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Filosofia–10º.

Ano

ARISTÓTELES E A PERSPETIVA NATURALISTA

Aristóteles submete a questão do Estado e da Política à


Ética. A política é a "ciência" que tem por objetivo a felicidade
humana, e divide-se em duas partes: a ética que se ocupa da
felicidade individual e a política, propriamente dita, que se ocupa da
felicidade coletiva.
As suas ideias políticas podem ser resumidas da seguinte
forma:
a) O Homem é fruto do processo evolutivo das comunidades
humanas que tiveram na cidade a sua máxima expressão. A
superioridade da cidade, face a outro tipo de comunidades como as
aldeias, traduz-se no maior número de bens que ela permite
alcançar. É neste sentido que afirma -"o homem é um animal
político”- pois só na cidade ele se pode realizar (moral e
intelectualmente) e ser plenamente humano, feliz. Se viver à
margem da cidade, da lei e do direito, degenera na sua natureza.
Afirma que existe uma tendência natural do homem para a
sociabilidade e para formar comunidades, o que está bem patente
no facto de ter uma linguagem própria. Distingue-se também dos
outros animais por ter um sentido de bem e de mal, justo e
injusto e outros conceitos morais essenciais à vida em
comunidade.
b) O Estado surgiu para promover um conjunto de realidades
inacessíveis ao indivíduo isolado ou ao grupo familiar. A sua
finalidade consiste em proporcionar aos seus cidadãos o conjunto
de meios necessários à sua realização e sobretudo à sua
Felicidade. Esta só é todavia suscetível de ser alcançada através
de práticas virtuosas, como a amizade e o autodomínio. Uma
sociedade justa é aquela onde os cidadãos se comportam de forma
justa. Não existem sociedades justas onde os homens que a
constituem não o são.

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É por esta razão que afirma que só a formação moral de cada
cidadão, por meio da qual ele se integra e aprende os valores da
sua comunidade, permite reconciliar, ao nível individual, a justiça e
a felicidade.
Aristóteles, preocupou-se também em identificar as possíveis
perversões dos diferentes regimes políticos, pois nenhum deles lhe
parece isento de defeitos. É neste sentido que quando na sua obra
“A Política”, chegou ao ponto de definir qual era o Estado ideal,
não conclui a tarefa.
Com exceção da Tirania e da Monarquia, considera que todos
os outros regimes políticos tem aspetos positivos embora contextos
sociais e culturais específicos.
Um Estado ou Governo é, neste contexto, ilegítimo desde que
não contribua para o Bem Comum, isto é, a realização da natureza
humana e a felicidade dos seus cidadãos.

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