o §2º do art. 149, da CF de 1988, introduzido pela Emenda Constitucional 33/2001,
restringiu em certa medida a esfera de alcance para a instituição dessa exação pela União, eis
que, antes de seu advento, detinha a União, nesse campo, verdadeira “carta em branco”, com
possibilidades quase ilimitadas para a criação das CIDEs, à vista da textura aberta dos termos e
expressões encontrados no referido artigo 149 da CF.
A base de cálculo da CIDE pode ser o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação, ou
ainda, no caso de importação, o valor aduaneiro.
A CIDE pode incidir sobre as importações de produtos e serviços, conforme o inciso II, do
§ 2º, do art. 149.
A Constituição de 1988 veda ao legislador federal para instituir a CIDE no tocante às competên-
cias privativas dos Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, eis que não podem tributar
as hipóteses de incidência específicas aos respectivos entes políticos.
33
Tópicos em Direito 1
O Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante, devido pelos usuários dos servi-
ços de transporte marítimo, que tem a finalidade de atender ao encargo de intervenção da União
no apoio ao desenvolvimento da marinha mercante e da indústria de construção e reparação
naval brasileira, cuja hipótese de incidência é a operação de descarregamento da embar-
cação em porto brasileiro.
Contribuição ao INCRA é atualmente considerada pelo STJ como CIDE, devida pelas empre-
sas privadas, sob percentual incidente sobre folha de salários, destinada à promoção da reforma
agrária e de colonização. Súmula nº 516 do STJ: a contribuição de intervenção no domínio
econômico para o INCRA, devida pelos empregadores rurais e urbanos, não foi extinta pelas Leis
n.s 7.787/1989, 8.212/1991 e 8.213/1991, não podendo ser compensada com a Contribuição
ao INSS.
São exemplos dessas espécies as contribuições que os advogados pagam à Ordem dos Advo-
gados do Brasil, as contribuições que os médicos pagam ao Conselho Regional de Medicina,
as contribuições que os contabilistas pagam ao Conselho Regional de Contabilidade, além de
outras com iguais características.
O sujeito passivo deve participar efetivamente de uma categoria profissional, que se submete ao
controle, registro e fiscalização das entidades reguladoras, pessoas jurídicas de direito público
(autarquias), na condição de arrecadadores do tributo.
A seu turno temos, como subespécie dessa contribuição, a Contribuição Sindical (Patronal e
dos Trabalhadores), com fundamento no Art. 8º, Inciso IV da CF d e1988, c.c. o art. 578 a
610 da CLT.
Por outro lado, a Contribuição Confederativa, prevista no Art. 8º, inciso IV, da CF, não é tributo,
pois depende da vontade do trabalhador se filiar ao Sindicato de sua categoria, que a paga para
a manutenção do sistema confederativo de representação de sua categoria.
Histórico Jurisprudencial. Súmula 670 do STF: O serviço de iluminação pública não pode ser
remunerado mediante taxa.
Aparente Exceção ao Princípio da Legalidade: impostos que podem ser alterados por meio de ato
do poder executivo, nos limites e condições previstas em lei (Art. 153, §1º.): II, IE, IPI, IOF.
ICMS Combustível (art. 155, §4º., IV, “c”. CIDE Combustível (Art. 177, §4º., I, “b”, todos da CF).
OBS (1): Os Convênios celebrados pelas entidades federativas são acordos de cooperação
entre duas ou mais pessoas de direito público visando ao aprimoramento da arrecadação e fisca-
lização tributárias, na conformidade do Art. 199 do CTN, em tudo subordinados à lei tributária.
Por outro lado, temos os chamados Convênios de ICMS, na previsão do Art. 155, §2º, Inciso XII,
“g”, da CF, que estabelece que a lei complementar irá regulamentar a forma como, mediante
deliberação dos Estados e Distrito Federal, as isenções, os incentivos e os benefícios fiscais em
matéria de ICMS serão concedidos e revogados.
Nesse caso, a Lei Complementar nº 24/75 estipula que o Poder Executivo deverá ratificar por De-
creto o Convênio de ICMS, firmado pelos Estados, por meio de seus Secretários Estaduais, quando
assim deliberam sobre aplicação uniforme da legislação de ICMS em todo o território nacional.
Nesse sentido, os Convênios de ICMS visam integrar a legislação tributária do ICMS em face
dessas desonerações tributárias, por meio do Decreto do Executivo, valendo como norma interna
no âmbito estadual.
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Tópicos em Direito 1
OBS (2): Atenção para os casos de isenção, extinção e redução dos tributos, que também obede-
cem ao princípio da legalidade, conforme previsão do §6º, do Art. 150 da Constituição Federal.
