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Gabarito: E
Comentário.
Essa questão é praticamente uma aula de regência verbal do verbo
atender.
Todos os exemplos apresentados nas opções da questão foram retirados
do livro de Celso Pedro Luft (obra citada no início da aula).
Sobre a regência do verbo atender:
1. o verbo será facultativamente transitivo direto ou transitivo
indireto (neste caso, regendo a preposição a) nas seguintes
acepções:
- no sentido de dar ou prestar atenção – “Atender a um
conselho” (opção a),”Atender uma explicação” (opção a), “O
diretor atendeu aos interessados” (opção b); Luft ressalta que,
se o complemento for um pronome pessoal referente a
PESSOA, só se empregam as formas objetivas diretas – “O
diretor atendeu os interessados” ou “aos interessados”, mas
somente “O diretor atendeu-os.”.
- na acepção de tomar em consideração, considerar, levar
em conta, ter em vista – “Atender às condições do mercado.”
(opção c);
- com sentido de responder – “Atender ao / o telefone
(opção d);
2. na acepção de conceder uma audiência , é transitivo direto e, por
isso, possibilita a construção na voz passiva – “Os requerentes
foram atendidos pelo juiz” (opção c);
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Item INCORRETO.
Comentário.
O verbo constatar é transitivo direto (alguém constata alguma coisa).
Assim, a forma, sem a preposição, seria: “Os recursos somente são
liberados após o TCU constatar que a adoção...”.
Verificamos, porém, que o complemento verbal não está representado
por uma oração, mas por substantivos. Há, portanto, necessidade de
retirar não só a preposição, como também a conjunção “que” – “... após
o TCU constatar a adoção de providências corretivas pelo gestor da obra
e após a edição de um decreto legislativo específico.”.
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3 - (AFRF 2002.1)
O homem é moderno na medida das senhas de que ele é escravo para
ter acesso à vida. Não é mais o senhor de seu direito constitucional de
ir-e-vir. A senha é a senhora absoluta. Sem senha, você fica sem seu
próprio dinheiro ou até sem a vida. No cofre do hotel, são quatro
algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar no computador
da empresa, você tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A
porta do meu carro tem senha; o alarme do seu, também. Cada um de
nossos cartões tem senha. Se for sensato, você percebe que sua
memória não pode ser ocupada com tanta baboseira inútil. Seus
neurônios precisam ter finalidade nobre. Têm que guardar, sim, os bons
momentos da vida. Então, desesperado, você descarrega tudo na sua
agenda eletrônica, num lugar secreto que só senha abre. Agora só falta
descobrir em que lugar secreto você vai guardar a senha do lugar
secreto que guarda as senhas.
(Alexandre Garcia, Abre-te sésamo, com adaptações)
Julgue a asserção abaixo, com relação ao emprego das palavras e
expressões do texto.
a) Para que as regras da norma culta sejam respeitadas, é obrigatório o
emprego da preposição de regendo a oração “que ele é escravo”(l.1).
Item CORRETO.
Comentário.
O vocábulo escravo rege a preposição de (“Alguém é escravo de outra
pessoa ou de alguma coisa.”).
No segmento “O homem é moderno na medida das senhas | de que ele
é escravo”, há as seguintes orações:
1ª oração – “O homem é moderno na medida das senhas” –
oração principal
2ª oração – “de que ele é escravo” – oração subordinada
adjetiva que restringe o conceito de “senhas”
O que presente na 2ª oração está substituindo o vocábulo “senhas”, da
1ª oração. Por isso, é classificado como um pronome relativo. Um
pronome relativo SEMPRE dá início a uma oração subordinada
adjetiva. Uma oração adjetiva pode ser restritiva (limita o conceito do
vocábulo a que se refere) ou explicativa (oferece apenas informações
adicionais, acessórias). Nesse caso, é restritiva.
