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Introdução – Orientação
- ‘Quando tudo o mais falhar, leia as instruções’ – palavras que estão numa lata de tinta e “que
mostra que a ironia desempenha seu papel na vida cotidiana, um papel relativamente pequeno
talvez (...) p. 15
- “O que é a ironia e como ela atua; para que serve e o que vale; de que é feita e como é
elaborada; como a conhecemos quando a vemos; de onde provém o conceito e para onde vai
(...) p. 18.
O irônico e o Não-Irônico
- “Não precisamos aceitar o ponto de vista, já colocado pelo menos duas vezes em bases
diferentes, de que toda arte, ou toda literatura, é essencialmente irônica – ou a concepção de
que toda literatura deve ser irônica.” p. 18
-“Todavia, não podemos estabelecer a importância de ser irônico sem ao mesmo estabelecer a
importância de ser sério.” p. 18
2. A evolução de um conceito
O exemplo de Ulisses tem dois exemplos de ironia – a Ironia Situacional e a Ironia Verbal.
A palavra sarkasmos só adquiriu seu significado moderno muito mais tarde a Homero e eironeia
não significava Ironia Verbal até a época de Aristóteles.
A Ironia Situacional, ninguém a chamou de ironia até o século XVIII. – dá um efeito dramático.
-“O termo ‘ironia’ aparece em algumas traduções da Poética como uma versão da peripeteia
(peripécia) aristotélica (súbita inversão de circunstância) que talvez abrangesse parte do
significado da ironia dramática.” p. 30
- “O primeiro registro de eironeia surge na República de Platão. Aplicada a Sócrates por uma
de suas vítimas, parece ter significado algo como ‘uma forma lisonjeira, abjeta de tapear as
pessoas’. Para Demóstenes, um eiron era aquele que, alegando incapacidade, fugia de suas
responsabilidades de cidadão. Para Teofrasto, um eiron era evasivo e reservado, escondia suas
inimizades, alegava amizade, dava impressão falsa de seus atos e nunca dava uma resposta
direta.” p. 31
- “O leitor de Rhetoric of Fiction (1961), de Wayne Booth, verá como o narrador irônico
tradicional, (...) evoluiu, por intermédio do narrador irônico pessoal flaubertiano ou jamesiano,
para o narrador que abandonou totalmente qualquer obrigação de guiar o julgamento de seu
leitor, e, assim fazendo, se tornou a equivalência moderno do antigo eiron grego.” p. 31.
- “A palavra ‘ironia’ não aparece em inglês antes de 1502 e não entrou para o uso literário geral
até o começo do século XVIII.” p. 32.
- “Não foi antes da primeira metade do século XVIII, que o significado da palavra ‘ironia’ foi
de novo ampliado (...).” p. 33
- “(...) ‘ironia suave’, uma maneira irônica acomodatícia e amigável (embora não despida de
escárnio) externamente e serena e reservada internamente.”
- “(...) transformação tão radical do conceito de ironia quanto o foi o Romantismo da visão de
mundo dos séculos anteriores.
A Anatomia da Ironia
Características Básicas
-“Será que
- “O traço básico de toda Ironia é um contraste entre uma realidade e uma aparência.” p. 52
- “(...) afirmam estar dizendo ou fazendo uma coisa, enquanto na realidade transmitem uma
mensagem totalmente diferente.” p. 52.