A exigência acima não será obedecida, por exceção prevista no §2º, do Art. 62, da CF de 1988,
ou seja, medidas provisórias terão eficácia de imediato, no dia seguinte, quando se tratar de
criação ou majoração do imposto de importação e exportação; imposto sobre produtos indus-
trializados; imposto sobre operações financeiras e o imposto extraordinário de guerra.
A fixação da alíquota do tributo e sua base de cálculo são alguns dos elementos da regra matriz
de incidência, que devem estar contidos na lei.
A Lei deve estabelecer a infração tributária; a conduta típica que induz a ocorrência da infração
à legislação e a pena correlata: multa tributária.
Somente a Lei pode ditar as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de crédito tributário ou
de dispensa ou redução de penalidades.
O CTN chama a atenção para o fato de que todas as hipóteses de exclusão, suspensão e extin-
ção do crédito tributário devem estar na lei. Por exemplo: Isenção e anistia são causas de exclu-
são de crédito. A suspensão se dá no Art. 151; Ex.: a moratória e o parcelamento. A extinção do
tributo previsto no Art. 156. Ex.: Decadência e Prescrição do Crédito.
A outra fonte de majoração da base de cálculo é a majoração acima dos limites da in-
flação medida no período. Toda vez que a Administração resolver majorar a base de cálculo
acima dos limites da inflação medida, somente poderá ser feita por lei. Se a inflação medida no
período de 2003 foi de 12%, o Poder Público só poderá majorar acima desse índice por meio
de lei.
Não constitui majoração, o que deve ser veiculado por lei a atualização do valor monetário da
respectiva base de cálculo. Ex.: a tabela do IPVA que é baixada por decreto em outubro pelos
Estados da Federação. Súmula 160 do STJ: É defeso, ao Município, atualizar o IPTU, mediante
decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.
As obrigações acessórias, na conformidade do Art. 113, §2º, do CTN, devem obediência à Lei
para serem instituídas.
OBS (1): CUIDADO: Decreto Legislativo. A sua função é introduzir no ordenamento jurídico
brasileiro os convênios internacionais e no âmbito tributário é ratificar os convênios entre os entes
políticos (Estados, Municípios). Caráter de Lei Ordinária. Ato Normativo Primário. Art. 62
da CF.
OBS (2): CUIDADO: As Resoluções. Previsão do Art. 59, Inciso VII, da CF. É um mecanismo
legislativo, estabelecido pela Constituição Federal de 1988, para dispor sobre matéria tributária
de competência do Senado Federal em matéria de alíquotas de determinados impostos. É, então,
um ato normativo primário.
Em matéria de ICMS, temos a previsão do §2º, do Art. 155, da CF, que determina que resolu-
ção do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores,
aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
operações e prestações de caráter interestadual.
Ainda, em matéria de ICMS, vamos encontrar a previsão do Art. 155, §2º, Inciso V, “a”, da CF,
que dispõe de resolução para definir as alíquotas máximas e mínimas nas operações e pres-
tações internas, como também, fixar as alíquotas máximas nas mesmas operações para
resolver conflito específico que envolva interesse de Estados (Art. 155, §2º, Inciso V, “b”).
O ITCMD terá sua alíquota máxima fixada pelo senado Federal por meio de resolução. O ITCMD
tem a alíquota máxima fixada pela Resolução 9/92, que a fixa em 8% (Art. 155, Inciso IV, §1º).
Outro exemplo é em relação ao IPVA, o Senado poderá estabelecer por resolução alíquotas
mínimas para o imposto.
OBS (3): Tratados e Convenções Internacionais. Art. 98, do CTN. Esse artigo apresenta os
tratados e convenções internacionais, como atos normativos primários, desde que ratificados por
Decreto Legislativo.
Tratado ou Convenção Internacional no qual o Estado Brasileiro deve ser signatário, que refor-
mam ou modificam a legislação tributária, somente produzem efeitos jurídicos, com força de lei
ordinária, por meio de Decreto Legislativo.
Nesse sentido, as alterações ocasionadas na legislação interna tributária por meio dos tratados
e convenções internacionais ficam circunscritas apenas à matéria tratada naquele tratado espe-
cífico, valendo como norma especial.
37
Tópicos em Direito 1
Eventual conflito entre a norma interna e o tratado internacional restará resolvido com a primazia
da norma especial contida no tratado ou convenção internacional.
Não ocorrerá a revogação da legislação interna com a aplicação do tratado, mas de suspensão
ou modificação da eficácia da norma tributária no plano nacional.