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4 - (AFRF/2003)
Falar em direitos humanos pressupõe localizar a realidade que os faz
emergir no contexto sócio-político e histórico-estrutural do processo
contraditório de criação das sociedades. Implica, em suma, desvendar, a
cada momento deste processo, o que venha a resultar como direitos
novos até então escondidos sob a lógica perversa de regimes políticos,
sociais e econômicos, injustos e comprometedores da liberdade
humana. Este ponto de vista referencial determina a dimensão do
problema dos direitos humanos na América Latina. Neste contexto, a fiel
abordagem acerca das condições presentes e dos caminhos futuros dos
direitos humanos passa, necessariamente, pela reflexão em torno das
relações econômicas internacionais entre países periféricos e países
centrais. As desarticulações que desta situação resultam não chegam a
modificar a base estrutural destas relações: a extrema dependência a
que estão submetidos os países periféricos, tanto no que concerne ao
agravamento das condições de trabalho e de vida (degradação dos
salários e dos benefícios sociais), quanto na dependência tecnológica,
cultural e ideológica.
(Núcleo de Estudos para a Paz e Direitos Humanos, UnB, in:
Introdução Crítica ao Direito, com adaptações)
Item INCORRETO
Comentário.
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Gabarito: A
Comentário.
No item considerado correto temos um pronome relativo que (em
referência a “causa”) antecedido por uma preposição exigida pelo verbo
lutar (“Alguém luta por alguma causa.”) – “A causa por que lutou...”.
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Item CORRETO.
Comentário.
Na locução verbal “deva subordinar”, devemos analisar a transitividade
e regência do verbo principal – subordinar. Esse verbo é transitivo
direto e indireto, regendo a preposição a.
O pronome relativo que substitui a palavra lei. A construção, então,
seria, na ordem direta: “[O Tribunal de Contas ] se deva subordinar à
lei.”. Como no lugar de lei existe o pronome relativo que, a preposição
a ele deve anteceder – “a que se deva obrigatoriamente subordinar”.
Gabarito: B
Comentário.
No período “Outro mito muito em voga é | de que a globalização torna a
vida das pessoas muito mais instável”, há duas orações, quais sejam:
“Outro mito muito em voga é de” – oração principal
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Gabarito: E
Comentário.
“A expectativa é a | que em dois anos esse setor agregue US$ 400 mi-
lhões às exportações brasileiras.”
Nesta questão, houve a omissão da preposição que liga o termo regente
(expectativa, representado na oração pelo pronome demonstrativo a)
e o termo regido (no caso, uma oração que tem início com a conjunção
que).
A forma correta, portanto, seria “A expectativa é a de que em dois anos
esse setor agregue US$ 400 milhões às exportações brasileiras.”.
Nesse último trecho, “esse setor agregue US$ 400 milhões às
exportações brasileiras”, esse “às” (corretamente empregado) nada
mais é do que a preposição a, exigida pelo regente verbal agregar
(“Alguém agrega alguma coisa a outra”) com o artigo definido as, que
antecede o substantivo exportações.
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Gabarito: B
Comentário.
Três anos após o concurso de TFC 2000 e do AFC STN 2000, a ESAF
volta a construir uma questão com o mesmo erro. Por isso, é tão
importante fazer provas anteriores, mesmo as antigas.
A exemplo do que vimos na questão anterior, a passagem “A
estimativa é de que metade das empresas não declarou” apresenta
duas possibilidades de correção:
1 – A estimativa é a de que metade das empresas não declarou.
2 – A estimativa é que metade das empresas não declarou.
Outro erro foi na construção “nos registros da Receita constam em
cerca de 40 mil empresas que estariam obrigadas a declarar”. Não há
justificativa para o emprego da preposição em. Na ordem direta,
verificamos que “Cerca de 40 mil empresas que estariam obrigadas a
declarar” é o sujeito oracional de “constam nos registros da Receita”.
Há necessidade, portanto, de retirar a preposição em.
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Item INCORRETO.
Comentário.
