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participação também no Movimento pela Anistia até a campanha das Diretas Já, se
dedicando à discussão e elaboração de propostas de reforma educacional e
universitária, seja em prol da luta de classes, seja no plano partidário.
Em síntese, em seu livro O que é política educacional? (2006), o autor fala
sobre a questão da política a partir de uma retomada histórica ocidental e da gênese
da politização na sociedade. Com fundamento nas bases ontológicas da sociedade e
suas dimensões cientificas, religiosas e senso comum, oferecendo aos profissionais
do ensino e aos leigos, instrumentos sólidos que auxiliam na incorporação dos
pressupostos da política e da instituição política. Assim, indica e esclarece
pressupostos fundamentais a compreensão do fazer política.
Primeiramente, o autor apresenta a obra, teorizando que o termo política em si
é muitas vezes incompreendido, situando o real momento histórico do Brasil em
termos de Ditadura e o avanço para democratização e Diretas Já. Destaca que a
política surge inerente a história e sofre constante transformação, e muitas vezes é
entendida como poder, para se atingir o poder, e as eleições: ato confirmador ou
transformardor?
Posteriormente, fala do sentido da política e das políticas, a variedade de
facetas que definem o poder político supremo, da esfera da política institucional que
envolve as esferas da política da Igreja, sindicatos trabalhistas e feministas,
movimentos de homossexuais etc. Todas as atividades que se referem ao povo, ou a
determinadas mobilizações é política. O autor também discute em outro capítulo,
denominado por ele de o poeta e o libertador, sobre a questão da política ser um mal
necessário, um instrumento de precisão da vida em sociedade, se apoiando nas ideias
marxistas. Algo que torna o subjetivo diferente, não alienado, pois o sujeito da política
é o homem, embora a política seja o manifesto da luta de classes.
Subsequentemente, Maar (2006), constrói uma visão histórica, do significado
da política ao longo do processo histórico, seguindo um trajeto, do modo de produção
de cada tipo de sociedade. Iniciando com a atividade política de gregos e romanos,
uma retomada da ideia da polis – cidade Estado Grega, de Platão, Aristóteles, na
interpretação da República, citando que a política era algo do intelectual, permitida
pelo ócio. E dos romanos, quanto ao poderoso império que entrou em decadência por
não se suprir-se, a política ficava em diversos poderes, como da Igreja e da Nobreza.
Apresenta em sequência, as ideias de Maquiavel, “o príncipe”, na qual distingue
o poder do Estado do Governo, e divide os poderes em: Executivo, Legislativo e
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