O STF entende que não existe prevalência hierárquico normativa entre o Tratado e a Lei interna;
o que ocorre é a consagração do princípio da especialidade, valendo o Tratado como norma
especial, nos termos que especifica, no ordenamento jurídico adotado.
Inclusive, a Lei tributária superveniente ao Tratado, que seja com ele incompatível, prevalece em
face do Tratado, deixando este de ser aplicado no ordenamento jurídico interno. Então, nesse
caso, no plano interno ocasionaria a denúncia do diploma internacional e estaria o Brasil sujeito
às sanções previstas no Tratado.
Poderemos observar a sua aplicação às Contribuições Sociais: §9º, do Art. 195, da CF de 1988,
por força de diferenciação de alíquotas em função de atividade econômica, utilização de mão
de obra ou porte da empresa.
Temos o Imposto de Renda como imposto progressivo previsto no Art. 153, §2º, I, que será
informado pelos critérios de generalidade, universalidade e progressividade, correspondendo o
alcance da lei tributária do imposto sobre a renda àqueles que tenham realizado a hipótese de
incidência do tributo, abrangendo todas as rendas e proventos auferidos pelos contribuintes, com
aplicação de alíquotas variadas em acordo com o aumento da base de cálculo.
OBS (1): Por reiterada posição jurisprudencial do STF, restou definido que o Poder Judiciário não
pode autorizar a correção monetária da tabela progressiva do imposto sobre a renda pessoa
física na ausência de lei para tanto (RE 388.312).
O imposto territorial rural apresenta-se como progressivo, na conformidade do Art. 153, §4º, I,
da CF de 1988, fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas.
O imposto de transmissão causa morte e doação, previsto no Art. 155, Incisos I a IV, da CF de
1988, combinado com a Resolução do Senado Federal nº 9/92 é um imposto progressivo, in-
clusive, conforme interpretação constitucional do STF em repercussão geral no AgR-RE 542.485,
Precedente RE 562.045/RS.
OBS (2): Salientamos que o ITBI, imposto sobre transmissão de bens imóveis inter vivos, de
competência municipal, não terá aplicação da progressividade fiscal ou extrafiscal, conforme
interpretação do STF, Súmula 656: “É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas
para o ITBI com base no valor venal do imóvel.”
OBS (3): Não se pode confundir a progressividade fiscal, como princípio constitucional corolá-
rio da capacidade contributiva e isonomia fiscal, com a técnica de tributação conhecida como
proporcionalidade.
A proporcionalidade significa a aplicação de uma alíquota única sobre uma base de cálculo vari-
ável. Ainda que se possa afirmar que seja a proporcionalidade um mecanismo “neutro” de justiça
fiscal, por meio do qual se induz que o pagamento do tributo pelo contribuinte seja proporcional
à expressão econômica de sua riqueza, aplicando-se uma alíquota única.
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Tópicos em Direito 1
10.2.3 Princípio da seletividade fiscal: Art. 153, § 3º, I e Art. 155, § 2º, III
da CF
Princípio constitucional, enquanto técnica de tributação aplicável aos chamados impostos indire-
tos, notoriamente ao ICMS e ao IPI, onde teremos a adoção de alíquotas seletivas em razão da
essencialidade de produtos e mercadorias. Alíquotas maiores serão adotadas a produtos e mer-
cadorias como nítida conotação supérflua para os consumidores, enquanto alíquotas menores
serão aplicadas a produtos e mercadorias, que se revelam vitais à existência dos consumidores
ou para o exercício de atividades econômicas.
Com a ressalva de que a sua adoção pelo legislador ordinário dos Estados-Membros e Distrito
Federal é facultativa, quando da instituição do ICMS e será obrigatória ao legislador federal, na
instituição do IPI.
Ou seja, a lei tributária deve atingir o fato imponível, o fato concreto da realidade, ocorrido após
a vigência da lei não podendo atingir os fatos geradores já ocorridos.
A lei tributária se projeta para o futuro atingindo as relações jurídicas e os fatos da realidade que
ainda estão por acontecer.
A norma do Art. 106 do CTN determina a aplicação retroativa da lei tributária nos casos
que especifica e em caráter excepcional, em relação às leis interpretativas; bem como, em
face de lei posterior que deixe de considerar o ato ou fato como infração e, por último,
quando a lei nova impor penalidade tributária mais benéfica.
As leis interpretativas são normas jurídicas que explicam o conteúdo e dão conceito aos institutos
jurídicos contidos em outras normas jurídicas. Jamais uma lei interpretativa pode inovar ou irra-
diar efeitos jurídicos sobre os fatos ou relações jurídicas, que estavam sob a égide do comando
da lei interpretada, já ocorridos e acabados no passado.