O erro está na passagem “o salto não se deve apenas no aumento de
impostos.”. A regência do verbo dever, nessa construção, exige a
preposição a (“Isso se deve a alguma coisa”). Então, o correto seria “o
salto não se deve apenas ao aumento de impostos.”.
Gabarito: E
Comentário.
Os itens a e d estão incorretos e já foram objeto de comentário na
questão 13 da Aula 3 – Concordância.
Hoje, como o assunto é sintaxe de regência, vamos comentar os itens,
também incorretos, b e c.
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12 - (AFC STN/2002)
No passado, para garantir o sucesso de um filho ou de uma filha,
bastava conseguir que eles tirassem um diploma de curso superior. Uma
vez formados, seriam automaticamente chamados de “doutor” e teriam
um salário de classe média para o resto da vida. De uns anos para cá,
essa fórmula não funciona mais. Quem quiser garantir o futuro dos
filhos, além do curso superior, terá de lhes arrumar um capital inicial.
Esse capital deverá ser suficiente para o investimento que gerará um
emprego para seu filho.
Em relação aos aspectos textuais, julgue a asserção abaixo.
d) A regência do verbo chamar empregada no texto(l.3) é considerada
coloquial. A gramática ortodoxa recomenda, como mais formal, o
emprego desse verbo como transitivo direto.
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Item INCORRETO
Comentário.
O verbo tornar, nesse contexto, significa transformar e é um verbo
transobjetivo, que requer, como complementos verbais, o objeto direto
e o predicativo do objeto.
Como vimos na questão anterior, o único verbo transobjetivo que pode
apresentar transitividade indireta é o verbo chamar. Todos os demais
são transitivos diretos. Por isso, está incorreta a construção
“tornando-lhe um negócio rentável”, devendo o pronome oblíquo lhe,
que representa um objeto indireto, ser substituído pelo pronome oblíquo
a (em referência à palavra “atividade”), objeto direto: “tornando-a um
negócio rentável”.
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Gabarito: D
Comentário.
O pronome relativo que (cujo referente é o substantivo momento)
cria, na oração adjetiva que inicia, uma estrutura equivalente a “a área
passa a ser protegida nesse momento”. Percebe-se, assim, o valor
adverbial da expressão sublinhada, exigindo o emprego da preposição
em (em + esse = nesse).
Por isso, essa preposição “em” deve anteceder o pronome relativo
“que”, que representa a palavra momento – “... momento em que
passa a ser protegida.”.
Com relação ao item c (correto), a locução “quanto a” uniu-se ao artigo
que antecede “sua dimensão”, formando “quanto à sua dimensão”.
Como veremos na aula de crase, seria facultativo o emprego do artigo
definido antes do possessivo - “(a) sua dimensão” - e, por conseguinte,
a acentuação – “quanto a (à) sua dimensão”.
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1 2 3 4
a) infiltra as consumou-se de que o
b) insinua-se às consumou que os
c) instila a se consumou de que os
d) introduz as consumando-se que o
e) insinua à consumando em que os
Gabarito: C
Na primeira lacuna, um dos significados do verbo insinuar é
introduzir, assim como o de infiltrar (introduzir lentamente) e o de
instilar (introduzir aos poucos). Conclui-se, pois, que a única forma
inválida seria a de letra b, por causa do emprego do pronome “se” em
“insinua-se” (o sujeito é câmbio e o pronome prejudicaria a coerência
textual). O preenchimento desta lacuna não é suficiente para resolver a
questão.
Na segunda lacuna, o adjetivo resistente exige a preposição a – (Ela é
resistente a mudanças). A expressão seguinte – “várias situações
adversas” – poderia ser precedida ou não de artigo. Sem o artigo,
estaria sendo usada em sentido vago, genérico (como no exemplo:
“Várias situações adversas foram apresentadas.”), o que não impediria
de essas situações adversas serem apresentadas pelo autor
posteriormente. Com o artigo, para que haja coerência, o texto deverá
apresentar a definição dessas situações (como em “As várias situações
adversas impediram o trabalho.”– que situações foram essas?) e é isso
o que acontece. Essas situações adversas são apresentadas na
seqüência: “o choque causado pelo racionamento de energia” e “a
catástrofe econômica argentina". Assim, ambas as construções estariam
corretas. As formas que poderiam preencher a lacuna são: a (somente a
preposição) ou às (preposição a + artigo definido plural as). Eliminam-
se, com isso, as opções a e d (por apresentarem somente o artigo
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Gabarito: C
Comentário.