Portanto, uma lei interpretativa retroage seus efeitos jurídicos para o passado, contudo, não pode
provocar onerosidade tributária ou agravamento da situação do contribuinte com aplicação de
penalidades aos fatos imponíveis regidos pela lei interpretada.
A lei mais benigna em relação à aplicação de penalidades e infrações tributárias somente será
aplicada no caso do ato não estar transitado em julgado, seja no âmbito de uma decisão admi-
nistrativa ou judicial.
O princípio constitucional da irretroatividade tributária não se aplica nos casos em que sobrevêm
lei nova disciplinando novos procedimentos de fiscalização e apuração do tributo na esteira do
§1º do art. 144 do CTN.
Ou seja, lei nova que estabeleça novos critérios de fiscalização e apuração do tributo pode
retroagir no tempo. Como exemplo histórico, tivemos a previsão da Lei nº 10.174/2001,
que alterou o art. 11, §2º da Lei nº 9.311/1996, no tocante ao cruzamento de informa-
ções bancárias dos contribuintes, por meio das informações obtidas com o pagamento da
CPMF, para eventual lançamento de imposto de renda devido e que fora sonegado, é um
típico procedimento de fiscalização tributária que foi previsto em lei e que pode ser apli-
cado a fatos ou atos pretéritos à sua publicação.
A Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003, acrescentou a Alínea “c”, ao Art. 150, Inciso III,
prevendo o critério nonagesimal para a cobrança do tributo, proibindo-se a sua exigência antes
do prazo de 90 dias da aprovação da lei, observado o critério do exercício financeiro seguinte.
Ou seja, é vedada a cobrança do tributo antes de 90 dias da aprovação da lei e no mesmo
exercício financeiro em que foi editada.
Temos as seguintes exceções à Alínea “b”, do Inciso III, do Art. 150, da CF de 1988:
• Imposto de Importação
• Imposto de Exportação
• IPI
• IOF
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Tópicos em Direito 1
A seu turno, temos as seguintes exceções à Alínea “c”, do Inciso III, do Art. 150, da CF de 1988:
• Imposto de Importação
• Imposto de Exportação
• IOF
a) Tributos que são exigidos ou aumentados imediatamente, com a lei possuindo eficácia no
dia seguinte a sua publicação: II, IE, IOF, IEG e Empréstimo Compulsório Calamidade e
Guerra Externa.
b) O IPI não respeita a regra da anterioridade anual, mas somente poderá ser exigido após
90 dias da publicação da lei que o instituiu ou aumentou.
e) Contribuições Sociais dos Estados e Municípios: §1º, do Art. 149: obediência ao art. 195,
§6º, ou seja, aplica-se somente o critério nonagesimal.
f) CIDE e CICP: Regra Geral exercício financeiro seguinte + 90 dias: alíneas “b” e “c”, do
Inciso III, do Art. 150, da CF de 1988.
CUIDADO: CIDE-COMBUSTÍVEL. EXCEÇÃO: Art. 149, §2º, Inciso II, da CF de 1988, combina-
do com o Art. 177, §4º, Inciso I, “b”, não precisa aguardar o exercício financeiro seguinte, mas
obedece unicamente a regra nonagesimal, podendo ser instituído ou aumentado após 90 dias
da edição da lei.
CUIDADO: ICMS-COMBUSTÍVEL. EXCEÇÃO: Art. 155, §4º, Inciso IV, Alínea “c”, não precisa
aguardar o exercício financeiro seguinte, mas obedece unicamente a regra nonagesimal, poden-
do ser instituído ou aumentado após 90 dias da edição da lei.
CUIDADO. A redução de benefício fiscal implica aumento de tributo, devendo se submeter à re-
gra da anterioridade anual e nonagesimal de acordo com o regime jurídico da espécie tributária.
CUIDADO. O Supremo Tribunal Federal na ADI nº 4.016/PR, na esteira do Voto do Ministro Gil-
mar Ferreira Mendes, entende que, no caso de mera alteração dos índices de correção monetária
do tributo, que reduzem ou extinguem descontos no pagamento do tributo ou até mesmo no caso
de revogação de isenções, não se tem a obediência ao princípio da anterioridade.
CUIDADO. Lei Complementar ISS. Isenção Heterônoma. Serviços para o exterior considerados
como não incidentes de ISS. Sua revogação não obedece as alíneas “b” e “c”, do Inciso III, do
Art. 150 da CF.
A exceção a essa regra aplica-se aos II, IE, IPI, IOF e IEG, cuja medida provisória terá eficácia
imediata, sendo cobrados de imediato, independente da conversão em lei.