Atenção para o enunciado da questão – o examinador pede que se
marque a ALTERAÇÃO QUE PROVOCA ERRO.
Estão corretas as seguintes sugestões:
Opção a: Em “O desenvolvimento desigual de tecnologia e das técnicas
de produção”, o substantivo desenvolvimento exige a preposição de.
São dois os complementos nominais – tecnologia e técnicas de
produção. Como a preposição exigida pelo termo regente já acompanha
o primeiro complemento, ela é facultativa junto aos demais, no caso,
junto ao segundo – está correta a forma: “o desenvolvimento desigual
de tecnologia e técnicas de produção”. É só uma questão de estilo. Ao
colocar a preposição antes do primeiro elemento, somente, valoriza-se o
conjunto, enquanto que a preposição (com artigo definido) antes de
cada um deles individualiza a ênfase. Voltaremos a falar sobre isso
adiante.
Opção b: Segundo a norma culta, o verbo implicar, no sentido de
acarretar, é transitivo direto. Por isso, está correta a proposta de
retirar a preposição em presente nas contrações na / no. Vamos falar
sobre a regência desse verbo na próxima questão.
Opção d: De acordo com a substituição proposta, o segmento “a falta de
uniformidade tecnológica no processo de produção” teria seu sentido
alterado. Contudo, como o enunciado aborda somente os aspectos
gramaticais, não há erro de regência na construção “a falta de
uniformidade tecnológica do processo de produção”.
Opção e: A regência da expressão abrir espaço (“abre espaço para a
interferência de outros saberes”) aceita as preposições a e para. O que
se propõe com a retirada da preposição para e a colocação de um
acento grave no a é substituir uma preposição pela outra. Como haveria
o encontro da preposição a com o artigo definido feminino a (que
acompanha “interferência”), ocorreria crase, indicada com o acento
grave (“abre espaço à interferência de outros saberes”).
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Gabarito: B
Comentário.
O verbo caber apresenta, nesta acepção, um sujeito oracional e tem
transitividade indireta. Neste item, na ordem direta e feitas as devidas
substituições, a construção seria: “Transformar a vontade
governamental em lei [sujeito oracional] cabe ao Congresso.”.
Observe que o sintagma nominal “Congresso” foi pleonasticamente
repetido, representado na segunda passagem pelo pronome quem.
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Item CORRETO
Comentário.
O verbo esquecer-se, como vimos, é transitivo indireto, regendo a
preposição de (Não se esqueça de mim.). Contudo, quando o seu
complemento indireto está sob a forma oracional (“que a construção do
autoritarismo...”), é possível a elipse (omissão) da preposição.
Item INCORRETO.
Comentário.
O substantivo preocupação, a depender do significado, pode reger as
preposições ou locuções prepositivas:
(1) de, em (Notei a sua preocupação de/em sair bem na
fotografia.);
(2) por (O amor é uma preocupação ativa pelo pleno
desenvolvimento do ser que se ama.);
(3) (para) com (Percebe-se a preocupação do autor para com sua
obra.);
(4) em torno de (O ministro manifestou sua preocupação em
torno do problema do analfabetismo.).