Com relação às taxas e contribuições de melhoria, em tese, podem ser instituídas e majoradas
por medida provisória e devem obediência ao princípio anual e nonagesimal da anterioridade
tributária, independentemente da conversão da MP.
Contudo, com relação às contribuições sociais previdenciárias, deve ser observada anterioridade
nonagesimal prevista no §6º, do art. 195, da CF, contados a partir da data da publicação da
medida provisória, independentemente de sua conversão em lei.
Princípio constitucional de extremamente vago e de pouca delimitação objetiva, por critérios ju-
rídicos, para aferição do que seria atividade confiscatória do Estado no momento da instituição
e cobrança do tributo.
Com efeito, busca-se por esse princípio constitucional tolher a iniciativa, por meio da atividade
tributária, de atingir o mínimo indispensável à sobrevivência digna da pessoa humana, quando
se tratar de tributos incidentes na pessoa física do contribuinte, como também, inibir a prática
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Tópicos em Direito 1
de instituição de obrigações tributárias, que afetam por completo o livre exercício de atividades
econômicas, com elevada carga tributária incidente.
O princípio do não confisco, em tese, não se aplica aos chamados impostos de caráter extrafis-
cal, como por exemplo, o imposto de importação, de exportação, IPI e IOF, que poderão conter
alíquotas extremamente gravosas como vistas à regulação do mercado.
No mesmo sentido, em relação às contribuições de melhoria, quando existe uma falta de cor-
respondência entre a valorização imobiliária experimentada pelo contribuinte, em razão da obra
pública realizada, com o montante do tributo cobrado.
No tocante às contribuições, existe confisco na falta de proporção entre o valor cobrado pelo
Estado e a finalidade pretendida com a arrecadação do tributo, com a noção do benefício que
deverá ser atingido ou mesmo quando inexiste a finalidade pretendida contida na lei.
É a chamada proibição de tributação incidente pelo mero traspasse das fronteiras dos Estados,
Distrito Federal e Municípios.
O instituto da isenção tributária só pode ser utilizado pelo ente competente, que recebe a aptidão
legislativa plena para instituir ou majorar os tributos, proibindo-se a interferência da União Fede-
ral na competência dos Estados, Distrito Federal e Municípios para isentar os respectivos tributos.
A primeira relativa ao ISS, previsto no Art. 156, §3º, II, da CF de 1988, onde se permite que a
Lei Complementar em matéria de ISS possa outorgar isenções de serviços destinados ao exterior.
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Tópicos em Direito 1
É a previsão constitucional da Substituição Tributária para frente, ou seja, a Carta Magna auto-
riza a cobrança de imposto ou contribuição do responsável tributário, antecipadamente à reali-
zação do comportamento tributável do sujeito passivo.
11 Imunidades Tributárias
Norma constitucional demarcatória da competência tributária. É a impossibilidade da tributação
de pessoas, bens, situações jurídicas resultantes da vontade da Constituição Federal.
Constitui-se a Imunidade como Direito Público Subjetivo do sujeito de direito beneficiado pela
norma constitucional exonerativa.
A imunidade tributária impede a incidência da lei ordinária sobre tributação em face dos sujeitos
de direito imunes.
Ou seja, determinado contribuinte pode estar imune no tocante à obrigação de pagar o imposto
sobre a renda, porém, deverá entregar a declaração de imposto de renda anual, visando ao
controle da fazenda pública, por meio da fiscalização tributária, do correto cumprimento da lei
e da Constituição.
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Tópicos em Direito 1
Na imunidade, não há o que se falar de existência de relação jurídica tributária, vez que a norma
que imuniza impede o nascimento da obrigação tributária e o exercício da competência tributá-
ria. As isenções retiram um dos elementos da regra-matriz de incidência tributária, definindo os
contornos da obrigação tributária no plano legal.
Mas a imunidade tributária atinge, também, as taxas, conforme o art. 5º., incisos XXXIV; LXXIII;
LXXIV; LXXVI; e LXXVII, da CF. Art. 208 I, da CF. Art. 226, §1º. Art. 230, §2º.:
OBS (1): Não existem na Constituição imunidades específicas para as contribuições de melhoria
e empréstimos compulsórios.
OBS (2): Temos, ainda, Imunidades Específicas de determinados impostos, tais como:
• A não incidência de ITR sobre pequenas glebas rurais, assim definidas em lei, quando as
explore o proprietário que não possua outro imóvel (art. 153, §4º, II, da CF).
A imunidade recíproca alcança o IGF; o ITR; o ITCMD; o IPVA; o IPTU; o ITBI; o IR; o ISS.