Nesse item, faltou o emprego da preposição de antes da conjunção
que. A forma correta seria: “há uma preocupação generalizada de
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21 - (Assistente de Chancelaria/2002)
O século XX foi o mais assassino na história registrada. O número total
de mortes causadas por ou associadas a suas guerras foi estimado em
187 milhões. O equivalente a mais de 10% da população mundial em
1913. Entendido como tendo-se iniciado em 1914, foi um século de
guerra quase ininterrupta, com poucos e breves períodos sem conflito
armado organizado em algum lugar. Foi dominado por guerras
mundiais: quer dizer, por guerras entre Estados territoriais ou alianças
de Estados. Apesar disso, o século não pode ser tratado como um bloco
único, seja cronológica, seja geograficamente. Cronologicamente, ele se
distribui em três períodos: a era de guerras mundiais centrada na
Alemanha, a era de confronto entre as duas superpotências e a era
desde o fim do sistema de poder internacional clássico. Chamarei a
esses períodos de 1, 2 e 3. Geograficamente, o impacto das operações
militares tem sido desigual. Com uma exceção (a Guerra do Chaco), não
houve guerras entre Estados significantes (em oposição a guerras civis)
no hemisfério Ocidental no último século. Em contrapartida, guerras
entre Estados, não necessariamente desconectadas do confronto global,
permaneceram endêmicas ao Oriente Médio e ao sul da Ásia, e
guerras maiores diretamente resultantes do confronto global
aconteceram no leste e no sudeste da Ásia. Mais impressionante é a
erosão da distinção entre combatentes e não-combatentes. As duas
guerras mundiais da primeira metade do século envolveram toda a
população dos países beligerantes; tanto combatentes quanto não-
combatentes sofreram.
(Eric Hobsbawn, A epidemia da guerra, com adaptações)
Julgue a asserção abaixo em relação ao emprego das palavras e
expressões do texto.
e) Como a preposição a, empregada diante de “Oriente Médio”(l.21) e
“sul da Ásia”(l.21-22), é exigência da regência de “endêmicas” (l.21), a
retirada deste adjetivo exige a substituição de “ao” por em.
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22 - (Procurador BACEN/2002)
Uma crise bancária pode ser comparada a um vendaval. Suas
conseqüências são imprevisíveis sobre a economia das famílias e das
empresas. Os agentes econômicos relacionam-se em suas operações de
compra, venda e troca de mercadorias e serviços, de modo que, a cada
fato econômico, seja ele de simples circulação, de transformação ou de
consumo, corresponde, ao menos, uma operação de natureza monetária
realizada junto a um intermediário financeiro, em regra um banco
comercial, que recebe um depósito, paga um cheque, desconta um título
ou antecipa a realização de um crédito futuro. A estabilidade do sistema
que intermedeia as operações monetárias, portanto, é fundamental para
a própria segurança e estabilidade das relações entre os agentes
econômicos.
(www.bcb.gov.br)
Julgue a assertiva abaixo, em seus aspectos gramaticais.
d) Em “a cada fato econômico”(l.5) a presença da preposição “a”
justifica-se pela regência da palavra “corresponde”(l.7).
Item CORRETO
Comentário.
Colocada na ordem direta e após algumas supressões de elementos
desnecessários à análise, teríamos que:
“Ao menos, uma operação de natureza monetária realizada junto a
um intermediário financeiro corresponde a cada fato econômico,
seja ele de simples circulação, de transformação ou de consumo.”
O verbo corresponder, na acepção de estar em correlação, é
transitivo indireto, regendo a preposição a.
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Item CORRETO.
Comentário.
A troca é válida, desde que se observe que essa mudança do verbo
implica alteração, também, na relação entre esse novo verbo e seus
complementos verbais.
O verbo prover é transitivo direto de pessoa (os cidadãos) e indireto de
coisa (conforto) – prover alguém de alguma coisa.
Já o seu substituto – assegurar – tem uma relação inversa com esses
complementos – é direto com coisa e indireto com pessoa – assegurar
alguma coisa a alguém. Como foram respeitadas essas substituições,
o item está correto.
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24 - (AFRF/2002.1)
Sob o direito, o administrador público não age contra a lei. Sob a moral,
deve satisfazer o preceito da impessoalidade, não distinguindo amigos
ou inimigos, partidários ou contrários, no tratamento que lhes dispense
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Item CORRETO.
Comentário.
O substantivo atenção articula-se, sintaticamente, nesta acepção, tanto
com a preposição a, como com a preposição para. Mesmo com a
retirada da preposição a, mantém-se o artigo definido feminino plural
que antecede o pronome “suas”, presente originalmente em “às”
(prep.a + artigo as) – “atenção para as suas reivindicações”.
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Gabarito:
Item II - INCORRETO
Item III - CORRETO
Comentário.
Nos dois itens, encontramos a mesma justificativa para o emprego da
preposição ‘de’: exigida pelos termos regentes expectativas e
esperanças, deverá estar presente antes das orações (termos regidos)
“que haveria” (l.2) e “que novos tempos” (l.4-5), respectivamente.
No item II, o segmento analisado é:
“... a reversão das expectativas de | que haveria a inauguração
de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da
humanidade.”
1ª oração – “a reversão das expectativas de”
2ª oração – “que haveria a inauguração de tempos de
fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade”
Caso resolvesse substituir toda a 2ª oração por um pronome
substantivo, teríamos “expectativas DISSO (de + ISSO), o que
confirma ser o que uma conjunção e, conseqüentemente, a 2ª oração,
uma oração substantiva na função de complemento nominal do
substantivo expectativas.
A retirada da preposição antes da oração substantiva completiva
nominal provocaria erro de sintaxe de regência – ITEM INCORRETO.
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Gabarito: B
Comentário.
Para analisar a regência de um verbo, precisamos identificar o seu
significado, a partir do contexto.
No item b, o verbo importar está sendo usado no sentido de trazer
para o país, nacionalizar - caso em que é transitivo direto (“Alguém
importou alguma coisa.”). Por isso, em vez do pronome oblíquo lhes,
indicado para complementos indiretos, deve-se usar o pronome oblíquo
os (os produtos) – “Em vez de serem alojados nas entidades que
supostamente os importaram, esses produtos acabam tendo como
destino as clínicas particulares dos diretores.”.
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Gabarito: A
Comentário.
Não, você ainda não fez essa questão. Veja como ela é parecida com a
questão 16 (Analista IRB/2004).
Mais uma vez, o significado do verbo define sua regência – esse verbo
conferir está usado na acepção de realizar uma conferência
(transitivo direto – como em ‘Eu não conferi o resultado da loteria.’) e
não de atribuir algo a alguém (transitivo direto e indireto), como
poderia sugerir o uso indevido da preposição a. Essa conclusão é
extraída a partir da análise semântica do contexto: na qualidade de
jornalista, o autor não deteria essa competência de atribuir direitos e
responsabilidades constitucionais a ninguém – é a própria Constituição
que o faz.
Como o verbo conferir = fazer conferência é transitivo direto, a
retirada da expressão “aos” antes de “direitos e responsabilidades
constitucionais” é necessária para a correção do período.
No item b, por atribuir valor circunstancial de tempo (nesse ano), há
necessidade da preposição em.
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GABARITO: B
COMENTÁRIO:
O examinador tenta, no enunciado, confundir o candidato, ao solicitar
que se marque o item que “não está isento de erros gramaticais e de
ortografia”. Em outras palavras, ele quer a opção com erro gramatical
ou de ortografia, o que é uma redundância em si, uma vez que
ortografia é um dos componentes para a correção gramatical.
Nesta opção, o erro foi de regência verbal. A regência do verbo
asseverar é transitiva direta e não exige preposição. Logo, a forma
correta seria “Cláudio Manuel da Costa asseverou que...”.
Veja no item d um bom exemplo da construção com o verbo chamar.