A imunidade das entidades políticas que compõem a federação brasileira alcança também o
Imposto de Importação, o Imposto de Exportação, o ICMS na Importação, o IPI na Importação
e o IOF.
Autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, com capacidade de autoad-
ministração, para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle adminis-
trativo exercido nos limites da lei.
Às autarquias temos a aplicação da antiga Súmula nº 73, do STF: “A Imunidade das autarquias,
implicitamente contida no Art. 31, V, ‘a’, da Constituição Federal, abrange tributos estaduais e
municipais.”
Nessa seara, temos a inclusão das autarquias de regime especial: agência executiva, agência
reguladora e associação pública.
Agência executiva é uma autarquia ou fundação pública que celebra contrato de gestão com o
respectivo ministério supervisor, com a finalidade de cumprir certos objetivos e metas no desem-
penho de atividades estatais (Lei no. 9.649, de 27 de maio de 1998).
Agência reguladora é entidade de direito administrativo com alto grau de especialização técnica,
integrante da Administração Pública, com a finalidade de regular um setor específico da ativi-
dade econômica. Exemplos: Agência Nacional das Águas; Anatel; ANP; Agência Nacional de
Aviação Civil; Agência Nacional de Energia Elétrica; ANTT; Agência Nacional de Saúde; Agência
Nacional de Vigilância Sanitária.
Associação Pública é o consórcio público, como uma associação pública, com personalidade de
direito público, conforme a previsão da legislação civil (Código Civil).
A parte final do parágrafo segundo do Art. 150, da CF de 1988, deixa evidente que o pa-
trimônio, renda e serviços imunes das autarquias e fundações mantidas pelo poder públi-
co devem estar vinculados a sua finalidade essencial ou às delas decorrentes.
Nesse sentido, não se presta o patrimônio de uma autarquia, por exemplo, que não estando
vinculado às finalidades essenciais da mesma, possa estar alcançado pela imunidade. Caso
concreto da jurisprudência nós temos com o não alcance da imunidade aos terrenos baldios das
autarquias (STF RE 98.382).
A imunidade recíproca não se aplica nos casos das entidades mencionadas efetuarem a
aquisição de bens sujeitos ao ICMS e ao IPI. As entidades imunes irão se sujeitar ao ICMS e
ao IPI incidentes nas compras de mercadorias e produtos, eis que atuam na condição de consu-
midoras finais arcando com os tributos incidentes nos preços dos respectivos bens.
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Tópicos em Direito 1
Vigora na interpretação do STF sobre o assunto a interpretação de cunho formal, que não privi-
legia o fenômeno da interpretação econômica, ficando sem valia a figura do contribuinte de fato
na relação jurídico-tributária do ICMS e do IPI.
Empresas públicas e sociedades de economia mista, a estas últimas se aplicando a antiga Súmu-
la 76 do Supremo Tribunal Federal, que consigna: As sociedades de economia mista não estão
protegidas pela imunidade fiscal do Art. 37, V, a, Constituição Federal.
Tomar cuidado com determinadas empresas públicas ou sociedades de economia mista que exer-
cem funções típicas de estado ou prestam serviços públicos de caráter obrigatório e exclusivos do
Estado, daquelas que puramente são instrumentos do Estado e de sua participação na economia,
com caráter de monopólio estatal e com participação majoritária de capital estatal.
As empresas públicas que desenvolvem funções típicas de Estado e prestam serviços públicos de
caráter obrigatório estão imunes e temos como exemplo na jurisprudência do STF, RE 407.099,
a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), que desempenha atividade estatal, enquanto serviço
próprio da União, em regime de exclusividade, inclusive, quando também os correios realizam
serviços não tipicamente postais, em regime de concorrência.
A imunidade da empresa de correios e telégrafos atinge o IPTU de seus prédios próprios, bem
como o ISS sobre os serviços prestados; em relação ao IPVA dos veículos que sejam utilizados
para a realização do serviço; o ICMS sobre o serviço de transporte.
• CODESP. Companhia das Docas do Estado de São Paulo. Sociedade de Economia Mista,
que tem por missão executar serviços de administração de porto marítimo sob a reserva
de monopólio estatal. RE 265.749;
• Casa da Moeda do Brasil. Empresa pública estatal, que exerce a prestação de serviços de
emissão da moeda, enquanto atividade de monopólio estatal. RE 610.517.
As concessionárias do serviço público, que prestam serviços públicos remunerados por preços ou
tarifas submetem-se à tributação.
O promitente comprador de bem imóvel público não estará alcançado pela imunidade recíproca.