“O Coronel Domingos Vieira chama-lhe ‘malvado’.” – o verbo chamar
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29 – (AFRF 2005)
O advento da moderna indústria tecnológica fez com que o contexto em
que passa a dispor-se a máquina mudasse completamente de
configuração. Entretanto, tal mudança obedece a certas coordenadas
que começam a ser pensadas já na antiga Grécia, que novamente se
relacionam com a questão da verdade. É que a verdade, a partir de
Platão e Aristóteles, passa a ser determinada de um modo novo,
verificando-se uma transmutação em sua própria essência. Desde então,
entende-se usualmente a verdade como sendo o resultado de uma
adequação, ou seja, a verdade pode ser constatada sempre que a idéia
que o sujeito forma de determinado objeto coincida com esse objeto.
(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento)
Item INCORRETO
Comentário.
Tal assertiva está incorreta em dois aspectos – o primeiro em relação à
regência do verbo obedecer. Como já vimos, este verbo é transitivo
indireto, exigindo a preposição a, que, portanto, não poderia ser
suprimida. O segundo erro está na sugestão de emprego do artigo
definido antes da expressão genérica “certas coordenadas”. Por ser
usada em sentido vago, essa expressão não admite artigo e, logo, não
poderia construir a forma “às” (contração da preposição com o artigo
definido).
30 – (AFRE MG/2005)
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Item CORRETO
Comentário.
A regência do verbo “usufruir” admite as duas construções – direta ou
indireta – sem alteração de sentido – “usufruir o mais rápido possível
(de) seu objeto de desejo”. Logo, seu complemento verbal também
poderia ter sido precedido da preposição “de”.
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3 - (AFRF 2002.1)
O homem é moderno na medida das senhas de que ele é escravo para
ter acesso à vida. Não é mais o senhor de seu direito constitucional de
ir-e-vir. A senha é a senhora absoluta. Sem senha, você fica sem seu
próprio dinheiro ou até sem a vida. No cofre do hotel, são quatro
algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar no computador
da empresa, você tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A
porta do meu carro tem senha; o alarme do seu, também. Cada um de
nossos cartões tem senha. Se for sensato, você percebe que sua
memória não pode ser ocupada com tanta baboseira inútil. Seus
neurônios precisam ter finalidade nobre. Têm que guardar, sim, os bons
momentos da vida. Então, desesperado, você descarrega tudo na sua
agenda eletrônica, num lugar secreto que só senha abre. Agora só falta
descobrir em que lugar secreto você vai guardar a senha do lugar
secreto que guarda as senhas.
(Alexandre Garcia, Abre-te sésamo, com adaptações)
Julgue a asserção abaixo, com relação ao emprego das palavras e
expressões do texto.
a) Para que as regras da norma culta sejam respeitadas, é obrigatório o
emprego da preposição de regendo a oração “que ele é escravo”(l.1).
4 - (AFRF/2003)
Falar em direitos humanos pressupõe localizar a realidade que os faz
emergir no contexto sócio-político e histórico-estrutural do processo
contraditório de criação das sociedades. Implica, em suma, desvendar, a
cada momento deste processo, o que venha a resultar como direitos
novos até então escondidos sob a lógica perversa de regimes políticos,
sociais e econômicos, injustos e comprometedores da liberdade
humana. Este ponto de vista referencial determina a dimensão do
problema dos direitos humanos na América Latina. Neste contexto, a fiel
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12 - (AFC STN/2002)
No passado, para garantir o sucesso de um filho ou de uma filha,
bastava conseguir que eles tirassem um diploma de curso superior. Uma
vez formados, seriam automaticamente chamados de “doutor” e teriam
um salário de classe média para o resto da vida. De uns anos para cá,
essa fórmula não funciona mais. Quem quiser garantir o futuro dos
filhos, além do curso superior, terá de lhes arrumar um capital inicial.
Esse capital deverá ser suficiente para o investimento que gerará um
emprego para seu filho.
Em relação aos aspectos textuais, julgue a asserção abaixo.
d) A regência do verbo chamar empregada no texto(l.3) é considerada
coloquial. A gramática ortodoxa recomenda, como mais formal, o
emprego desse verbo como transitivo direto.
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a) infiltra as consumou-se de que o
b) insinua-se às consumou que os
c) instila a se consumou de que os
d) introduz as consumando-se que o
e) insinua à consumando em que os
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21 - (Assistente de Chancelaria/2002)
O século XX foi o mais assassino na história registrada. O número total
de mortes causadas por ou associadas a suas guerras foi estimado em
187 milhões. O equivalente a mais de 10% da população mundial em
1913. Entendido como tendo-se iniciado em 1914, foi um século de
guerra quase ininterrupta, com poucos e breves períodos sem conflito
armado organizado em algum lugar. Foi dominado por guerras
mundiais: quer dizer, por guerras entre Estados territoriais ou alianças
de Estados. Apesar disso, o século não pode ser tratado como um bloco
único, seja cronológica, seja geograficamente. Cronologicamente, ele se
distribui em três períodos: a era de guerras mundiais centrada na
Alemanha, a era de confronto entre as duas superpotências e a era
desde o fim do sistema de poder internacional clássico. Chamarei a
esses períodos de 1, 2 e 3. Geograficamente, o impacto das operações
militares tem sido desigual. Com uma exceção (a Guerra do Chaco), não
houve guerras entre Estados significantes (em oposição a guerras civis)
no hemisfério Ocidental no último século. Em contrapartida, guerras
entre Estados, não necessariamente desconectadas do confronto global,
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22 - (Procurador BACEN/2002)
Uma crise bancária pode ser comparada a um vendaval. Suas
conseqüências são imprevisíveis sobre a economia das famílias e das
empresas. Os agentes econômicos relacionam-se em suas operações de
compra, venda e troca de mercadorias e serviços, de modo que, a cada
fato econômico, seja ele de simples circulação, de transformação ou de
consumo, corresponde, ao menos, uma operação de natureza monetária
realizada junto a um intermediário financeiro, em regra um banco
comercial, que recebe um depósito, paga um cheque, desconta um título
ou antecipa a realização de um crédito futuro. A estabilidade do sistema
que intermedeia as operações monetárias, portanto, é fundamental para
a própria segurança e estabilidade das relações entre os agentes
econômicos.
(www.bcb.gov.br)
Julgue a assertiva abaixo, em seus aspectos gramaticais.
d) Em “a cada fato econômico”(l.5) a presença da preposição “a”
justifica-se pela regência da palavra “corresponde”(l.7).
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24 - (AFRF/2002.1)
Sob o direito, o administrador público não age contra a lei. Sob a moral,
deve satisfazer o preceito da impessoalidade, não distinguindo amigos
ou inimigos, partidários ou contrários, no tratamento que lhes dispense
ou na atenção às suas reivindicações, com transparência plena de suas
condutas em face do povo. Descumprir a lei gera o risco da punição
prevista no Código Penal ou de sofrer sanções civis. Quando
desatendidos os princípios da certeza moral, aquela que o ser humano
em seu justo juízo adota convicto, o descumpridor fere regras de
convivência, mas não conflita necessariamente com normas de Direito
que lhe sejam aplicáveis.
(Walter Ceneviva, Moralidade como Fato Jurídico, com adaptações)
Julgue a assertiva em relação ao emprego das palavras e expressões do
texto.
d) De acordo com as regras de regência da norma culta, a expressão
“atenção às suas reivindicações” (l.6) admite a substituição por
atenção para as suas reivindicações.
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29 – (AFRF 2005)
O advento da moderna indústria tecnológica fez com que o contexto em
que passa a dispor-se a máquina mudasse completamente de
configuração. Entretanto, tal mudança obedece a certas coordenadas
que começam a ser pensadas já na antiga Grécia, que novamente se
relacionam com a questão da verdade. É que a verdade, a partir de
Platão e Aristóteles, passa a ser determinada de um modo novo,
verificando-se uma transmutação em sua própria essência. Desde então,
entende-se usualmente a verdade como sendo o resultado de uma
adequação, ou seja, a verdade pode ser constatada sempre que a idéia
que o sujeito forma de determinado objeto coincida com esse objeto.
(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento)
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