A imunidade tributária dos templos de qualquer culto é de Impostos, o que não afeta a
obrigatoriedade de pagamento de outros tributos, tais como as taxas, contribuições de
melhoria, contribuições sociais e empréstimos compulsórios.
Está inserido aí o culto da fé cristã apostólica romana; o culto das igrejas pentecostais; o budis-
mo; o xintoísmo; o espiritismo; a umbanda; o candomblé; a maçonaria.
Os limites de aplicação da imunidade dos templos estão previstos no §4º do art. 150, da CF,
de 1988, compreendendo somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as
finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
Nesse sentido, não deve existir a incidência dos seguintes impostos aos templos de qualquer culto:
• IPTU: sobre o prédio onde é realizado o culto; sobre a residência de propriedade do culto
onde os membros do culto residem; sobre o local que se destina ao aprendizado da liturgia;
• IR: incidente sobre a receita auferida dos dízimos e doações dos fiéis ou sobre as aplicações
financeiras do templo;
• IOF: incidente sobre as operações financeiras dos templos, que estejam ligadas às suas
atividades essenciais;
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Tópicos em Direito 1
Vigora nesse caso a interpretação ampliativa que leva em consideração o exercício de atividades
correlatas das entidades “culto”, que permite a reversão de recursos para a manutenção de suas
atividades.
Desse modo, dois critérios são relevantes. O primeiro implica a absorção de todos os recursos
das atividades correlatas na manutenção das atividades do culto. O segundo critério implica a
inexistência do exercício à livre concorrência.
Portanto, estão imunes ao IPTU os imóveis, ainda, que alugados a terceiros, dos templos de
qualquer culto, desde que os recursos dos alugueres estejam absorvidos nas atividades essências
dos mesmos. Súmula 724 do STF.
Estão imunes do mesmo modo o exercício de atividades mercantis relacionados com o próprio
culto, como por exemplo, a loja de venda de santinhos, imagens ou de todos os materiais neces-
sários à realização do culto, estando nesse caso aplicada a imunidade do ICMS e IPI.
No tocante à imunidade de ICMS e IPI na condição de consumidor final, ocorre a incidência dos
referidos impostos, eis que não importa a repercussão econômica dos mesmos e por conta do
culto não ser submetido a incidência do ICMS e do IPI na condição de contribuinte do imposto.
Por último, temos a incidência dos impostos sobre o patrimônio, quando se tratar de imunidade
relativa aos cemitérios que são de propriedade dos particulares e explorados pelos mesmos, exer-
cendo atividade econômica regida pelo direito privado. Essa é a tese que vem prevalecendo no
STF (RE 544.815), ainda pendente de julgamento final, com Voto Vista do Ministro Celso de Mello.
Verificar a previsão da Súmula nº 724 do STF e o Enunciado da Súmula Vinculante nº 52, ambas
do STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a
qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição, desde que o valor dos
aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.
Contudo, na condição de consumidores finais, deve ocorrer a incidência de ICMS e IPI, não
atingindo da imunidade das entidades da alínea “c”, do inciso VI, do Art. 150, os contribuintes
do IPI e do ICMS.
Do mesmo modo que a imunidade aplicável aos templos de qualquer culto, verificamos a presen-
ça dos dois requisitos acerca da aplicação da imunidade dessas entidades: a) a prova de que os
recursos foram utilizados nas atividades essenciais das respectivas entidades; e b) a inexistência
que as atividades exercidas por tais entidades não são um prejuízo à livre concorrência.
Contudo, deve-se tomar cuidado com as entidades beneficentes de assistência social, que
tem a imunidade relativa ao §7º do art. 195, da Constituição Federal.
No tocante à imunidade dos partidos políticos, os mesmos devem ser registrados no Tribunal
Superior Eleitoral, estando fora da regra imunizante os partidos políticos não registrados, es-
trangeiros ou clandestinos, bem como aqueles que apregoam ideologias que não se esquadrem
dentro do regime democrático e que não estejam inspirados no respeito aos direitos humanos
encampados pela Constituição Federal de 1988.
As fundações mantidas pelos partidos políticos também estão atingidas pela imunidade, em re-
lação ao seu patrimônio, renda e serviços.
Com relação à imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores, estão desoneradas so-
mente os sindicatos dos empregados, sejam eles de cunho estadual ou nacional, bem como as
Federações e Confederações de trabalhadores, bem como as centrais sindicais, excluindo-se os
sindicatos patronais.
A imunidade das instituições de ensino e de educação envolve somente as entidades que de-
senvolvem a proteção do ensino, em nome do Estado, desenvolvendo atividades de proteção à
educação formal ou curricular, como escolas, universidades, faculdades, como também, as ins-
tituições culturais que ainda não desenvolvam atividades de ensino, promovem a cultura, como
as bibliotecas, centros de pesquisa, museus, teatros.
As instituições beneficentes de assistência social são aquelas que auxiliam o Estado no atendi-
mento de direitos sociais tais como a saúde, a segurança, a maternidade, o trabalho, a moradia,
a assistência aos desamparados, sem fins lucrativos, como por exemplo, as ONGs, as organiza-
ções sociais, as organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs) etc.
Com relação às entidades fechadas de previdência privada ou fundos de pensão, que são
aquelas cujos beneficiários geralmente são funcionários empregados de uma empresa ou
grupo de empresas, não possuindo fins lucrativos e visam à complementação da aposen-
tadoria do regime geral, por interpretação constitucional do STF (RE 115.970), as consi-
dera imunes, desde que haja ausência de contraprestação aos beneficiários, conforme a
Súmula 730.
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Tópicos em Direito 1
Ou seja, as entidades de previdência fechada para serem imunes, tais quais as entidades bene-
ficentes de assistência social, não podem ser custeadas pelos seus beneficiários, assumindo ple-
namente o patrocinador ou financiador o pagamento das contribuições no lugar do empregado.
No mesmo rol das entidades imunes, vamos encontrar as entidades promotoras da integração
ao mercado de trabalho, que cumprem uma das funções de assistência social, tais como as en-
tidades do sistema S (SESI, SENAI, SENAC, SEBRAE) estão imunes em relação ao seu patrimônio,
renda e serviços vinculados às suas atividades essenciais.
A Constituição de 1988 impõe limites à fruição das imunidades inerentes às entidades previstas
na alínea “c” do, inciso VI, do Art. 150. São os limites do Art. 14 do CTN, bem como a previsão
de que as entidades previstas devem se submeter à ideia de desenvolver suas atividades sem fins
lucrativos.
A condição sem fins lucrativos não indica que as referidas entidades são proibidas de obterem
lucro, mas que tais lucros sejam abusivamente distribuídos aos dirigentes ou administradores a
ponto de caracterizar uma distribuição disfarçada de lucros.
O não cumprimento dos requisitos necessários contidos na Lei Complementar do CTN, em seu
Art. 14, determina a aplicação do Art. 32, da Lei nº 9.430/1996, pela suspensão da imunidade
tributária até que se faça o integral cumprimento da Lei Complementar.
A empresa jornalística não pagará o ICMS, o IPI, o II e IE sobre o livro, jornal e periódico ou o
papel destinado à sua impressão, mas deverá sofrer o ônus da tributação inerente ao IPVA dos
carros que por ventura realizam a distribuição do jornal, bem como o IPTU incidente sobre a sede
da empresa jornalística ou editora.
O livro será de base física e impresso, incluindo-se aí as apostilas e os manuais técnicos, despre-
zando-se os livros que não tenham finalidade de transmissão do pensamento, tais como o livro
de ponto, livro de bordo, livros fiscais, livro de atas.
Por outro lado, incluem-se na imunidade as partituras, o livro erótico, restando a jurisprudência
do STF por decidir sobre a possibilidade de extensão da imunidade aos livros eletrônicos, vincu-
lados em mídia digital, como por exemplo em CD ROM, que pode ser verificada a repercussão
geral no RE 416.579, desde 2012.
Com relação aos jornais, estão inclusos na imunidade de ISS em relação às propagandas feitas
e impressas nos jornais, como já decidido pelo STF (RE 87.049), não ocorrendo, a seu turno, a
Os periódicos envolvem todos os veículos de informação, até mesmo as revistas femininas, in-
cluindo, as masculinas, inclusive, de conteúdo pornográfico.
Os calendários comerciais ficam excluídos da extensão da imunidade, pois não veiculam e nem
transmitem pensamento ou informações de conteúdo cultural ou político.
No mesmo sentido, temos a inclusão das listas telefônicas, porque cumprem importante papel de
utilidade social (RE 101.441).
Extensão: maquinários e tintas. Súmula 657 do STF: A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da
CF abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.
A imunidade atinge a obra intelectual artística de som e imagem produzida no Brasil, seja veicu-
lada em CDs ou DVDs, e, nesse sentido, a imunidade é objetiva imunizando-se a incidência de
ICMS sobre a circulação mercantil em face dessas mídias.
Não se aplica a Imunidade do IPI, contudo, na replicação industrial das mídias ópticas de leitura
a laser.
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Tópicos em Direito 1
a) Sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados
a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do
imposto cobrado nas operações e prestações anteriores.